sábado, 16 de julho de 2011

Planos de Alfaguara para Quintana

Logo que a Sonia Racy deu sucintamente, na Direto da Fonte de ontem, a informação de que a obra de Mário Quintana passaria para a Alfaguara, ligamos lá pedindo detalhes. Quintana é um nome enorme para qualquer catálogo, não apenas como prestígio mas também em possibilidades de comercialização, consideradas vendas para escolas e em antologias, entre outras. Mandamos uma série de perguntas para Isa Pessoa, diretora editorial da Objetiva, que preferiu mandar uma mesma resposta a todos os jornalistas.


A Editora Globo, que teve Quintana como funcionário e onde ele era publicado, preferiu não se pronunciar, assim como Lucia Riff, agente literária responsável pela obra do poeta gaúcho, que chegou só a dar umas aspas ontem para o Publishnews.
As obras a sair pela editora são: A Rua dos Cataventos (1940), Canções (1946), Sapato Florido (1948), O Aprendiz de Feiticeiro (1950), Espelho Mágico (1951), Caderno H (1973), Apontamentos de História Sobrenatural (1976), A Vaca e o Hipogrifo (1977), Esconderijos do Tempo (1980), Antologia Poética (1985), 80 Anos de Poesia (1986), Baú de Espantos (1986), Da Preguiça como Método (1987), O Batalhão de Letras (1987), Preparativos de Viagem (1987), Porta Giratoria (1988), A Cor do Invisível (1989), Velorio sem Defundo (1990), Poemas para Ler na Escola – Mário Quintana.



Sobre Quintana na Alfaguara, então, os principais pontos do texto de Isa Pessoa:

“Esperamos ampliar a presença do poeta nas escolas, apostando (…) (no) relançamento de sua obra nas livrarias, e também no formato digital”
“São 19 títulos, uma obra vasta (…) que será relançada a partir de meados do ano que vem.”
“Planejaremos esse cronograma (…) em conjunto com especialistas no autor, sempre ouvindo a Elena Quintana, sobrinha do poeta e conhecedora profunda da sua obra, e também sua agente, Lúcia Riff. A obra completa sairá pela Alfaguara, mas pretendemos explorar possibilidades editoriais novas, publicando alguns títulos pelo selo Objetiva.”
“Vamos trabalhar para estabelecer um projeto gráfico elegante, capas cheias de luz e cor (…).”
“Nossa ideia inicial, ainda sujeita a alterações, é iniciar a série com dois lançamentos simultâneos. O primeiro: a Antologia Poética, clássico do autor, editada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos nos anos 60. A meta é fazer um resgate da edição original, assinada por dois titãs da literatura brasileira, sem intermediários – recuperando ainda a fortuna crítica da época (a antologia foi publicada em homenagem aos 60 anos do autor, junto a uma célebre saudação feita em sua homenagem na Academia Brasileira de Letras, onde Quintana, por mais inacreditável que pareça, nunca foi eleito imortal). “
“Com o título provisório No Retrato Que Me Faço, primeira linha de um poema do autor, o outro volume de estreia será cria.do a partir de frases e haicais do poeta, famoso por suas tiradas anticonvencionais, em que nunca perdoava os chatos nem o tédio de existir”
“Sob o selo Objetiva, esperamos incluir um volume de Quintana em nossa coleção Para Ler na Escola. Criada há cerca dois anos, a série tem tido um desempenho extraordinário nas escolas, reunindo contos, poemas ou crônicas de autores que são referência em seu gênero (…) . Mario Quintana – Poemas Para Ler na Escola, será organizado e apresentado, seguindo a estrutura da coleção, por curadoras irretocáveis como Marisa Lajolo e Regina Zilberman.”

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