Distante 473 km do Recife, encravada no alto sertão pernambucano, São José do Belmonte se prepara para receber um chefe de Nação pela primeira vez depois de 69 anos de sua emancipação política. Mas, a passagem da presidente Dilma pelo município, amanhã pela manhã, não está gerando muita expectativa nem trouxe mudanças na rotina da sua população e do comércio porque não haverá um ato político.
A visita de Dilma será vapt-vupt. Deve durar no máximo uma hora. Ela chega por volta das 10h30m e segue direto, de helicóptero, para o canteiro de obras da ferrovia Transnordestina. Em Belmonte, a ferrovia tem uma extensão em torno de 30 km, sendo apenas uma passagem para os municípios de Salgueiro e Serra Talhada.
A obra é da responsabilidade do consórcio liderado pela Odebrecht, que nos últimos 20 meses, período em que toca o projeto, perdeu uma ação trabalhista na Delegacia Regional do Trabalho, movida por trabalhadores, e a pena foi doar ao município uma escola de primeiro grau no valor de R$ 400 mil.
A economia do município também teve reflexos com a obra. O impacto se deu no ISS – Imposto Sobre Serviços. A arrecadação, segundo o prefeito Rogério Leão (PR), passou a ter um acréscimo médio mensal da ordem de R$ 120 mil. Estive em Belmonte para abrir o ano letivo com uma palestra na escola de referência Arcôncio Pereira, a maior do Sertão Central, com dois mil alunos matriculados.
Fui recepcionado pelo vice-prefeito Cacau do Banco (PR) e a secretária de Educação, Aliete Alves Feitosa, além do presidente da Câmara, Manoel Diniz (PR), e os vereadores Mário do Jatobá (PR) e Paulo Mendonça (PR), assim como o diretor da escola, Antônio Carlos, e o presidente do PT, Luiz Severo.
Belmonte, segundo o prefeito, vem ganhando investimentos importantes. Além de um trecho da ferrovia, o Governo do Estado iniciou a pavimentação da estrada que liga o município até a divisa com a Paraíba. Autorizou, recentemente, a construção de uma escola técnica, no valor de R$ 9,5 milhões, cujo convênio já foi assinado. Rogério também saneou e pavimentou mais de 70 dias e levou água para os distritos do Carmo e Jatobá.
HISTÓRIA - São José do Belmonte teve origem na Fazenda Maniçoba onde, em 1836, o seu proprietário, José Pires Ribeiro, mandou erguer uma capela a São José como pagamento de uma promessa para que uma epidemia de cólera morbus que atingiu o sertão não afetasse aquela propriedade. Assim, surgiu a povoação de Belmonte.
Tornou-se distrito a 24 de abril de 1873, e foi elevada à categoria de vila a 26 de junho de 1893 - data de criação do município, desmembrado do município de Vila Bela, hoje Serra Talhada. A 31 de dezembro de 1943, Belmonte teve o nome mudado para Maniçoba e, a 7 de dezembro de 1953 passou à denominação de São José do Belmonte.
De 21 a 29 de maio, Belmonte vira atração nacional, com a invasão de milhares de turistas, para acompanhar a cavalgada em direção à Pedra do Reino. Trata-se de um desfile de vaqueiros e cavaleiros, reconstruindo a obra de Ariano Suassuna. No roteiro, Castelo Encantado, Rei e Rainha da história a literatura de Ariano Suassuna. É, hoje, um dos maiores eventos Culturais do Sertão de Pernambuco, incluído no Festival Pernambuco Nação Cultural no Sertão Central.
fonte:blog do magno
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