terça-feira, 23 de outubro de 2012

Indígenas ameaçam cometer suicídio coletivo

 A coisa é séria e urgente, o governo federal tem que se posicionar

            
Foto: A IMPRENSA ABAFA, MAS NÓS EXPOMOS...

PARA ENVIAR UM FORMULÁRIO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:

https://sistema.planalto.gov.br/falepr2/index.php

Assine também a petição que será entregue a justiça federal e a Presidência da República:

http://www.avaaz.org/po/petition/Salvemos_os_indios_GuaraniKaiowa_URGENTE/?ceqKDdb

MATÉRIAS:

http://www.agorams.com.br/jornal/2012/10/indigenas-ameacam-suicidio-coletivo-se-forem-despejados/

http://www.vermelho.org.br/ro/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=196828

Veja também o site criado para auxiliar essa tribo contra os frequentes ataques dos fazendeiros da região: http://solidariedadeguaranikaiowa.wordpress.com/

Veja o comentário do jornalista Bob Fernandes sobre esse triste caso:

http://www.youtube.com/watch?v=NlPEZ3qKp1s

Sugestão de e-mail a ser enviado para a PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:

Quero implorar a presidenta Dilma para tomar uma atitude contra o despejo dos 170 índios Guarani-Kaiowá de terras dos seus ancestrais no Mato Grosso do Sul, de acordo com a decisão da justiça federal. Eles ameaçam suicídio coletivo e essa situação é intolerável sob qualquer ponto de vista. Tenho certeza que a presidente Dilma será sensível a esse iminente desastre e tomará as medidas necessárias para evitar essa tragédia.

Obrigado pela atenção,

(Escreva seu nome)

OBS: É sempre importante especificar no formulário que se trata da tribo Guarani-Kaiowá do Mato Grosso do Sul, com 170 índios que estão sendo atacados pelos fazendeiros, prometendo suicídio coletivo e que estão sendo retirados de suas terras por uma decisão da justiça em favor de um fazendeiro da região.

TRECHO DA CARTA ENVIADA PELOS ÍNDIOS:

"Moramos na margem do rio Hovy há mais de um ano e estamos sem nenhuma assistência, isolados, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Passamos tudo isso para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs, avós, bisavôs e bisavós, ali estão os cemitérios de todos nossos antepassados.

Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.

Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.

Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS."

Índios Guarani-kaiowá, do município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul,  ameaçam cometer suicídio coletivo caso sejam obrigados a sair da fazenda Cambará, onde estão acampados, à margem do rio Jogui. A ameaça foi feita através de uma carta escrita pela comunidade indígena e divulgada pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI).


O juiz federal, Henrique Bonachela, foi favorável ao pedido de liminar feito pelo proprietário da fazenda, determinando que seja garantida a posse da área e fixou “multa diária, em caso de descumprimento, no valor de R$ 500,00, a ser suportada pela FUNAI”. Em nota, o CIMI disse que “não se trata de um fato isolado, mas de excepcional gravidade, diante de uma decisão de morte coletiva”.

Por causa da decisão da Justiça Federal, os 170 Guarani-Kaiowás (50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) ameaçam cometer suicídio coletivo. Eles afirmam que não acatarão a decisão da Justiça Federal. Os índios dizem que a região é um “tekoha” (cemitério de antepassados) e que, por isso, não sairão do local.

Em um trecho da carta os guarani-kaiowá dizem: “Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos”.
 (Fonte: IHU Online/Agora e Instituto Carbono Brasil)

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