segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Julgamento do mensalão entra hoje na última fase das defesas



A ter­ceira se­mana de jul­ga­mento do men­salão no Su­premo Tri­bunal Fe­deral (STF) co­meça hoje (13) com a de­fesa de mais cinco réus, entre eles quatro ex-de­pu­tados. É a úl­tima etapa da fase de de­fesa. Serão apre­sen­tadas hoje as de­fesas dos ex-de­pu­tados Ro­berto Jef­ferson (PTB-RJ), que de­nun­ciou o es­quema, e Bispo Carlos Ro­dri­gues (do então PL-RJ), além de mais três ex-par­la­men­tares. Todos res­pondem pelos crimes de cor­rupção pas­siva e la­vagem de di­nheiro.

A ex­pec­ta­tiva é que a fase das de­fesas acabe no pró­ximo dia 15. Em se­guida, co­meça a etapa dos votos dos mi­nis­tros da Su­prema Corte, co­me­çando pelo re­lator Jo­a­quim Bar­bosa. Ele disse que seu voto tem cerca de mil pá­ginas, mas que pre­tende apre­sentar um re­sumo. Porém, o ad­vo­gado Márcio Thomaz Bastos pediu que os 11 mi­nis­tros apre­sentem seus votos por in­teiro, sem sín­teses.

De­fen­dido pelo ad­vo­gado Luiz Fran­cisco Corrêa Bar­bosa, Jef­ferson res­ponde sobre os crimes de cor­rupção pas­siva e la­vagem de di­nheiro. O ex-de­pu­tado Bispo Ro­dri­gues res­ponde sobre os crimes de cor­rupção pas­siva e la­vagem de di­nheiro e será de­fen­dido pelo ad­vo­gado Mar­celo Ávila de Bessa. Com a de­fesa do ad­vo­gado Itapuã Prestes de Mes­sias, o ex-te­sou­reiro do PTB Emerson Pal­mieri res­ponde também sobre os os crimes de cor­rupção pas­siva e la­vagem de di­nheiro. Ele será o ter­ceiro caso men­ci­o­nado ao longo do dia.
Também pelos crimes de cor­rupção pas­siva e la­vagem de di­nheiro res­pondem os ex-de­pu­tados Romeu Fer­reira Queiroz (na época no PTB-MG), cuja de­fesa será feita pelo ad­vo­gado José An­tero Mon­teiro Filho, e José Borba (PMDB-PR), de­fen­dido por Ino­cêncio Co­elho.
 Nos úl­timos dias, as de­fesas dos réus in­sis­tiram na ino­cência de seus cli­entes, mas vá­rios ad­vo­gados ad­mi­tiram a exis­tência de caixa 2, em­bora não te­nham re­co­nhe­cido a exis­tência do men­salão. Pela de­núncia do Mi­nis­tério Pú­blico, o men­salão foi um es­quema mon­tado no go­verno do ex-pre­si­dente Luiz Inácio Lula da Silva para com­prar apoio de par­la­men­tares e para saldar dí­vidas de cam­panha com di­nheiro não con­ta­bi­li­zado, o cha­mado caixa 2.
No dia 3, o pro­cu­rador-geral da Re­pú­blica, Ro­berto Gurgel, con­cluiu a sus­ten­tação oral pe­dindo a con­de­nação de 36 dos 38 réus. O ex-mi­nistro da Co­mu­ni­cação So­cial da Pre­si­dência da Re­pú­blica Luiz Gushiken e o as­sessor do PL (atual PR) An­tonio Lamas foram ex­cluídos da con­de­nação por falta de provas.
Em cerca de cinco horas, Gurgel disse que foi ame­a­çado e so­freu ata­ques. Fez um re­lato de­ta­lhado sobre o es­quema do men­salão, de­fendeu que a justa apli­cação de penas mar­cará um “pa­ra­digma his­tó­rico”.
Para cada si­tu­ação, Gurgel apontou um crime. Os de­litos ci­tados na de­núncia, va­ri­ando con­forme o réu, são for­mação de qua­drilha (pena de um a três anos de prisão), cor­rupção ativa e pas­siva (dois a 12 anos cada), pe­cu­lato (dois a 12 anos), evasão de di­visas (dois a seis anos), gestão frau­du­lenta de ins­ti­tuição fi­nan­ceira (três a 12 anos) e la­vagem de di­nheiro (três a dez anos). Al­guns crimes, se­gundo o pro­cu­rador, foram co­me­tidos vá­rias vezes e por isso al­guns réus res­pondem a de­zenas de acu­sa­ções.
fonte:AB

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