segunda-feira, 25 de junho de 2012

Governador está de olho no Planalto

* Maurílio Ferreira Lima
          
Qualquer observador político pode visualizar que o grande projeto político do governador Eduardo Campos é disputar a presidência da república em 2018. Nessa disputa, ele sabe que não contará com o apoio nem de Lula, nem de Dilma Rousseff e, muito menos, do PT. Tendo governado o país por 16 anos, dificilmente o PT abdicaria de apresentar candidato.

Profissional competente na política, o governador sabe que precisa de um grande apoio político, que permita ao eleitorado constatar que o candidato tem amplas condições de governar com tranquilidade, respaldado pelo apoio de artistas e intelectuais, e um grande número de partidos, que lhe garantam horário necessário na televisão.

A presença ao seu lado de governadores, prefeitos, deputados e senadores, completam o apoio político, mas não significa transferência de votos. Em uma eleição presidencial, o eleitor não se submete a nenhum político que pretenda ser intermediário do seu voto.

Para chegar com o estado unido em torno de si, o governador precisa, e parece que vai eleger Geraldo Júlio, prefeito do recife. Não esperando contar com o apoio do PT em 2018, o governador decidiu de imediato se livrar do partido local. Recusou-se a apoiar qualquer candidato petista para Prefeitura do Recife e emparedou o provável e constrangido candidato, senador Humberto Costa.

Saído de um estado pequeno, nordestino, embora com forte presença política, o governador precisa mostrar ao Brasil que uniu o Estado em torno do seu projeto. Com esse objetivo ganhou e, certamente, terá em 2014 e 2018 o apoio do histórico PMDB pernambucano.

Importante como apoio político para o projeto presidencial será o apoio do senador Jarbas Vasconcelos. O governador e Jarbas restabeleceram relações pessoais e, agora, selam aliança política e eleitoral.

Para Jarbas, poder colocar o peso político dele na candidatura presidencial, precisa estar investido o mandato de senador. Certamente, Jarbas será o candidato a senador na chapa governamental de 2014, em Pernambuco.

Todas essas elucubrações podem não se confirmar e, fatos novos, podem alterar tudo. Mas, essas são as tendências atuais, com toda chance de não alterarem.

Ex-deputado federal pelo PMDB

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