Ministros renunciam, mas manifestações continuam no Egito
O primeiro-ministro, Ahmed Nazif, e demais integrantes do alto escalão do governo pediram demissão, hoje (29) no Egito, conforme as ordens do Presidente, Hosni Mubarak. O anúncio de um novo gabinete poderá ser feito ainda neste sábado, de acordo com a Agência Lusa com informações da TV estatal egípcia.
A renúncia ocorre após dias de protestos da população contra a permanência de Mubarak no poder e horas após o discurso do presidente egípcio à nação pela televisão anunciando a demissão de integrantes do governo na tentativa de conter o caos que se instalou no Egito. Porém, ele, que comanda o país por quase três décadas, resiste e não dá sinais de que pretenda renunciar.
Segundo a BBC, mesmo com a demissão dos ministros, centenas de manifestantes voltaram pelo quinto dia consecutivo às ruas do Cairo, capital do Egito, para pedir a saída de Mubarak. Foram ouvidos tiros e colunas de gás lacrimogêneo puderam ser vistas na região, com as forças de segurança tentando reprimir os manifestantes.
Com a continuidade dos protestos, é grande a procura de voos por turistas estrangeiros no Egito. Só a empresa aérea israelita El Al prepara uma operação para retirar 200 turistas israelitas do país. De acordo com a Lusa, entre 1,5 mil e 2 mil passageiros estavam hoje de manhã nos dois principais aeroportos egípcios, a maioria sem reservas de voo. Ontem (28), os serviços de internet e telefonia celular tinham sido, aparentemente, bloqueados no país. Apenas aparelhos de celular estão parcialmente funcionando.
Mubarak, 82 anos, está no poder desde 1981 e enfrenta uma crise política, com manifestações da população. Levantamento parcial mostra que ao menos 26 pessoas morreram desde o início dos protestos na terça-feira (25).
Da Agência Brasil
à história das civilizações nos revela que, assim como no que tange ao ser humano, as sociedades também apresentam idades psíquicas. A despeito de interesses econômicos, o cenário global não mais suporta regimes autoritários, totalitários, arrogantes, enfim, infantis. Andrea Campos
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