quarta-feira, 8 de agosto de 2012

'Hoje sei que sempre serei a ex-esposa de Carlos Cachoeira', diz Andréa à CPI

Ex-mulher do contraventor surpreende e usa seus vinte minutos de apresentação; perguntas dos parlamentares são feitas em sessão fechada

Andréa Aprígio, ex-mulher de Carlinhos Cachoeira, surpreendeu os presentes na sessão da CPI nesta quarta-feira e falou por 20 minutos durante sua apresentação. Após a insistência dos parlamentares, ela decidiu responder aos questionamentos em sessão secreta, sem a presença de jornalistas. Como estava munida de um habeas corpus do STF.

Agência Senado
Andréa Aprígio, ex-mulher de Cachoeira, chora em depoimento na CPI
Ela começou seu pronunciamento relembrando um conselho que sua avó lhe deu, no momento de seu divórcio com o contraventor, acusado de comandar um esquema de jogos ilegais. "No início do processo da minha separação, ela me disse: neta, lembre-se, você poderá sair do casamento, mas o casamento não saírá de você", afirmou. 
"Somente agora compreendi a amplitude de seu conselho. Hoje sei que sempre serei a ex-esposa de Carlos Cachoeira. Ele será sempre o pai dos meus filhos."
Se apresentando como engenheira civil, advogada e "defensora de valores éticos, morais e cristãos", ela criticou a imprensa por ter veiculado seu nome ao de Cachoeira.
"Com o devido respeito que tenho aos propagadores dessas informações, mas eles devem, por justiça, investigar melhor os fatos", disse. Segundo investigações, Andréa Aprígio e seu irmão, Adriano Aprígio, recebiam constantemente empréstimos de Cachoeira. Ela é dona da indústria farmacêutica Vitapan, empresa suspeita de envolvimento com a organização.
Questionada pelo relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), mais especificamente sobre os empréstimos, Andréa se recusou a responder. "Se aqui soubesse que teria que ouvir os questionamentos, eu nada falaria", disse.
Ela acrescentou que não poderia responder pela declaração de imposto de renda de Carlinhos Cachoeira. "Eu só posso responder pela minha, e a minha está em dia", afirmou.
Sessão fechada
Após um pedido do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), a CPI suspendeu os trabalhos oara que a imprensa saísse da sala onde ocorre a sessão para que Andréa pudesse depor apenas para os parlamentares.
Antes, ela havia dito que não falaria nem em reunião fechada, mas os parlamentares insistiram. “Isso não diminui em nada os seus direitos (de Andréa). Apenas pode lhe permitir ficar mais à vontade com os membros da comissão”, disse o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PA) à depoente.
Em seguida, ele informou que o advogado de Andréa Aprígio aceitou a reunião a portas fechadas.
 fonte:Agência Câmara

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