Mobilização dos trabalhadores é referente ao reajuste salarial da categoria
Trabalhadores foram para a rodovia para protestar Foto: Guga Matos/JC Imagem
Com prazo e orçamentos
estourados, as obras da Refinaria Abreu e Lima, no Complexo Portuário de
Suape, enfrentam novo problema. Mesmo depois de fechado o acordo de
reajuste salarial de 10,5%, os 44 mil trabalhadores contratados de
diferentes construtoras responsáveis pelas obras do empreendimento
resolveram parar as atividades na manhã desta quarta-feira (01). Houve
início de conflito quando alguns manifestantes foram convocar os demais
funcionários a aderir à mobilização.
O clima se normalizou no final da manhã,
mas muitos dos operários que seguiam para os canteiros de obras
terminaram voltando da estrada mesmo, o que impossibilitará a retomada
das atividades no dia de hoje. O acordo salarial teria sido fechado no
final da semana passada, sob a coordenação do Sindicato dos
Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e
Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE).
Entretanto, segundo operários de
diferentes empresas informaram, o acordo foi aprovado por uma minoria,
em uma assembleia esvaziada. Quando tomaram conhecimento hoje que o
documento foi assinado sem o voto da maioria, operários se revoltaram.
O estopim da paralisação, segundo informações, começou no canteiro do Consórcio Conest, formado por
Odebrecht Engenharia Industrial e pela OAS. De lá ganhou rápida adesão
no Consórcio Ipojuca (Queiroz Galvão e IESA) e da Engevix.
Em nota, o Sindicato
Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) usou as expressões
"atos de vandalismo" e "ameaça física" para descrever a mobilização
desta quarta-feira. "Diante desta posição, as empresas representadas
pelo Sinicon analisam a possibilidade de demissão e outras medidas
legais, visto que as negociações já foram encerradas e a convenção já
foi assinada junto ao sindicato da categoria", encerra o texto.
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