A obra, que teve orçamento inicial de R$ 3 bilhões, mas atualmente já está em R$ 5,4 bilhões, ainda não foi concluída
A presidente Dilma Rousseff endureceu o discurso contra os gastos não previstos no orçamento inicial da Ferrovia Transnordestina, que se estende entre os Estados de Pernambuco, Ceará e Piauí. A obra, que teve orçamento inicial de R$ 3 bilhões, mas atualmente já está em R$ 5,4 bilhões, ainda não foi concluída. Em discurso no município de Parnamirim, no Sertão de Pernambuco, na manhã desta quinta-feira (9), Dilma deu um "freio de arrumação" nas despesas com a ferrovia e deixou claro o seu recado para os três governadores presentes na solenidade: Eduardo Campos (PE), Cid Gomes (Ceará) e Wilson Nunes Martins (PI). Todos são do PSB.
"Numa obra desse porte, é claro que vão aparecer gastos não programados. Mas não podemos mais fugir do orçamento", disse a presidente, durante breve entrevista coletiva.
Dilma visitou o canteiro de obras em Parnamirim na manhã desta sexta. A construção da Transnordestina foi iniciada em 6 de junho de 2006 e tinha conclusão prevista para dezembro de 2010. O novo prazo, dado pela presidente, é 2014.
A Ferrovia Transnordestina terá 1.728 quilômetros de extensão e vai ligar os portos de Pecém (CE) e Suape (PE) ao cerrado do Piauí, no município de Eliseu Martins. O objetivo é elevar a competitividade da produção agrícola e mineral da região com uma moderna logística que une uma ferrovia de alto desempenho e portos de calado profundo que podem receber navios de grande porte.
CANCELAMENTO - A presidente cancelou, na manhã de hoje, a visita que faria a São José do Belmonte e foi para o Centro Industrual da Transnordestina, em Salgueiro, onde almoça com os consorciados que constroem a fábrica. Depois do almoço, atende a imprensa e retorna para Brasília.
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