quinta-feira, 29 de março de 2012

Carta Maior pede ao STF acesso à investigação sobre Demóstenes

O ministro Ricardo Lewandovski, responsável pelo caso, ainda não definiu se o processo correrá sob segredo de justiça. Segundo a assessoria do Supremo, ainda não há data para que essa decisão seja anunciada. Além da Carta Maior, também protocolaram petições que solicitam acesso aos autos a TV Globo, o partido Democratas e o próprio senador Demóstenes, cuja quebra do sigilo bancário foi autorizada nesta quinta-feira (29).



São Paulo - A Carta Maior protocolou nesta quinta-feira (29), no Supremo Tribunal Federal (STF), pedido para ter acesso ao inquérito que investiga a relação entre o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, envolvido na exploração de jogos ilegais.

O ministro Ricardo Lewandovski, responsável pelo caso, ainda não definiu se o processo correrá sob segredo de justiça. Segundo a assessoria de imprensa do Supremo, ainda não há data para que essa decisão seja anunciada. Além da Carta Maior, também protocolaram petições que solicitam acesso aos autos, entre outros, a TV Globo, o próprio senador Demóstenes e o partido Democratas.

Nesta quinta-feira, Lewandovski autorizou a quebra do sigilo bancário de Demóstenes. O nome do senador goiano aparece em conversas, gravadas pela Polícia Federal, de Carlinhos Cachoeira e integrantes do seu grupo, nas quais eles mencionam cifras milionárias.

Lewandowsky será o relator do inquérito instaurado para avaliar a procedência do pedido de investigação sobre as ligações de parlamentares com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar um esquema de jogos clandestinos em Goiás.

O pedido de abertura de inquérito relatado por Lewandowsky foi encaminhado ao STF na noite de terça-feira (27) pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele propôs o desmembramento das investigações em três frentes. A primeira para tratar exclusivamente das denúncias do envolvimento do bicheiro com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) que, segundo ele, são as mais contundentes.

A segunda, para tratar do envolvimento de outros parlamentares com o contraventor. O procurador-geral não informou quantos seriam, mas deixou claro que, entre eles, constam os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO), já denunciados pela imprensa como pessoas próximas à Cachoeira.

E, a última, para apurar a participação de pessoas sem direito a foro privilegiado no esquema de corrupção. Nesse último caso, as investigações deverão ser conduzidas pela Justiça do Estado de Goiás.

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