A greve dos fazendários da Prefeitura do Recife completa, nesta sexta-feira (15), um mês. A paralisação atinge fortemente o contribuinte que precisa, por exemplo, de documentos para financiar a casa própria ou fazer transferência de imóvel. Não estão sendo liberados serviços de IPTU, ITBI, CIM, taxas, alvará e habite-se. Para tentar pressionar os grevistas, a PCR passou a cortar o ponto, a descontar no salário, na última quarta-feira (13).
Para que se possa fazer o registro de um imóvel adquirido, por exemplo, é obrigatório que antes se pague o ITBI, o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de direitos a eles relativos. As construtoras também ficam impedidas de liberar os imóveis novos, já que a greve atrasa o habite-se, impede que as empresas registrem os carnês de IPTU. "O pior é que mexe com a ansiedade do comprador do imóvel, que não consegue consolidar a aquisição", disse o secretário-executivo da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi), Fred Carvalho.
Segundo o secretário da Ademi, a entidade está recebendo muitas queixas e pedidos de informação dos associados por conta da paralisação dos serviços. A demanda, inclusive, fez a direção da Ademi contactar a secretaria de Finanças da prefeitura. "A greve é legítima. Mas é flagrante o prejuízo em três frentes: o contribuinte, as construtoras e a própria prefeitura", avaliou Carvalho.
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