quinta-feira, 28 de junho de 2012

Eduardo: “Amizade com Lula não será arranhada”



                                 Goverbador Eduardo campos e ex-presidente Lula
                                     em encontro político,hoje,em São Paulo

 Logo após a apresentação do candidato do PSB, Geraldo Júlio, aos partidos que compõem a Frente Popular no Recife, o governador Eduardo Campos reuniu a imprensa numa sala ao lado e falou sobre a visita que fez ao ex-presidente Lula, na manhã de hoje, da tumultuada relação com o PT local, e dos rumores acerca dos cargos que os petistas detêm no governo estadual.

O encontro com LulaVenho conversando com Lula já faz algum tempo, só não posso está dizendo que estou conversando com ele toda hora, porque toda semana nós temos falado ao telefone. Ontem à noite eu recebi um telefonema dele, por volta das 20h, dizendo que queria me encontrar. Aí eu fui hoje cedo a São Paulo, no Instituto da Cidadania. Cheguei lá por volta das dez e meia e conversamos sobre vários assuntos.
A conversa com Lula
Tive uma coversa muito positiva. Tive a oportunidade de passar em revista uma série de situações políticas Brasil a fora. Muitas delas que resolvemos, outras que não houve jeito. Falamos do Recife com naturalidade. Um quadro que já havia se consolidado dessa forma. É claro que todos nós gostaríamos de ter uma unidade ainda maior do que essa que vocês viram, mas não foi possível, e vamos ter maturidade para viver essa situação, como já tivemos no passado, e prevenir qualquer tipo de intriga, qualquer questão que seja de menor importância.
A intriga com Lula
Nós temos um projeto para o Brasil. Somos parceiros desde 1999 e temos uma história que não é de ontem, de momentos bons e momentos muito difíceis que levaram a um respeito mútuo, uma amizade mútua, uma consideração que não vai ser arranhada como uma questão local que não houve jeito, que todo mundo sabe a história daqui como aconteceu. Não tem um responsável direto. O fato é que a situação foi evoluindo de tal forma que chegamos a essa situação onde, para preservar o projeto, para oferecer a cidade uma proposta não só para ganhar a eleição, mas para governar com paz, para poder ganhar a eleição e fazer o povo ganhar depois. Entendemos que esses partidos todos reunidos deveriam oferecer a candidatura de Geraldo Júlio.
A campanha PSB X PT
Nós vamos viver essa campanha com muita tranquilidade e fazer ela da maneira mais elevada possível, com muita intensidade. Passada as eleições, vamos seguir. Todos sabem que eu costumo, na minha vida, mais juntar do que espalhar. A vida já demonstrou isso. Eu tenho gosto por juntar as pessoas em torno de um pensamento e de um projeto objetivo. Não vale à pena juntar de qualquer jeito, mas do jeito que o interesse do povo está colocado. Entendemos que sobre a liderança de Geraldo há um pensamento sobre a cidade, sobre o futuro da cidade. É a hora do povo do Recife falar. O povo precisa dizer das suas angústias, das suas preocupações com a cidade, do seu pensamento sobre mobilidade, educação infantil, sobre o crak, sobre as moradias... Essa é nossa pauta. Nós vamos na pauta do povo. Lula sabe que o nosso lugar é o mesmo, que nossa posição é a mesma. Ele tem segurança na nossa relação e eu tenho segurança na relação com ele e com a presidenta Dilma. Geraldo vai ser prefeito com a generosidade do povo recifense, vai contar comigo e vai contar com Dilma.
O encontro com Jarbas
Falei com Raul Henry e Gustavo Negromonte. Devo ir à convenção do PMDB no sábado, junto com Geraldo, mas Jarbas não vai participar dessa atividade porque está fazendo um médio repouso, por orientação médica. Eu devo falar com ele nos próximos dias.
Ruptura com o PT
Não estou vendo isso (abalo na relação). Se você pegar as três principais capitais brasileiras nós estamos juntos. Em São Paulo, que era a prioridade número 1 de Lula, formos lá e resolvemos; estamos juntos em Belo Horizonte, atendendo a todo o debate que fizemos com o PT, até com certa dificuldade e enfrentando uma aliança com o PSDB; e estamos juntos no Rio de janeiro. Estamos juntos numa série de outras cidades brasileiras. O fato é que aquelas cidades onde não podemos estar juntos, elas viram notícias na reta final, porque as pessoas não conseguem resolver no município, não conseguem resolver e empurram isso para as direções nacionais resolver. Mas não tem jeito, essas são eleições municipais. Não se pode pegar uma frente política com essa responsabilidade e colocar ao bel prazer dos candidatos nos cinco mil municípios, por mais que eles sejam importantes. Uma pessoa com a maturidade de Dilma e de Lula sabe que uma coisa e uma coisa e outra coisa é outra coisa.
Cargos no governo
Por enquanto só são rumores (o PT entregar as secretarias estaduais). Estou trabalhando com eles (os secretários petistas) e se depender da minha vontade ficam todos os três (Isaltino Nascimento, Maurício Rands e Fernando Duarte) e tantos outros auxiliares do PT. Não temos que misturar uma coisa com a outra. Uma coisa é a disputa eleitoral do Recife, outra é o projeto que estamos tocando no Brasil, que estamos tocando no Estado, juntos. Não podemos dramatizar uma eleição. Fazer um drama. O que o Recife está ganhando é uma opção para votar neste campo, até porque o Recife estava em busca disso e todos sabem.
Vice de Geraldo
Isso é um processo que cabe ao candidato conduzir ouvindo os partidos. Nossa tarefa vai até quando a gente consolida o apoio ao candidato a prefeito. Depois disso, é preciso compreender a natureza da escolha de um vice. Isso tem um peso da escolha política, da representação, mas deve ter a escolha da pessoa, como eu fiz duas vezes, ao escolher o vive que eu desejava, que era João Lyra. Imagine se eu não tivesse a relação que tenho com João, me ajudando, dividindo tarefas, acho que isso é muito importante. Então, essa tarefazinha Geraldo vai ter que resolver. Ele vai resolver com tranquilidade, até sábado. O problema é que tem tanta opção boa que vira uma luta. Eu já fiz essa pergunta e ele não me respondeu, se responder a vocês (jornalistas), vai começar a primeira crise (risos).
fonte:blogmagno/ Rivânia Queiroz

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Museu de Lula terá benefício fiscal, diz Ana de Hollanda


A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse ontem que o Instituto Lula poderá captar recursos por meio da Lei Rouanet para financiar a construção do Memorial da Democracia. O museu exibirá o acervo do ex-presidente e será erguido em São Paulo.
O mecanismo de renúncia fiscal é regulado pelo governo e permite que empresas interessadas em apoiar projetos culturais deduzam as doações do Imposto de Renda.
Na prática, isso significa que o museu de Lula será construído com verba pública, o que ele e seu instituto prometiam não fazer. O projeto está orçado inicialmente em até R$ 100 milhões.
"Claro que vai poder ter captação pela Lei Rouanet", afirmou ontem a ministra, depois de se encontrar com Lula para tratar do projeto. "Pode sim, claro. Nada impede".
Ana de Hollanda disse que já se reuniu com o ex-ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), assessor de Lula, e prometeu apoiar a construção do memorial. "Abri todas as possibilidades institucionais possíveis", disse.
Ela também ofereceu ajuda do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) para organizar o acervo e as exposições do futuro memorial.
Os projetos só recebem benefício fiscal se forem aprovados pelo ministério. Segundo a ministra, o pedido do ex-presidente "será analisado como qualquer outro".
 
MUDANÇA
Em comunicado divulgado em fevereiro, o Instituto Lula prometeu assumir "todos os custos da construção de um edifício de alta excelência arquitetônica" para o museu.
Após as declarações da ministra, o presidente da entidade, Paulo Okamotto, disse que estuda recorrer ao benefício. "Ainda vamos debater como levantar os recursos para construir o museu. Certamente, lá na frente pode pintar essa possibilidade."
"Pode ser que mais para a frente, depois de uma discussão para manter o instituto, talvez tenhamos que lançar mão da Lei Rouanet", disse.
Okamotto chegou a afirmar que o mecanismo "não prevê recurso público". Ao ser lembrado de que as empresas doadoras deixam de pagar imposto ao governo, disse: "Você considera isso recurso público? Então tá bom".
Ele disse que quer começar a obra "o mais rápido possível" e entregá-la até 2015. O terreno, na região da Luz, é avaliado em R$ 20 milhões e foi cedido de graça pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD).
O instituto diz que o museu será "suprapartidário". Lula não quis comentar o projeto ontem.

Brasil Arquitetura
Modelo do Memorial da Democracia gerado por computação gráfica
Modelo do Memorial da Democracia gerado por computação gráfica                    fonte:folhaSP                          

terça-feira, 26 de junho de 2012

MENDONÇA FILHO DIZ PARA RAUL HENRY:"ESTOU EM COMPANHIA DO POVO"



  1.  











O pré-candidato à Prefeitura do Recife pelo Democratas, Mendonça Filho, encaminhou há pouco, uma nota à imprensa em resposta às críticas feitas hoje (26) pelo também pré-candidato no Recife, Raul henry (PMDB). O texto começa com uma frase de Mendonça em que diz estar tranquilo porque não teria explicações a dar e que pesquisas mostram que ele estaria na companhia do povo. Confira na íntegra abaixo.

A nota assinada pelo deputado Raul Henry carece de argumento e parte para o ataque pessoal e a tática maniqueísta. Não merece resposta. Não vou bater boca com Raul Henry, com quem tive 18 anos de convivência na aliança União por Pernambuco, porque a régua com a qual faço política tem posicionamento, argumento, honestidade, correção, lealdade com aliados e adversários e, principalmente, palavra dada e cumprida.

Com relação aos adjetivos “conservador e ultrapassado” dirigidos a minha pessoa, remeto à sociedade pernambucana as seguintes questões: “Quando Raul Henry e o PMDB encontraram em mim e no meu partido os parceiros leais para soerguer Pernambuco e criar as bases para o crescimento econômico e social do Estado com projetos inovadores e estruturadores como Porto Digital, Escolas em Tempo Integral, Refinaria, PE-15, BR 232, Estaleiro, nós também éramos “conservadores e ultrapassados”? Quando Raul Henry foi vice-prefeito de Roberto Magalhães – portanto peça-chave na prefeitura da época – ele foi cogestor de um governo “conservador e ultrapassado”?

Nós estamos muito tranquilos neste processo. Primeiro, porque mantemos o nosso posicionamento e não temos explicações a dar. Segundo, porque a intenção de votos é uma demonstração inconteste de que estamos em boa companhia, que é a do povo do Recife. Terceiro, porque acreditamos que, juntos, os partidos da oposição, além de oferecerem propostas concretas de mudança na gestão municipal, contribuem para a verdadeira democracia política.

Para finalizar, reafirmo os argumentos políticos que usei para avaliar a adesão do PMDB à candidatura do PSB. Para mim é novidade que a ausência de unidade na oposição imponha adesão ao Governo. Qualquer pessoa que analise friamente o desfecho desse processo vai ver que o PSB queria indicar o candidato número ume ainda escolher o “suposto” candidato da oposição. Se essa análise incomodou o deputado Raul Henry, lamento, mas é a minha opinião. Até onde sei, a liberdade de opinião é um dos pilares da nossa democracia.

Henry: "Ninguém se une a Mendonça porque ele é conservador"



  1.  












A assessoria do deputado federal Raul Henry (PMDB) enviou nota onde o pemedebista rebateu as recentes declarações do deputado federal Mendonça Filho (DEM), que acusou Henry de estar fazendo 'jogo duplo' e 'jogo de cena', atitude que o peemedebista classificou de desrespeitosa. Segue a íntegra.
Eu sempre procurei respeitar as escolhas dos outros. Esperava, também, que as nossas fossem respeitadas. Sobretudo em se tratando do deputado Mendonça Filho, que tem, com muitos de nós do PMDB, uma boa relação pessoal. A opção dele foi ser desrespeitoso com a nossa posição, o que exige uma resposta.
1 - Tomamos nossa decisão a partir de uma discussão ampla, democrática, que terminou consensual entre dirigentes, parlamentares e militantes históricos do PMDB. Pautamos nossa decisão pelo espírito público e pelo compromisso com a cidade. Não pela obsessão por projetos pessoais.
2 - Mendonça me acusou de estar fazendo “jogo duplo” e “jogo de cena”. Esse tipo de atitude nunca fez parte da minha história nem da minha prática política. Nossa posição foi definida com transparência, clareza e à luz do dia. Talvez Mendonça esteja querendo nos medir pela régua dele.
3 - Mendonça deveria aproveitar esse momento para fazer uma reflexão. Por que, mesmo pontuando razoavelmente nas pesquisas, ninguém quer a companhia dele? O fato, que independe da nossa vontade, e que ele insiste em ignorar, é que sua candidatura simboliza o que existe de mais conservador e ultrapassado nesse cenário eleitoral do Recife.
Por fim, quero deixar claro que não iremos aceitar o patrulhamento de ninguém, venha de onde vier.

Raul Henry

RENILDO CALHEIROS É AMIGO DA CRIANÇA

Renildo Calheiros recebe prêmio Prefeito Amigo da Criança

                          Renildo Calheiros,prefeito de Olinda é reconhecido Amigo da Criança


O prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, será reconhecido amanhã (27), pelo trabalho que vem sendo realizado na implantação de políticas públicas para as crianças e adolescentes do município. Renildo receberá o prêmio do Programa Prefeito Amigo da Criança, concedido pela Fundação Abrinq – Save the Children. A solenidade acontece no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados de Brasília.
Depois da premiação na capital federal, também haverá uma solenidade nesta quinta-feira, dia 28, na sede da Prefeitura de Olinda, às 15h, com apresentação das crianças do Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO). A cidade de Olinda foi reconhecida como um dos 182 municípios que melhoraram a vida de crianças e adolescentes, durante os anos de 2009 e 2012. Esta já é a 4ª edição do Programa Prefeito Amigo da Criança, que tem como principal objetivo parabenizar os gestores que demonstraram a implementação de ações exitosas em suas cidades.
Entre as ações, estão os Programas de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e Liberdade Assistida, da Secretaria de Desenvolvimento Social; o Saúde na Escola, fruto da parceria entre as secretarias de Educação e Saúde; a construção de quadras poliesportivas, da Secretaria de Esportes; e a criação do coral Encanto de Olinda, que agrega cerca de 160 crianças participantes de outros programas sociais.
As metas traçadas pelo município para mensurar o avanço dessas políticas foram monitorados através de uma ferramenta eletrônica denominada Mapa PPAC. O programa vistoriou a articulação das secretarias no desenvolvimento de ações integradas, através de eixos norteadores divididos da seguinte maneira: Promovendo vidas saudáveis, Acesso à educação de qualidade, Proteção contra maus-tratos e violência, e Orçamento.

Humberto quer que o PT entregue todos os cargos a Eduardo


  1.  

















   Humberto afirma que é hora de enfrentar a luta sem recuo




O clima no PT já é de oposição ao governador Eduardo Campos (PSB). Nos bastidores, a informação é que o senador e pré-candidato a prefeito do partido, Humberto Costa, não quer mais qualquer alinhamento político com o Palácio do Campo das Princesas e já teria pedido que todas as lideranças que tenham cargos no Governo do Estado o devolvam ao governador. A ideia é concretizar a ação logo após as convenções.
“O discurso da CNB é de total oposição a Eduardo. A CNB (grupo de Humberto) está só esperando as convenções para anunciar a entrega dos cargos. O clima está péssimo”, confidenciou um petista, em anonimato.
O PT controla três secretarias importantes no governo Eduardo Campos: a pasta de Governo, com Maurício Rands; de Transportes, nas mãos de Isaltino Nascimento; e a de Cultura, gerida por Fernando Duarte. O PT ainda detém a presidência da Empresa Pernambucana de Transportes Intermunicipal, com Dilson Peixoto; cargo de direção no DER, na Saúde e na Fundarpe, onde se tem o maior loteamento de membros da corrente do senador.
O presidente municipal do PT, Oscar Barreto, integra a secretaria de Agricultura, mas não deve se afastar, já que faz parte da cota pessoal do governador. Na semana passada, o presidente estadual do PT, deputado Pedro Engênio, disse que ainda era cedo para discutir a saída da sigla da base de Eduardo.
fonte:blogmagno

DESORIENTADO PT QUER OUVIR LULA

Em entrevista, deputado federal João Paulo disse que vai esperar orientação do ex-presidente para saber como proceder


 / Foto: Clemilsom Campos/JC Imagem

Foto: Clemilsom Campos/JC Imagem

Atordoado com a decisão do PSB de lançar candidato próprio à Prefeitura do Recife e, mais ainda, com a aliança recém-lançada entre o PSB e o PMDB, o PT do Recife vai procurar o ex-presidente Lula para pedir orientação sobre como proceder daqui para frente. A afirmação foi feita pelo ex-prefeito do Recife e atual deputado federal João Paulo, em entrevista, na manhã desta terça-feira, a Geraldo Freire, da Rádio Jornal.
"Ficamos surpreses com o lançamento da candidatura do PSB e da aliança que eles fizeram com o PMDB. Vamos conversar com o presidente Lula para saber qual a linha política que será adotada, ver como ele quer que a gente faça a campanha, a orientação dele", afirmou João Paulo. Segundo o deputado federal, o lançamento da candidatura de Geraldo Júlio pode e deve, inclusive, prejudicar a aliança nacional existente entre o PT e PSB.

João Paulo salientou que o PT está "acostumado" a disputar eleições difíceis e a vencer as adversidades. "Esse quadro de agora não vai ser fácil. Principalmente quando se junta Eduardo Campos e Jarbas. Mas acredito que em 2000 a situação era mais difícil e conseguimos vencer". Em 2000, João Paulo travou uma ferrenha disputa com Roberto Magalhães e acabou ganhando as eleições para prefeito do Recife por uma diferença de pouco mais de cinco mil votos.

Sobre a perda de apoio de partidos aliados - o PCdoB também anunciou apoio ao PSB -, João Paulo disse ainda ter esperanças de juntar alguns partidos em torno da candidatura do senador Humberto Costa (PT). "A esperança é a última que morre. Vamos esperar".

segunda-feira, 25 de junho de 2012

PCdoB oficializa apoio à candidatura do PSB no Recife



Confira, na íntegra, a nota oficial encaminhada pelo PCdoB sobre o apoio aos socialistas na disputa pela sucessão municipal no Recife.

"Resolução do Comitê Municipal do PCdoB acerca do pleito de outubro no Recife
O Comitê Municipal do Partido Comunista do Brasil, reunido em sessão plenária na noite desta segunda-feira, após criterioso exame do quadro político-eleitoral, decidiu apoiar a candidatura a prefeito do ex-secretário estadual de Planejamento e Gestão e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Geraldo Júlio, apresentada à Frente Popular pelo Partido Socialista Brasileiro.
Geraldo Júlio acumula importante trajetória na gestão pública, exerce destacado papel na formulação e execução do vitorioso projeto político-administrativo encetado pelo governo estadual e reúne atributos pessoais que o colocam à altura da missão que assume.
Os comunistas tomam esta decisão ao cabo de longo e paciente trabalho em favor da unidade das forças populares e progressistas do Recife. Já em agosto de 2011, a Conferência Municipal do Partido adotou resolução política na qual afirma, textualmente, que “o PCdoB prioriza, nas atuais circunstâncias, a construção da unidade em torno de uma candidatura majoritária única, sem entretanto descartar nenhuma outra alternativa tática que venha a ser pactuada na Frente Popular.”
Na atualidade, a existência de duas candidaturas a prefeito da mesma coalizão surge como solução tática em defesa das grandes conquistas alcançadas na cidade desde 2001, postas em risco pelo prolongamento das dificuldades internas do Partido dos Trabalhadores; e do legítimo esforço da maioria dos partidos da Frente Popular em oferecer, em tempo hábil, resposta consistente às expectativas e anseios da população.
No diálogo com os aliados, o PCdoB tem defendido uma agenda centrada na atualização do programa da Frente Popular, para dar conta das novas possibilidades e desafios que incidem sobre a cidade, como parte do ciclo de crescimento econômico que se verifica em Pernambuco; e num conjunto de questões de ordem tática em que se incluem a orientação da campanha e a abordagem solidária da eleição proporcional. O ambiente que se coloca mais sensível à discussão dessa agenda é o da aliança liderada pelo PSB.
Na campanha que se inicia, a clara distinção de dois campos opostos de forças – o da Frente Popular, que concorre com duas candidaturas versus o das Oposições -, é referência necessária ao debate em torno de propostas que efetivamente venham a unir o povo, condição indispensável para o êxito eleitoral.
Concomitante com a luta para levar à vitória a chapa majoritária liderada por Geraldo Júlio, os comunistas se empenham em eleger bancada de vereadores através de nominata qualificada, formada por homens e mulheres testados na luta, artífices de uma campanha aguerrida, criativa, fundada na defesa do projeto comum e na força do povo.
Recife, 25 de junho de 2012
O Comitê Municipal do PCdoB"

Conselho cassa por unanimidade mandato de Demóstenes



Terminou, há pouco, a votação do pedido de cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Por unanimidade (15 votos a 0), o Conselho de Ética do Senado cassou o mandato do deputado goiano, que é acusado de receber "vantagens indevidas" do empresário Carlinhos Cachoeira.
Em seu Twitter, o relator do processo, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse há pouco: "Terminada a exaustiva reunião no Conselho de Ética do Senado. Processo de cassação de Demóstenes segue agora para a CCJ e depois plenário".
Para que Demóstenes perca definitivamente o mandato, o pedido de cassação tem que ser aprovado por pelo menos 41 senadores no plenário, em votação secreta.
Governador está de olho no Planalto

* Maurílio Ferreira Lima
          
Qualquer observador político pode visualizar que o grande projeto político do governador Eduardo Campos é disputar a presidência da república em 2018. Nessa disputa, ele sabe que não contará com o apoio nem de Lula, nem de Dilma Rousseff e, muito menos, do PT. Tendo governado o país por 16 anos, dificilmente o PT abdicaria de apresentar candidato.

Profissional competente na política, o governador sabe que precisa de um grande apoio político, que permita ao eleitorado constatar que o candidato tem amplas condições de governar com tranquilidade, respaldado pelo apoio de artistas e intelectuais, e um grande número de partidos, que lhe garantam horário necessário na televisão.

A presença ao seu lado de governadores, prefeitos, deputados e senadores, completam o apoio político, mas não significa transferência de votos. Em uma eleição presidencial, o eleitor não se submete a nenhum político que pretenda ser intermediário do seu voto.

Para chegar com o estado unido em torno de si, o governador precisa, e parece que vai eleger Geraldo Júlio, prefeito do recife. Não esperando contar com o apoio do PT em 2018, o governador decidiu de imediato se livrar do partido local. Recusou-se a apoiar qualquer candidato petista para Prefeitura do Recife e emparedou o provável e constrangido candidato, senador Humberto Costa.

Saído de um estado pequeno, nordestino, embora com forte presença política, o governador precisa mostrar ao Brasil que uniu o Estado em torno do seu projeto. Com esse objetivo ganhou e, certamente, terá em 2014 e 2018 o apoio do histórico PMDB pernambucano.

Importante como apoio político para o projeto presidencial será o apoio do senador Jarbas Vasconcelos. O governador e Jarbas restabeleceram relações pessoais e, agora, selam aliança política e eleitoral.

Para Jarbas, poder colocar o peso político dele na candidatura presidencial, precisa estar investido o mandato de senador. Certamente, Jarbas será o candidato a senador na chapa governamental de 2014, em Pernambuco.

Todas essas elucubrações podem não se confirmar e, fatos novos, podem alterar tudo. Mas, essas são as tendências atuais, com toda chance de não alterarem.

Ex-deputado federal pelo PMDB

JARBAS AFIRMA QUE UNIÃO É EM NOME DO RECIFE

                                   Jarbas nega interferência de Eduardo para apoiar Geraldo Julio
                   

                                        Em entrevista há pouco ao NETV         
O senador Jarbas Vasconcelos confirmou o apoio à candidatura de Geraldo Júlio (PSB), mas negou que a decisão do PMDB e sua, particularmente, tenham sido no sentido de atender um pedido do governador Eduardo Campos. “Não houve um pedido expresso do governador. Entre uma proposta que não deu certo para o Recife, a do PT, e uma que promete mudança, que é a do PSB, preferimos a proposta socialista. Já que a união não se uniu em torno do candidato que apresentamos (Raul Henry), já que não houve entendimento, ficamos com a candidatura do PSB”, afirmou Jarbas justificando sua decisão.

Rui Falcão culpa Eduardo por fim da aliança PT-PSB

  

      Na coletiva que acabou há pouco, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, culpou diretamente o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pelo rompimento da aliança PT-PSB no Recife. 'O PT é um partido de palavra. Quem não quis aliança conosco foi Eduardo', afirmou Falcão, adiantando, entretanto, que o que ocorreu não terá reflexo para 2014, em termos de alianças nacionais. Falcão ressaltou, inclusive, o apoio dado pelo PSB à candidatura de Fernando Haddad em São Paulo e manifestou confiança de que no Recife a campanha, mesmo com o PT de um lado e o PSB de outro, deve se dar em alto nível, para não provocar consequências na aliança nacional PSB-PT.
Rui deu a entender que, para enfrentar o poderio do governador Eduardo Campos no Recife, a candidatura de Humberto Costa contará com um aliado de peso, o ex-presidente Lula. 'Lula vai se engajar de corpo e alma na eleição de Humberto. E o PT certamente vai continuar governando a cidade do Recife', concluiu.
fonte:blogmagno

OPOSIÇÃO CAMINHA SEM PMDB À ELEIÇÃO DO RECIFE

       Apoio do PMDB ao PSB não causa surpresa à oposição











 

         Apoio do PMDB ao PSB não causa surpresa à oposição

O apoio do PMDB ao PSB para as eleições municipais do Recife não causou surpresa à oposição. O pré-candidato do PPS, Raul Jungmann, que aguardava, desde cedo, uma reunião em São Paulo com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), para ouvi-lo quanto à possibilidade dessa aproximação, reconheceu que o fato já estava sacramentado. “Isso já estava escrito nas estrelas. A surpresa foi só pela rapidez”, declarou.
Raul Jungmann lembrou que o próprio Jarbas Vasconcelos já havia colocado como condição para um possível apoio eleitoral do seu partido ao PSB o afastamento do governador Eduardo Campos do PT. “Jarbas já havia dito que o deslocamento do PSB do PT o faria se aproximar de Eduardo. Vejo isso como uma escolha do PMDB em função de uma questão nacional. O PMDB privilegiou o cenário nacional de 2014”, avaliou.
O prefeiturável do PPS acredita que o episódio irá fragilizar a oposição, o que, na sua opinião, não significa inviabilizar uma chegada do bloco oposicionista ao segundo turno das eleições. “Perdemos um partido importante no nosso campo, mas ainda temos condições de marchar rumo a um segundo turno. Isso não é impossível”. Ele disse que o PPS se manterá na oposição e buscará a unidade com as demais siglas, mantendo, inclusive, sua candidatura.
Daniel Coelho, pré-candidado a prefeito pelo PSDB, por sua vez, se mostrou indiferente. Avaliou que a atitude reforça a tese de que não há mais blocos em Recife. “Há projetos individuais dos partidos para serem avaliados pela população”, resumiu. O tucano acrescentou que já coligou com o PTdoB e que nos próximos dias anunciaria mais um apoio à sua candidatura.
fonte:blogmagno

Em nota oficial, PMDB confirma apoio a Geraldo Júlio à prefeitura do Recife



Segue a íntegra da nota em que o PMDB oficializa o apoio à candidatura do socialista Geraldo Júlio.



O PMDB de Pernambuco manteve, até agora, a pré-candidatura a prefeito do Recife do deputado federal Raul Henry, que tinha como propósito debater os problemas e apresentar um projeto para o futuro da cidade. Neste período, Raul envolveu milhares de pessoas num profundo debate sobre o Recife que a população tanto anseia. Essa discussão permitiu a construção de um conjunto de propostas para transformar a cidade. 
É inaceitável, por exemplo, que o Recife tenha uma educação situada entre as piores do Brasil, um sistema público de saúde completamente sucateado, a total ausência de políticas para a juventude – cada dia mais ameaçada pela epidemia do crack – e a inexistência de ações voltadas para o transporte público que possam reduzir o problema do trânsito caótico. Tudo isso sem falar na estagnação econômica de uma cidade que, apesar de localizada no centro de uma região metropolitana que vive um momento de grande dinamismo, não consegue acompanhar o crescimento do Estado e nem mesmo de outras capitais da região Nordeste. 
Em contrapartida, é adequado reconhecer que o governador Eduardo Campos tem realizado um trabalho para melhorar a vida da população com elevada aprovação dos pernambucanos. Um esforço que dá continuidade às transformações iniciadas pelo ex-governador Jarbas Vasconcelos, que requalificou a infraestrutura do Estado e começou o processo de atração de investimentos que estão mudando a face de Pernambuco.
Nos últimos dias, o PMDB fez um grande esforço e buscou construir a unidade das oposições para viabilizar uma candidatura que pudesse representar essa perspectiva de mudança.  Apesar de ter colocado sua pré-candidatura à disposição dos outros partidos, esse objetivo não foi alcançado.
Diante desse fato e da consolidação de umcenário eleitoral que se projeta bipolarizado entre as candidaturas do PT e do PSB, o PMDB entende que quem representa, hoje, a possibilidade de mudança da atual situação de abandono da cidade é a candidatura do PSB.
Por isso, em nome do compromisso com o futuro do Recife e do espírito público que sempre norteou o caminho do partido,o PMDB declara apoio à candidatura do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Geraldo Júlio, um técnico com reconhecida capacidade de gestão. O candidato do PSB terá amplas condições de colocar em prática as propostas que o PMDB, ao longo dos últimos meses, debateu com a população do Recife. 

Segue a íntegra da nota em que o PMDB oficializa o apoio à candidatura do socialista Geraldo Júlio.
O PMDB de Pernambuco manteve, até agora, a pré-candidatura a prefeito do Recife do deputado federal Raul Henry, que tinha como propósito debater os problemas e apresentar um projeto para o futuro da cidade. Neste período, Raul envolveu milhares de pessoas num profundo debate sobre o Recife que a população tanto anseia. Essa discussão permitiu a construção de um conjunto de propostas para transformar a cidade. 
É inaceitável, por exemplo, que o Recife tenha uma educação situada entre as piores do Brasil, um sistema público de saúde completamente sucateado, a total ausência de políticas para a juventude – cada dia mais ameaçada pela epidemia do crack – e a inexistência de ações voltadas para o transporte público que possam reduzir o problema do trânsito caótico. Tudo isso sem falar na estagnação econômica de uma cidade que, apesar de localizada no centro de uma região metropolitana que vive um momento de grande dinamismo, não consegue acompanhar o crescimento do Estado e nem mesmo de outras capitais da região Nordeste. 
Em contrapartida, é adequado reconhecer que o governador Eduardo Campos tem realizado um trabalho para melhorar a vida da população com elevada aprovação dos pernambucanos. Um esforço que dá continuidade às transformações iniciadas pelo ex-governador Jarbas Vasconcelos, que requalificou a infraestrutura do Estado e começou o processo de atração de investimentos que estão mudando a face de Pernambuco.
Nos últimos dias, o PMDB fez um grande esforço e buscou construir a unidade das oposições para viabilizar uma candidatura que pudesse representar essa perspectiva de mudança.  Apesar de ter colocado sua pré-candidatura à disposição dos outros partidos, esse objetivo não foi alcançado.
Diante desse fato e da consolidação de umcenário eleitoral que se projeta bipolarizado entre as candidaturas do PT e do PSB, o PMDB entende que quem representa, hoje, a possibilidade de mudança da atual situação de abandono da cidade é a candidatura do PSB.
Por isso, em nome do compromisso com o futuro do Recife e do espírito público que sempre norteou o caminho do partido,o PMDB declara apoio à candidatura do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Geraldo Júlio, um técnico com reconhecida capacidade de gestão. O candidato do PSB terá amplas condições de colocar em prática as propostas que o PMDB, ao longo dos últimos meses, debateu com a população do Recife. 

"Candidatura de Henry tinha componente do Palácio”
















Indignado com o que chamou de “uma manobra política do Palácio do Campo das Princesas visando ganhar a eleição de outubro por WO”, o pré-candidato do DEM, Mendonça Filho, declarou que a articulação entre o PMDB e o PSB já vinha sendo desenhada nos bastidores há bastante tempo, embora não acreditasse nos fortes rumores que circulavam.
“Essa candidatura (de Raul Henry-PMDB) desde o início tinha o componente do governador (Eduardo Campos). Se tentou fazer com que a oposição desistisse da disputa, mas no que depender de mim, vamos honrar o espaço da oposição”, disparou o democrata.
Mendonça Filho sugeriu que a movimentação de Raul Henry, de querer colocar o nome na mesa para redefinir a estratégia do bloco como tentativa de salvar a eleição oposicionista, não passou de um jogo de cena.
“Há um tempo já havia essa negociação envolvendo os dois partidos (PMDB/PSB). Se o PMDB pode apoiar o candidato do Palácio, por que então não apoiaria um candidato da oposição? Agora, eles (os peemedebistas) não podem responsabilizar a oposição por não ter tido uma unidade”.
Mendonça Filho fez questão de esclarecer que existem duas candidaturas que representam o governo municipal, a do PT, com o senador Humberto Costa, e a do PSB, com Geraldo Júlio, que há 12 anos estão no poder. “O PSB está na gestão, tem um vice-prefeito (Milton Coelho), portanto, é corresponsável pela administração da cidade. Se o PSB tinha uma tecnológica para o Recife, por que então não a aplicou?”, questionou o democrata.

fonte:blogmagno

sexta-feira, 22 de junho de 2012

TSE aprova criação do Partido Ecológico Nacional

                    

                                          MAIS UM PARTIDO POLÍTICO NO BRASIL


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou no final da noite desta terça-feira (19), por 6 votos a 1, o pedido de registro do Partido Ecológico Nacional (PEN). A decisão criou a 30ª sigla brasileira. O único voto contrário foi do ministro Marco Aurélio Mello, que viu falha no procedimento burocrático para criação do partido.

Em sua página oficial, o PEN anuncia que irá "preencher um espaço vazio no cenário político brasileiro". Segundo o presidente, Adilson Barroso, falta continuidade nas políticas voltadas ao meio ambiente, pois os governantes se limitam a ações pontuais. Ele ainda afirma que os ideais da sigla "afastam-se do campo político para aproximarem-se do campo ecológico".

A sigla não poderá participar das eleições municipais de 2012 porque a legislação eleitoral exige prazo mínimo de um ano para mudanças no cenário eleitoral. Apesar de só ter conseguido o registro agora, a ata de fundação do PEN é de junho de 2006.
 AB

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Ministério Público derruba fim de sacolinhas plásticas em São Paulo

Estabelecimentos devem voltar a distribuir as sacolinhas em cumprimento ao Código de Defesa do Consumidor


O acordo que acabou com a distribuição de sacolinhas plásticas em estabelecimentos comerciais, como os supermercados, em São Paulo, foi suspenso nesta terça-feira, segundo confirmou o Ministério Público do Estado.

O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo decidiu por unanimidade que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que limitava o direito do consumidor em receber gratuitamente as sacolas plásticas, não é válido e com isso os estabelecimentos devem voltar a distribuir as sacolinhas em cumprimento ao Código de Defesa do Consumidor, segundo o MP.
Segundo o Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), os estabelecimentos comerciais que deixarem de distribuir as sacolas gratuitamente correm o risco de serem acionados pelos órgãos de defesa do consumidor, mediante denúncia.
Para a Plastivida, "o Conselho Superior do MP entendeu que existe um descompasso muito grande e que o ônus da não distribuição das sacolas plásticas está recaindo apenas sobre os consumidores. Na visão do órgão, essa situação precisa ser revertida o quanto antes", afirmou Jorge Kaimoti Pinto, advogado da entidade.
A petição contra a homologação do TAC foi uma ação movida pela Plastivida, pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idecon) e pelo SOS Consumidor, segundo a Plastivida. De acordo com o MP, uma nota sobre a decisão do Conselho deve ser divulgada na tarde desta quarta-feira.
AE

quarta-feira, 20 de junho de 2012

"Se fosse pelo mercado, não existiriram políticas sociais", diz Sachs


Em conferência realizada na Coppe/UFRJ, o economista e sociólogo Ignacy Sachs defendeu a necessidade de um novo paradigma de produção e desenvolvimento, baseado no tripé "socialmente justo, ambientalmente sustentável e economicamente viável". Para Sachs, esse modelo não surgirá pelas mãos do mercado: "lamento que se dê espaço para as soluções que sejam as de mercado. O mercado tem vista curta, pensa o imediato, por ele não existiriam políticas sociais”.






Rio de Janeiro - Dando prosseguimento à série de conferências proposta pela Coppe/UFRJ com temas da Rio+20, o economista e sociólogo Ignacy Sachs falou segunda feira (18), no auditório do Centro Tecnológico, sobre alternativas para um desenvolvimento sustentável e socialmente justo. “Existem três pernas que devem ser articuladas em conjunto. Medidas que articulem o socialmente justo, o ambientalmente sustentável e o economicamente viável”, defendeu.

A mesa “O início de uma nova era: o Antropoceno” quis discutir a entrada do homem moderno nesta época caracterizada pelo intenso aumento da influência das ações humanas na natureza, a economia predatória, processo este que se iniciou na Revolução Industrial e hoje tomou proporções catastróficas, assinalou o sociólogo. 

A fala de Sachs foi uma crítica ao atual modelo de produção e economia. “Não houve um momento em que eu não levasse em conta a ineficiência das soluções de mercado, na verdade eu lamento que se dê espaço para as soluções que sejam as de mercado. O mercado tem vista curta, pensa o imediato e tem a pele grossa, ou seja, por ele não existiria políticas sociais”, disse à Carta Maior depois da mesa. A superação destes mecanismos de mercados seria o primeiro e mais urgente passo. Estes mecanismos, argumentou o economista, são insensíveis socialmente e não tem horizontes largos, a preocupação deste mercado é, então, cínica visto que não se leva em conta que o custo ambiental se coaduna com o custo social. “O novo paradigma para a ‘nave Terra’ é a de responsabilidade entre gerações, o legado da nossa geração, economicamente predatória, é catastrófica. Deve-se melhorar as condições do presente sabendo dos seus limites socio-ambientais para as gerações futuras”, disse.

Recursos renováveis, alternativas para melhoria na captação e armazenamento de energia, além da pesquisa voltada para a eliminação do desperdício são essenciais para um desenvolvimento sustentável. Sachs elogiou o trabalho feito na Coppe e exposto na série de conferência desde o dia 13. Neste ambiente de novas propostas, Ignacy fez sua parte. Delineou medidas que acredita serem necessárias para arrecadar fundos. Provocador, sugeriu que cobrássemos dos países desenvolvidos as suas intenções em desenvolver um Fundo Mundial de Desenvolvimento, socialmente includente. “Eu prefiro a palavra ‘includente’, porque ela nos coloca num processo, falar ‘inclusivo’ pode dar a ilusão de um final neste debate. Este fundo mundial é a arrecadação necessária para se efetivar medidas alternativas. A cobrança de pedágio aéreo e oceânico, taxação do carbono, onerar transações financeiras e a ajuda proposta pelos países ricos de 1% de seu PIB, chegaremos a 2% do PIB Mundial”, sugeriu. 

Este fundo defendido por Sachs deixa algumas questões abertas, como ele próprio reconhece, mas delega, por exemplo, o problema da administração deste dinheiro à Nações Unidas, sempre conservando o seu caráter includente e dialógico. A preocupação com as particularidades econômicas e sociais de cada país também foi trazida pelo professor: “não é possível taxar de maneira única e geral, no entanto se deve fazer esta cobrança de acordo com nível de desenvolvimento de cada país”, relativizou.

Expandir a relação de mercados e tecnologias além da Norte-Sul é um caminho que pode trazer benefícios aos países em desenvolvimento e os subdesenvolvidos, a rede de cooperação tecnológica e de pesquisas é um importante método de mudança, disse Sachs. Ele ainda sugeriu um papel de “abre-alas” aos BRICS no crescimento da parte sul do mundo, especificamente Brasil e Índia. Até mesmo a relação de países que possuem biomas semelhantes seria um novo paradigma. “Uma maior cooperação por biomas e não exclusivamente por meridianos. Pensarem em programas de intercâmbio científico entre Brasil e Índia. Vocês e a Índia têm cacife suficiente para mobilizar os outros, sobretudo para pegar a África no meio, ambos os países têm laços importantes com países africanos, e um bloco dos emergentes na rua com Brasil e a Índia de abre-alas, considero um cenário importante e deve cobrar apoio da Nações Unidas”, pontuou. 

O foco deve estar no planejamento desta mudança de paradigma. Um planejamento que deve ser arraigado no debate democrático e participativo, de forma a ocorrer nas esferas marginalizadas; articulando as particularidades de cada local: “recolher informações, onde estão os problemas locais e a natureza deles. O conhecimento fino da realidade e diálogo com a sociedade diretamente envolvida – isto é planejar”, concluiu Ignacy Sachs.

Encontro Eduardo-Lula fica na expectativa


Governador estará nesta quarta na Rio+20, mas tem a expectativa de discutir, com Lula, cenário político do Recife


Para tentar apagar o incêndio no PSB nacional, já que a deputada federal Luiza Erundina (SP) não aceitou a união selada entre o ex-presidente Lula (PT) e Paulo Maluf (PP) e desistiu de ocupar a vaga de vice na chapa encabeçada pelo ex-ministro Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, o governador Eduardo Campos viajou para Brasília nesta terça-feira (19) e não falou com Lula sobre a sucessão do Recife, como estava previsto.
Os dois devem conversar nesta quarta, mesmo com o governador cumprindo agenda na Rio+20. Dificilmente, no entanto, o cenário no Recife será alterado. O PSB costura uma chapa alternativa à do PT, que indica o senador Humberto Costa como o candidato.
O presidente nacional do PSB está com o discurso pronto para dizer a Lula que foi “convocado” a lançar um nome já que, internamente, o PT não conseguiu superar as divergência e caminhar unido para a eleição de outubro. Por isso, as demais legendas da Frente Popular não querem apoiar o PT, mas a indicação do PSB. Diante da proximidade do prazo final das convenções – até o dia 30 os partidos precisam homologar os seus candidatos majoritários e proporcionais – e da demora em se anunciar o desfecho dessa crise na base governista, abre-se um campo fértil para as especulações.
O nome do ex-secretário Geraldo Júlio (PSB) se fortalece a cada dia para a disputa no Recife. O perfil técnico dele tem agradado vários setores da Frente Popular. Como o PCdoB ainda não definiu se fica ou não ao lado do PT, o PTB surge como a opção concreta que dará o peso político à chapa, fazendo uma dobradinha “tecnolítica”. O nome mais cotado é o do vereador Antonio Luiz Neto, um campeão de votos. O PTB tem força no Recife. Na eleição de 2008, fez uma chapa com o PT e o PSB. Os quatro vereadores mais votados da coligação foram do PTB.
Líder maior do PTB, o senador Armando Monteiro Neto, contudo, garantiu ontem que não conversou sobre o assunto com o governador nem colocou o cargo de vice como condição para o apoio do partido no Recife. “Não tem pertinência se discutir a vice, ainda há uma possibilidade de se compor com o PT”, ressaltou, referindo-se à remota hipótese de um entendimento entre petistas e socialistas após a conversa de Lula e Eduardo. O governador viaja para os Estados Unidos no domingo (24), onde vai receber um prêmio, e pretende apresentar uma solução para a Frente até lá.

João da Costa decreta estado de alerta em virtude das chuvas


Anúncio será feito às 14h30 desta quinta-feira, na sede do Executivo municipal


O prefeito do Recife, João da Costa, decreta, na tarde desta quinta (21), estado de alerta na capital pernambucana. A medida será tomada em virtude do aumento dos índices pluviométricos registrados nos últimos dias na cidade.

O anúncio será feito, às 14h30, na sede do Executivo municipal, Bairro do Recife. De acordo com boletim da Agência Pernambucana de Águas de Climas (Apac), divulgado anteontem, a previsão do tempo aponta para chuvas moderadas até sábado, véspera de São João.