segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Pernambuco perde Cyl Galindo

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Faleceu o jornalista e escritor Cyl Galindo, aos 77 anos. Natural de Buíque, sertão pernambucano, nasceu em 28 de maio de 1935. Formado em Ciências Sociais, foi ensaísta, editor, contista, poeta; e foi, sobretudo, um grande sujeito! Era desses onipresentes da cena cultural do Estado, mas se diferenciava porque desprovido de qualquer inveja, homem sem mesquinharia alguma. Se no meio literário conhecer os autores pessoalmente não nos costuma acrescentar, ele era exceção.
Cyl Galindo trabalhou na Assessoria de Comunicação do Senado Federal. Foi também repórter e colunista em jornais de Brasília, Mato Grosso e Pernambuco, além de produtor na TV Universitária da UFPE.
A primeira publicação foi um poema, em 1968, na Agenda Poética do Recife – Antologia dos Novíssimos. Três anos depois, saiu o livro de estreia, A Conservação do Grito-Gesto, pela Imprensa Universitária da UFPE. Desde então, foram 17 lançamentos, entre contos, poesias e ensaios. Conquistou prêmios e foi traduzido para o francês, o espanhol e o alemão, tendo sido publicado na França, Estados Unidos, Áustria, Colômbia e Argentina.
Em outubro de 2009 foi eleito para a Academia Pernambucana de Letras. Foi lá que o encontrei pela penúltima vez, quando prestigiou palestras minha e de Eduardo Cesar Maia sobre Álvaro Lins. E, como sempre, fez questão de nos largar aquela sua simpatia inconfundível. Pouco depois, eu e Geórgia Alves tivemos o prazer de ouvi-lo contar de suas peripécias em tempos de ditadura, quando ficou escondido justamente em casa de oficial militar.
Acompanhei Cyl até uma parada de ônibus, defronte ao antigo prédio do Diario de Pernambuco, onde ele comentou: “fechado assim, ele vai se acabar. Casarão é como coração de velho, precisa de gente em volta pra seguir respirando”.
Quanta saudade já, meu amigo!
fonte:blogcristianoramos

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