Flávio Chaves

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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

CHARGE DO DIA

                                     
Postado por flaviochaves às 16:10
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POR MAIOR QUE SEJA O OBSTÁCULO LUTE

POR MAIOR QUE SEJA O OBSTÁCULO LUTE
VOCÊ ESTÁ NA VIDA E VENCERÁ!

VAI EM FRENTE

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Irmã e ex-esposas falam do maestro em ‘A Luz do Tom’

 / Foto: ABr/Divulgação

Em “A Música Segundo Tom Jobim”, Nelson Pereira dos Santos usava apenas a arte do maestro soberano para mostrar sua importância para a cultura brasileira e mundial. O filme era imagem e som. Neste “A Luz do Tom”, que entra em cartaz nesta sexta-feira, quem complementa o retrato do músico são três olhares femininos muito especiais: o da irmã, Helena Jobim, e os das ex-mulheres Thereza Hermanny e Ana Lontra Jobim.

São elas que falam de Tom na infância e juventude (Helena), no início e auge da carreira (Thereza) e em sua fase rica final (Ana Lontra). Três pontos de vista femininos, que descrevem muito bem a história do nosso mais importante compositor moderno. A Tom devemos obras-primas como “Chega de Saudade”, “Desafinado”, “Matita Perê”, “Águas de Março”, entre muitas outras obras que tornaram nossa existência melhor, mais inspirada e amena. A Nelson, devemos esse retrato em duas faces, que faz jus à grande figura de Tom.

Nelson e Tom são artistas de mesmo porte. Aos 84 anos, Nelson é nosso mais importante cineasta, pai do cinema brasileiro moderno. Em 1955, cozinhou a versão brasileira do neorrealismo italiano com o seminal “Rio 40 Graus”. O filme abriu caminho para o nascimento do Cinema Novo, movimento ao qual se incorporou (“Fui cooptado”, brinca). Membro do Partido Comunista fez forte denúncia da miséria do Nordeste com “Vidas Secas”, adaptação do romance homônimo de Graciliano Ramos.

Na época da ditadura, driblou a censura com filmes alegóricos como “Quem É Beta? e “Como Era Gostoso meu Francês”. Dirigiu o filme da abertura política, “Memórias do Cárcere”, também de Graciliano, e adaptou Jorge Amado (“Jubiabá”, “Tenda dos Milagres”). Documentou a vida de pensadores fundamentais como Sérgio Buarque de Hollanda e Gilberto Freyre e, por fim, chegou a Tom Jobim. Eleito em 2006 para a Academia Brasileira de Letras Nelson sente-se feliz como um garoto. E cheio de planos.

Sem ter o encanto do filme anterior, “A Luz do Tom” funciona como um complemento informativo ao primeiro, totalmente sensorial e emotivo. A verdade é que as três mulheres concorrem para formar o retrato multifacetado de Tom. De Helena, vem a infância e os anos de formação. De Thereza, os primeiros anos como músico, o estudo árduo, e o sucesso repentino. E de Ana, o Tom da maturidade, e do contato aprofundado com a natureza.

Escapando à rotina do documentário de depoimentos, Nelson trabalha visualmente com o universo imagético de Tom Jobim. São presenças constantes na paisagem as praias, o mar, a mata, as árvores, o voo do urubu – o pássaro soberano quando no céu e desgracioso em terra. “A Luz do Tom” é um filme muito tátil em sua concepção fotográfica, dirigida por Maritza Caneca, mas incorpora os sons da natureza junto com a música em seu desenho de linguagem cinematográfica.

Fonte: JC online

Procon-PE fará varredura no centro do Recife

O Procon-PE vai realizar nesta sexta-feira uma fiscalização para coibir a venda de serpentinas metálicas. A ação ocorrerá principalmente no centro do Recife (comércio formal e ambulantes). Os itens serão recolhidos dos estabelecimentos regulares e informais terão o produto recolhido e os primeiros serão multados.

“Fizemos uma batida prévia no centro e não achamos muito material. A expectativa é que haja pouco ou nada a ser recolhido”, afirma o coordenador geral do Procon-PE, José Rangel. Em 2011 e 2012, a fiscalização não achou serpentinas metálicas no comércio recifense.

O poder público começou a fiscalizar a venda de serpentinas metálicas quando, em 2011, 15 pessoas morreram eletrocutadas no estado de Minas Gerais. O artigo carnavalesco entrou em contato com fios elétricos durante a passagem de um bloco na cidade de Bandeira do Sul. Partidos, os fios caíram no meio dos foliões, que haviam sido molhados pela produção do bloco em virtude do calor.

Fonte: JC online

Lavagem das ladeiras de Olinda deixa cidade pronta para o Carnaval

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As ladeiras de Olinda já estão prontas para receber os foliões. A partida oficial para o Carnaval foi dada no início da manhã desta quinta-feira (7) com a tradicional lavagem das ruas da Cidade Alta. Ao som do frevo, mais de 100 garis limpam e perfumam as ladeiras desde as 7h. Os trabalhos tiveram início no Mercado da Ribeira e seguem em companhia do Homem da Meia Noite.

Antes de dar início à lavagem, os agentes de limpeza de Olinda receberam uma homenagem do Homem da Meia Noite. Garis e catadores de lixo se reuniram na frente da sede do bloco, no Bonsucesso, para rebecer a benção do personagem. Depois disso, seguiram em companhia do boneco gigante em direção ao Mercado da Ribeira, onde deram início ao trabalho de limpeza da Cidade Alta.

Da Ribeira, a equipe seguiu até a Prefeitura de Olinda e desceu pela Ladeira 15 de Novembro. Cerca de 200 litros de concentrado de eucalipto e 8 mil litros de água foram usados para limpar e perfumar as ladeiras. A ação será repetida durante os quatro dias de Carnaval para garantir a limpeza da Cidade Alta. Mais de 900 profissionais da Secretaria municipal de Serviços Públicos vão trabalhar durante a folia.

Fonte:JC online

Menina de nove anos dá à luz no oeste do México

Uma criança de nove anos deu à luz a um bebê de quase três quilos no oeste do México, informaram na terça-feira (5) seus familiares e autoridades do estado de Jalisco, onde nasceu o bebê.

“A menina tinha oito anos e meses quando ficou grávida. O pai é um jovem de 17 anos, mas não o encontramos porque fugiu”, comentou a mãe da menor, que informou que as autoridades já foram notificadas e iniciaram uma investigação para localizar o responsável pelo ato.

“Queremos localizar o jovem que foi responsável para saber sua versão, porque ela não reconhece a transcendência de seus atos. Estamos com um pressuposto de estupro ou de abuso sexual infantil”, explicou Jorge Villaseñor, agente do Ministério Público da promotoria local.

O nascimento ocorreu no dia 27 de janeiro no hospital de Zoquipan da capital de Jalisco, Guadalajara. Dafne, como foi identificada a jovem mãe, deu à luz a uma menina de 2,7 kg e 50 cm.

Ambas receberam alta no fim de semana, aparentemente em boas condições de saúde, mas o hospital informou que acompanhará de perto o desenvolvimento do bebê devido a pouca idade de sua mãe.

Fonte: AFP

Poema do dia

Amor

Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!

Quero em teus lábio beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d’esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!

Vem, anjo, minha donzela,
Minha’alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento, Morrer contigo de amor!

Álvares de Azevedo



CPI do Tráfico de Pessoas vai ouvir casal preso em Salvador pela Polícia Federal

Na primeira reunião depois do recesso parlamentar, a comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara que investiga o tráfico de pessoas definiu um cronograma de viagens e votou requerimentos de convocação. Entre os documentos aprovados nesta terça-feira (5) está o que pede a convocação de Denílson Pereira Reis e Elizânia Evangelista. A dupla, presa em Salvador pela Operação Planeta da Polícia Federal na quarta-feira (30), é acusada de aliciar brasileiras para trabalhar na Espanha.

O local e a data desses depoimentos devem ser marcados depois do carnaval. Além da oferta de emprego, as mulheres recebiam passagem aérea e dinheiro para despesas pessoais. O casal de aliciadores trabalhava para o espanhol Bermudez Motos, conhecido como cigano. Ele é dono de uma casa de prostituição em Salamanca, na Espanha. Segundo a Polícia Federal, ao chegar ao território espanhol, as mulheres eram surpreendidas e submetidas à situação degradante de moradia e trabalho. Elas também eram informadas de que a dívida pelas despesas seria cinco vezes maior.

O presidente da CPI, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), autor do requerimento, disse que teve informações de que a brasileira Raquel Gomes Nunes, mulher do dono da casa de prostituição fechada em Salamanca, está em São Paulo e, por isso, ainda sem data prevista, a convocação dela também foi aprovada.

Motivada por uma denúncia recebida pelo Ligue 180, da Secretaria de Política Para as Mulheres da Presidência da República, a Operação Planeta, teve ações simultâneas no Brasil e na Espanha. Em território espanhol, além de prisões, foram fechadas duas casas de prostituição.

Outro requerimento aprovado pela CPI nesta terça-feira foi a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da empresária Raquel Felipe, dona da Raquel Models, de São José do Rio Preto (SP). Com a promessa de oferecer às mulheres trabalho como modelo, Raquel é acusada de mandar três brasileiras para Nova Delhi, na Índia. Em depoimento à CPI, elas contaram que lá foram mantidas em cárcere privado e em condições degradantes.

No calendário de diligências que serão feitas pela CPI já estão confirmadas idas a Salvador, ao Acre e a São Paulo. As três viagens serão feitas no final de fevereiro e início de março.


Filme do dia

Chuvas leves acalmam os sertanejos que enfrentam seca em Pernambuco

Depois de 24 meses sem ver uma gota d’água cair do céu, os moradores de Dormentes, no Sertão de Pernambuco, comemoram boas notícias. Foi registrado um índice de 120 milímetros de chuva – de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, um dos maiores dos últimos tempos.

Parece pouco, mas os sertanejos se alegraram de ver o pasto verdinho. “É o que a gente estava esperando. Estava tardando, mas a esperança é que viesse. Chegou e vai continuar, se Deus quiser”, afirma o agricultor José da Conceição Rodrigues. Os açudes já estão com água, alguns até quase transbordam. A caatinga começou a florar novamente e o gado já consegue se alimentar do pasto que surge do chão.

Nem tudo está resolvido. Moradores da área de sequeiro ainda enfrentam um pouco da estiagem, apesar de já ser possível ver um pouco mais de cor nas plantações. De acordo com os Meteorologistas, esse fenômeno se dá por causa da distribuição de chuvas. O pasto já sente a umidade, mas chuva mesmo não caiu.

Ainda assim, a alegria veio depois de tanto tempo de sofrimento com a seca. Para o agricultor Marcelo Cavalcanti, a situação melhorou um pouco. “Se não fosse essa chuvinha, a situação estaria pior. Não teria água pra lugar nenhum”, afirma.

De acordo com a Coordenadoria de Defesa Civil, 131 cidades continuam em situação de emergência. Cento e vinte e duas delas tiveram o decreto reconhecido pelo Governo Federal.

Fonte: g1

Livro faz narrativa cômica sobre um assassinato futebolístico

Em 2013, Pernambuco terá ao menos dois eventos literários , a Fliporto e a Bienal do Livro, pensando a relação da literatura com o futebol – isso além da realização da própria Copa das Confederações, com dois jogos no Estado. De olho em um mercado literário ávido para falar de narrativas sobre o esporte preferido do País, os escritores, roteiristas e jornalistas José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta publicaram agora no início do ano o livro Nove contra o 9 (Objetiva, 117 páginas, R$ 30), misto de história policial com obra de humor, recheada de trocadilhos sobre o mundo do futebol e reviravoltas no enredo.

A dupla já tem experiência na escrita em conjunto: são nove livros publicados, incluindo O evangelho de Barrabás e Os oito pares de sapatos de Cinderela. Além disso, o trabalho como roteiristas merece destaque. Torero, por exemplo, tem no currículo uma indicação ao Oscar, em 2001, por ter escrito o argumento do curta-metragem de animação Uma história de futebol. Pimenta também tem investido no futebol no audiovisual: escreve o roteiro dos episódios da elogiada série (fdp), da HBO, que mostra a vida de um árbitro no Brasil.

Em Nove contra o 9, o subtítulo já dá o tom da obra: Detetives de segunda desvendam assassinato de centroavante de quinta. Torero e Pimenta constroem uma sátira de histórias de detetive utilizando como pretexto a misteriosa morte de um jogador de futebol, o lendário (apesar de ruim) Beleza, ídolo do time do Banânia Esporte Clube.

O caso é tomado pelos quase trambiqueiros Zé Cabala e o anão Gulliver, narrador da obra, cuja altura é sempre alvo de piadas. Ambos estão escapando das polêmicas que arranjaram tentando prever – em vão – os resultados de partidas. Na cidade, ouvem pela rádio a morte em campo de Beleza logo após o jogador comemorar o seu milésimo gol. A aparência de fatalidade vai embora quando descobrem que a morte do atacante foi provocada por um veneno.

No improviso, os dois oferecem seus serviços de detetives, mas a viúva e a família não têm interesse em pagar a investigação. Só quem aceita financiar os detetives são a únicas pessoas da cidade que estão de luto (além dos torcedores): as prostitutas, que tinham em Beleza um cliente privilegiado e um financiador de orgias.

Fonte: jconline


Semana pré-carnavalesca traz programação intensa no Bairro do Recife e Pátio São Pedro

 / Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

O início oficial do Carnaval é no sábado de Zé Pereira, dia 7 de fevereiro este ano. Faltam apenas cinco dias, mas sempre há os que não conseguem eperar para cair na folia. Esta semana será marcada por diversos shows, ensaios e desfiles de agremiações no Bairro do Recife e Pátio de São Pedro.

Dentre os destaques, rodas de frevo diárias na Rua da Moeda, no Recife Antigo, o ensaio geral da abertura do Carnaval com Naná Vasconcelos e dez nações de maracatu na praça do Marco Zero, shows de Silvério Pessoa, Luiza Possi com Lia Sophia e as festas TropicalBeat – Radiola do Maranhão e Tropical Beat Odara Odesce, tudo com acesso livre e para todos os gostos.

Confira a programação completa das atividades pré-carnavalescas da semana:

04/02 (segunda-feira)
18h
Roda de Frevo
Local: Rua da Moeda
A Orquestra Nordeste Show comanda Roda de Frevo na Rua da Moeda. Junto com ela, estará os passistas do Grupo Na Onda do Frevo. Acesso livre.

19h
Desfile de agremiações
Local: Praça do Arsenal da Marina – Bairro do Recife
As tradicionais troças carnavalescas, Formiga Sabe que Roça Come, Clube de Boneco Menino da Gráfica, Maracangalha e Bagaço é Meu se reúnem para mais um desfile de agremiações. A concentração acontece na Avenida Rio Branco, em frente ao Banco do Brasil e segue pela Rua da Guia para a Praça do Arsenal. Acesso livre.

05/02 (terça-feira)
18h
Roda de Frevo
Local: Rua da Moeda
A Roda de Frevo na Rua da Moeda será comandada pela Orquestra de Frevo Cunha Filho com os passistas da Companhia Pé Nambuco. Acesso livre.

Roda de Frevo
Local: Pátio de São Pedro
Tem Roda de frevo também no Pátio de São Pedro. Por lá, quem faz a festa é a Orquestra de Frevo Raízes Pernambucana com os passistas da Companhia de Dança Perna de Pau. Acesso livre.

19h
Ensaio Geral da Abertura do Carnaval
Local: Praça do Marco Zero – Bairro do Recife
Naná Vasconcelos se reúne com as dez nações de maracatu que participarão da abertura do Carnaval 2013, no próximo dia 08. Além disso, estarão no palco os caboclinhos da Tribo Tupy, os passistas da Cia Tradição de Dança, o grupo De Breck e o coral Voz Nagô. Acesso livre.

19h
Cordão Etílico, Satírico e Libidinoso Bacia D’Água
Local: Rua da Guia (Restaurante Sabor de Pernambuco)
O 11º ano do Cordão Bacia D’Água acontece no restaurante Sabor de Pernambuco na Rua da Guia. Para animar os foliões, Orquestra Raízes Pernambucanas, Véio Mangaba, Bráulio de Castro e Ivanildo Silva. Acesso livre.

19h30
Desfile de Agremiação e Orquestra
Local: Praça do Arsenal da Marinha
A Praça do Arsenal vai virar um grande encontro de frevo com as Orquestras Harmonia e do Maestro Nunes junto com os passistas do grupo Aje e Trapiá Cia de Dança fazem a animação dos foliões. A partir das 21h quem comanda a festa é o afoxé Omo Nilê Ogunjá. Acesso livre.

20h
Terça Negra Especial
Local: Pátio de São Pedro
A terça-feira pré Carnaval reúne o Maracatu de Baque Solto Almirante do Forte e o Afoxé Alafin Oyó para uma Terça Negra Especial. Se junta aos grupos, ainda, Lucas e Orquestra dos Prazeres. Acesso livre.

20h
Desfile do Ocupação Moda Cultural
Local: Paço Alfândega
O segundo desfile do Ocupação Moda Cultural acontece nesta terça-feira no espaço do projeto no Paço Alfândega. Quem colocará sua grife na passarela é Melk Z-Da, Pietro Tales, Carol Azevedo e Lourinha Oliveira. Acesso livre.

20h30
Apoteose dos Alegres Bandos
Local: Praça do Arsenal da Marinha
A noite segue com o frevo canção dos blocos líricos. A partir das 20h o palco da Praça do Arsenal recebe os integrantes dos Alegres Bandos. Acesso livre.

06/02 (quarta-feira)
18h
Desfile de Agremiações e Orquestra
Local: Praça do Arsenal da Marinha
A Orquestra de Frevo do Maestro Maia e os passistas da Cia de dança Bomba do Hemetério se unem aos blocos Clube de Bonecos Seu Malaquías, troça Bacalhau do Beco e Afoxés Ilê de Egbá e Filhos de Dandalunda para fazer a alegria dos foliões. Acesso livre.

Roda de Frevo
Local: Rua da Moeda
A Rua da Moeda se torna palco de mais uma das Rodas de Frevo. Dessa vez, quem comanda a folia é a Orquestra de Frevo Independente do Ibura e os passistas do Balé Popular do Recife. Acesso livre.

Roda de Frevo
Local: Pátio de São Pedro
Para comandar a Roda de Frevo do Pátio de São Pedro se reúnem a Orquestra UR Frevo e os passistas do Balé Brincante. Acesso livre.

19h
Ensaio Geral da Abertura do Carnaval
Local: Praça do Marco Zero – Bairro do Recife
Naná Vasconcelos se reúne com as dez nações de maracatu que participarão da abertura do Carnaval 2013, no próximo dia 08. Além disso, estarão no palco os caboclinhos da Tribo Tupy, os passistas da Cia Tradição de Dança, o grupo De Breck e o coral Voz Nagô. Acesso livre.

19h
Desfile de Agremiações
Local: Pátio de São Pedro
A partir das 19h os caboclinhos Canindé do Recife e de São Lourenço da Mata se juntam ao maracatu Nação Linda Flor e Clube de Bonecos Tô Afim para fazer o Carnaval do Pátio de São Pedro. Às 21h acontece mais um desfile da troça Abanadores do Arruda, seguido pela Formiga Sabe que Roça Come. No palco, show de Leo Veras. Acesso livre.

20h30
Show de Silvério Pessoa
Local: Praça do Arsenal da Marinha
A partir das 20h30 Silvério pessoa sobre ao palco da Praça do Arsenal junto com a Orquestra do Sucesso. Acesso livre.
21h
Troça Carnavalesca O Bagaço é Meu
Local: Rua da Moeda
Para quem ficar depois da Roda de Frevo, a Troça Carnavalesca O Bagaço é Meu promete manter a animação. Acesso livre.

00h
TropicalBeat – Radiolas do Maranhão
Local: Praça do Arsenal da Marinha
O projeto Tropical Beat, que traz festas de outros estados brasileiros traz para o Carnaval de Pernambuco o Radiolas do Maranhão com os DJs Carlinhos Tijolada e Tarcísio Selecta, conhecidos pelos seus setlists de reggae. Acesso livre.

07/02 (quinta-feira)
16h
Bloco Nem com uma Flor
Local: Praça do Arsenal da Marinha
O bloco Nem com uma Flor da secretaria da mulher sai ao som da Orquestra 100% Mulher e do grupo percussivo Baque Mulher. Para acompanhar, a Boneca Linda da Tarde. Acesso livre.

17h
Roda de Frevo
Local: Rua da Moeda
A Roda de Frevo da quinta-feira será comandada pela Orquestra de Frevo Vereda Tropical e passistas da Companhia Brasiliart de Dança. Se junta a festa, ainda, o Clube de Boneco Menino do Pátio de São Pedro. Acesso livre.

17h30
Desfile de Agremiação e Orquestra
Local: Pátio de São Pedro
A partir das 17h30 tem a saída do Boneco Seu Pedro. Para acompanhar o Boi de Mainha, Tribo de índios Tupinambá e Clube Maracangalha. Acesso livre.

18h
Encontro de Caboclinhos
Local: Praça do Arsenal da Marinha
O 6º Encontro de Caboclinhos e Tribos Indígenas acontece depois da apresentação da Orquestra Lourdinha Nóbrega. Serão mais de 15 tribos reunidas na Praça do Arsenal. Acesso livre.

20h
CBTU em Folia
Local: Praça do Marco Zero
O bloco CBTU em Folia sai da Estação Central ao Marco Zero. Logo depois, acontece desfile de diversas agremiações carnavalescas. Acesso livre.

20h30
Ensaios de Blocos
Local: Pátio de São Pedro
No palco do polo Pátio de São Pedro ensaiam os blocos Eu quero Mais, Esperança de Campo Grande e Bloco dos Artesãos. Acesso livre.

21h
Show Luiza Possi e Lia Sophia
Local: Praça do Arsenal da Marinha
A programação do palco da Praça do Arsenal tem inicio com Dino Braia e Frevo Mulher com Nena Queiroga. Logo depois Luiza Possi sobe ao palco para comandar a festa com Márcia Castro e Lia Sophia.
23h30
Tropical Beat – I Love Funk
Local: Praça do Arsenal da Marinha
A segunda edição do Tropical Beat no Carnaval 2013 traz a festa I Love Funk do Rio de Janeiro. Para colocar todo mundo no ritmo, os Djs Sany e Original Dj Copy.

08/02 (sexta-feira)
18h
Desfile de Agremiações
Local: Praça do Arsenal da Marinha
Vão se encontrar na Praça do Arsenal os bois Estrela e Faceiro. Para animar a festa, orquestra de ACN no Frevo. Participam também os ursos Zé da Pinga e Cangacá e o Clube das Pas. Acesso livre.

19h
Abertura do Carnaval do Recife
Local: Praça do Marco Zero
O Carnaval do Recife será oficialmente aberto pelo show de Naná Vasconcelos e as dez nações de maracatu pernambucanas. Além disso, sobrem ao palco Milton Nascimento e a cantora de fados portuguesa Carminho. Para quem quer ir se esquentando, a concentração e cortejo dos maracatus começa às 17h na Rua da Moeda. Acesso livre.

21h30
Baile com Orquestra Popular de Marinho do Recife
Local: Pátio de São Pedro
O palco do Pátio de São Pedro recebe A Orquestra Popular de Marinho do Recife e os passistas da Companhia Dançantes no Passo. Além deles, fazem a festa a Orquestra e Coral Usina das Cordas. Acesso livre.

00h
Tropical Beat Odara Odesce
Local: Praça do Arsenal da Marinha
A terceira edição do Tropical Beat do Carnaval 2013 traz a festa pernambuca Odara Odesce e os DJs da Padaria. Acesso livre.

Fonte: jconline

Desafios do futuro

Cristovam Buarque
CRISTOVAM BUARQUE
Temos um Senado sem consciência de sua responsabilidade para com o futuro, como se a política fosse apenas acordos – nem sempre lícitos – para manter as vantagens que os cargos oferecem

O Senado do Chile tem uma comissão que se dedica a pensar o futuro, sem compromisso com o dia a dia. Nela reúnem-se senadores e público em geral para imaginar as alternativas adiante e orientar o país na sintonia com os rumos do mundo.

Nos dias 17, 18 e 19 de janeiro, essa comissão organizou o II Congresso do Futuro, com 52 pensadores e políticos e um público de cerca de 300 pessoas, para discutir quais os cenários futuros em áreas tão distintas quanto a nanobiotecnologia, que vai revolucionar o próprio conceito de medicina; a política e suas novas formas de participação no futuro; a saúde dos oceanos e dos rios; o mundo pós-energia fóssil; as novas fronteiras da vida, inclusive com a inteligência artificial e o potencial das células-tronco; as novas fronteiras do universo, inclusive o potencial de viagens espaciais e exploração do espaço; os desafios da alimentação, tanto para eliminar a fome como para evitar a obesidade e o envenenamento por comidas prejudiciais à saúde; a nanotecnologia e a sua importância para o futuro em todas as áreas da tecnologia; e a evolução da moral e da conduta humana.

O evento possibilitou aos senadores situarem suas atividades e responsabilidades em defesa do Chile, levando em conta o que vai mudar no mundo nos próximos anos. Os que defendem que a economia é a base da razão de ser do progresso humano ficaram surpresos com os limites do crescimento e com o risco de mais uma vez ver o continente latino-americano fora das grandes mudanças no mundo.

Para um brasileiro, com o sentimento da dimensão de sermos a sexta economia do mundo, ficou a sensação de frustração porque corremos o risco de perder a chance de participar de mercado de cerca de US$ 100 bilhões, só na produção dos vetores e equipamentos da biotecnologia; ficar de fora da exploração espacial e do domínio das novas fontes de energia; do aproveitamento de todas as invenções ao redor do potencial da inteligência artificial; além do risco de perder o que já temos como exportadores de alimentos, diante das novas formas de alimentação.

Depois de três dias de debates, os senadores chilenos presentes e os que tomarão conhecimento dos conteúdos pela televisão perceberam o enorme esforço que devem fazer para que o Chile tente se sintonizar com a realidade mutante do mundo em direção ao futuro. Inclusive como fazer política, em um tempo no qual a comunicação entre eleitor e eleito já não é mais feita a cada quatro anos por comícios, mas instantaneamente, on-line, na qual o presente já é parte do futuro de um bom político.

Mas, se os senadores chilenos ficaram angustiados, imagine o senador brasileiro que, depois de sua palestra sobre o futuro, volta para participar de uma eleição para eleger a nova Mesa Diretora do Senado Federal; de total alienação nas últimas décadas em relação às responsabilidades para com o país, presa num dia a dia frustrante, sem poder e às vezes também sem pudor. Um Senado sem consciência de sua responsabilidade para com o futuro, como se a política fosse apenas acordos – nem sempre lícitos – para manter as vantagens que os cargos oferecem. Uma eleição que ocorre quando o mundo está mudando ao redor e se elege uma Mesa Diretora para nada mudar, simplesmente para manter o costume do velho ritmo de pensar apenas nas artimanhas políticas em que o passado nos viciou.




'A hora mais escura' expõe tortura e detalha caçada a Bin Laden


"A hora mais escura", com cinco indicações ao Oscar, que estreia no dia 15 de fevereiro no Brasil, joga luz sobre os bastidores da operação dos EUA que levou à morte de Osama Bin Laden em 2011. Ao mostrar a operação com detalhes - inclusive em cenas de tortura - até hoje pouco esclarecidos ao público, o filme de 2h37 se apoia mais no interesse histórico do que em sua força dramática.
A pesquisa da diretora Kathryn Bigelow e do roteirista Mark Boal (vencedores do Oscar em 2010 por "Guerra ao terror") na Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) levou senadores republicanos a criarem um comitê para saber se eles tiveram acesso inapropriado a segredos militares. Produtores do filme culparam a pressão destes senadores pela ausência de Bigelow na indicação em direção no Oscar, apesar da presença do filme em sua categoria.
A pesquisa de Bigelow e Boal chega à tela na figura da personagem central Maya (Jessica Chastain, indicada ao Oscar pelo papel), jovem agente levada pela CIA direto da escola às investigações. Por 12 anos, seu único objetivo foi encontrar Osama Bin Laden.
Assim como o seriado "Homeland", o mais premiado hoje nos EUA, "A hora mais escura" tem como protagonista uma mulher sagaz que briga ao mesmo tempo contra o terrorismo e a desconfiança de homens engravatados na CIA. Mas enquanto Carrie (de "Homeland") é emotiva e desequilibrada, Maya é fria e segura - demonstra entrega total a emoção apenas na última cena do filme -, não pega em armas nem se envolve em reviravoltas inverossímeis.
A jovem agente não se abala nem nas cenas de tortura. "Seu amigo é um animal", diz o prisioneiro torturado Ammar (Reda Kateb) a ela no início do filme. "Você pode ajudar a si mesmo dizendo a verdade", ela responde. A violência contra prisioneiros é um dos métodos que leva, no filme, ao objetivo da investigação. Por isso a obra foi acusada de ser pró-tortura.
"Quem trabalha com artes sabe que representação não significa aval", Kathryn escreveu no jornal "Los Angeles Times" ao se defender das críticas de que estaria defendendo a tortura. O uso de método condenável na busca do objetivo central da trama também está em outro indicado ao Oscar, "Lincoln" - neste caso, a compra votos de deputados democratas para aprovar o fim da escravidão nos EUA. Nos dois casos, o objetivo não é ter um "herói perfeito" como protagonista.
A tortura não é o único método usado no filme para encontrar Bin Laden - o fim da tolerância do governo dos EUA com esta prática é marcado na tela com um discurso de Barack Obama. Depois disso, Maya e seus colegas se afundam em relações mais complexas com os terroristas, erros e acertos técnicos e humanos, e, por fim, barganhas políticas. Para o espectador, a versão dos EUA para o caminho que o levou a Bin Laden fica clara, mas nem sempre atraente.


POESIA DO DIA


Eu

Florbela Espanca

“Eu sou a que no mundo anda perdida,

Eu sou a que na vida não tem norte,

Sou a irmã do Sonho, e desta sorte

Sou a crucificada ... a dolorida ...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,

E que o destino amargo, triste e forte,

Impele brutalmente para a morte!

Alma de luto sempre incompreendida! ...

Sou aquela que passa e ninguém vê ...

Sou a que chamam triste sem o ser ...

Sou a que chora sem saber porquê ...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,

Alguém que veio ao mundo pra me ver

E que nunca na vida me encontrou!”



Festivais de música foram tema de mesa-redonda


Como os festivais de música constituem o cenário cultural, econômico e político de uma região? Representantes de eventos conceituados de vários países discutiram a questão – e seus tantos desdobramentos – na manhã da última quinta (31), na primeira mesa-redonda do 6º Porto Musical. O evento segue até sábado (2) no Bairro do Recife, com shows gratuitos, na Praça do Arsenal, e atividades de formação.

Com o Teatro Apolo de poltronas quase todas ocupadas, participaram da conferência Paulo André Pires, responsável pelo recifense Abril Pro Rock (APR); Jonathas de Vargas, produtor, no Brasil, do Lollapalooza; Peter Hvalkof, do Roskilde Festival, na Dinamarca; Fruzsina Szep, do Sziget Festival, na Hungria; José da Silva, do Kriol Jazz Festival, em Cabo Verde; e Danni Colgan, do Sydney Festival. A conversa foi mediada pela francesa Christine Semba, gestora cultural e consultora de intercâmbio internacional.

Cada evento teve suas particularidades expostas durante uma breve apresentação de seus representantes. O húngaro Sziget, por exemplo, divide sua programação em 70% de shows musicais e os 30% restantes para diversas manifestações artísticas, como perfomances teatrais e instalações de artes plásticas, com cerca de 60 e 80 mil pessoas em cada um dos sete dias do evento.

FINANCIAMENTO
O financiamento do Sziget Festival é integralmente privado, entre marcas de cerveja e bancos. “Não queremos nenhum tipo de controle governamental. Prezamos pela liberdade em operar o Sziget como achamos melhor para o público”, explica Fruzsina Szep.

A realidade dos festivais independentes brasileiros, entretanto, ainda está a léguas de distância da ilha ao norte de Budapeste, pelo menos no condizente às formas de patrocínio. Um dos exemplos é o Abril Pro Rock. “Quando o APR começou, há 20 anos, o único jeito de realizá-lo, por uma série de gargalos, foi através de financiamento público. Hoje, depois de duas décadas, a situação é a mesma”, pontua Paulo André, produtor do evento. “Apesar disso, temos liberdade total para escolher os line-ups – patrocinadores, governo e gravadoras não têm influência sobre isso”, esclarece.

Outro ponto crucial são as dificuldades de competir com os shows gratuitos da cidade. “No caso do APR, é preciso esperar sair a programação do Carnaval do Recife, de Olinda e do resto do Estado, além do Rec-Beat. Dificilmente o público se disponibilizará a pagar para ver um show que já viu gratuitamente”. Como exemplo, ele cita o Afrobombas – projeto de Jorge Du Peixe, da Nação Zumbi, com Lula, filha de Chico Science – possível atração-chave do APR, daqui a três meses, que está na programação do domingo de Carnaval do Palco do Fortim, em Olinda.

PÚBLICO
A versão brasileira do festival Lollapalooza, originário de Chicago (EUA), teve sua iniciação com sucesso estrondoso em abril do ano passado, no Jockey Club de São Paulo. A segunda edição acontece de 29 a 31 de março, com nomes como Pearl Jam, The Killers e The Black Keys. “Em São Paulo, no coração da capital, o festival ganhou uma atmosfera cosmopolita, moldada pelo próprio público”, lembra Jonathas de Vargas. “Como acontece na páscoa, quando a cidade se esvazia, o festival é uma oportunidade excelente para se conhecer São Paulo com mais intimidade, e também trafegar melhor”, argumenta.

Sua fala fica clara diante dos números: das 135 mil pessoas que foram aos dois dias de festival em 2012, 75% eram de outras partes do País. 5% (6.750 lollapaloozers) viajaram de Pernambuco, sinal de que o público do Estado está cada vez mais em busca não apenas da música, mas de viver a experiência de festivais desse porte.


Musical "Os miseráveis" chega em tom de super-espetáculo

Hugh Jackman e Anne Hathaway em cena de Os miseráveis / Universal Pictures/Divulgação

A versão do musical Os miseráveis (Les misérables, 2012) enche os olhos de qualquer espectador. Da primeira à última cena, o que marca o longa-metragem é a sua dimensão espetacular: são quase três horas de duração, os cenários são grandiosos e a história é uma lição de amor e humanismo que há mais de 150 anos vem se mantendo atual. Candidato a oito Oscar, inclusive Melhor Filme, Os miseráveis vem colecionando prêmios (ganhou três no Globo de Ouro) e fortuna. Em pouco mais de um mês de exibição, já alcançou uma bilheteria de US$ 300 milhões. A produção estreia hoje nesta sexta-feira (1º/02) nos cinema do Recife e Região Metropolitana.

Dirigido por Tom Hooper, o mesmo que há dois anos surgiu do nada e ganhou o Oscar de Melhor Diretor por O discurso do rei (The king´s speech, 2010), Os miseráveis foi feito para suplantar a experiência teatral. A versão para o cinema, com roteiro de William Cameron, segue à risca a estrutura do musical excetuando-se apenas a troca de uma canção. Com uma direção vigorosa e envolvente – até demais em alguns momentos –, Hooper faz de tudo para conquistar e cativar o espectador. Não é uma tarefa fácil, mas ele teve uma grande sacada: fez com que os atores cantassem de verdade durante as filmagens. A princípio, o recurso poderia até ser dispensável. Mas, ao contrário, o resultado faz a diferença.

A obrigação de cantar e interpretar tirou a zona de conforto possibilitada pela dublagem. Logicamente, nem todos os atores dão conta da empreitada, o que desequilibra o filme em vários momentos. Talvez a performance mais fraca, entre os atores principais, seja a de Russell Crowe. Se não cantasse, certamente seu Javert estaria de bom tamanho. Como seu antípoda, Hugh Jackman se saiu bem melhor e faz um excelente Jean Valjean ao mostrar que seus dotes vocais não são limitados e foi indicado ao Oscar.

Mas a grande surpresa é a participação de Anne Hathaway, que arrasa como Fantine ao cantar I dreamed a dream, naquele que talvez seja o melhor momento de Os miseráveis. Apesar da trama ter sido reduzida, o filme segue o plot básico da história de Victor Hugo, centrada na busca de redenção de Jean Valjean e no jogo de gato e rato com Javert. Ao se sentir em dívida com Fantine, Valjean adota a menina Cosette (Amanda Seyfried) e faz de tudo para fazê-la feliz, inclusive forjando seu encontro com Marius (Eddie Redmayne, talvez a melhor voz do filme), um estudante revoltoso da Paris de 1832.

As participações de Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter, como o casal Thénardier, quebram um pouco o excesso de drama e ajudam o espectador a respirar durante a longa cantoria do filme.

Fonte: jconline


Luiz Ruffato e Chico Buarque vencem o Prêmio Casa de Las Américas










O escritor mineiro Luiz Ruffato e o compositor Chico Buarque ganharam o Prêmio Literário Casa de Las Américas 2012, anunciado na noite desta quinta-feira, durante a 54ª edição da premiação, em Havana. Ruffato foi o vencedor da categoria Literatura Brasileira com o romance "Domingos sem Deus" (editora record). Chico ganhou o Prêmio de honra de Narrativa José María Arguedas por "Leite derramado", último romance do autor publicado em 2009 pela Companhia das Letras.


A obra de Ruffato concorria com outras 158 inscritas. De acordo com a justificativa do júri, composto pelos escritores Marcelino Freire, Carola Saavedra e Suzana Vargas, a obra "apresenta diversos episódios independentes que se entrelaçam, formando o mosaico de um Brasil essencial, embora esquecido".


Os livros "Carbono pautado, memória de um auxiliar de escritório", de Rodrigo de Souza Leão e "O Mendigo que Sabia de Cor os Adágios de Erasmo de Rotterdam" , de Evandro Affonso Ferreira, ambos da editora Record, receberam menções na premiação. No ano passado, o escritor Nelson Oliveira venceu na categoria Literatura Brasileira com o livro "Poeira: demônios e maldições" (Língua Geral).



Fonte: oglobo


Especial 100 anos de Luiz Gonzaga

No dia 13 de dezembro de 1912, uma sexta-feira, nascia em Exu (PE) o segundo dos nove filhos do casal Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus, que, na pia batismal da igreja matriz da cidade recebeu o nome de Luiz Gonzaga Nascimento.

De acordo com a Agência Brasil, com apenas 8 anos de idade, ele substitui um sanfoneiro em festa tradicional na Fazenda Caiçara, no Araripe, Exu, a pedido de amigos do pai. Canta e toca a noite inteira e, pela primeira vez, recebe o que hoje se chamaria cachê. O dinheiro, 20 mil réis, "amolece" o espírito da mãe, que não o queria sanfoneiro.

A partir daí, os convites para animar festas - ou sambas, como se dizia na época - tornam-se frequentes. Antes mesmo de completar 16 anos, Luiz de Januário, Lula ou Luiz Gonzaga já é nome conhecido no Araripe e em toda a redondeza, como Canoa Brava, Viração, Bodocó e Rancharia.

Um século depois, muitas são as histórias que seus companheiros têm para contar desse homem que fez o povo brasileiro conhecer a dureza da vida no sertão, mas também levou muita alegria com sua sanfona para todo o país.

Estudioso lembra que o sanfoneiro mapeou a cultura e a geografia nordestinas em sua música

Para o cantor e compositor Sergival, que nos dias de hoje apresenta, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, o programa Puxe o Fole, Luiz Gonzaga foi o responsável pela construção da identidade do sertanejo da região nos meios de comunicação de massa.

“A imagem do nordestino projetada através do seu figurino – chapéu de couro, inspirado em Lampião, a jaqueta de couro, inspirada no vaqueiro, as alpercatas de couro, os embornais – todos esses elementos constituíram a grande contribuição de Luiz Gonzaga para popularizar o Nordeste como um todo no país”, relata a Agência Brasil.

Estudioso da obra do artista, Sergival ressalta que ele e seus parceiros, como Humberto Teixeira e Zé Dantas, mapearam a cultura popular nordestina e a própria região geográfica nas letras de suas músicas .“Os animais, os pássaros, os rios e outros elementos citados nas letras retratam o cotidiano do nordestino, a agricultura de subsistência, a vegetação, a seca. E aí ele entra na questão social, nos reflexos da seca”, acrescenta.

O trio musical formado por sanfona ou acordeom, zabumba e triângulo também foi uma criação de Gonzaga. “Além da intuição de ter um instrumento grave e rítmico, que é a zabumba, um agudo, que é o triângulo, e a sanfona fazendo a harmonia e os solos, havia a facilidade que essa formação permitia para as turnês que ele fazia pelo Brasil inteiro”.

A formação musical facilitava a mobilidade, exigia cachê menor, poucos músicos, além de mostrar os instrumentos típicos do Nordeste: a zabumba, muito usada pelas bandas de pífanos em novenas, e o triângulo, usado pelos vendedores ambulantes para apregoar seus produtos.

Até chegar a essa formação instrumental, Luiz Gonzaga passou por outras etapas em sua trajetória como músico. Ele começou a tocar sanfona com o pai, o velho Januário, que tocava a chamada concertina, um instrumento de oito baixos. Diferentemente do acordeom de teclas, a concertina é de botões e exige outra técnica de tocar. O velho Januário era considerado o melhor nesse instrumento, na região do sertão pernambucano, onde vivia. Luiz Gonzaga cresceu nesse ambiente, com o pai, consertando instrumentos e tocando.

Gonzaga foi, antes de tudo, um marqueteiro, diz o afilhado

O rei do baião foi um grande marqueteiro, muito antes que a expressão se tornasse comum no país. Ao longo da carreira, o rei fez muitas viagens pela estrada parando em cada cidadezinha para se apresentar. Nesse momentos, ele aproveitava para presentear donos de restaurante e prefeitos com seus discos, como uma forma de divulgar seu trabalho, lembra a Agência Brasil o maestro Marcos Farias, afilhado de batismo de Luiz Gonzaga.

Gonzagão também teve a preocupação de procurar parceiros de classe socioeconômica mais elevada para que seu trabalho, que já atingia o povo, chegasse também à classe A. “ Ele começou a buscar parceiros para compor, daí encontrou Humberto Teixeira, que era poeta, veio Zé Dantas, que era médico”.

O maestro conta que Gonzaga “era doido pra entrar na sociedade”, e foi com essas parcerias e também com Carmélia Alves que ele conseguiu conquistar o público da classe A. “Trazendo uma socialite pra o envolvimento na música nordestina ele já ganhava a sociedade. Aí eram as madames querendo aprender a dançar xaxado, baião”.

Farias conta que seu padrinho dizia que o artista tem que ser artista 24 horas e ser exemplo. “Ele era exatamente o que cantava e o que aparentava, era verdadeiro” diz. O maestro relata que Gonzaga era um batalhador, acordava cedo, era pontual com os compromissos, mas que apesar de tudo não ficou rico. “Comparando com os artistas de hoje, Gonzaga era pobre e morreu pobre” diz Marcos.

Outra sacada importante para a carreira de Gonzaga foi a sua indumentária. “Ele era um cara que fazia um marketing muito bem feito. Imagina na década de 40 e 50 uma pessoa no Rio de Janeiro aparecer com chapéu de couro, roupa de couro. Ele sabia que ia ter um impacto muito grande”, conta..

“Outros escritores já disseram isso e eu concordo: Gonzaga é o nosso Don Quixote de La Mancha, sua roupa e seu chapéu de couro eram sua armadura, a sanfona era sua espada e sua voz era seu grande sonho” se orgulha o maestro de seu padrinho.

Luiz Gonzaga acreditou muito nos artistas nordestinos. Ele presenteava artistas iniciantes com acordeons para que pudessem fazer um trabalho melhor. “Ele trazia pessoas pra trabalhar com ele, era muito generoso”. Segundo Farias, seu padrinho acreditava nas pessoas, “encontrava talentos de diversas formas e trazia pra perto dele, ajudava, encaminhava ”.

Marcos Farias lembra que, com a idade, a osteoporose foi debilitando Gonzaga e ele já não dominava as técnicas como antes. O corpo já doía muito e ele foi convocando gente para tocar com ele. “Com isso apareceu muita gente nova, muita gente boa”.

fonte:DR

2012: A imagem do cinema brasileiro


Observando os cartazes dos filmes nacionais, nota-se uma relação de consumo particular com os corpos fetichizados ou erotizados dos atores

Por Bruno Carmelo, editor do Discurso-Imagem.

Em 2012, até o meio de novembro, o cinema brasileiro tem apresentado bilheterias fraquíssimas. Apenas dois filmes ultrapassaram a marca de um milhão de espectadores (Até Que a Sorte nos Separe e E Aí… Comeu?, embora Gonzaga – De Pai pra Filho esteja chegando lá), enquanto outros que esperavam atingir a marca fracassaram amargamente (Xingu, Heleno, Paraísos Artificiais).

Encontrar as razões para estes resultados seria necessário e interessante, mas este artigo propõe refletir sobre um elemento menor, pontual, mas bastante representativo do mercado de cinema: os elementos de venda do filme, ou melhor, os cartazes dos filmes nacionais lançados nos últimos doze meses. Considerando que muitos espectadores ainda decidem o filme que vão ver nos próprios multiplexes, diante dos cartazes, estas imagens servem como boas metáforas da imagem que o filme quer passar de si mesmo. Ou seja, o cartaz mostra não necessariamente o que o filme é, mas qual produto ele gostaria de ser, e qual público ele pretende seduzir.

Certamente, todos os cartazes não podem ser reduzidos às mesmas estratégias, mas é possível perceber algumas tendências gerais. Os cartazes dos filmes mais populares têm apostado em uma simplicidade extrema. Em termos de design, são pôsteres sem profundidade de campo, com os personagens mostrados de corpo inteiro, colados um ao lado do outro, de modo a preencher o espaço. O fundo é apenas uma tela: estas são imagens literalmente superficiais. Não se conta a trama, nem o espaço ou o tempo. Mostra-se apenas o que se julga atrair o público mais amplo: caras, bocas, mulheres belas, atores famosos.

É o caso de As Aventuras de Agamenon, o Repórter (terceiro maior sucesso do ano), Até Que a Sorte nos Separe (o líder) e o ainda inédito Os Penetras. No caso deste último, um primeiro cartaz, levemente mais complexo e com iluminação contrastada, mostrava os dois personagens abraçados, com um fundo desfocado. Ele foi trocado mais tarde por outro cartaz, de leitura direta, sem imagem ao fundo, com luz chapada e personagens vistos praticamente de corpo inteiro. Este enquadramento, pelo menos da cintura para cima, é útil para mostrar as formas do corpo, quando estas são importantes (a corpulência cômica de Hassum em Até Que a Sorte nos Separe, as curvas sedutoras de Mariana Ximenes em Os Penetras). E que a ordem entre os corpos não confunda o espectador: estes cartazes são feitos para agradar, para não forçarem o pensamento. Não há ambiguidade em uma imagem deste tipo.

Isto já não ocorre com grandes produções nacionais que pretendiam alcançar um grande público, mas tiveram resultados abaixo do esperado. Não se pode estabelecer uma relação de causa e consequência (os filmes fracassaram porque foram vendidos de tal maneira), mas coincidentemente muitos deles apostaram na mesma estrutura de imagem: Xingu, Heleno e outros colocaram os rostos de seus personagens principais na metade superior da imagem, com elementos do espaço logo abaixo. Percebe-se: 1) O rosto do elenco global e/ou belo, ocasionalmente com uma figura conhecida (a representação de Gonzaga), 2) O tom do filme, sua época ou gênero representado pela sugestão de cenário na metade inferior. Parece que, pelo menos em 2012, o “cinema comercial de qualidade” apostou nesta combinação clássica de rostos (apelo popular) com paisagens e contexto histórico ou geográfico (apelo “artístico”).

Já os filmes direcionados a um circuito restrito lançaram a mão das convenções e foram, como é de se esperar, radicais como sua proposta estética. Muitos deles inclusive colocaram seus personagens de costas, evitando o olhar do espectador. Febre do Rato surpreendeu pela imagem do personagem em um gesto pouco legível. Girimunho, Histórias Que Só Existem Quando Contadas, Sudoeste e Vou Rifar Meu Coração preferem dar mais importância ao espaço do que aos personagens, meros anônimos espremidos nos cantos do enquadramento. A maior importância, no caso, vem das metáforas, das sugestões, das cores e texturas. De certa maneira, quanto mais se sublimou a representação humana, mais se caminhou às produções propícias aos circuitos dos festivais.

Se as considerações acima podem ser esperadas ou mesmo óbvias (filmes populares apelam para a leitura imediata dos corpos; filmes de circuito restrito evocam metáforas e sensações), a estrutura torna-se mais complexa diante de algumas produções cujos cartazes são incompreensíveis: eles não dizem de que trata o filme, a qual público ele se destina, em qual gênero ele se encaixa. O material promocional de Astro – Uma Fábula Urbana em um Rio de Janeiro Mágico não mostra se a obra é uma animação, se é infantil, dramático, cômico. Menos Que Nada cola rostos flutuantes pelo ar sem criar nenhuma relação entre eles, assim como o evangélico Três Histórias, Um Destino, que lembra as capas de romances de banca de jornal. Pelo menos, no caso deste último, o produto contava principalmente com o boca a boca nos centros de culto para conquistar seu público, não dependendo tanto do cartaz, trailer e instrumentos tradicionais de publicidade.

Seria interessante comparar estas imagens com as dos outros anos, ou então colocá-las em ranking, da maior à menor bilheteria, mas constatemos apenas que em 2012 os filmes tentaram se vender pela relação muito curiosa à figura humana: nas grandes produções populares, o humano é claramente visível, disponível, mas também fetichizado, erotizado ou ridicularizado. Os corpos são fornecidos ao olhar para consumo direto, pelos nomes famosos, pela posição central e majoritária na imagem. Já os filmes menos comerciais, que apostam nos conflitos humanos, são aqueles que justamente esconderam as identidades de seus humanos, sugerindo apenas sua presença, sua relação com o espaço.

O cinema popular apelou para imagens pouco inteligentes, mas ansiosas por agradar – são imagens da oferta, que antecedem o desejo do consumidor. Já o cinema dito alternativo combinou o design complexo com um sentido incompleto – são imagens da procura, que só se completarão caso o espectador já tenha uma vontade prévia de desvendar símbolos do tipo.fonte:DI


JOAO CABRAL DE MELLO NETO
9 de outubro - 13 anos sem João Cabral de Melo Neto
(poeta e diplomata pernambucano e brasileiro)

"...E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina."
- (Morte e Vida Severina)

João Cabral de Melo Neto nasceu na cidade de Recife - PE, no dia 09 de janeiro de 1920, na rua da Jaqueira (depois Leonardo Cavalcanti), segundo filho de Luiz Antônio Cabral de Melo e de Carmem Carneiro-Leão Cabral de Melo. Primo, pelo lado paterno, de Manuel Bandeira e, pelo lado materno, de Gilberto Freyre. Passa a infância em engenhos de açúcar. Primeiro no Poço do Aleixo, em São Lourenço da Mata, e depois nos engenhos Pacoval e Dois Irmãos, no município de Moreno.

Em 1930, com a mudança da família para Recife, inicia o curso primário no Colégio Marista. João Cabral era um amante do futebol, tendo sido campeão juvenil pelo Santa Cruz Futebol Clube em 1935.

Foi na Associação Comercial de Pernambuco, em 1937, que obteve seu primeiro emprego, tendo depois trabalhado no Departamento de Estatística do Estado. Já com 18 anos, começa a freqüentar a roda literária do Café Lafayette, que se reúne em volta de Willy Lewin e do pintor Vicente do Rego Monteiro, que regressara de Paris por causa da guerra.

Em 1940 viaja com a família para o Rio de Janeiro, onde conhece Murilo Mendes. Esse o apresenta a Carlos Drummond de Andrade e ao círculo de intelectuais que se reunia no consultório de Jorge de Lima. No ano seguinte, participa do Congresso de Poesia do Recife, ocasião em que apresenta suas Considerações sobre o poeta dormindo.

1942 marca a publicação de seu primeiro livro, Pedra do Sono. Em novembro viaja, por terra, para o Rio de Janeiro. Convocado para servir à Força Expedicionária Brasileira (FEB), é dispensado por motivo de saúde. Mas permanece no Rio, sendo aprovado em concurso e nomeado Assistente de Seleção do DASP (Departamento de Administração do Serviço Público). Freqüenta, então, os intelectuais que se reuniam no Café Amarelinho e Café Vermelhinho, no Centro do Rio de Janeiro. Publica Os três mal-amados na Revista do Brasil.

O engenheiro é publicado em 1945, em edição custeada por Augusto Frederico Schmidt. Faz concurso para a carreira diplomática, para a qual é nomeado em dezembro. Começa a trabalhar em 1946, no Departamento Cultural do Itamaraty, depois no Departamento Político e, posteriormente, na comissão de Organismos Internacionais. Em fevereiro, casa-se com Stella Maria Barbosa de Oliveira, no Rio de Janeiro. Em dezembro, nasce seu primeiro filho, Rodrigo.

É removido, em 1947, para o Consulado Geral em Barcelona, como vice-cônsul. Adquire uma pequena tipografia artesanal, com a qual publica livros de poetas brasileiros e espanhóis. Nessa prensa manual imprime Psicologia da composição. Nos dois anos seguintes ganha dois filhos: Inês e Luiz, respectivamente. Residindo na Catalunha, escreve seu ensaio sobre Joan Miró, cujo estúdio freqüenta. Miró faz publicar o ensaio com texto em português, com suas primeiras gravuras em madeira.

Removido para o Consulado Geral em Londres, em 1950, publica O cão sem plumas. Dois anos depois retorna ao Brasil para responder por inquérito onde é acusado de subversão. Escreve o livro O rio, em 1953, com o qual recebe o Prêmio José de Anchieta do IV Centenário de São Paulo (em 1954). É colocado em disponibilidade pelo Itamaraty, sem rendimentos, enquanto responde ao inquérito, período em que trabalha como secretário de redação do Jornal A Vanguarda, dirigido por Joel Silveira. Arquivado o inquérito policial, a pedido do promotor público, vai para Pernambuco com a família. Lá, é recebido em sessão solene pela Câmara Municipal do Recife.

Em 1954 é convidado a participar do Congresso Internacional de Escritores, em São Paulo. Participa também do Congresso Brasileiro de Poesia, reunido na mesma época. A Editora Orfeu publica seus Poemas Reunidos. Reintegrado à carreira diplomática pelo Supremo Tribunal Federal, passa a trabalhar no Departamento Cultural do Itamaraty.

Duas alegrias em 1955: o nascimento de sua filha Isabel e o recebimento do Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras. A Editora José Olympio publica, em 1956, Duas águas, volume que reúne seus livros anteriores e os inéditos: Morte e vida severina, Paisagens com figuras e Uma faca só lâmina. Removido para Barcelona, como cônsul adjunto, vai com a missão de fazer pesquisas históricas no Arquivo das Índias de Sevilha, onde passa a residir.

Em 1958 é removido para o Consulado Geral em Marselha. Recebe o prêmio de melhor autor no Festival de Teatro do Estudante, realizado no Recife. Publica em Lisboa seu livro Quaderna, em 1960. É removido para Madri, como primeiro secretário da embaixada. Publica, em Madri, Dois parlamentos.

Em 1961 é nomeado chefe de gabinete do ministro da Agricultura, Romero Cabral da Costa, e passa a residir em Brasília. Com o fim do governo Jânio Quadros, poucos meses depois, é removido outra vez para a embaixada em Madri. A Editora do Autor, de Rubem Braga e Fernando Sabino, publica Terceira feira, livro que reúne Quaderna, Dois parlamentos, ainda inéditos no Brasil, e um novo livro: Serial.

Com a mudança do consulado brasileiro de Cádiz para Sevilha, João Cabral muda-se para essa cidade, onde reside pela segunda vez. Continuando seu vai-e-vem pelo mundo, em 1964 é removido como conselheiro para a Delegação do Brasil junto às Nações Unidas, em Genebra. Nesse ano nasce seu quinto filho, João.

Como ministro conselheiro, em 1966, muda-se para Berna. O Teatro da Universidade Católica de São Paulo produz o auto Morte e Vida Severina, com música de Chico Buarque de Holanda, primeiro encenado em várias cidades brasileiras e depois no Festival de Nancy, no Théatre des Nations, em Paris e, posteriormente, em Lisboa, Coimbra e Porto. Em Nancy recebe o prêmio de Melhor Autor Vivo do Festival. Publica A educação pela pedra, que recebe os prêmios Jabuti; da União de Escritores de São Paulo; Luisa Cláudio de Souza, do Pen Club; e o prêmio do Instituto Nacional do Livro. É designado pelo Itamaraty para representar o Brasil na Bienal de Knock-le-Zontew, na Bélgica.

1967 marca sua volta a Barcelona, como cônsul geral. No ano seguinte é publicada a primeira edição de Poesias completas. É eleito, em 15 de agosto de 1968, para a Academia Brasileira de Letras na vaga de Assis Chateaubriand. É recebido em sessão solene pela Assembléia Legislativa de Pernambuco como membro do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT).

Toma posse na Academia em 06 de maio de 1969, na cadeira número 6, sendo recebido por José Américo de Almeida. A Companhia Paulo Autran encena Morte e vida severina em diversas cidades do Brasil. É removido para a embaixada de Assunção, no Paraguai, como ministro conselheiro. Torna-se membro da Hispania Society of America e recebe a comenda da Ordem de Mérito Pernambucano.

Após três anos em Assunção, é nomeado embaixador em Dacar, no Senegal, cargo que exerce cumulativamente com o de embaixador da Mauritânia, no Mali e na Giné-Conakry.

Em 1974 é agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco. No ano seguinte publica Museu de Tudo, que recebe o Grande Prêmio de Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte. É agraciado com a Medalha de Humanidades do Nordeste.

Em 1976 é condecorado Grande Oficial da Ordem do Mérito do Senegal e, em 1979, como Grande Oficial da Ordem do Leão do Senegal. É nomeado embaixador em Quito, Equador e publica A escola das facas.

A convite do governador de Pernambuco, vai a Recife (em 1980) para fazer o discurso inaugural da Ordem do Mérito de Guararapes, sendo condecorado com a Grã-Cruz da Ordem. Ali é inaugurada uma exposição bibliográfica de sua obra, no Palácio do Governo de Pernambuco, organizada por Zila Mamede. Recebe a Comenda do Mérito Aeronáutico e a Grã-Cruz do Equador.

No ano seguinte vai para Honduras, como embaixador. Publica a antologia Poesia crítica.

Em 1982 é agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Vai para a cidade do Porto, em Portugal, como cônsul geral. Recebe o Prêmio Golfinho de Ouro do Estado do Rio de Janeiro. Publica Auto do frade, escrito em Tegucigalpa.

Ganha o Prêmio Moinho Recife, em 1984 e, no ano seguinte, publica os poemas de Agrestes. Nesse livro há uma sessão dedicada à morte ("A indesejada das gentes"). Em 1986 é agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco. Sua esposa, Stella Maria, falece no Rio de Janeiro. João Cabral reassume o Consulado Geral no Porto. Casa-se em segundas núpcias com a poeta Marly de Oliveira.

Em 1987 publica Crime na Calle Relator, poemas narrativos. Recebe o prêmio da União Brasileira de Escritores. É removido para o Rio de Janeiro.

Em Recife, no ano de 1988, lança sua antologia Poemas pernambucanos

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