sábado, 30 de julho de 2011

Estado avalia situação de 340 prédios-caixão

Projeto para solucionar problemas está sendo realizado com prefeituras e Caixa Econômica



Nos últimos 15 anos, dez prédios de alvenaria resistente, popularmente conhecidos como prédios-caixão, desabaram no Grande Recife, deixando 12 mortes. Atualmente, outros 125 estão interditados e 215 apresentam risco muito alto de desabamento. Diante desse quadro, o governo do Estado, as Prefeituras do Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, e a Caixa Econômica Federal estão elaborando um projeto para tentar solucionar os problemas relacionados a este tipo de construção.

A princípio, 340 imóveis (153 no Recife, 107 em Olinda, 46 em Jaboatão e 34 em Paulista) serão analisados. De acordo com o secretário-executivo de planejamento e monitoramento da Secretaria das Cidades, Nelson Menezes, segunda-feira será feita a publicação do edital para escolha da empresa que ficará responsável pelos estudos técnicos de cada prédio. “O laudo detalhado desses 340 imóveis vai nos dar a noção do que está acontecendo ou aconteceu com essas edificações”, explicou o secretário. O valor estimado do projeto foi avaliado em R$ 10,848 milhões. O Estado entrará com 63% do valor e a Caixa com 23%.

A estimativa do Estado é que no início de 2012 o laudo técnico esteja finalizado e as soluções sejam apontadas. Entretanto, não há um posicionamento sobre quem ficará responsável pela execução do serviço. “Será feita uma nova rodada de conversas para saber quem vai arcar com a demolição ou recuperação dos prédios, se o município, o Estado, a seguradora ou os antigos proprietários ”, afirmou Menezes.

O engenheiro civil e coordenador do grupo para recuperação de prédios-caixão de Olinda, Eduardo Monteiro, explica que além dos laudos sobre as condições desse tipo de construção, o objetivo é providenciar o mais rápido possível a demolição dos prédios (quando necessário) para evitar primeiro o risco de desabamento, depois o perigo das ocupações irregulares. “Não existiam normas no momento em que foram levantados os edifícios. As construções foram erguidas de maneira empírica. Não havia amarrações nas edificações. Agora faremos um estudo desde a estrutura, passando pelo solo até a fundação”, afirmou o engenheiro.


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