CARLOS BRICKMANN
A
mudança no Regimento Interno da Câmara dos Deputados só oficializa uma
prática inacreditável da Casa: a 'semana de três dias', pela qual as
Excelências, embora recebam pela semana inteira, trabalham, quando o
fazem, de terça a quinta. Mas oficializar uma prática nojenta, em vez
corrigi-la, é também nojento.
O inconcebível presidente da Câmara, Marco Maia, do PT gaúcho, teve a ousadia de dizer que não há Parlamento no mundo que trabalhe como o nosso. É verdade: não há Parlamento no mundo que trabalhe como o nosso. Trabalha pouco, trabalha mal, trabalha sem olhar os custos - isso é coisa para o caro leitor e para este colunista, que têm de esticar o dinheiro até o fim do mês.
O inconcebível presidente da Câmara, Marco Maia, do PT gaúcho, teve a ousadia de dizer que não há Parlamento no mundo que trabalhe como o nosso. É verdade: não há Parlamento no mundo que trabalhe como o nosso. Trabalha pouco, trabalha mal, trabalha sem olhar os custos - isso é coisa para o caro leitor e para este colunista, que têm de esticar o dinheiro até o fim do mês.
E
como custa caro! Inúmeros prédios suntuosos, com grife de Oscar
Niemeyer, muito mármore, muito granito, muitos carpetes, assessores que
nem cabem nos gabinetes - e isso, a propósito, não causa problemas,
porque boa parte nem aparece por lá. E mais assessores, ainda, para
manter nas bases eleitorais, tudo por nossa conta.
Não devemos esquecer, claro, o sem-número de passagens aéreas à disposição de cada parlamentar, nem os magníficos salários complementares - auxílio-paletó, para que as Excelências possam renovar sempre seus guarda-roupas e aparecer bem na TV Câmara, salários extraordinários, ajudas de custo, apartamentos funcionais periodicamente reformados e com nova mobília - coisa fina!
Se os deputados oficializaram a semana curta, é claro que ninguém é de ferro. De que serão? A Bíblia responde: são de barro.
E na pior acepção do termo.
Não devemos esquecer, claro, o sem-número de passagens aéreas à disposição de cada parlamentar, nem os magníficos salários complementares - auxílio-paletó, para que as Excelências possam renovar sempre seus guarda-roupas e aparecer bem na TV Câmara, salários extraordinários, ajudas de custo, apartamentos funcionais periodicamente reformados e com nova mobília - coisa fina!
Se os deputados oficializaram a semana curta, é claro que ninguém é de ferro. De que serão? A Bíblia responde: são de barro.
E na pior acepção do termo.
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