Estiagem
Governador de Pernambuco Eduardo campos
O governador Eduardo Campos (PSB) voltou ontem a cobrar agilidade e
maior presença do governo federal nas ações de convivência com estiagem
que atinge o semiárido nordestino. Em críticas à situação de fragilidade
em que se encontram a maioria dos municípios brasileiros, ele disse que
é preciso "fazer com que o Pacto Federativo funcione".
O socialista criticou os altos juros que os municípios são obrigados a
pagar quando fazem empréstimos. "Isso provoca o desequilíbrio fiscal dos
municípios. Demos sugestões a Dilma de como melhorar essa situação",
acrescentou o socialista.
O governador voltou a pedir mais presença do governo federal nas ações
de convivência com a seca e defendeu a atuação direta do Exército nas
iniciativas. Segundo ele, essa é uma questão de segurança alimentar.
Como exemplo, ele citou a necessidade de trazer mais milho para tentar
salvar os rebanhos. "Mas muitas dessas ações esbarram na burocracia.
Precisamos romper com o cerco de burocracia. Precisamos fazer com que as
políticas que foram definidas sejam efetivadas", argumentou.
Eduardo Campos foi mais duro quando falou dos roubos e desvio de água
das adutoras, o que, de acordo com ele, têm prejudicado muito as
populações já atingidas pela seca. Também defendeu o uso racional de
água.
O governador também rebateu a reportagem da revista The Economist, que
faz elogios a ele, mas também o apontou como "um coronel moderno". "A
reportagem levanta um fato, que é o reconhecimento de uma administração
que tem capacidade de diálogo e usa ferramentas modernas de gestão e
qualidade. Mas quando faz julgamentos é sem base. Talvez seja o
preconceito contra um nordestino, que faz uma administração popular e
inovadora", avaliou o socialista.
fonte:
Pedro Romero / JC
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