Organização Internacional do Trabalho divulga relatório que revela: redução dos direitos sociais está afetando combate à exploração infantil
Neste 12/6, dia internacional do combate ao trabalho infantil, a Organização Internacional do Trabalho (OIT, uma agência da ONU) lançou um alerta. A crise econômica, e em especial as políticas de ataque aos direitos sociais desencadeadas em várias partes do mundo, estão prejudicando o combate à exploração infantil. Na Espanha, um dos países mais atolados em tais políticas, o diretor da OIT, Joaquín Nieto disparou: “em momentos de crise, se deve manter fortes sistemas de proteção social”. Para ele, as mal-chamadas medidas de “austeridade” implicam na “redução dos mecanismos de proteção social; portanto, os mais vulneráveis, como a infância, são negligenciados”. Para a OIT, os cortes nas políticas sociais terão “consequências irreparáveis”.
Em um relatório, a organização afirma que “ainda existe uma grande lacuna entre a ratificação de Convenções sobre o trabalho infantil e as ações que os países tomam para lidar com o problema”.
Segundo a estimativa mais recente, 215 milhões de crianças no mundo estão trabalhando para sobreviver. Destas, 5 milhões são submetidas a trabalho forçado como escravidão por dívida ou exploração sexual.
O diretor da organização na Espanha afirma que a crise afeta mais os jovens de 15 a 17 anos. Em muitos países, eles são legalmente autorizados a trabalhar, mas se encaixam “nas piores formas de trabalho infantil, exercendo atividades que não deveriam exercer, e nesse sentido, o trabalho não é realmente legal”.
Segundo o diretor, essas formas perigosas de trabalho infantil estão principalmente em setores do campo e da construção, e “alguns sinais nos indicam que essas formas de trabalho podem estar crescendo, como o aumento do número de acidentes de trabalho nessa faixa etária”.
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