José Adalberto Ribeiro*
joseadalbertoribeiro@yahoo.com.br
O governo do Haiti estende o tapete vermelho para receber a presidente Dilma Roussef. O vermelho é de tragédias, inclusive a tragédia da corrupção. Mais que o terremoto de janeiro de 2010 que devastou o País, deixou mais de 200 mil mortos e milhões de desabrigados, a corrupção é uma tragédia secular que martiriza milhões de pobres no Haiti.
O Brasil comanda a chamada “Minustah – Mission des Nation Unies pour la stabilisation em Haiti”, criada pelo ONU em 2004 depois da deposição do presidente Jean-Betrand Aristide. Se o dinheiro para reconstrução do País for entregue diretamente, com certeza será roubado pelos assaltantes de sempre. Daí é que a missão da ONU executa obras e presta serviços à população.
A população do Haiti é pobre de Jó, coitada. Os governantes são corruptíssimos até o gogó. Noves fora os corruptos, o povo do Haiti merece compaixão e solidariedade.
Cuba vive uma tragédia política. A visita da presidente Dilma à ilha-presídio deve ter um significado histórico e simbólico. Lá se vão 53 anos de ditadura tenebrosa nas mãos assassinas dos comunistas.
A situação atual no Haiti é de tragédia, epidemias, fome, destruição. Os corruptos não se compadecem da tragédia humanitária e tentam tirar proveito da missão da ONU.
A corrupção é endêmica, sistêmica, visceral, está impregnada nas tripas do Haiti.
O Haiti foi governado, de 1957 até 1971, por um facínora e corrupto chamado Papa-Doc. O cabra safado foi ao encontro de belzebu e deixou o poder nas mãos do filho Baby-Doc, com a mesma índole diabólica. Atingido por um golpe de Estado, Baby-Doc fugiu em 1986 para o exílio na França, onde foi viver podre de rico com a fortuna roubada dos haitianos.
No ano passado, depois de 25 anos de exílio, Baby Doc voltou ao Haiti. Ao invés de ser preso e fuzilado, em nome da higiene social, além de ter os bens confiscados, foi recebido como herói. Disse que voltou para trabalhar pela reconstrução do País. Não admira que tenha montado uma ONG para continuar roubando seus patrícios.
Papa Doc e Baby Doc comandavam as milícias chamadas de Tonton Macoute, grupos terroristas responsáveis pela morte de mais de 150 mil opositores do regime.
O Haiti vive uma tragédia humanitária e uma sucessão secular tragédias de fome, golpismos e corrupção.
O governo da presidente Dilma Roussef sinaliza alguns pontos positivos em termos de política internacional e cria alguma expectativa nesse campo dominado pela diplomacia ideológica vermelha. Concedeu o visto de entrada no Brasil à dissidente cubana Yoani Sanchez, ponto positivo; numa crítica direta aos fundamentalistas que negam o Holocausto contra os judeus, classificou de “violência bestial” essa mancha na história da humanidade. Este é um recado que vai direto para os fanáticos pró-Irã.
Ao mesmo tempo as bactérias comunistas infiltradas na assessoria da diplomacia nacional continuam sendo benevolentes com as republiquetas delinquentes de esquerda, exportadoras de armas e de drogas nas fronteiras nacionais, e também passam a mão nas barbas satânicas de fidel castro e seus cupinchas cubanos.
Através do BNDES, o Brasil investe algum bilhão de dólares no porto cubano Mariel e financiamento de exportações. São doações, aqui pra nós. O econômico condiciona a política, este é um princípio universal.
O governo de Cuba é um esmoler internacional. Vive das moedas dos cubanos de Miami, das doações de petróleo da Venezuela e do turismo, com ou sem prostituição camuflada. A ditadura faz parte do dominó vermelho na América Latina, junto com a Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua. Sobrevive por conta da cumplicidade das esquerdas latino-americanas, desde a redemocratização do Brasil.
Do alto de sua vaidade, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso manteve um silêncio proverbial diante da excrescência da ditadura cubana. O sapo barbado alisava as barbas satânicas de fidel.
Se existe a “Primavera árabe”, Zeus queira que haja também o advento da democracia e tempos luminosos na ilha-prisão do Caribe.
*Jornalista
fonte:blog do magno
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