sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Haddad ou Serra?

                                              
por Florentino Mendes
Haddad ou Serra? Sem ser alienado, o que isto importa para um belo-horizontino ou um carioca ou um gaúcho?
De modo objetivo, em nada. Prefeito é o responsável pela cidade. Pela comunidade local, onde as pessoas vivem. E é neste aspecto que deveríamos escolher o projeto que cuidará de nossas aldeias.
Mas, nestas eleições, a eleição da Prefeitura de São Paulo adquiriu um caráter distorcido e inteiramente artificial.
O PT transformou a eleição de São Paulo em uma vendeta contra a oposição que ousou ser contra.
A escolha de Lula – a bico de pena – em uma continuidade de uma pretensa infalibilidade política aliada a uma adoração popular que se pretende acima do próprio partido.
E o segundo turno, em uma absolvição esdrúxula dos corruptos condenados pelo mensalão.
Para tanto, loteou (pior, ordenou o loteamento dos) ministérios.
Marta Suplicy ganhou o quinhão para apoiar a quem demonstrava sequer respeitar.
Maluf indicou diretor de estatal.
Gabriel Chalita (que Deus nos poupe!), pronto a assumir um ministério.
“Bispo” Macedo ameaçado de perder o ministro da minhoca se não convencesse o esbirro do Russomanno.
Vale tudo!
E assim, uma eleição que definirá a vida da metrópole que não é minha cidade ou o transporte coletivo ineficiente que não me afeta passa a ser uma decisão nacional.
Na qual não posso votar. Nem influir. O PT conseguiu transformar o Brasil em espectador dos delírios lulopetistas com foco em São Paulo.
Passamos a ser passageiros de um trem sem maquinista. Sem passagem. E sem destino.
São Paulo é a maior cidade do Brasil. Mas não é a única. Nem os paulistanos aceitam ver a sua cidade transformada em moeda de troca para projetos de poder. Em troco para alianças espúrias.
"Pouco importa a qualidade de vida de quem mora em São Paulo: vale – para o PT – a eventual docilidade dos paulistanos em referendar a escolha imperial, a nulidade escolhida para ser entronizada pelo 'fazedor de reis' e a absolvição (??) de bandidos condenados".
Assim ficamos imobilizados, nós que não votamos em São Paulo.
Seremos – aí sim, todos nós, brasileiros – usados como prova da genialidade do Supremo Líder (deles) e da inocência dos bandidos de estimação (deles também!). Sem direito a sequer discordar.
São Paulo merece ser respeitada. Escolher um síndico deste imenso condomínio problemático, até pelo tamanho da megalópole.
Jamais desrespeitada pela utilização indevida e imoral que pretende o PT.
Não resta – a meu ver – outro caminho que não denunciar esta aberração. Contra a democracia e a cidadania, turvando e alterando o sentido de uma escolha que não passa pelos motivos do lulopetismo.
A gangue do mensalão (e dos chefes ainda impunes) se mostra na inteireza da baixaria.
A visão de que a agenda do Brasil nasce no diretório nacional do PT ou em um apartamento de São Bernardo é ofensiva aos paulistanos. Que seja repulsiva também.
E que nós por cá, façamos o que nos resta: alertar os eleitores de São Paulo.
Em diversas capitais já demos a resposta. E fizemos nosso trabalho.
Que São Paulo saiba como agir."
 

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