sábado, 6 de outubro de 2012

A biblioteca que ninguém viu -

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O Ministério Público de Alagoas denunciou nesta terça-feira 16 deputados e ex-deputados pelo desvio de R$ 300 milhões da folha de pagamento da Assembleia Legislativa, durante cinco anos. As irregularidades foram descobertas em 2007, durante a Operação Taturana, da Polícia Federal. A ação do MP pediu a perda dos mandatos ou cargos públicos dos acusados.
Denunciados por improbidade administrativa, os políticos são acusados de tomar, de forma fraudulenta, empréstimos no Banco Rural, com a Casa de fiadora do acordo. O grupo ainda tinha a ajuda de "laranjas" para ocultar a fraude, realizada entre 2002 e 2007. A denúncia de hoje se refere a apenas um banco, mas há mais seis na lista, entre públicos e privados.
Na lista dos denunciados, há vários políticos acusados de outros crimes. O prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), proporcionalmente o mais votado do Brasil nas eleições de 2008, ainda é acusado de envolvimento em fraudes na licitação do lixo, com prejuízo de R$ 200 milhões aos cofres públicos. Citado pela Polícia Federal como um dos chefes da organização criminosa, o vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Antônio Albuquerque (PT do B), já foi indiciado por compra de votos e por assassinato.


Estão na denúncia, ainda, o deputado federal Arthur Lira (PP); e os deputados estaduais Cícero Ferro (PMN), acusado de envolvimento em três assassinatos; João Beltrão (PRTB), que também responde por três assassinatos; Nelito Gomes de Barros (PSDB), filho do ex-governador de Alagoas Manoel Gomes de Barros; e Isnaldo Bulhões Júnior (PSDB), filho do ex-presidente e conselheiro do Tribunal de Contas Isnaldo Bulhões.
Os demais denunciados são os ex-deputados Cícero Amélio (PMN), conselheiro do Tribunal de Contas, Celso Luiz (PMN), Paulão (PT), Maria José Viana (PSB), Dudu Albuquerque (PSB), Gilberto Gonçalves (PRTB), Alves Correia, Adalberto Cavalcante e Gervásio Raimundo.

 Os juízes Gustavo Souza Lima, Carlos Aley Santos Melo, Alexandre Machado, André Avancini e Manoel Cavalcante Neto, da comissão criada pelo Tribunal de Justiça para dar celeridade a ações de improbidade administrativa decidiram incluir os deputados Edval Gaia Filho, Antônio Albuquerque, Nelito Gomes de Barros, Arthur Lira, Maurício Tavares e os ex-parlamentares Cícero Ferro e Cícero Amélio, atualmente conselheiro do Tribunal de Contas, como réus em uma ação sobre a fraude na folha de pagamento da Assembleia. As irregularidades na Folha 108, como ficou conhecida, vieram à tona depois que a Polícia Federal deflagrou a Operação Taturana, em dezembro de 2007.


Se condenados, os parlamentares e ex-parlamentares poderão perder os direitos políticos por até 10 anos, pagar multa, e ressarcir o erário, entre outras penalidades.

Dados da Taturana
Desvio: mais de R$ 300 milhões dos cofres da Assembleia
Total de volumes do inquérito policial principal: 13
Total de apensos com seus volumes: 330
Número total de folhas do inquérito policial: 94.325
Total de laudos produzidos: 233
Total de pessoas ouvidas: 399
Total de pessoas indiciadas: 110, entre os quais um conselheiro do Tribunal de Contas, 15 deputados estaduais, 11 ex-deputados estaduais, um ex-deputado federal, dois prefeitos, três secretários municipais, cinco candidatos nas eleições de 2008, seis bancários, 30 funcionários da ALE e 10 familiares de políticos.
Carros apreendidos: 30
fonte:portaldelicitações

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