Há 60 dias, a população sofre os transtornos causados pela lentidão no atendimento
Um dia após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinar que a associação dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE) mantenha em atividade ao menos 50% do efetivo enquanto durar a operação-padrão, na prática, nada mudou. Há 60 dias, a população sofre os transtornos causados pela lentidão no atendimento. Mesmo a Justiça tendo classificado a operação como uma “greve branca, disfarçada”, os servidores afirmam que não estão descumprindo a medida, uma vez que todo o efetivo estaria exercendo as atividades. O Detran está montando um plano de contingência, que deve ser divulgado hoje.
Caso não seja cumprida a determinação, a associação da categoria terá que pagar multa diária de R$ 10 mil. O documento foi assinado pelo desembargador Marco Maggi do TJPE, em resposta à ação impetrada pelo Estado, que questionou a legitimidade do movimento.
O impasse começou quando os funcionários resolveram iniciar o movimento para forçar o governo a atender aos pleitos da categoria, que pede aumento de 10% no salário e no vale-alimentação, reposição da inflação de 2010 e correção do plano de cargos e carreiras. Segundo o presidente da associação, Fernando Coelho, a decisão do Estado de enviar para a Assembleia Legislativa o projeto de lei nº 390, concedendo aumento de 5% a todos os funcionários revoltou a categoria.
O auxiliar administrativo Airton Roseno, 59, precisou dos serviços do Detran nesta sexta-feira (15) e teve que ter paciência. "“Cheguei cedo, achando que seria mais rápido, mas só consegui pegar a senha 152”", lamentou.
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