Na abertura do Pavilhão Brasil, nesta quarta (13), a presidenta Dilma Rousseff convidou os participantes da Rio+20 a conhecerem o que chamou de modelo brasileiro de desenvolvimento baseado na sustentabilidade. Para a presidenta, o respeito ao meio-ambiente não é tarefa apenas das nações desenvolvidas. E muito menos deve estar restrito às fases de expansão econômica.
O respeito ao meio-ambiente não é tarefa apenas das nações desenvolvidas. E muito menos deve estar restrito às fases de expansão econômica. Este foi o principal recado da presidenta Dilma Rousseff, ao dar às boas-vindas aos participantes da Rio+20, nesta quarta (13), durante a abertura do Pavilhão Brasil, o espaço destinado a apresentar resultados do modelo brasileiro de desenvolvimento, segundo ela baseado na sustentabilidade. “O meio ambiente não é um adereço. O meio ambiente faz parte da visão de incluir, da visão de crescer, porque em todas elas nós queremos que esteja integrado o sentido de preservar e de conservar”, afirmou.
A presidenta enfatizou que, mesmo em momentos de forte crise econômica, a preservação do ecossistema deve ser preocupação central para todos os povos, ricos ou pobres. “Nós não consideramos que o respeito ao meio ambiente só se dá em fase de expansão do ciclo econômico. Pelo contrário, nós consideramos que um posicionamento pró crescer, incluir, preservar e conservar é parte intrínseca de uma concepção de desenvolvimento e, sobretudo, diante das crises, é necessário que tenhamos a consciência que não tem desenvolvimento possível feito na base de ajustes que só prejudicam pessoas, de ajustes que só prejudicam a preservação do meio ambiente ou da biodiversidade”, disse.
Para Dilma, a questão inclusão social, baseada na distribuição de riqueza para as pessoas, é elemento crucial de qualquer política econômica em qualquer tempo. “Nós queremos mostrar a todos aqueles que visitam o Brasil as conquistas alcançadas e o nosso compromisso de redução da desigualdade de forma definitiva e perene. E esse compromisso com a justiça social num momento importante para o mundo, num momento em que nós vemos conquistas de países avançados na área da inclusão e do desenvolvimento social sofrerem um duro reverso”. A presidenta lembrou que a economia brasileira cresceu 40% em uma década, ao mesmo tempo em que foram criados 28 milhões de empregos formais.
Ao convidar os participantes da conferência a conhecerem as experiências brasileiras expostas no pavilhão, destacou que o Brasil vem cumprindo seus compromissos ambientais, assumidos de forma voluntária a partir da Rio 92, o evento realizado há 20 anos que mudou a forma como o mundo encarava o meio-ambiente. “Desde 2004, o nosso desmatamento diminuiu 77%. Nós registramos o menor índice de desmatamento este ano. Nós respondemos por 75% das áreas de preservação ambiental criadas no planeta, desde 2003. Nós temos 45% da nossa energia decorrente de fontes renováveis”, afirmou.
O Pavilhão do Brasil é uma estrutura de 4 mil metros quadrados, localizada no Parque dos Atletas, em frente ao Riocentro, na Barra da Tijuca, construída com contêineres reaproveitáveis, para abrigar exposição sobre programas e projetos dos ministérios e órgãos governamentais. No espaço que circunda o pavilhão, há quatro áreas de exposição de programas de inovação, tecnologia sustentável e inclusão social, como o programa Minha Casa, Minha Vida, Água Doce e Cultivando Água Boa e produtos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A presidenta deverá voltar ao Rio de Janeiro na quarta (20), onde ficará até a sexta (22), participando de reuniões bilaterais com outros chefes de Estado.
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