As expectativas continuam sendo de crescimento, mas a patamares menores, apesar de ainda imperarem as estatísticas de dois dígitos
Esta é a época do ano em que os ovos de Páscoa literalmente caem sobre as nossas cabeças. Os supermercados já estão – alguns desde o fim do Carnaval – com as parreiras repletas de produtos das mais variadas marcas e tamanhos. Os números do varejo, entretanto, mostram que 2012 será um ano mais morno que 2011. As expectativas continuam sendo de crescimento, mas a patamares menores, apesar de ainda imperarem as estatísticas de dois dígitos. De um modo geral, as estimativas não ultrapassam 20%, enquanto, no ano passado, algumas redes chegaram a calcular um incremento de 30%.
Este ano, os preços dos ovos até estão mais salgados. Subiram, em média, 9% quando comparados a 2011. O aumento foi decorrência principalmente do custo de mão de obra e da flutuação cambial no segundo semestre. A alta do dólar terminou inflando o preço de muitos insumos. Até mesmo dos brinquedos que vêm dentro dos ovos, trazidos em grande parte da China.
A expectativa do Grupo Pão de Açúcar é aumentar em 15% as vendas de chocolate, em comparação ao mesmo período do ano passado. Entre 2010 e 2011, a rede divulgou estimativa de crescimento de 30%. O Extra e o Pão de Açúcar, principais marcas do grupo, estão apostando em 11 variedades de barras de chocolate a partir de 500 gramas. A novidade é a versão com 2,1 kg, que pode ser encontrada nos sabores ao leite e blend.
Em situação semelhante está o Walmart/Bompreço, que de uma estimativa de vendas de 30% passou para 20%. Contrariando a elevação geral dos preços, a rede diz que seus valores estão equivalentes aos do ano passado. Para eles, mais de 50% das vendas acontecem nos 15 dias que antecedem a Páscoa, apesar de que com a antecipação estratégica das vendas – as parreiras já estavam montadas no fim do Carnaval – acredita-se que os clientes comprarão os produtos para consumir antes da data e depois comprarão novamente mais pertos dos festejos.
As Lojas Americanas, uma das maiores vendedoras de ovos, não revelou suas expectativas, mas espera comercializar 15 milhões de ovos, além de produtos como coelhos de pelúcia, canecas, pantufas e brinquedos temáticos. Já as lojas RM Express preveem vendas 15% maiores, com aquecimento após o dia 20 de março.
“O ano de 2010 foi maravilhoso, 2011 foi mais fraco. Acredito que devido à conjuntura econômica. Mas esperamos que 2012 reserve um crescimento de pelo menos 10%”, estima o proprietário da pernambucana Fautless, Jorge Vasconcelos. Na cesta de apostas, esculturas de chocolate, colomba pascal e novos recheios. Além dos tradicionais ovos de chocolate, a Semana Santa é um período que aquece a venda de itens como bacalhau, pescado, azeite e vinho. O varejo tem apostado alto nesse tipo de produto nos últimos anos como consequência do crescimento da renda do brasileiro.
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