segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PAES MENDONÇA AFIRMA QUE É preciso a manifestação de uma força de vontade, a realização de procedimentos, a vontade de querer fazer!"

  
  João Carlos Paes Mendonça investiu R$ 600 milhões no projeto

Abaixo o pronunciamento do empresário João Carlos Paes Mendonça na inauguração do RioMar

BOA NOITE A TODOS

É com grande satisfação que recebo todos que aqui vieram prestigiar a inauguração do RioMar, ato de grande significado para mim e acredito que para a cidade do Recife e para Pernambuco.

Qualquer que seja o objetivo a ser alcançado, o ser humano tem que dar o primeiro passo, sem o qual, não sairá do lugar e ficará cada vez mais distante dos seus sonhos. Nesses últimos dias naveguei em imagens que povoavam meus pensamentos e, conduzido pela emoção, fui ao encontro dos primeiros passos dados ao longo dessa jornada.

Ainda criança, ousei pensar grande. Hoje adulto, torno-me criança prisioneiro da intensa emoção que me toma neste momento. Um sentimento tantas vezes experimentado, mas nunca igualado quanto o que sinto agora.

Esta data marca a realização de um sonho sonhado há anos, alimentado em cada instante vivido, apoiado pela minha família, discutido com a minha equipe de trabalho, posto em execução, e finalmente concretizado.

Este momento faz-me lembrar o primeiro dia em que aqui cheguei, percorrendo ruas, observando lugares, os prédios seculares, sentindo o aroma dos jardins, contemplando as pontes, os rios, com admiração e encanto, tanto quanto os que sentiram homens como Gilberto Freyre, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Capiba, Mauro Mota, Carlos Pena Filho e outros brilhantes pernambucanos que contaram e cantaram a beleza da cidade em prosa e verso. E entre idas e vindas escolhi o Bairro de Casa Amarela, o novo ponto de partida dessa caminhada, implantando a primeira, das dezenas de lojas, do Grupo Bompreço. Foi um dia inesquecível! Estávamos em 1966. Anos depois, estaria se formando a terceira maior rede de Supermercados do país, com lojas distribuídas em todo o Nordeste.

Os poetas e os escritores que se dedicam a interpretar a alma humana, dizem que a vida é feita de escolhas. Confesso: essa foi uma escolha minha e abençoada por Deus. Recebi em troca carinho, atenção e respeito. Faz-se necessário revelar de público a gratidão que tenho pelos pernambucanos, tal a forma como fui acolhido ao longo desses quase cinquenta anos de convivência.

Fui adotado por esta cidade, em 1974, por iniciativa do vereador Aristófanes Andrade e em 1980, pela generosidade do deputado Almeida Filho, autor do projeto que nos outorgou o título de Cidadão de Pernambuco. Tornei-me assim, oficialmente, filho desta maravilhosa terra. Sinto-me, portanto, carinhosamente recebido por todos vocês, tanto pelas homenagens, como pelos gestos e ações que fazem dessa relação, uma permanente demonstração de bem-querer.

Aqui montei o meu novo lar a partir de1966. Aqui iniciei um novo processo de vida. Aqui fiz amigos. Aqui conquistei fieis companheiros de trabalho.

Há também o lado sentimental, pois foi aqui no Recife que minha filha Jaci casou com Marcelo e nos deu a felicidade dos três netos João Carlos, Marcelinho e Renato, que hoje estão ao nosso lado atuando nos negócios e alimentando meu espírito empreendedor.

Senhoras e senhores

“A vida não se resolve com palavras”, já dizia o poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto. Concordo plenamente. Sou daqueles que acreditam que as palavras sem a ação se tornam inúteis, vazias, sem consistência ! É preciso a manifestação de uma força de vontade, a realização de procedimentos, a vontade de querer fazer!

E partindo desse principio em março de 2010 apresentei ao Prefeito João da Costa o projeto de construção do RIOMAR, um investimento da ordem de R$ 600 milhões. Na oportunidade, falei dos benefícios que o novo equipamento traria para a população recifense e pernambucana. Relatei a importância desse empreendimento a partir da abertura de expressivo mercado de trabalho nos mais variados segmentos de atividades profissionais.

Demonstrei o quanto esse moderno centro de compras, o maior do Nordeste, a maior área construída do setor comercial realizada de uma só vez no país, romperia com os modelos tradicionais e as vantagens que traria para a população.

Nas fundações deste prédio utilizamos 4.000 estacas; Foram reaproveitados 25.000 metros cúbicos de resíduo, evitando 6.875 viagens de caminhão; utilizamos 80.000 metros cúbicos de concreto, que equivale a trinta e dois milhões de Kg de cimento; consumimos cinco milhões e seiscentos e cinquenta mil kg de aço na estrutura e um milhão, quinhentos e quarenta mil kg de aço na coberta.

Seguimos todos os trâmites legais, superando obstáculos, muitas vezes maiores do que imaginávamos, mas nunca sem perder a perseverança. Em contrapartida, o Prefeito João da Costa, homem sensível a iniciativas que venham beneficiar à cidade, determinou celeridade aos estudos onde foram verificados todos os impactos causados por um empreendimento desse porte. A bem da verdade, quero declarar e agradecer ao mesmo tempo o engajamento do senhor prefeito a esse projeto, acompanhando passo a passo o desenvolvimento dos trabalhos que competiam ao poder público. Destaco aqui também a atuação dos secretários da prefeitura que não mediram esforços na agilização das providências que se fizeram necessárias.

E naquela ocasião eu já dizia, para espanto de muitos, que a inauguração do RIOMAR tinha data marcada e seria em outubro de 2012.

E neste dia 29 de outubro de 2012, estamos fazendo a entrega à sociedade pernambucana de um equipamento que ao longo de sua construção gerou mais de três mil empregos e a partir de agora, abre espaço para cerca de oito a nove mil empregos nas lojas.

Foram dois anos de muita luta e dedicação, persistência e paixão pelo fazer! De todos! Do mais simples operário, aos prestadores de serviços, aos técnicos, arquitetos, engenheiros, projetistas que participaram desse projeto. Uma responsabilidade abraçada por todos, porque cada pessoa envolvida sabia exatamente da importância desse empreendimento para o pernambucano. O RIOMAR foi cuidadosamente planejado para economizar o consumo de recursos naturais, físicos e energéticos, ajudando a racionalizar o uso da água e da energia, beneficiando lojistas com a redução dos custos condominiais. O nosso compromisso com a sustentabilidade, levou o RioMar a ser o primeiro shopping do País a conquistar o selo internacional AQUA, de Alta Qualidade Ambiental, em três etapas: programa, concepção e realização. O reconhecimento é feito pela Fundação Vanzolini.

Além de respeitar o meio ambiente, esse novo equipamento apresenta uma moderna experiência de shopping, com malls amplos, de fácil circulação e projeto paisagístico compatível com a beleza natural da capital pernambucana.

Quero ressaltar que ao longo de sua construção o Instituto JCPM de Compromisso Social teve papel fundamental na capacitação de grande número de pessoas atuando através de programas de formação e qualificação profissional. Até o momento 4.425 pessoas participaram dos programas realizados em parceria com o SENAI, para construção civil e com o SENAC, no programa de Qualificação para o Varejo, coordenado pela Fecomércio, dirigido pelo professor Josias Albuquerque.

Meus amigos

Permitam-me fazer uma breve retrospectiva a respeito de nossa trajetória. Nasci na Serra do Machado, no meu querido Sergipe, vim de uma família pobre, de pais que lutaram para obter o sustento de seus nove filhos. Fui o primeiro varão da família, pois três mulheres nasceram antes de mim e, desde cedo, aos nove anos, comecei a ajudar meu pai, Pedro Paes Mendonça no seu pequeno Armazém, já na cidade de Ribeirópolis para aonde nos mudamos.

Trabalhar sempre foi rotina para mim, desde criança. Fui temperando a disciplina de seu Pedro com a intuição de minha mãe. Procurei cada vez mais aprender a difícil arte de comercializar observando a maneira de meu pai atuar. Isso incluía: respeito aos clientes, fornecedores, auxiliares e concorrentes. É possível que já a partir daí tenha nascido dentro de mim, sem que eu tivesse plena consciência disso, o espírito de empreender.

Aprendi desde cedo que a determinação, disciplina e o senso de organização devem prevalecer nos negócios. Os desafios foram muitos, mas sempre enfrentados dentro desse conjunto de regras.

E a paixão pelo que fazia aumentava na proporção em que sentia que estava gerando desenvolvimento e novas oportunidades para as pessoas. Como varejista sempre tive a consciência de que quanto mais eu me dedicava a esse nicho, maior era a minha responsabilidade para com os pernambucanos e com as regiões onde atuava.

No ano de 1987, movido pelo sentimento de pernambucanidade, assumimos o Sistema Jornal do Commercio, que naquela ocasião passava por momentos extremamente difíceis, como era do conhecimento de grande parte dos pernambucanos.

No ano de 2000 decidi mudar! Tudo muda! Porque eu não mudaria! O meu foco de negócio passou a ser outro. Voltei-me principalmente para o segmento de shoppings e o varejo não deixou de permear essa nova atividade empresarial, mas a essência passaria a ser outra. Atualmente temos participação em onze shoppings nos estados de Pernambuco, São Paulo, Bahia e Sergipe.

Como exemplo lembro que na capital baiana, em 2007, inauguramos o Salvador Shopping um arrojado empreendimento que após um ano de construído recebeu três prêmios internacionais. Foi reconhecido pelo Conselho Internacional de Shopping Centers, como o melhor shopping da América Latina em projeto Arquitetônico & Desenvolvimento Inovadores e Excelência em Sustentabilidade, conquistando o segundo lugar no prêmio mundial. Dois anos depois, entregava a população daquela cidade, mais um Shopping, o Salvador Norte, bem próximo ao aeroporto numa área de grande desenvolvimento.

O meu espírito é de empreendedor e por mais que eu tente é difícil aceitar, um dia, parar como fato consumado. Mas quando isso acontecer quero ter a certeza que fiz o melhor pelas pessoas. E a certeza nada mais é do que a convicção de que tudo foi realizado de forma correta.

O destino agora nos conduz a outras paisagens, pois dentro de dois anos vamos inaugurar, em Fortaleza, equipamento similar ao padrão do RioMar - Recife.

Não poderia deixar de registrar nesse momento o apoio recebido de Auxiliadora, que esteve sempre ao meu lado como esposa, companheira, conselheira e amiga com quem divido minhas preocupações e alegrias.

Aproveito a ocasião para agradecer também aos meus netos, João Carlos, Marcelinho e Renato, à minha filha Jaci, meu genro Marcelo, aos meus irmãos Reginaldo e Eduardo, minhas irmãs e ao sócio Gerson Lucena, parceiro deste empreendimento. Quero cumprimentar e agradecer, aos lojistas pela confiança depositada nesse projeto e pelo reconhecimento ao alto padrão deste equipamento.

Não posso deixar de registrar o trabalho desenvolvido pelo diretor da Divisão Imobiliária e da Construtora do Grupo, Francisco Bacelar, que com determinação, liderança, foco, agilidade e tranquilidade comandou pessoalmente a construção deste shopping.

Nossos agradecimentos aos arquitetos André Sá e Francisco Motta responsáveis pelo projeto do empreendimento e a atuante equipe de trabalho do JCPM, que não mediu esforços ao transformar o sonho de um, em sonho de todos.
Gostaria de ressaltar o apoio do BNDES, que está sempre presente nos grandes projetos que visam o crescimento e desenvolvimento socioeconômico do Brasil e do Nordeste.

Meus amigos

Tenho a honra de entregar nesse momento à sociedade pernambucana o RIOMAR, construído com todo o carinho, dedicação e profissionalismo, convicto de que vocês ficarão felizes com mais esse marco de progresso e desenvolvimento da cidade, entrecortada de pontes e rios que correm em direção ao mar, levando saudades de seus visitantes e deixando às suas margens a certeza de que essa gente que fica tem o orgulho de ser recifense, de ser pernambucano e de ser nordestino.
Obrigado a todos.
fonte:jconline

De uma só vez, Rafael Câmara vence Copa Nordeste e etapa do Pernambucano de Kart


Rafael venceu três das quatro provas do final de semana
Piloto garantiu vaga na Copa das Federações, que será realizada em novembro em Belo Horizonte, e assumiu a liderança do campeonato no Estadual


O final de semana da sétima etapa do Campeonato Pernambucano e da Copa Nordeste de Kart foi perfeito para Rafael Câmara. Com apenas sete anos, o piloto de Recife enfrentou uma verdadeira maratona neste final de semana, no kartódromo do Tamboril, com diversos treinos livres, classificações e corridas.

No final, Câmara venceu três das quatro provas do final de semana. Os resultados deram o título da Copa Nordeste ao piloto, garantindo a vaga para a Copa das Federações, que será realizada no final de novembro, em Belo Horizonte, e também a liderança do Pernambucano na categoria Mirim.

As provas foram bastante agitadas e competitivas. No campeonato Regional, Câmara enfrentou algumas adversidades nas corridas, mas mesmo assim saiu vitorioso em duas baterias. Largando da 11ª posição na geral, Rafael partiu para cima dos adversários em sua categoria e com uma bela ultrapassagem assegurou a liderança e a primeira vitória do final de semana. Na segunda prova, Rafael terminou em segundo, mas conseguiu se recuperar na terceira e derradeira prova com uma ultrapassagem brilhante no final da corrida para vencer e conquistar o título.

Já na etapa do Pernambucano, o piloto enfrentou problemas com o protetor da corrente, que quebrou na segunda volta da tomada de tempo. Assim, Rafael foi obrigado a largar do parque fechado, na última colocação. Em prova agressiva, o piloto não tomou conhecimento dos adversários e foi ganhando posições a cada volta. Ultrapassou o líder e se manteve firme até receber a bandeirada na primeira posição. A vitória deu ao piloto a primeira colocação na tabela com 83 pontos, três a mais que o vice-líder. A última etapa acontecerá dia 11 de novembro e decidirá o campeão da temporada.

Campeonatos

"Foi um final de semana perfeito. Pela primeira vez na carreira, participei de dois campeonatos ao mesmo tempo e acho que fui muito bem. Aguentei o ritmo e todas as voltas da corrida, o que prova que estamos bem preparados. Os resultados também foram excelentes, já que conquistei a vaga para a Copa das Federações e a liderança do Pernambucano. Gostaria de agradecer ao pessoal da Ventura Racing, que fez um ótimo trabalho nesses últimos dias".
fonte:clicknews

domingo, 28 de outubro de 2012

Maluf: 'Fui muito importante para a eleição de Haddad'

Deputado fez elogios ao prefeito eleito, que segundo ele 'certamente será inscrito na galeria de grandes prefeitos de São Paulo'

Futura Press
O deputado federal Paulo Maluf (PP) durante a comemoração da eleição de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo.
Sorridente circulando na comemoração à vitória de Fernando Haddad em São Paulo, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) disse que sua contribuição foi "muito importante" para o resultado das urnas. "Eu fui muito importante para a eleição dele", disse o deputado do PP.


Maluf lembrou que uma pesquisa Datafolha apontou que 12% dos eleitores votariam em um candidato indicado por ele. E não poupou elogios ao prefeito eleito. "Ele certamente será inscrito na galeria dos grandes prefeitos de São Paulo", disse Maluf.

Maluf foi protagonista do polêmico apoio a Haddad no início da campanha municipal. A notícia de que o deputado endossaria a candidatura do petista levou a deputada Luiza Erundina (PSB) a voltar atrás e recusar o convite para ser vice na chapa. Uma foto em que Lula e Haddad cumprimentam o deputado também circulou pelas redes sociais e ajudou a alimentar críticas de adversários.

Questionado sobre uma possível fusão entre o seu partido e o PSD do prefeito Gilberto Kassab, Maluf desconversou. "Uma fusão depende de Brasília", disse.
fonte:ig

A eleição deixou bem clara a diferença entre Joaquim Barbosa e Lewandowski


Não pode passsar em branco a notícia de que o cumprimento do dever cívico de votar demonstrou de forma irrespondível a diferença abissal entre dois ministros do Supremo Tribunal Federal – Joaquim
Barbosa, relator do processo do mensalão, e Ricardo Lewandowski, revisor.

Cumprimentado na rua

Joaquim Barbosa votou na Zona Sul do Rio de Janeiro, no Clube Monte Líbano, na Lagoa. Aguardou apenas um minuto na fila, antes de votar. Foi o tempo para que surgisse um grupo de tietes entre 50 e 80 anos. Até o supervisor da 17ª Zona, Luiz Henrique Leão Vieira, de 49 anos, tirou uma foto com o ministro, e postou no Facebook. Escreveu: “Esse me dá orgulho de ser brasileiro!”.
Nos quinze minutos em que teve de ficar no local, Barbosa não negou um único pedido de foto. Só faltou ser aclamado.

ESQUEMA DE SEGURANÇA…
Eleitor em São Paulo, o revisor Ricardo Lewandowski pediu esquema de segurança e entrou pelos fundos do colégio onde vota, no Brooklin, Zona Sul da capital. Nenhum dos eleitores que o encontraram dirigiu-lhe a palavra, não fez fotos com ninguém. Apenas os jornalistas, por dever de ofício, o procuraram para entrevistas. E suas declarações foram bastante sintomáticas.
- Estou com a consciência absolutamente tranquila, cumpri meu dever. Críticas fazem parte do processo democrático – disse.
Só esqueceu de explicar por que, então, teve de pedir proteção policial. Mas sua consciência sabe muito bem os motivos.

Quanto mais a gente reza...



Direto de Sampa: Marli Gonçalves

Marli Gonçalves


por  Marli Gonçalves

...mais assombração aparece! Bem, claro que já ouviu essa expressão. Certamente já a usou também. Só que nesses dias esse terror combina com Halloween, Dia de Todos os Santos, Dia dos Mortos. Brincadeiras ou travessuras?

É impressionante: não param de acontecer coisas esquisitas, como eleição de postes, busca de jornalistas para ser apontados como culpados, como se culpados fossem eles pela condenação de certas pessoas, policiais e bandidos em guerra de bang-bang total nas ruas, justiçando sem lei, administradores incompetentes que preferem negar os fatos a resolvê-los; brigas de facções de todos os tipos, cores, armamentos e tamanhos. A sequência de três dias desta semana combinará com esse clima de apagão geral.

No dia 31 de outubro, Halloween, a gente se veste de bruxa ou bruxo, feiticeiro com caldeirão, põe máscaras, e acende a lanterna de vela dentro da abóbora com cara (o Jack)- até porque é capaz de precisar mesmo. A luz pode apagar geral, como anda ocorrendo nas nossas barbas, bigodes, eriçando nossos pelos como os gatos pretos de olhos amarelos das histórias de terror.


Dados certos resultados e encaminhamentos políticos esperados vamos soltar morcegos nos castelos assombrados. Vamos ouvir uivos e correntes arrastando. Lamentos pelo que deveria ter sido feito e não foi - daí a derrota. Talvez a gente precise usar a vassoura para enxotar gente chata - aliás, a origem da expressão que "quanto mais a gente reza, mais assombração aparece" - ou para voar para bem longe.

Com o fim do período eleitoral, deve acabar a impressionante e verdadeira saga do saco de bondades a que assistimos nos últimos tempos, batendo nas portas, tocando a campainha e fugindo, juros baixos, isenção de IPI, promessas de contas de luz mais baratas, e de crédito ou empréstimos - parece tão fácil na propaganda, sopa no mel, tirar pirulito da criança. Só que se não tem almoço de graça, lembre que eles só adoçam nossas bocas quando querem alguma coisa em troca.


E, como dizem, quando não precisam agora vão poder tocar o terror - oficial e extra-oficial. Municipal, estadual e federal.

Temo, em breve - fora das datas - ver mortos-vivos em andrajos nas ruas se as bolhas estourarem, bolhas iguais às que aparecem quando a gente usa sapato novo. Só que o calcanhar será outro. E as bolhas, maiores. Bobeou e o Papai Noel vai aparecer vestido de Drácula para sugar ainda mais o sangue dos devedores, os inadimplentes que não se comportaram bem durante o ano, não pagaram suas contas direitinho, as contas do consumo que lhes foi apresentado de forma tão irresponsável, e que coitadinhos ainda ousam mandar cartinhas pedindo presentes. Fora que está tão chata essa discussão de kit-gay, homofobia, religião, que as renas vão pensar duas vezes antes de sobrevoar nosso país.

Mas nem tudo acaba mal, nessa noite que prepara a chegada do outro mês. Amanhece o dia 1º de novembro, de Todos os Santos, a nossa cara, que mistura alho com bugalho, igreja com terreiro, Miami com Copacabana, chiclete com banana. Eu quero ver a grande confusão.


Finalmente chega o feriado, dia 2, Dia dos Mortos. Mas aí a gente vai lembrar que não vive lá no México, onde essa data é festa, toda colorida, porque o povo se arruma e se prepara para receber a "visita" dos que já foram, e distribuem caveirinhas de açúcar.

Aqui a moçada resolveu usar a caveirinha de enfeite, em tudo, repare - do chique ao popular, até em roupa de criança. Caveirinhas até meio viadinhas, no bom sentido, com strass, lacinho, e até sorriso (!). Muito esquisito: um símbolo que traz más lembranças, como a do Esquadrão da Morte, Scuderie Le Coq, que a usava, praticando extermínios parecidos com o que novamente acompanhamos placidamente.


E, continuando a guerra, as mortes que estão acontecendo nas ruas, tantas chacinas para lá e para cá, manchando tudo de sangue, ainda vamos ver é muitos fantasmas.

Bem nos nossos bigodes. Outro símbolo que anda na moda, mas eu ainda não descobri por que. Pelo Sarney é que não deve ser, ora bolas!

Eduardo Campos é destaque na revista "The Economist"


Revista inglesa fala sobre o desenvolvimento do estado e a visibilidade política de Eduardo Campos (Reprodução internet/ The Economist)
Revista inglesa fala sobre o desenvolvimento do estado e a visibilidade política de Eduardo Campos
Uma das revistas mais importantes do mundo, a inglesa The Economist, publica uma reportagem sobre o governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB. Com o título "The Pernambuco model" (O modelo de Pernambuco), o texto diz que o socialista é um gestor moderno ao mesmo tempo que é um chefe político antiquado.

A reportagem aborda o desenvolvimento de Pernambuco, desde o declínio da cultura da cana-de-açúcar até a recente industrialização do estado. A revista cita, por exemplo as obras realizadas no Complexo Industrial Portuário de Suape, como a Refinaria Abreu e Lima e a Petroquímica. "Desde que Eduardo Campos assumiu o governo do estado, em 2007, a indústria em Pernambuco cresceu de 10% para 25% e deve atingir 30% em 2015, enquanto o Brasil teme pela desindustrialização", afirma o texto.

A The Economist também aborda as melhorias na educação, as ações na saúde e diz que o governador recebe críticas por não enfrentar a pobreza e cita que o Recife tem 600 favelas. Segundo a reportagem, Eduardo Campos responde que o governo tem feito o que pode. E aposta que a melhoria da infraestrutura, a atração de investimentos privados e a melhoria da educação vai eliminar as causas da miséria no estado.

Os críticos, segundo a reportagem, afirmam que Eduardo Campos se transformou em uma versão moderna de um tradicional "coronel nordestino", sem desafiar a velha ordem rural, trocando apoio por empregos e favores e paralisando os opositores. Seus defensores, no entanto, alegam que ele é atuante e apresenta resultados.

Em seguida, a revista afirma que os resultados da gestão transformaram Eduardo Campos em um potencial candidato às eleições presidenciais de 2014. E em um dos políticos com maior visibilidade do país.
fonte:dp

Presidente do PSB, Eduardo comemora resultado das eleições

 












Governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos comemorou as vitórias obtidas pela sigla no segundo turno das eleições municipais neste domingo (28). 'Um resultado muito bom. Ganhamos Prefeituras importantes no Centro Oeste e no Sudeste. Somos agora um partido reconhecido pela confiança de brasileiros de todas as regiões do País', disse o socialista.

Das sete cidades em que disputou, o partido venceu em seis. Para Eduardo, o PSB manteve a tendência de ser o único que cresce em todas as eleições, conquistando mais três Prefeituras nas capitais: Fortaleza, Cuiabá e Porto Velho. No primeiro turno havia vencido no Recife e em Belo Horizonte. Com o resultado, o PSB foi o partido que mais elegeu perfeito nas capitais brasileiras.

Em todo o país, computando as duas fases, foram 442 prefeituras conquistadas. 'Isso aumenta a nossa responsabilidade. Não queremos simplesmente ganhar eleições. Queremos que as cidades que elegeram nossos candidatos sejam as verdadeiras vencedoras. Já somos o partido cujos candidatos tiveram mais êxitos ao tentar a reeleição. E vamos trabalhar duro para continuar assim', disse

Eduardo, relatando que 71% dos prefeitos socialistas que disputaram um segundo mandato foram eleitos, contra 50% da média nacional.
Eduardo Campos acompanhou a eleição e a apuração em casa, ao lado da família, do prefeito eleito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), e por alguns poucos amigos e assessores.

fonte:blogmagno

ACM Neto é o novo prefeito de Salvador



                                           
                                           ACM Neto (DEM) está eleito prefeito de Salvador
Com 96% apurados, o candidato ACM Neto (DEM) está eleito prefeito de Salvador para o mandato de 2013-2017. Dos 1.409.706 dos votos válidos, o democrata tem 689.379 votos, o que corresponde a 53,81%. O candidato do PT, Nelson Pelegrino, está com 602.491 votos válidos, equivalente a 46,29%.

Os índices de brancos, nulos e abstenções na capital baiana foram considerados elevados. Ao todo, 34.762 eleitores (2,47%) votaram em branco, 93.809 (6,65%) em nulo e 387.417 (21,56%) se abstiveram de votar.

A boca de urna do Ibope, divulgada na tarde deste domingo (28), apontava o candidato ACM Neto com 52% dos votos contra os 48% de Nelson Pelegrino, podendo variar entre 50% e 46%. A pesquisa, encomendada pela TV Bahia, afiliada da Rede Globo, ouviu 4 mil eleitores.

Mas o massacre foi maior, em Salvador, o candidato ACM Neto, do DEM, que é considerado um partido em vias de extinção, dá um baile no petista Nelson Pelegrino, abrindo também mais de 10 pontos de frente.




Haddad diz que vai se dedicar de corpo e alma para governar São Paulo

                                    

                                    
                                   Fernando Hadda prefeito eleito de São Paulo                                         

“Pretendo me dedicar de corpo e alma para governar São Paulo. Essa cidade precisa de dedicação”, foi como o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse que será a marca de sua gestão na maior cidade do país. Eleito com 55,94% dos votos válidos (92% das urnas apuradas), Haddad deu entrevista exclusiva à TV Brasil e comentou sobre seu plano de governo.

Aos 49 anos, o petista vai governar a cidade com o maior Produto Interno do Brasil (PIB) do Brasil, com 11,5 milhões de habitantes e graves problemas envolvendo habitação, transporte, segurança, saúde e educação.

Na opinião de Haddad, é preciso redefinir os espaços de habitação da cidade e melhorar a mobilidade das pessoas que moram na periferia. “É uma cidade muito desequilibrada. O emprego está longe da moradia, o lazer está longe do emprego”. Segundo ele, para governar São Paulo é necessário superar métodos atrasados. Ele também defendeu uma reforma urbana. "São Paulo reúne todas as condições para realizar esta mudança", disse.

Sobre os problemas relacionados à moradia, o petista disse que vai retomar os investimentos em habitação com o foco na infra-estrutura das comunidades. “Cada bairro tem que ter vida própria, com serviços públicos, comércios, moradia”, acrescentou que irá investir ainda em áreas verdes para a capital paulista voltar a respirar.

O prefeito eleito destacou retomada nos investimentos em saneamento básico, como medida para evitar os alagamentos na cidade. Haddad disse que considera inadmissível que o centro da cidade, em especial o Vale do Anhangabaú, ainda sofra com os alagamentos no período das chuvas. “Pretendo retomar o plano de macrodrenagem, ainda da gestão do PT na prefeitura, que foi abandonado”, disse.

Sobre o transporte público, um dos principais temas da campanha, Haddad disse que vai investir nos corredores exclusivos para ônibus. O prefeito pretende contar com a parceria do Ministério das Cidades para entregar, em quatro anos, 150 quilômetros desses corredores.

Haddad relatou que vai pretende conversar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sobre a parceria relacionada ao metrô. Na sua opinião, o acordo entre a prefeitura e o estado não estipula os compromissos com a construção de mais linhas e estações. “A parceria atual me parece desequilibrada. A prefeitura entra com o dinheiro e o metrô não entra com compromisso. Eu quero saber que estação vai ser construída e em quanto tempo, que nova linha vai ser implantada e isso não está claro no termo de parceria”, criticou.

Para dar conta dos desafios relativos à geração de emprego e renda, Haddad disse que São Paulo precisa redescobrir a sua vocação. Na opinião do prefeito eleito, além de ser o centro financeiro do país, São Paulo tem a vocação para a prestação de serviços e reúne um grande número de  universidades e centros de pesquisa, o que favorece essa redescoberta.

O caminho, para o prefeito eleito, é investir na chamada nova economia com o incentivo ao desenvolvimento de softwares, games e vídeos - atividades geradoras de emprego e renda, principalmente para os jovens. “Nós estamos prevendo no nosso plano de governo o fomento a laboratório de garagens focados no desenvolvimentos de softwares. O Poder Público tem que organizar isso para que se traduza em bens, em conhecimento.”

Haddad disse que vai implantar aulas em tempo integral para os estudantes do ensino fundamental. Os alunos passariam um turno na escola e outro em um espaço público, como bibliotecas. Outra meta é ampliar o número de creches para acabar com o déficit estimado de 140 mil vagas. “Primeiro, vou trazer R$ 250 milhões do governo federal que estão disponíveis para São Paulo e que, infelizmente, não foram acionados pela prefeitura”.

O plano de governo do petista ainda prevê parcerias para implantar, nos bairros da cidade, o programa Universidade Aberta do Brasil, sistema integrado por universidades públicas que oferecem cursos de nível superior à distância para quem tem dificuldade de acesso à formação universitária.

No que diz respeito à segurança, Haddad defendeu a ocupação por parte do Poder Público nas áreas com alto índice de violência, o investimento na polícia comunitária e a adoção de políticas sociais para jovens.
Fonte: Agência Brasil

                                                   

 

Amor no tempo do velho Chico

                                            

   por   Carlito Lima

Penedo, cidade, pedra. Penedo, rocha, rochedo. Penedo das ruas estreitas, casarões nutridos de história. Penedo, Rio São Francisco, cenário magnífico de viver uma paixão. Penedo testemunha de histórias de amor escondidas em seus casarões barrocos. Penedo, história da paixão inesquecível, Frederico e Juliana. O tempo não existe em Penedo.

Meio século, 50 anos separam daquele Penedo antigo, belos casarões abrigando famílias tradicionais, o fino da aristocracia alagoana. Juliana nasceu em berço dourado, ainda menina chamava atenção pela beleza, bom humor e inteligência. Estudava piano, aulas particulares, tornou-se uma das maiores pianistas da redondeza, ao tocar, o mundo se enchia de graça. Certa vez o grande teatrólogo Paschoal Carlos Magno ouviu Juliana executando as Bachianas de Villa Lobos, implorou, conseguiria bolsa de estudo no conservatório de música na capital do país, o Rio de Janeiro. O pai negou, Juliana não importou, adorava sua terra, Penedo.

Quis o destino, aos 16 anos conheceu Frederico, jovem, 18 anos, em clima carnavalesco, comemoração do Brasil campeão mundial de futebol, atração simultânea. Fred, embora moço, também de família tradicional, já era um dos grandes boêmios da cidade, frequentador assíduo da zona do Camartelo, gostava do chamego de quengas, certa vez foi preso por arruaça no baixo meretrício. Andava pelos botequins, na boemia. Tinha a seu favor a simpatia e uma eloquência encantadora, inteligente, bom aluno planejava fazer vestibular na Faculdade de Direito em Maceió. Assim como os antagônicos se atraem, Juliana ficou atraída, encantada com o envolvente rapaz. Os pais consentiram o namoro com muitas restrições. Formavam um belo casal, viviam uma paixão de jovens românticos em passeios às margens do Velho Chico apreciando o pôr-do-sol.

Frederico fazia força para ficar em casa sossegado, mas não resistia, caía na gandaia. Na zona do Camartelo era conhecido por todas as raparigas. Certa vez virou a noite, o dia amanhecia quando eles e os amigos bêbados fizeram uma serenata no casarão da família de Juliana. O pai pediu que ela acabasse o namoro, houve pressão. Ela deu mais uma chance para o namorado.

Início de fevereiro o pai de Frederico faleceu, enterro comovente. Quinze dias depois, carnaval, Juliana como não podia brincar devido ao falecimento do sogro, passou o carnaval na fazenda em Piranhas. Quando voltou na quarta-feira de cinzas soube do ocorrido com o namorado, Frederico não aguentou os acordes metálicos do frevo, caiu no passo os três dias de carnaval na rua e no clube, escandalizando a sociedade conservadora. Juliana escreveu uma carta acabando definitivamente o namoro. Frederico no outro ano foi estudar Direito na capital.

O tempo é inexorável, nesses últimos 50 anos cada qual tomou seu destino. Juliana continuou virtuosa pianista, quando enviuvou teve o consolo de seus 4 filhos e 8 netos. Frederico fez seu destino, tornou-se um grande advogado, hoje viúvo com 5 filhos e 13 netos, ainda trabalha muito.

Ano passado Frederico foi a Penedo com um amigo carioca. À noite, visitavam a Fundação Casa do Penedo, museu vivo onde se respira história e cultura, invenção do Dr. Francisco Salles, penedense sonhador, amante da terra. De repente Frederico ouviu uma música suave, um piano ao longe, lhe informaram, era festa de aniversário de uma senhora muita querida, Dona Juliana. O coração de Frederico voltou a bater como um jovem, pediu licença aos amigos, caminhou em direção à música que envolvia a noite de brisa fresca. Reconheceu o casarão onde um dia cantou em serenata depois de sair da zona. Entrou sem cerimônia, cumprimentou os presentes, seu coração encheu-se de ternura ao ver Juliana ao piano embevecida com a música. Inexplicavelmente naquele momento Juliana olhou ao lado, seus olhos cruzaram com os de Frederico, reconheceu o amor de sua juventude. Um sentimento forte tomou conta, a alegria invadiu sua alma; inspirada, tocou como nunca havia tocado. Ao terminar a audição, os presentes aplaudiam o belo concerto. Numa onda de felicidade, sorrindo foi cumprimentar o amigo, seu primeiro namorado.

Não pararam de se ver, Frederico mudou-se para Penedo curtindo o amor, amor maduro, amor incubado, amor cinquentenário. A resistência dos filhos foi vencida. Casaram-se na Igreja com todas as famílias unidas, filhos e netos aplaudiram a troca das alianças. O apaixonado casal de idosos é visto toda tarde passeando a beira do Rio, contando histórias, recordando o amor no tempo do Velho Chico.

FILME DO DIA



 É 1970. O Brasil e o mundo passam por mudanças radicais, mas a maior preocupação na vida de Mauro, 12 anos de idade, tem pouco ou nada a ver com a proliferação das ditaduras militares na América do Sul. Seu maior sonho é ver o Brasil tri-campeão do mundo. Poucos meses antes do início da Copa, no entanto, ele é separado dos pais, obrigado a se mudar para uma cidade desconhecida e a sobreviver num mundo novo. Repete-se assim a saga de seus avós, imigrantes judeus.

MEA CULPA

Mea culpa

                                             

 

por José Roberto da Silva
Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa.  Contrito e compungido - além de massacrado e dolorido pela tortura - o réu ajoelhado perante o tribunal do Santo Ofício, a feroz e ideológica Inquisição, admite seus erros. E o faz oralmente perante testemunhas. É réu confesso por ter confessado, ou seja, retorna à fé da qual seus pecados o afastaram. Mesmo assim, por caridade, é executado, mas sua alma está salva.

Negros tempos, mas nem mesmo os tribunais inquisitoriais eram de exceção, aceitos pelos Reis, chancelados pelo Papa. Nos Julgamentos de Moscou – assistidos secretamente por Stalin, cujo sadismo a História registra – fazia-se o simulacro de um tribunal com sentenças pré-ditadas pela dosimetria do Ditador que variava apenas em relação ao número de balas. Os fuzilamentos do regime cubano aos seus dissidentes e até ex-companheiros também eram precedidos de encenações “jurídicas”. O demônio chamava-se “inimigo de classe”.

A penosa e cruenta caminhada Ocidental até a instituição do Poder Judiciário, as Constituições liberais, o habeas corpus, são conquistas inimagináveis à pequena Malala, a garota paquistanesa baleada por um fanático talibã recentemente cujo crime é escorado na ideologia que almeja um estado teocrático.

Acusa-se o STF de ser palco de um “espetáculo midiático”, quando deveria ser saudado como “democrático”. Seria mais justo, então, um julgamento a portas fechadas? E o resultado seria anunciado pelo Diário Oficial, acompanhado por um press release aos jornalistas aguardando ao frio e à chuva na beira das calçadas? Não se pode erguer-se como um defensor da redemocratização e, ao mesmo tempo, desqualificar a Suprema Corte, nem reduzir o julgamento do Mensalão a uma “conspiração”.

Há resultados positivos desse embate. O aparelhamento político do Estado pelo lulopetismo encontrou agora uma barreira no STF, com base na lei penal. Se ela permitir atenuantes às penas – considerada a relevante militância de lideranças petistas contra a ditadura - que sejam bem vindas. Não vale é quebrar as vidraças do STF nem invocar heroísmos, porque heróis só mesmo os que morreram.

Projeto para royalties agride o pacto federativo


Editorial / O GLOBO

Amanhã, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, promete dar início a uma contraofensiva relacionada à tentativa do presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), de pôr em votação o projeto que altera a distribuição dos royalties do petróleo extraído do mar. Do jeito que está, o projeto prejudica de imediato estados produtores (ou confrontantes, como agora preferem usar os defensores da iniciativa), mais especificamente o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. No entanto, já no médio prazo a mudança nas regras afetará também São Paulo, Paraná Santa Catarina, Bahia, Alagoas e Sergipe, e, um pouco mais tarde, possivelmente Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Piauí e Pará.

O projeto, que teve origem em uma famigerada emenda do ex-deputado Ibsen Pinheiro, espelhava um sentimento incorreto de alijamento de estados não produtores nos resultados da indústria de petróleo. O Rio Grande do Sul, estado que o deputado representava, por exemplo, abriga hoje um crescente polo de construção naval voltado para a construção de grandes plataformas de petróleo e outros equipamentos que serão utilizados nos próximos anos na costa entre Santa Catarina e o Espírito Santo. O Rio de Janeiro, que reúne considerável número de empresas do setor, tinha condições de restringir este polo e não o fez, porque é importante que a cadeia produtiva do petróleo se diversifique pelo país. Da mesma forma, Pernambuco, que hoje não produz uma gota de óleo, passou a contar com importante polo de construção naval, que poderia ter sofrido igualmente severas restrições, pois as primeiras encomendas foram efetivadas quando o principal estaleiro existia somente no papel.

O bom relacionamento entre os estados deve ser o esteio do pacto federativo, ainda mais agora que se avizinha uma necessária mudança no sistema tributário e nas regras de cálculo do fundo de participação. No entanto, dentro do Congresso, persiste a tentativa de se alterar a redistribuição dos royalties e participações especiais referentes à produção de petróleo no mar, não só quanto a futuras áreas de exploração da camada do pré-sal, mas sobre campos já existentes, o que inclui áreas maduras da Bacia de Campos, com volume de óleo e gás em fase de declínio.

Trata-se, então, de iniciativa discriminatória e abusiva contra estados e municípios produtores. O Rio de Janeiro negociou com a União parte de sua dívida com base na projeção de receita de royalties, a partir de regras estabelecidas há tempos. Tais receitas ajudam a compor o fundo previdenciário dos funcionários públicos estaduais, o que possibilitou ao estado recuperar alguma capacidade de investimento. Pode-se dizer que o RJ conseguiu superar um longo ciclo de decadência econômica essencialmente com suas próprias forças, e essa solidariedade do governo federal. Os defensores da mudança dessas regras querem puxar o tapete, em uma atitude que ofende o pacto federativo.

CICLOATIVISTA



As grandes cidades brasileiras param na hora do rush, nenhuma novidade. Mas você sabia que muitas vezes maiores limites de velocidade se refletem em menores médias de velocidade dos veículos? Para entender esta estranha equação, o Sala de Notícias Cicloativistas ouviu exemplos positivos de cidades como Copenhagem e Londres. O programa traz uma reflexão sobre o movimento de cicloativistas brasileiros e quais são as mudanças necessárias para nos deslocarmos melhor em nossas cidades.

sábado, 27 de outubro de 2012

Dilma é responsável pelos apagões, diz ex-diretor da Petrobrás no primeiro governo Lula

Apagões

                             
                                                



O ex-diretor de Gás e Energia da Petrobrás, Ildo Sauer, afirmou em entrevista à Rádio Estadão-ESPN que Dilma Rousseff é a "principal responsável pelos recentes apagões no Norte e Nordeste do País e foi premiada com a Presidência da República". Ele explicou que a presidente falhou ao não implementar o Plano Nacional de Energia quando era Ministra de Minas e Energia, em 2003, no início do governo Lula.

Sauer fez parte da equipe que planejou a revisão na estrutura de organização, gestão e planejamento do sistema elétrico, durante o primeiro ano do governo Lula. Para ele, os apagões estão demonstrando que o planejamento no setor é deficiente e que a gestão está com dificuldade. "Se o sistema de proteção está adequadamente instalado, com manutenção preventiva centrada em qualidade, não poderia ocasionar a derrubada de 5 ou 6 linhas", afirmou.

Ele afirma que houve falhas de manutenção e resolução de emergências. O problema no setor, diz Sauer, é a grande quantidade de empresas e órgãos responsáveis por monitorá-lo, o que causa falhas na manutenção e na resolução de emergências.

Tarifas. A recorrência de apagões demonstra falhas de manutenção no sistema de transmissão de energia, avalia o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa. E a situação poderá piorar, com o plano de redução da tarifa de energia do governo: "A redução da tarifa poderá agravar, no sentido de comprometer capacidade das empresas de investir em engenharia. A manutenção do sistema é muito cara."

A avaliação de Pinguelli, que presidiu a Eletrobrás no governo Lula, é que a repetição dos episódios de apagão demonstra que há falhas não só na manutenção das linhas, como na previsão das ocorrências. "É uma questão técnica, que não tem qualquer semelhança com os apagões por falta de geração que ocorreram no passado", ressaltou.

Já o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, é mais enfático em suas críticas à gestão do setor elétrico, direcionadas à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

"O governo se dedicou muito a aumentar a oferta de energia e esqueceu que para a energia chegar ao consumidor precisa ser transportada e distribuída. Não está havendo melhoria dos equipamentos. Não estão sendo construídas linhas novas", disse. Ele alerta para o risco de o problema piorar no futuro com a instalação de novas usinas no Norte e Nordeste, longe dos principais centros de consumo, o que, em sua opinião, irá sobrecarregar ainda mais o sistema.
fonte:Estadão

“O ato mais entreguista da história foi o leilão de petróleo para Eike”, diz Ildo Sauer

  


 Memória

                                        

                                                

                                   

 O professor Ildo Luís Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEEUSP)



O professor Ildo Luís Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEEUSP), se diz um “fruto do programa nuclear brasileiro”, pois, quando estudante, o regime militar — interessado em formar quadros para tocar as dezenas de usinas que pretendia construir no país após o acordo com a Alemanha — lhe concedeu bolsa de iniciação científica, “bolsa para fazer o mestrado e o doutorado em engenharia nuclear e outras coisas mais”. Ao longo de sua trajetória acadêmica, porém, Sauer convenceu-se de que a energia nuclear não convém ao Brasil, e passou a dedicar-se mais à energia elétrica e ao petróleo.

Foi diretor de Gás e Energia da Petrobras entre 2003 e 2007, período que cobriu o primeiro mandato do presidente Lula e o início do segundo, e no qual tinha a expectativa de amplas mudanças na área de energia e petróleo. Orgulha-se de haver participado das decisões que levaram à descoberta das jazidas do Pré-Sal. Mas frustrou-se ao constatar que, ao invés da reforma que ele e o físico Pinguelli Rosa propuseram a pedido do próprio Lula, o governo tomou medidas que fortaleciam os agentes privados, em detrimento das empresas públicas e da sociedade em geral.

Nas páginas a seguir Sauer desfecha contundentes ataques às políticas de energia do governo, com destaque para a continuidade do modelo do setor elétrico herdado de Fernando Henrique Cardoso e — em especial — para a realização do leilão de “áreas de risco” da franja do Pré-Sal que acabaram por ser arrematadas por Eike Batista e sua OGX, fazendo desse empresário um dos homens mais ricos do mundo. O diretor do IEE não mede palavras ao opinar sobre o que ocorreu: “O ato mais entreguista da história brasileira, em termos econômicos. Pior, foi dos processos de acumulação primitiva mais extraordinários da história do capitalismo mundial. Alguém sai do nada e em três anos tem uma fortuna de bilhões de dólares”.

Quanto à contestada Belo Monte, Sauer, diferentemente de uma parte dos críticos, considera que a usina preenche todos os requisitos técnicos de operação. O problema, afirma incisivamente, “não é técnico, não é econômico, o problema lá é simplesmente político”, porque, em função dos erros do governo e da falta de planejamento, “ressuscitou-se um projeto longamente gestado pelo governo militar”, e assim “de certa forma um governo democrático e popular se serve da espada criada pelos militares para cravá-la no peito dos índios e camponeses, com métodos que não deixam nada a dever à ditadura de então, em relação à forma como a usina foi feita, de repente”.

Procuradas pela reportagem, as assessorias de comunicação da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula informaram que eles não comentariam as declarações do professor.

A entrevista foi concedida a Pedro Estevam da Rocha Pomar e Thaís Carrança e ao repórter-fotográfico Daniel Garcia.      

fonte: RevistaAdusp

Eduardo quer o Exércio contra a seca

Estiagem






                             
                               Governador de Pernambuco Eduardo campos


O governador Eduardo Campos (PSB) voltou ontem a cobrar agilidade e maior presença do governo federal nas ações de convivência com estiagem que atinge o semiárido nordestino. Em críticas à situação de fragilidade em que se encontram a maioria dos municípios brasileiros, ele disse que é preciso "fazer com que o Pacto Federativo funcione".

O socialista criticou os altos juros que os municípios são obrigados a pagar quando fazem empréstimos. "Isso provoca o desequilíbrio fiscal dos municípios. Demos sugestões a Dilma de como melhorar essa situação", acrescentou o socialista.

O governador voltou a pedir mais presença do governo federal nas ações de convivência com a seca e defendeu a atuação direta do Exército nas iniciativas. Segundo ele, essa é uma questão de segurança alimentar.

Como exemplo, ele citou a necessidade de trazer mais milho para tentar salvar os rebanhos. "Mas muitas dessas ações esbarram na burocracia. Precisamos romper com o cerco de burocracia. Precisamos fazer com que as políticas que foram definidas sejam efetivadas", argumentou.

Eduardo Campos foi mais duro quando falou dos roubos e desvio de água das adutoras, o que, de acordo com ele, têm prejudicado muito as populações já atingidas pela seca. Também defendeu o uso racional de água.

O governador também rebateu a reportagem da revista The Economist, que faz elogios a ele, mas também o apontou como "um coronel moderno". "A reportagem levanta um fato, que é o reconhecimento de uma administração que tem capacidade de diálogo e usa ferramentas modernas de gestão e qualidade. Mas quando faz julgamentos é sem base. Talvez seja o preconceito contra um nordestino, que faz uma administração popular e inovadora", avaliou o socialista.
fonte:
Pedro Romero / JC
 

A fatura milionária dos jetons


                                                   







 

Leandro Kleber / Correio Braziliense

Denunciados em uma ação popular por acumular cargos no governo federal com funções consultivas em empresas estatais e privadas e receber acima do teto constitucional, os 11 ministros citados no processo na Justiça Federal de Passo Fundo (RS) que resultou na suspensão do pagamento dos jetons na última quinta-feira ganham, juntos, mais de R$ 1,1 milhão por ano. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, é o que embolsa o maior valor. Ele é o presidente do Conselho de Administração do BNDES. Além dos R$ 26,7 mil recebidos mensalmente pela chefia da pasta em Brasília — teto do funcionalismo público brasileiro —, ele garante mais R$ 18 mil do banco. A Advocacia-Geral da União (AGU) deve recorrer da liminar na próxima semana.

O Ministério Público Federal (MPF), que também foi ouvido no processo judicial na cidade gaúcha, é contrário ao acúmulo de cargos em que a soma das remunerações ultrapassa o teto previsto constitucionalmente. Para o MPF, a atuação dos ministros nos conselhos consultivos é usada como artifício com a finalidade de proporcionar remuneração acima do permitido para integrantes do alto escalão do governo. “Não são necessárias maiores digressões para concluir pela imoralidade da utilização do pagamento de jetons para burlar a norma constitucional”, afirmou o órgão em parecer.


Responsabilidade A AGU, que defendeu a União no caso e apresentará o recurso na próxima semana, acredita na legitimidade do exercício concomitante dos cargos. “A retribuição pelo exercício de função em conselho de entidade de direito privado guarda um caráter próprio, correspondente à retribuição de representação”, argumentou. O ministro da AGU, Luís Inácio Adams, é o quarto na lista dos ministros que mais recebem jetons. Ele participa de dois colegiados na Brasilprev e na Brasilcap.


Antes dele, na conta dos mais contemplados, estão os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento), integrantes de dois conselhos na Petrobras. Cada um recebe R$ 16,5 mil. Mantega é o presidente do Conselho de Administração da estatal, que conta ainda com a presença do empresário Jorge Gerdau e de Luciano Coutinho, presidente do BNDES. O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, aparece no último lugar da fila: recebe R$ 1,8 mil por participar da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba).

Para o consultor econômico Raul Velloso, é preciso saber se o ocupante de um conselho é mera figura decorativa ou se ele de fato exerce aquilo que está previsto legalmente no colegiado. “Na minha experiência de 20 anos atrás no serviço público, quando estava no governo, eu tinha a sensação de que os jetons eram meros complementos salariais, porque as pessoas, em sua maioria, não interferiam na administração daquela empresa. Nos conselhos, há responsabilidades e funções a serem exercidas”, afirma. Em toda a administração pública, o número de servidores que recebe jetons chega a 408. A minoria deles participa de mais de um conselho.

408 Total de servidores públicos que recebem jetons, segundo dados do Portal da Transparência

No topo Confira a lista dos ministros que mais recebem jetons por participação em conselhos de empresas estatais e privadas


Fernando Pimentel (Desenvolvimento) recebe mensalmente R$ 18 mil no conselho do BNDES. Guido Mantega (Fazenda), ganha mensais R$ 16,5 mil no conselho da Petrobras, Miriam Belchior (Planejamento) fatura todo mês R$ 16,5 mil no conselho da Petrobras, Luís Inácio Adams (AGU) leva mensais R$ 13,2mil mensais nos conselhos da Brasilprev e Brasilcap e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) embolsa por mês R$ 8,1 mil no conselho do Sesc.


Fonte: Portal da Transparência

Valor de viagens eleitorais de Dilma só após 2º turno


 
O Palácio do Planalto se recusou a informar, antes do término das eleições, o valor gasto pela Presidência nas viagens da presidente Dilma Rousseff para eventos eleitorais durante a campanha.  

Segundo a legislação eleitoral, esses gastos têm de ser ressarcidos pelo partido dos candidatos em cujo palanque a presidente subiu: quatro do PT e um do PC do B. Para isso, a Presidência precisa cobrar o partido. 

Nesse sentido, o Planalto criou, em 6 de julho deste ano, regras definindo prazos, procedimentos e quais gastos deveriam ser ressarcidos.

Por essa norma, os custos com o combustível usado em veículos oficiais para deslocamentos aéreos e terrestres, e locação de veículos particulares, devem ser informados à Secretaria Geral da Presidência até três dias úteis a partir do fim da viagem.

Assim, em tese, o Planalto já tem em seu poder os custos a serem ressarcidos pelo PT nas viagens feitas pela presidente a São Paulo (duas vezes), Campinas, Belo Horizonte e Salvador. Também já deveria estar definido qual foi o valor gasto na viagem a Manaus, na segunda-feira.(Folha de S.Paulo)

Juiz limita salários de ministros a R$ 26,7 mil


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A Justiça Federal de Passo Fundo (RS) determinou a suspensão do pagamento de verbas remuneratórias que, somadas aos subsídios, ultrapassem o teto constitucional de R$ 26.700 a 11 ministros de Estado que participam de conselhos de organizações estatais. Em alguns casos, a remuneração atinge R$ 40 mil mensais.

A decisão, em caráter liminar, foi tomada pelo juiz titular da 2.ª Vara Federal, Nórton Luís Benites. O pedido consta de ação popular ajuizada no dia 25 por Marcelo Roberto Zeni, qualificado como eleitor, contra a União, 13 pessoas físicas e 15 pessoas jurídicas. Os réus têm 20 dias para a contestação.

A decisão atinge os ministros Celso Amorim (Defesa), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Guido Mantega (Fazenda), Helena Chagas (Comunicação Social), Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União), Marco Antônio Raupp (Ciência, Tecnologia e Inovação), Miriam Belchior (Planejamento, Orçamento e Gestão), Paulo Bernardo Silva (Comunicações), Paulo Passos (Transportes), Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e Wagner Bittencourt de Oliveira (Secretaria de Aviação Civil). E também as estatais BNDES, BNDespar, BR Distribuidora, Brasil Cap, Brasil Prev, Eletrobrás, Codeba, EBC, ECT, Finep, Petrobrás Biocombustíveis, Petrobrás e Itaipu.

Superfaturamento: TCU multa ex-diretor do Dnit



 O Tribunal de Contas da União (TCU) multou em R$ 20 mil o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot. A pena foi decidida após identificação de superfaturamento de R$ 72,2 milhões na construção do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro – o ‘Rodoanel carioca’ que interligará as BR-040, 116, 465 e 101, por meio de um anel viário com 70,9 km de extensão orçado em cerca de R$ 928,7 milhões no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
O TCU identificou que as construtoras praticam preços acima da média de mercado na compra de insumos e metodologia logística. Somente em areia, o superfaturamento atinge R$ 8,295 milhões. Outros R$ 4,5 milhões poderiam ter sido economizado, conforme o tribunal, com “substituição de pó de pedra por areia”.
A obra foi dividida em quatro lotes operados pelas construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Christiani-Nielsen Engenharia, Delta Construções, OAS, Odebrecht, Oriente Construção Civil e Queiroz Galvão. O governo federal é responsável por R$ 700 milhões  do investimento.(Poder Online - Nivaldo Souza)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Equador está preocupado com saúde de Julian Assange na embaixada em Londres



O Equador está preocupado com a saúde do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e pediu à Grã-Bretanha uma garantia de passagem segura da embaixada em Londres para um hospital caso necessite de tratamento médico, afirmou um importante diplomata equatoriano em Moscou.
- Assange está visivelmente mais magro e estamos muito preocupados com a sua saúde – disse o vice-ministro de Relações Exteriores, Marco Albuja Martinez, de acordo com a rádio Voz da Rússia, em comentários que foram confirmados pela embaixada equatoriana em Moscou.
- Se ele ficar doente, vamos ter que escolher entre duas alternativas: tratar Assange na embaixada ou hospitalizá-lo – disse o diplomata, na terça-feira. “Esta é uma situação muito grave e pode afetar os direitos humanos de Assange”.
O Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha disse que não comentaria imediatamente sobre as declarações.
Assange, cujo site de vazamentos de documentos irritou os Estados Unidos pela divulgação de milhares de mensagens diplomáticas dos EUA, foi preso em dezembro de 2010 por causa de um mandado de extradição da Suécia, onde ele é procurado para interrogatório sobre alegações de estupro e agressão sexual feitas por duas mulheres.
Ele nega qualquer irregularidade e diz temer que, se for extraditado para a Suécia, poderia ser transferido para os Estados Unidos, onde pode enfrentar acusações criminais puníveis até com a morte.
O australiano, de 41 anos, violou as condições de sua liberdade condicional quando entrou na embaixada equatoriana em Londres, em junho, pouco depois de ficar sem opções legais para evitar ser enviado para a Suécia. Mais tarde, foi-lhe concedido asilo diplomático pelo Equador. Assange permanece na embaixada e corre o risco de prisão caso saia.
O Equador pediu ao Ministério de Relações Exteriores britânico um documento que permitiria a Assange entrar no hospital em segurança, caso necessário, e que retorne para a embaixada com o estatuto de refugiado, disse Albuja Martinez, segundo a rádio Voz da Rússia.
- A Grã-Bretanha ainda não deu parecer favorável ao presente pedido, mas está considerando a decisão – disse. O Equador ficou satisfeito que a Grã-Bretanha “não rejeitou completamente” o pedido, disse ele. “Nós não vamos colocar pressão sobre eles e aguardaremos pacientemente uma resposta, para que Assange possa receber tratamento médico, se for preciso. “
fonte:cb

Conselho Indigenista Missionário esclarece “suicídio coletivo” de índios


O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) emitiu nota para esclarecer o que está sendo disseminado nas redes sociais como “suicídio coletivo” dos índios Kaiowá e Guarani. Na verdade, a carta divulgada por eles fala em morte coletiva, já que decidiram ficar na terra e resistir à desapropriação autorizada pela Justiça Federal de Navirai, no Mato Grosso do Sul.
Nota sobre o suposto suicídio coletivo dos Kaiowá de Pyelito Kue
O Cimi entende que na carta dos indígenas Kaiowá e Guarani de Pyelito Kue, MS, não há menção alguma sobre suposto suicídio coletivo, tão difundido e comentado pela imprensa e nas redes sociais. Leiam com atenção o documento: os Kaiowá e Guarani falam em morte coletiva (o que é diferente de suicídio coletivo) no contexto da luta pela terra, ou seja, se a Justiça e os pistoleiros contratados pelos fazendeiros insistirem em tirá-los de suas terras tradicionais, estão dispostos a morrerem todos nela, sem jamais abandoná-las. Vivos não sairão do chão dos antepassados. Não se trata de suicídio coletivo! Leiam a carta, está tudo lá. É preciso desencorajar a reprodução de tais mentiras, como o que já se espalha por aí com fotos de índios enforcados e etc. Não precisamos expor de forma irresponsável um tema que muito impacta a vida dos Guarani Kaiowá.
O suicídio entre os Kaiowá e Guarani já ocorre há tempos e acomete sobretudo os jovens. Entre 2003 e 2010 foram 555 suicídios entre os Kaiowá e Guarani motivados por situações de confinamento, falta de perspectiva, violência aguda e variada, afastamento das terras tradicionais e vida em acampamentos às margens de estradas. Nenhum dos referidos suicídios ocorreu em massa, de maneira coletiva, organizada e anunciada.
Desde 1991, apenas oito terras indígenas foram homologadas para esses indígenas que compõem o segundo maior povo do país, com 43 mil indivíduos que vivem em terras diminutas. O Cimi acredita que tais números é que precisam de tamanha repercussão, não informações inverídicas que nada contribuem com a árdua e dolorosa luta desse povo resistente e abnegado pela Terra Sem Males.
Histórico
Os índios Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul (MS), Centro-Oeste brasileiro, cansados da morosidade da justiça, decidiram retomar parte do tekoha (território sagrado) Arroio Koral, localizado no município de Paranhos, em 10 de agosto deste ano. Poucas horas depois, nem bem os cerca de 400 indígenas haviam montado acampamento, pistoleiros invadiram o local levando medo e terror para homens, mulheres e crianças.
No momento do ataque, os indígenas correram e se espalharam pela mata, no entanto, passados os momentos de pânico, aos poucos os Guarani Kaiowá foram retornando para o acampamento e mesmo se sentindo inseguros e amedrontados pretendem não sair mais de lá.
O Guarani Kaiowá Dionísio Gonçalves assegura que os indígenas estão firmes na decisão de permanecer no tekoha Arroio Koral, mesmo cientes das adversidades que terão que enfrentar, já que o território sagrado reivindicado por eles fica no meio de uma fazenda.
- Nós estamos decididos a não sair mais, nós resolvemos permanecer e vamos permanecer. Podem vir com tratores, nós não vamos sair. A terra é nossa, até o Supremo Tribunal Federal já reconheceu. Se não permitirem que a gente fique é melhor mandarem caixão e cruz, pois nós vamos ficar aqui – assegurou.
A batalha pela retomada de terras indígenas não é de hoje no Mato Grosso do Sul. Neste Estado, onde se localizam os mais altos índices de assassinatos de indígenas, esta população luta há vários anos pela devolução de terras tradicionais e sagradas. Dentro deste contexto de luta já aconteceram diversos ataques como os de sexta-feira, muitos ordenados por fazendeiros insatisfeitos com a devolução das terras aos seus verdadeiros donos.
O conflito fundiário e judicial que envolve o território sagrado Arroio Koral parecia estar resolvido quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em dezembro de 2009, um decreto homologando a demarcação da terra.
No entanto, em janeiro de 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF), do qual está à frente o ministro Gilmar Mendes, suspendeu a eficácia do decreto presidencial em relação às fazendas Polegar, São Judas Tadeu, Porto Domingos e Potreiro-Corá.
O processo continua em andamento, mas tem caminhado a passos muito lentos, já que ainda não foi votado por todos os ministros. Assim, fartos da morosidade da justiça brasileira, os Guarani Kaiowá decidiram fazer a retomada da terra.
Os indígenas escreveram uma carta para os ministros do Supremo Tribunal Federal e para o Governo Federal em que reivindicam o despejo dos fazendeiros que ainda estão ocupando e destruindo territórios tradicionais já demarcados e reconhecidos pelo Estado brasileiro e pela Justiça Federal e exigem a devolução imediata de todos os antigos territórios indígenas.
- Sabemos que os pistoleiros das fazendas vão matar-nos, mas mesmo assim, a nossa manifestação pacífica começa 10 de agosto de 2012. Por fim, solicitamos, com urgência, a presenças de todas as autoridades federais para registrar as nossas manifestações pacíficas, étnicas e públicas pela devolução total de nossos territórios antigos – anuncia o último trecho da carta assinada por lideranças, rezadores, mulheres pertencentes ao Povo Kaiowá e Guarani dos acampamentos e das margens de rodovias, ameaçados pelos pistoleiros das fazendas, dos territórios reocupados e das Reservas, Aldeias Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul.
Carta da comunidade Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS para o Governo e Justiça do Brasil
Nós (50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, viemos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de da ordem de despacho expressado pela Justiça Federal de Navirai-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, do dia 29 de setembro de 2012. Recebemos a informação de que nossa comunidade logo será atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal, de Navirai-MS.
Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay. Entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena, nativo e autóctone do Mato Grosso do Sul, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas. Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça brasileira. A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados a 50 metros do rio Hovy onde já ocorreram quatro mortes, sendo duas por meio de suicídio e duas em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas.
Moramos na margem do rio Hovy há mais de um ano e estamos sem nenhuma assistência, isolados, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Passamos tudo isso para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs, avós, bisavôs e bisavós, ali estão os cemitérios de todos nossos antepassados.
Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.
Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.
Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.
fonte:cdb

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Indígenas ameaçam cometer suicídio coletivo

 A coisa é séria e urgente, o governo federal tem que se posicionar

            
Foto: A IMPRENSA ABAFA, MAS NÓS EXPOMOS...

PARA ENVIAR UM FORMULÁRIO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:

https://sistema.planalto.gov.br/falepr2/index.php

Assine também a petição que será entregue a justiça federal e a Presidência da República:

http://www.avaaz.org/po/petition/Salvemos_os_indios_GuaraniKaiowa_URGENTE/?ceqKDdb

MATÉRIAS:

http://www.agorams.com.br/jornal/2012/10/indigenas-ameacam-suicidio-coletivo-se-forem-despejados/

http://www.vermelho.org.br/ro/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=196828

Veja também o site criado para auxiliar essa tribo contra os frequentes ataques dos fazendeiros da região: http://solidariedadeguaranikaiowa.wordpress.com/

Veja o comentário do jornalista Bob Fernandes sobre esse triste caso:

http://www.youtube.com/watch?v=NlPEZ3qKp1s

Sugestão de e-mail a ser enviado para a PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:

Quero implorar a presidenta Dilma para tomar uma atitude contra o despejo dos 170 índios Guarani-Kaiowá de terras dos seus ancestrais no Mato Grosso do Sul, de acordo com a decisão da justiça federal. Eles ameaçam suicídio coletivo e essa situação é intolerável sob qualquer ponto de vista. Tenho certeza que a presidente Dilma será sensível a esse iminente desastre e tomará as medidas necessárias para evitar essa tragédia.

Obrigado pela atenção,

(Escreva seu nome)

OBS: É sempre importante especificar no formulário que se trata da tribo Guarani-Kaiowá do Mato Grosso do Sul, com 170 índios que estão sendo atacados pelos fazendeiros, prometendo suicídio coletivo e que estão sendo retirados de suas terras por uma decisão da justiça em favor de um fazendeiro da região.

TRECHO DA CARTA ENVIADA PELOS ÍNDIOS:

"Moramos na margem do rio Hovy há mais de um ano e estamos sem nenhuma assistência, isolados, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Passamos tudo isso para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs, avós, bisavôs e bisavós, ali estão os cemitérios de todos nossos antepassados.

Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.

Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.

Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS."

Índios Guarani-kaiowá, do município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul,  ameaçam cometer suicídio coletivo caso sejam obrigados a sair da fazenda Cambará, onde estão acampados, à margem do rio Jogui. A ameaça foi feita através de uma carta escrita pela comunidade indígena e divulgada pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI).


O juiz federal, Henrique Bonachela, foi favorável ao pedido de liminar feito pelo proprietário da fazenda, determinando que seja garantida a posse da área e fixou “multa diária, em caso de descumprimento, no valor de R$ 500,00, a ser suportada pela FUNAI”. Em nota, o CIMI disse que “não se trata de um fato isolado, mas de excepcional gravidade, diante de uma decisão de morte coletiva”.

Por causa da decisão da Justiça Federal, os 170 Guarani-Kaiowás (50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) ameaçam cometer suicídio coletivo. Eles afirmam que não acatarão a decisão da Justiça Federal. Os índios dizem que a região é um “tekoha” (cemitério de antepassados) e que, por isso, não sairão do local.

Em um trecho da carta os guarani-kaiowá dizem: “Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos”.
 (Fonte: IHU Online/Agora e Instituto Carbono Brasil)

Jaboatão: PV lamenta exoneração de comissionados

"Atitude estranha e covarde,do político Elias Gomes,  a exoneração após ser reeleito"

 












O enxugamento de quadros em Jaboatão (Região Metropolitana do Recife), promovido pela gestão de Elias Gomes (PSDB, reeleito), já começou a gerar descontentamento. O PV do município acaba de divulgar nota lamentando o desligamento de comissionados que foram exonerados "sem prévia comunicação". 

Segue a íntegra: 

O Partido Verde do Jaboatão, em reunião da sua executiva no dia 22 de outubro aprovou nota de solidariedade aos membros e filiados do Partido que foram exonerados no último dia 12 pela Gestão Tucana sem prévia comunicação ao partido que faz parte da base do Governo Elias Gomes e teve nos últimos quatro anos a liderança do seu Governo na Câmara dos Vereadores.

O PV entende que o prefeito tem todo o direito constitucional e democrático para fazer o que bem entender com os comissionados, no entanto, que o respeito entre os Partidos que fazem parte da base deveria ser seguido institucionalmente, isso, para não ser de ordem pessoal, o que não houve em nenhum momento.

Nossos filiados merecem repeito e nós da Executiva entendemos que se não estavam desempenhando bem o papel para o qual foram indicados, que fizesse a comunicação antes da exoneração.

Roberto Santos
Presidente PV Jaboatão

Presidente do banco Cruzeiro do Sul é preso em SP

Por Reinaldo Azevedo e Talita Fernandes

 A Polícia Federal prendeu, na tarde desta segunda-feira, o banqueiro Luis Octavio Índio da Costa, presidente do banco Cruzeiro do Sul, como antecipou o site de VEJA.  O banco sofreu intervenção do Banco Central em junho deste ano, após a autoridade monetária ter identificado um rombo de 1,5 bilhão de reais na instituição.  De acordo com a PF, Índio da Costa foi detido em um condomínio na cidade de Cotia, Grande São Paulo. Ele está na sede da instituição em São Paulo, no bairro da Lapa.
De acordo com o advogado de Índio da Costa, Roberto Podval, o banqueiro estava fora de casa quando soube que os policiais o procuravam. Ele, então, decidiu ir até a residência para se entregar.
A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, em razão de um inquérito policial que tramita na Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros. Em setembro, o executivo havia sido indiciadojuntamente com seu pai, Luís Felippe Índio da Costa. São apurados crimes contra o sistema financeiro, crimes contra o mercado de capitais e lavagem de dinheiro. Por solicitação da PF, a Justiça Federal decretou, à época, o sequestro de imóveis, veículos e investimentos dos investigados. Luís Felippe também teve a prisão decretada, mas em regime domiciliar.
Segundo investigações da polícia, as fraudes verificadas nos livros do banco eram similares às que foram praticadas no banco Panamericano.
A Polícia Federal não explicou o fundamento do pedido da prisão preventiva – afirmando que o processo corre sob segredo de Justiça. A lei prevê que esse tipo de prisão ocorra para preservar a ordem pública ou a ordem econômica ou evitar que a aplicação da lei penal seja frustrada – ou seja, quando a pessoa em liberdade apresenta algum tipo de risco ou para impedir, por exemplo, que o acusado fuja. No caso PanAmericano, os executivos não foram presos: tiveram os bens congelados e foram proibidos de deixar o país.
Ainda de acordo com a PF, o inquérito do caso Cruzeiro do Sul foi instaurado em junho de 2012 após informações do Banco Central do Brasil. Ao longo da investigação, a Polícia Federal detectou outras condutas criminosas e identificou vítimas de fraudes em fundos de investimentos.
Patrimônio negativo
Devido aos problemas encontrados pelo BC, o patrimônio líquido do Cruzeiro do Sul ficou negativo em ao menos 2,23 bilhões de reais. Mas, assim como ocorreu com o banco fundado por Silvio Santos, o rombo pode ser maior do que o que foi divulgado até o momento, ultrapassando 4 bilhões de reais. Teria sido esse, inclusive, o motivo de o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) não ter encontrado compradores para o banco em meados de setembro. Com isso, o Banco Central decidiu liquidar a instituição.
Na última sexta-feira, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, negou a liberação dos bens de Índio da Costa, que estavam congelados. O banqueiro havia pedido a liberação de alguns títulos de investimento em renda fixa, alegando que o congelamento havia “extrapolado os limites legais”, e que estava comprometendo gravemente “a sua subsistência e a de sua família”. Índio da Costa também argumentou que o banco era sua única atividade de subsistência – e que, por isso, se encontrava, atualmente, desempregado.

domingo, 21 de outubro de 2012

Lula volta a usar Collor e diz para eleitor não trocar certo por duvidoso

Em discurso em Diadema, ex-presidente criticou o hoje aliado do PT: 'Vocês viram a desgraça que deu'; ontem em São Paulo, Lula comparou Collor a Serra

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou como exemplo o impeachment de Fernando Collor de Mello, deputado federal pelo PTB e aliado do governo Dilma, ao pedir ao eleitor para não trocar o certo pelo duvidoso, neste domingo, em Diadema, na região do ABC paulista. Ele fez quatro discursos durante a carreata do prefeito Mário Reali (PT), candidato à reeleição e que está atrás nas pesquisas do candidato do PV, Lauro Michels.
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Lula lembrou que, em 1989, o povo preferiu Collor a outros candidatos de tradição, como Ulysses Guimarães e Mário Covas, mas "vocês viram a desgraça que deu", disse, referindo-se ao governo que congelou a poupança dos brasileiros e terminou com o impeachment do presidente.
Ontem, em comício do candidato à prefeito de São Paulo Fernando Haddad , Lula comparou o tucano José Serra a Collor para dizer que o adversário não termina os mandatos. "Não foi prefeito, não foi governador, não foi presidente, não conseguiu cumprir o mandato. Essa gente precisa aprender a criar vergonha e cumprir o mandato", disse Lula sobre o o ex-presidente, hoje aliado do PT, que renunciou à Prefeitura de Maceió, ao governo de Alagoas e sofreu impeachment na Presidência.
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Lula citou ainda a personagem Carminha da novela Avenida Brasil, exibida pela Globo, para insistir na tese da escolha certa. "Vocês viram o que aconteceu com a Carminha, ela trocou o certo pelo duvidoso." A personagem de Adriana Esteves fez escolhas erradas e terminou num lixão. "Nós agora estamos vendo aqui em Diadema as mesmas fantasias. Temos de votar em pessoas que têm história. Colocar alguém que não administrou nem a cozinha de sua casa não é bom", disse.
Em outra fala, citou o provérbio "mais vale um pássaro na mão que dois voando" para reafirmar a aposta em Reali, que teve desempenho abaixo do esperado no primeiro turno. "Se alguém da família tem um problema, a gente corrige, não troca de família. Estou há 38 anos com a Marisa e até agora não consegui cumprir todas as promessas, mas estamos juntos e ela sabe que não pode trocar o certo pelo duvidoso." Como ex-presidente, ele disse que irá cobrar os prefeitos que apoiou.
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Lula percorreu quatro bairros ao lado do candidato e fez a defesa do PT, sem se referir ao julgamento do mensalão. "Eu queria lembrar o que era o Brasil e o que era Diadema antes do PT e o que é agora. Queria que vocês dessem uma olhada no que era o comércio dessa região há 15 anos e o que é agora. Foi a partir do nosso governo que os pobres ganharam dignidade, pois criamos 17 milhões de empregos. Aqui era uma cidade pobre e envergonhada, agora até universidade tem."
Ele voltou a falar do preconceito que sofreu até chegar à Presidência e provar que um operário podia mudar a história do País. "Diziam que o PT não podia governar porque era radical, mas pergunte a qualquer comerciante se em qualquer outro momento da história eles ganharam tanto dinheiro como quando fui presidente. Por essa razão é que a elite brasileira quis derrotar o PT."
Sábado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esteve em Diadema no palanque do adversário do petista, aliado dos tucanos. Coube aos ministros Alexandre Padilha, da Educação, e Aloizio Mercadante, da Saúde, que acompanharam Lula, situar o PSDB como adversário na cidade e criticar o governo tucano. "São Paulo vai votar no Haddad porque o PSDB do FMI, das privatizações e do pedágio não fez o que prometeu para o povo", disse Mercadante. "Ao lado do verde está o governador das catracas", atacou Padilha.
Em Diadema, os petistas acusam o governo do Estado de acabar com a integração entre o transporte coletivo local e o sistema de transportes metropolitano.
Por três vezes, durante o percurso, militantes do PT tiveram um princípio de confronto com simpatizantes de Michels. Houve troca de empurrões e ameaças de agressão. A Polícia Militar mobilizou seis viaturas para conter os ânimos.
Lula voltou a sentir a bursite no ombro esquerdo quando subia no caminhão de som. Ele apalpava o local com expressão de dor e referiu-se ao problema durante o discurso. Lula ainda tem uma maratona de comícios pela frente, antes da votação do segundo turno: segunda-feira vai a Jundiaí e Guarulhos e, na terça-feira, viaja para o Nordeste, estando previstas atividades de campanha em Fortaleza, João Pessoa e Salvador. Na quinta-feira, Lula se desloca para Cuiabá.
fonte:agenciaestado