segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Greve dos Correios vai para julgamento no TST

Terminou sem acordo a última tentativa, nesta segunda-feira (10), de encerrar a greve dos Correios antes do julgamento do dissídio coletivo


Correios continuarão em greve, após reunião com TST / Lucas Lacaz Ruiz/AEA última tentativa de encerrar a greve dos Correios antes do julgamento do dissídio coletivo, previsto para esta terça-feira (11), terminou sem acordo. Representantes dos sindicatos da categoria se reuniram na noite desta segunda (10) durante horas com o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maurício Godinho Delgado, relator do processo, mas o desconto de parte dos dias parados - ponto que os trabalhadores não aceitam - acabou travando mais uma vez as negociações.


Ao longo do dia, as 35 assembleias de sindicatos regionais em todo o País rejeitaram a proposta feita na última sexta-feira pelo presidente do TST, João Orestes Dalazen, de concessão de abono de R$ 800 e aumento real de R$ 60 a partir de janeiro. Pela proposta, os seis dias descontados na folha de pagamento de setembro seriam devolvidos e descontados a partir de janeiro de 2012, na proporção de meio dia por mês.

Amanda Gomes Corcino, presidente do Sintect-DF, disse ao Grupo Estado que o ponto de impasse é o desconto dos seis dias. Com o julgamento do dissídio, porém, todos os dias de greve devem ser descontados, e de uma só vez, conforme advertiu o próprio presidente do TST na semana passada. Esse desconto representaria a perda de um mês inteiro de salário, já que a greve completou 27 dias nesta segunda (10). O número de correspondências em atraso já chega a 173 milhões.

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