O brasileiro Cesar Cielo está liberado para participar do Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo realizado em Xangai, após a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) decidir pela manutenção da advertência imposta pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) para um caso de doping. O veredicto da CAS foi anunciado nesta quinta-feira (21).
A advertência também vale para Nicholas Santos e Henrique Barbosa, que assim como Cielo deram positivo para a substância proibida furosemida em teste realizado em maio. A punição para Vinicius Waked, porém, foi diferente. O nadador, que foi suspenso anteriormente por dois meses em outro caso de doping, recebeu uma pena de um ano da CAS.
Com o anúncio, agora Cielo pode se concentrar na disputa do Mundial de Xangai. O brasileiro defenderá os seus títulos dos 50 e 100 metros livre, além de participar da prova dos 50 metros borboleta e integrar a equipe brasileira dos revezamentos. Em 2012, Cielo poderá defender em Londres seu título olímpico nos 50 metros livre (também é medalhista de bronze nos 100 metros livre).
Já os outros três brasileiros não vão competir em Xangai. Nicholas Santos e Henrique Barbosa perderam as marcas obtidas no Troféu Maria Lenk por conta do doping. Já Vinicius Waked nunca teve índice para o Mundial de Esportes Aquáticos na China. As provas da natação em Xangai começam na madrugada de sábado para domingo (horário de Brasília).
Os quatro nadadores brasileiros foram flagrados em exames realizados durante a disputa do Troféu Maria Lenk, no início de maio, no Rio, quando o mesmo diurético proibido furosemida foi detectado em seus organismos. Eles alegaram inocência, dizendo que consumiram a substância em um lote contaminado de um suplemento alimentar que usam regularmente.
Em julgamento realizado no dia 1º de julho pela CBDA, os quatro nadadores levaram apenas uma advertência, sem qualquer suspensão. "Não foi identificada culpa ou negligência" dos atletas, justificou a entidade, que também decidiu anular todos os resultados obtidos por eles no Troféu Maria Lenk.
Mas Federação Internacional de Natação (Fina) não concordou com a decisão da CBDA e decidiu entrar com recurso na CAS, a instância máxima da justiça desportiva. Diante do interesse de todas as partes envolvidas, por causa da disputa do Mundial, o julgamento do caso foi realizado em tempo recorde, com a audiência na última quarta-feira, em Xangai.
Enquanto os quatro nadadores estiveram presentes na audiência em Xangai, algumas testemunhas participaram através de videoconferência. E os três juízes designados pelo CAS para o caso (o australiano Alan Sullivan, o suíço Olivier Carrard e o norte-americano Jeffrey Benz) chegaram rapidamente ao veredicto, anunciado nesta quinta-feira.
Durante esse período, Cielo evitou entrevistas. Sua única declaração pública sobre o caso aconteceu no dia do julgamento da CBDA, quando defendeu sua inocência. "Nunca utilizei nenhum recurso ilícito que pudesse favorecer a minha performance. Tenho a consciência tranquila de que não fiz nada para melhorar artificialmente meu desempenho", disse.
CARREIRA - Com apenas 24 anos, Cielo já é o maior nome da história da natação brasileira. Inspirado nos ídolos Fernando Scherer e Gustavo Borges, ele começou a brilhar em 2007, quando conquistou três medalhas de ouro e uma de prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio. Mas alcançaria fama mundial no ano seguinte, na Olimpíada de Pequim.
Depois de treinamento intenso nos Estados Unidos, onde morava e treinava na época, Cielo surpreendeu o mundo nos Jogos Olímpicos de Pequim. Primeiro, ganhou bronze nos 100 metros livre, o que lhe deu confiança para buscar o ouro nos 50 metros livre. A partir disso, ele já era ídolo no Brasil e referência nas provas de velocidade da natação.
Seu domínio nas piscinas foi confirmado em 2009. No Mundial de Esportes Aquáticos em Roma, ele ganhou a medalha de ouro nos 50 e 100 metros livre. E naquele mesmo ano, virou recordista mundial das duas provas. Depois, já em 2010, ele unificou o título dos 50 e 100 metros livre, ao ser campeão mundial também no campeonato de piscina curta (25 metros).
A advertência também vale para Nicholas Santos e Henrique Barbosa, que assim como Cielo deram positivo para a substância proibida furosemida em teste realizado em maio. A punição para Vinicius Waked, porém, foi diferente. O nadador, que foi suspenso anteriormente por dois meses em outro caso de doping, recebeu uma pena de um ano da CAS.
Com o anúncio, agora Cielo pode se concentrar na disputa do Mundial de Xangai. O brasileiro defenderá os seus títulos dos 50 e 100 metros livre, além de participar da prova dos 50 metros borboleta e integrar a equipe brasileira dos revezamentos. Em 2012, Cielo poderá defender em Londres seu título olímpico nos 50 metros livre (também é medalhista de bronze nos 100 metros livre).
Já os outros três brasileiros não vão competir em Xangai. Nicholas Santos e Henrique Barbosa perderam as marcas obtidas no Troféu Maria Lenk por conta do doping. Já Vinicius Waked nunca teve índice para o Mundial de Esportes Aquáticos na China. As provas da natação em Xangai começam na madrugada de sábado para domingo (horário de Brasília).
Os quatro nadadores brasileiros foram flagrados em exames realizados durante a disputa do Troféu Maria Lenk, no início de maio, no Rio, quando o mesmo diurético proibido furosemida foi detectado em seus organismos. Eles alegaram inocência, dizendo que consumiram a substância em um lote contaminado de um suplemento alimentar que usam regularmente.
Em julgamento realizado no dia 1º de julho pela CBDA, os quatro nadadores levaram apenas uma advertência, sem qualquer suspensão. "Não foi identificada culpa ou negligência" dos atletas, justificou a entidade, que também decidiu anular todos os resultados obtidos por eles no Troféu Maria Lenk.
Mas Federação Internacional de Natação (Fina) não concordou com a decisão da CBDA e decidiu entrar com recurso na CAS, a instância máxima da justiça desportiva. Diante do interesse de todas as partes envolvidas, por causa da disputa do Mundial, o julgamento do caso foi realizado em tempo recorde, com a audiência na última quarta-feira, em Xangai.
Enquanto os quatro nadadores estiveram presentes na audiência em Xangai, algumas testemunhas participaram através de videoconferência. E os três juízes designados pelo CAS para o caso (o australiano Alan Sullivan, o suíço Olivier Carrard e o norte-americano Jeffrey Benz) chegaram rapidamente ao veredicto, anunciado nesta quinta-feira.
Durante esse período, Cielo evitou entrevistas. Sua única declaração pública sobre o caso aconteceu no dia do julgamento da CBDA, quando defendeu sua inocência. "Nunca utilizei nenhum recurso ilícito que pudesse favorecer a minha performance. Tenho a consciência tranquila de que não fiz nada para melhorar artificialmente meu desempenho", disse.
CARREIRA - Com apenas 24 anos, Cielo já é o maior nome da história da natação brasileira. Inspirado nos ídolos Fernando Scherer e Gustavo Borges, ele começou a brilhar em 2007, quando conquistou três medalhas de ouro e uma de prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio. Mas alcançaria fama mundial no ano seguinte, na Olimpíada de Pequim.
Depois de treinamento intenso nos Estados Unidos, onde morava e treinava na época, Cielo surpreendeu o mundo nos Jogos Olímpicos de Pequim. Primeiro, ganhou bronze nos 100 metros livre, o que lhe deu confiança para buscar o ouro nos 50 metros livre. A partir disso, ele já era ídolo no Brasil e referência nas provas de velocidade da natação.
Seu domínio nas piscinas foi confirmado em 2009. No Mundial de Esportes Aquáticos em Roma, ele ganhou a medalha de ouro nos 50 e 100 metros livre. E naquele mesmo ano, virou recordista mundial das duas provas. Depois, já em 2010, ele unificou o título dos 50 e 100 metros livre, ao ser campeão mundial também no campeonato de piscina curta (25 metros).
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