LEANDRO MAZZINI - COLUNA ESPLANADA
Qualquer candidatura sucumbiria ontem às articulações do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Há dois anos ele negocia sua volta ao comando do Congresso, em conversas até com PSDB, DEM e PCdoB, partidos que ajudaram a derrubá-lo do cargo em 2007. Para se consolidar e garantir o voto feminino suprapartidário, Renan chegou a ligar para a senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) e prometer a ela criar a Procuradoria da Mulher, proposta que Vanessa apresentou sem sucesso quando deputada. Ainda reticente, ela ouviu o aval do vice-presidente Michel Temer.
“Essa loura tá podendo”, brincou o colega Inácio Arruda (PCdoB-CE) quando Renan citou Vanessa no discurso de campanha. A senadora ficou vermelha.
“É que desde a Câmara estamos (as mulheres) lutando por isso”, justificou Vanessa à coluna, para driblar constrangimentos sobre apoio a Renan, denunciado no STF.
Depois da posse de Renan e do séquito bajulador que o seguiu, poucos viram a cena: José Sarney caminhar sozinho e sem atenção pelo plenário, como nunca se viu.
Outro
ponto de Renan foi manter com o PSDB a bilionária 1ª Secretaria, que
controla contratos e o Orçamento de R$ 3 bilhões. O senador Flexa
Ribeiro (PSDB-PA), o novo ocupante, se desdobrou por 20 minutos em
plenário para explicar a um contrariado Aécio Neves os motivos da
adesão. Contra Renan, Aécio pregou a renovação da Casa.
PONTOS E NOTAS
PONTOS E NOTAS
CAMPANHA–
A agenda do governador Eduardo Campos é de pré-candidato ao Planalto.
Na sexta-feira foi até Vitória (ES)participar da abertura do carnaval.
De lá, sábado pela manhã, decolou para São Paulo, onde participou de uma
feita de informática e regressou a tempo de curtir o baile municipal do
Recife. Na próxima quarta-feira tem agenda em Brasília. O que se ouve
nos bastidores é que essa agenda vai pipocar mesmo é a partir de março.
O entrave comunista - Se
o prefeito Geraldo Júlio bombar em apenas um ano e meio de gestão, o
que se ouve nos bastidores palacianos é que ele será o nome escolhido
para disputar o Governo do Estado em 2014. Tem lógica! O problema é o
vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB), visto com desconfiança por não
ter um perfil confiável ao reinado socialista.
Tem cargos? - Pela
primeira vez fora da mesa diretora da Câmara depois de 16 anos de
mandato, o deputado Inocêncio Oliveira deve aceitar o prêmio de
consolação oferecido pelo candidato favorito a presidente da Casa,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN): a presidência de um conselho. Que,
convenhamos, não deve ter os mesmos cargos para Inocêncio acomodar
tantos aliados em seu redor.
Contas rejeitadas - O
Tribunal de Contas reprovou as contas dos ex-prefeitos de São José do
Egito, Evandro Valadares, e de Itapetim, Adelmo Moura, ambos do PSB.
São, respectivamente, referentes aos anos de 2008 e 2009. A recomendação
da Segunda Câmara do TCE às câmaras municipais é pela manutenção dos
pareceres, segundo os relatores Romário Dias e Carlos Porto.
Verdade da verdade - Deu
no jornal O Globo: “A presidente Dilma esperava mais da Comissão de
Verdade e teme que não produza os resultados esperados. O Planalto pensa
em substituir integrantes do órgão. Gilson Dripp enfrenta há quatro
meses problemas de saúde. José Paulo Cavalcanti Filho participou de duas
reuniões até hoje e o único conselheiro que tem dedicação exclusiva ao
trabalho é seu presidente, Cláudio Fonteles”.
SEM CARGOS – Nenhum
deputado pernambucano ocupará posição de destaque na mesa diretora da
Câmara dos Deputados a ser eleita hoje. O Estado terá apenas duas
suplências representadas pelos deputados Gonzaga Patriota, do PSB, e
Wolney Queiroz, do PDT. Na atual mesa se destacam Inocêncio Oliveira
(PR) e Eduardo da Fonte (PP).
Perguntar não ofende: O PSDB no Senado cedeu as pressões de Renan para ficar com a primeira-secretaria?
"Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam". (Provérbios 15:22)
fonte:blogmagno
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