* Maurílio Ferreira Lima
Qualquer
observador político pode visualizar que o grande projeto político do
governador Eduardo Campos é disputar a presidência da república em 2018.
Nessa disputa, ele sabe que não contará com o apoio nem de Lula, nem de
Dilma Rousseff e, muito menos, do PT. Tendo governado o país por 16
anos, dificilmente o PT abdicaria de apresentar candidato.
Profissional
competente na política, o governador sabe que precisa de um grande
apoio político, que permita ao eleitorado constatar que o candidato tem
amplas condições de governar com tranquilidade, respaldado pelo apoio de
artistas e intelectuais, e um grande número de partidos, que lhe
garantam horário necessário na televisão.
A
presença ao seu lado de governadores, prefeitos, deputados e senadores,
completam o apoio político, mas não significa transferência de votos.
Em uma eleição presidencial, o eleitor não se submete a nenhum político
que pretenda ser intermediário do seu voto.
Para
chegar com o estado unido em torno de si, o governador precisa, e
parece que vai eleger Geraldo Júlio, prefeito do recife. Não esperando
contar com o apoio do PT em 2018, o governador decidiu de imediato se
livrar do partido local. Recusou-se a apoiar qualquer candidato petista
para Prefeitura do Recife e emparedou o provável e constrangido
candidato, senador Humberto Costa.
Saído
de um estado pequeno, nordestino, embora com forte presença política, o
governador precisa mostrar ao Brasil que uniu o Estado em torno do seu
projeto. Com esse objetivo ganhou e, certamente, terá em 2014 e 2018 o
apoio do histórico PMDB pernambucano.
Importante
como apoio político para o projeto presidencial será o apoio do senador
Jarbas Vasconcelos. O governador e Jarbas restabeleceram relações
pessoais e, agora, selam aliança política e eleitoral.
Para
Jarbas, poder colocar o peso político dele na candidatura presidencial,
precisa estar investido o mandato de senador. Certamente, Jarbas será o
candidato a senador na chapa governamental de 2014, em Pernambuco.
Todas
essas elucubrações podem não se confirmar e, fatos novos, podem alterar
tudo. Mas, essas são as tendências atuais, com toda chance de não
alterarem.
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