Intimidar jornalistas que relatam a verdade tornou-se corriqueiro nessa terra sem lei. Vez por outra mata-se, pura e simplesmente, quem defende uma sociedade vilipendiada em seus direitos. Os incomodados mandam matar com a mesma facilidade que encomendam uma pizza na esquina. Assim caminha o Brasil, que muitos acreditam ser uma democracia de fato, não apenas de direito. Ledo engano. Paciência! Essa é a regra básica e assustadora da profissão que abracei há mais de três décadas.
Diante das letras noticiosas coloco-me com amor e muita dedicação. É assim que faço todos os dias, o dia todo. Tudo igual, sempre diferente. Quando saio para a labuta do dia a dia, a sensação de ser a última vez, de não ter a volta, me acompanha. Sempre me acompanhou. Em algumas situações escapei do pior porque Deus é brasileiro, gosta de notícias e foi com a minha cara. Não fosse a providência divina em mais de uma dúzia de situações, por certo estaria escrevendo em algum outro lugar do universo. Se é que nessas paragens do além existem jornalistas, notícias e outros quetais.
Há quem se venda para contentar aqueles que se incomodam com a verdade. Diferentemente dessa escória, mantenho a minha consciência intacta, sabendo que algum dia serei o anteparo de uma bala inimiga. Não há como pensar diferente. A vida me mostrou que a sequência é essa. Mesmo assim não perco a coragem e o desejo de lutar com a pena na mão. Revidar é algo que não saberia fazer. Erraria o tiro, pois minha pontaria maior está na escrita. Então escrevo, ciente de que morrerei fazendo o que mais sei e gosto.
Muitas vezes não é preciso nem mesmo um punhado de verdades para incomodar alguém. Basta contrariar o status quo para que qualquer pelego do poder transforme-se em franco atirador. Esses putrefatos de aluguel usam a rede mundial de computadores como palco de batalha. Covardes convictos, atiram pelas costas. Como escrevi em outro artigo, gosto do bom combate, de adversários à altura. Do contrário vira briga de rua. E a vida me ensinou que o ideal é nivelar por cima. Porém, não deixo de dar as devidas respostas a esses frequentadores do rés do chão que atacam covardemente como se estivessem discordando dos meus pensamentos, opiniões e escritas. Não se trata de ter aversão ao contraditório, longe disso, mas crítica boa e aceitável é aquela estruturada, com lógica. Com começo, meio e fim. Não sendo dessa forma, no máximo é “vendetta”.
Criticar não é para qualquer um. É ofício para preparados, pois exige conhecimento profundo e responsabilidade de sobra. E quem ataca pelas costas é irresponsável com si mesmo. Ao tecer críticas na direção dos donos do poder, desperto a ira dos que se valem dos úberes oficiais, como se cofre público servisse para financiar canalhice. De igual modo acabo provocando os que permanecem no limbo da história, pois estão afastados da situação e não conseguem bater a carteira da oposição. Vivem como mulheres de lupanar, que deitam primeiro com quem pagar mais. Desse tipo de gente, que faz da própria vida um meretrício constante, quero distância.
Não bastasse a tresloucada cibernética que ofendeu meus leitores e tentou desconstruir minha reputação profissional, sem sucesso, agora deparo-me com um decrépito que acredita ser uma versão repaginada e tropicalizada de Platão. O ser que ora abusa da catilinária rasteira me acusa de não ter credibilidade. De não saber o que escrevo, de estar a serviço de fulano e sicrano. Sim, é verdade, estou a serviço de alguém. Estou a serviço do Brasil, dos brasileiros. Estou a serviço dos meus leitores e seguidores, que crescem diariamente em quantidade e qualidade. Sobre o passado dessa figura ignara e desprezível, que mal sabe escrever, prefiro não revelar, pois seria chutar cachorro morto.
A minha credibilidade é algo tão concreto e verdadeiro, que os que em mim acreditam avisaram-me do golpe baixo cometido nas redes sociais. Afirma esse desqualificado que sou um blogueiro conhecido por minhas fantasias. É preciso esclarecer que não sou blogueiro, mas que estou jornalista. A minha fantasia é ver o Brasil como uma nação minimamente lógica e livre da corrupção. Se isso é fantasia, então o meu covarde acusador está certo. Pelo menos uma vez na vida.
Como conheço razoavelmente o apedeuta que ora tenta me intimidar, o que não é novidade, cabe-me o dever de afirmar que esse sujeito sequer conhece a minha história. Não sabe, por exemplo, que os presos com sentença não transitada em julgado votaram pela primeira vez nas eleições de 2010 por causa de projeto de minha iniciativa. Não sabe, também, que o valor pró-rata do IPVA de um veículo roubado ou furtado é devolvido ao contribuinte graças à minha iniciativa. Assim como tantos outros projetos que surgiram ao longo dos anos por sugestão minha. Ao contrário, esse remendo de capataz de Treblinka sempre viveu de negociatas com velhacos. Sem credibilidade até mesmo entre os amigos, tenta se manter na vitrine a bordo de sandices.
Longe de querer chamar a importância para mim, mas sei o que fiz pelo País e o que ainda posso fazer. Não posso aceitar de modo algum que me acusem de falta de credibilidade. Também rechaço o fato de que se espalhe tal leviandade entre jornalistas dos quais esse cidadão tenta se aproximar, em vão. Alguém sem credibilidade não seria responsável pelo início da investigação que culminou com a prisão de um banqueiro oportunista, que de tão incomodado conseguiu na Justiça uma decisão para me calar. Alguém sem credibilidade não teria desvendado o esquema de remessa ilegal de dinheiro do ex-presidente do Vasco da Gama. Alguém sem credibilidade não teria divulgado com absoluta exclusividade as gravações do polêmico caso Celso Daniel, o que rendeu processos judiciais e ameaças de todos os naipes. Paro por aqui para não me estender nessa “missa de corpo presente”.
Quem me acompanha diariamente sabe do cuidado que tenho com a notícia, com a forma de levar a informação ao leitor. A credibilidade é minha sombra, a coerência, o ar que respiro. E foi ela, a credibilidade, associada à consciência e à ética, que me fez recusar uma espúria oferta desse acusador acostumado a circular pelos subterrâneos do poder. Sua peçonha ressuscitou porque acusei alguém que está na mira de seus interesses escusos. Por causa dessa ganância obtusa, a saída foi me atacar para ter um trunfo que lhe permita se aproximar de determinado saltimbanco com mandato.
Caso decidisse considerar a insignificância de quem me acusa, assim como seu currículo vexatório, deixaria o caso de lado. Fosse seguir os piedosos e consternados comentários daqueles que conhecem o acusador, também esqueceria o assunto. Contudo, decidi continuar. A decisão de continuar se deu em razão da minha dedicação constante ao Brasil e aos brasileiros. Continuo por causa da minha história, das minhas crenças, do meu idealismo. Continuo por causa do ofício de jornalista. Continuo para preservar a dignidade dos leitores, seguidores e colaboradores. Continuo por mim, continuo pela minha família. Continuo porque acusação leviana, barata e oportunista arde mais do que bala dundum. Continuo porque faz-se necessário interromper a trajetória insana de alguém que acredita ser o dono da verdade, a última solução do planeta. Continuo porque é preciso apresentar a esse détraqué em fim de carreira o fardão da psicose. Continuo porque minha credibilidade exige. Continuo porque minhas fantasias patrióticas me cobram isso. Continuo porque o tribunal é logo ali, assim como a delegacia mais próxima também. Continuo porque continuar é preciso. Continuo porque, como disse Freddie Mercury, “the show must goes on”. Continuo!
(*) Ucho Haddad –
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