quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mais ricos e escolarizados são campeões de otimismo com Brasil

Pesquisa sobre expectativa das famílias registra nível recorde de confiança. Para 64,9%, situação do país vai melhorar em doze meses. Brasileiro com salário e estudo maiores é o mais otimista. Segundo governo, em 2012 país terá mais crescimento e menos inflação. Cenário positivo tende a ajudar candidatos governistas nas eleições municipais.


Brasília – O eleitoral ano de 2012 começa com a população exibindo níveis recordes de satisfação e otimismo, o que tem tudo para ajudar candidatos governistas nas campanhas municipais de outubro e dificultar a vida dos que se opõe à presidenta Dilma Rousseff. E com a perspectiva de que o ano termine com mais crescimento econômico e menos inflação do que em 2011, a tendência é que a confiança popular permaneça alta nos próximos meses.

Em janeiro, um índice que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) criou em 2010 para medir a expectativa das famílias sobre o futuro atingiu o patamar mais alto, de 69 (era de 67,2 em dezembro). Segundo o Ipea, que divulgou a pesquisa nesta quinta-feira (9), se o índice fica entre 60 e 80, pode-se dizer que as pessoas estão “otimistas” - acima disso, seria “grande otimismo”.

Para 64,9% dos 3,8 mil dos domicílios entrevistados, o Brasil vai melhorar nos próximos doze meses – 22,5% acham o contrário. E quanto maiores renda e escolaridade, maior otimismo. Entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, o recorte máximo de renda na pesquisa, 71,1% apostam que o país vai melhorar. Entre os que têm formação universitária completa, 76,7% esperam avanços.

Quando a pergunta quer saber o que o domicílio pensa sobre a própria situação, a confiança também está elevada: 78,7% dizem que se sentem melhores hoje, do ponto de vista financeiro, do que um ano atrás; e 86,9% acreditam que estarão ainda melhores daqui um ano.

De acordo com cálculos do governo, em 2012, a economia vai se comportar de uma forma melhor do que em 2011, apesar de o cenário internacional estar mais adverso do que antes. Se em 2011 o crescimento da geração de riquezas (PIB) ficou em torno de 3%, Dilma Rousseff e seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, dizem que, agora, o país terá uma expansão de no mínimo 4%.

Uma das principais apostas do governo para prever – e induzir – mais crescimento este ano foi o reajuste de 14% do salário mínimo, qua alcançou R$ 622, correção em nível elevado que também ajuda a deixar as famílias mais otimistas e confiantes.

No caso da inflação, se em 2011 o índice oficial atingiu 6,5%, exatamente o limite máximo autoimposto pelo governo, neste ano o Banco Central (BC) calcula, neste momento, que vai se situar entre 4,5% e 5%. A variação menor nos preços tende a deixar nas famílias uma sensação de maior poder de compra, o que igualmente contribuirá para expectativas e sensações favoráveis.

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