Durante décadas seguidas o Brasil foi chamado de país do futuro, situação que ainda perdura por causa do pensamento retrógrado dos governantes e políticos, que confundem desenvolvimento com consumo irresponsável. Enquanto os brasileiros saem às compras de forma tresloucada, fazendo a alegria dos cofres oficiais, o País continua refém do caos.
Independentemente da pífia e incontestável situação, a presidente Dilma Rousseff viajou para Londres, onde participa da abertura oficial dos Jogos Olímpicos e de outros compromissos, com a missão de divulgar o Brasil no exterior. Para tal, o governo encomendou uma campanha publicitária já batizada de “O mundo se encontra no Brasil. Venha celebrar a vida”. A campanha, segundo autoridades, tenta mostrar um país que propicia experiências únicas.
Muito antes de “vender” o Brasil aos incautos estrangeiros, Dilma deveria encontrar soluções para os inúmeros problemas que afetam a vida dos cidadãos, como, por exemplo, o precário estado da saúde pública, a prevalência do crime organizado em muitas cidades, a disseminação da corrupção por todos os cantos, a disparada da violência, as mais de cinquenta universidades federais paralisadas, o colapso da telefonia celular, a carga tributária elevada, a crise econômica, a resistência da inflação, o endividamento recorde das famílias, a disparada da inadimplência, a quase imobilidade urbana em muitas metrópoles, a falta de investimentos em infraestrutura, a baixa qualidade da educação, a recessão que atinge a indústria nacional, entre outros.
Mesmo com um quadro desanimador, o ministro Gastão Vieira, do Turismo, que embarcou no trem da alegria puxado por Dilma Rousseff rumo a Londres, disse que “o País está de braços abertos para receber turistas de todo o mundo”.
Esse ufanismo que ronda o Palácio do Planalto desde 2003, com a chegada de Lula ao poder central, serve para camuflar a conhecida incompetência de uma legenda que decidiu governar um país com dimensões continentais e problemas na mesma proporção. Sem quadros à altura dos desafios do Estado, o PT passou a investir o suado dinheiro do contribuinte em pirotecnia oficial, o que culminou com o lançamento da bolha de virtuosismo inventada pelo ex-metalúrgico e que agora começa a estourar.
Essa tentativa da presidente Dilma Rousseff de vender o Brasil como se fosse o país de Alice, aquele das maravilhas, tem tudo para acabar mal. Até porque, mentira tem perna curta. A não ser que passar vergonha seja o sonho maior dos soberbos palacianos.
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