segunda-feira, 21 de maio de 2012

Prévia do PT em Recife para na Comissão de Ética

João da Costa e Maurício Rands discutem resultado das prévias

                 

João da Costa, prefeito de Recife, chega para votar nas prévias do PT
Foto: Hans von Manteuffel
O prefeito João da Costa,  na hora de votar nas prévias  junto à militância  internet


 Diante de vaias, troca de tapas e murros, acusações mútua e guerra de liminares, o PT realizou ontem em Recife prévias para escolha do candidato à prefeitura. O prefeito João da Costa ganhou com 51,9% dos votos, mas o resultado só será proclamado no próximo dia 28, depois que o processo for submetido à Executiva Nacional e à Comissão de Ética do partido.
O secretário-geral do PT, Eloy Pietá, voltou a questionar os métodos adotados na prévia, que foi realizada sob divergências quanto ao número de filiados aptos a votar. Ele disse que a prévia “fugiu às regras e costumes do partido”, e que vai propor à direção nacional uma auditoria para analisar o resultado do pleito. Pietá é da Construindo um Novo Brasil, corrente majoritária no partido e que deu suporte à candidatura do deputado Maurício Rands — apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em clima de vitória, o prefeito foi recebido em seu escritório político com fogos, aplausos e lágrimas. Ele deu entrevista dizendo que vai trabalhar agora para reconstruir a unidade do PT recifense.
— Depois de hoje essa militância vai lutar com unhas e dentes para ganhar a eleição. Eu não queria prévias, porque sabia que seria um desgaste para todo mundo no partido. Mas entrei para ganhar — disse João da Costa.
Ele não quis comentar a iniciativa do partido, de só proclamar os resultados no final do mês. A discussão sobre o número de filiados que votaram também está na Justiça.
— A maioria dos filiados decidiu, e isso é inquestionável — afirmou João da Costa.
Além da disputa da militância — que ontem estava em clima de batalha — a prévia enfrentou uma série de problemas, quanto ao número de votantes. O assunto terminou indo parar na Justiça, que expediu três liminares, uma revogando a outra.
O principal problema referia-se aos militantes que estavam em dia com as contribuições financeiras do partido. Eles tiveram até o dia 5 para regularizar a situação. Também houve grupos cuja quitação foi coletiva e esses poderiam ter efetuado o pagamento até o dia 10. Com a correria, muitos nomes não constavam ontem na lista de votação.



Nenhum comentário:

Postar um comentário