segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Momentos, por Téta Barbosa
Mal humorado que só Seu Lunga* o taxista reclamou da Rua Mamede Simões, onde pedimos parada, até a Avenida 17 de Agosto, nosso ponto final, num fôlego só.
Quer dizer, acho que num fôlego só estava eu, respirando desesperada pela boca com medo da provável enxaqueca anunciada pelo cheiro da canela química, em forma de gel, espalhada pelo automóvel.
Seu Assis reclamou da vida, dos motoristas barbeiros, do sinal que fechou bem na hora em que ele ia atravessar a Av. Rosa e Silva, mas principalmente reclamou desse “bando de ciclista que agora resolveu invadir as ruas”.
- Quem já viu uma coisa dessas? Rua é para carro, resmungou o motorista pouco preocupado com a consciência ambiental do planeta azul.
O fato é que Seu Assis conhecia bem o problema e, o mais importante, a consequência. “O homem é o momento” filosofava ele entre uma curva e um ciclista, “qualquer dia me arreto, atropelo um, aí já viu: vou passar o resto da vida tentando consertar esse momento. Vai ser delegacia, presídio, mulher chorando, filho sem pai....”.
E enquanto atravessava os bairros do Recife, o taxista ia desfiando a trama trágica da sua vida se, apenas se, se rendesse ao momento!
Aquele momento que separa os homens dos meninos, os bons dos maus, os certos dos errados, o isso do aquilo, Drummond de Michel Teló, Caetano de Paulo Coelho. Aquele momento, aquela fagulha, aquela quase nada que define todo o resto.
E, como a vida é feita de todo o resto, Seu Assis se resigna e resiste ao momento. Fosse ele poeta, posso jurar que diria, não que o amor, mas que o momento seja eterno enquanto dure.
E, no clima ocidental de réveillon e na esperança piegas de que o ano novo seja melhor que o antigo venho desejar, não dinheiro e felicidade, mas momentos.
E como tudo depende do dicionário, ou melhor, tudo depende da palavra que vem acompanhada dos momentos, que os seus venham acompanhados de: bons, eternos e felizes.
Deixemos os momentos tempestuosos amarrados com a fivela da paciência ou presos dentro do táxi de Seu Assis. Lá ele sabe, como ninguém, adestrar os momentos ruins.
*Seu Lunga – lenda urbana folclórica do homem mais mal humorado do Brasil.
Téta Barbosa é jornalista, publicitária, mora no Recife e vive antenada com tudo o que se passa ali e fora dali. Escreve aqui sempre às segundas-feiras sobre modismos, modernidades e curiosidades.
Fonte:blognoblat
Escândalo atinge Aécio
Pré-candidato
ao Planalto pelo PSDB, o senador Aécio Neves (MG) responde a um
processo por desvio de R$ 4,3 bilhões. A promotoria de justiça entrou
com uma ação civil pública contra ele e a ex-contadora geral do Estado,
Maria da Conceição Barros.
Na
ação, o presidencial tucano terá que explicar o destino da bagatela que
teria sido declarada na lei orçamentária como repasse à Companhia de
Saneamento de Minas (Copasa) para investimento em obras de saneamento
básico.
O
repasse dos recursos, segundo a promotora Joseli Ramos Pontes, não foi
comprovado. Se prevalecer na justiça o conjunto de irregularidades
constatadas pelo MPE na ação pública civil que tramita na 5ª Vara da
Fazenda estadual sob o número 0904382-53-2010, o senador poderá ser
condenado por improbidade administrativa.
As
empresas que realizaram auditoria externa na Copasa, durante o período
de 2002 a 2008, não detectaram nos demonstrativos financeiros da empresa
os recursos públicos que deveriam ser destinados a ações e serviços da
saúde.
O
processo joga Aécio na defensiva no momento em que começa a articular
sua pré-candidatura a presidente da República com o respaldo do seu
partido e a simpatia de outras legendas da oposição. Trata-se de um
baita escândalo, que deixa o senador mineiro em maus lençóis, passível
de ser enquadrado na lei da ficha limpa.
Pré-candidato
ao Planalto pelo PSDB, o senador Aécio Neves (MG) responde a um
processo por desvio de R$ 4,3 bilhões. A promotoria de justiça entrou
com uma ação civil pública contra ele e a ex-contadora geral do Estado,
Maria da Conceição Barros.
Na
ação, o presidencial tucano terá que explicar o destino da bagatela que
teria sido declarada na lei orçamentária como repasse à Companhia de
Saneamento de Minas (Copasa) para investimento em obras de saneamento
básico.
O
repasse dos recursos, segundo a promotora Joseli Ramos Pontes, não foi
comprovado. Se prevalecer na justiça o conjunto de irregularidades
constatadas pelo MPE na ação pública civil que tramita na 5ª Vara da
Fazenda estadual sob o número 0904382-53-2010, o senador poderá ser
condenado por improbidade administrativa.
As
empresas que realizaram auditoria externa na Copasa, durante o período
de 2002 a 2008, não detectaram nos demonstrativos financeiros da empresa
os recursos públicos que deveriam ser destinados a ações e serviços da
saúde.
O
processo joga Aécio na defensiva no momento em que começa a articular
sua pré-candidatura a presidente da República com o respaldo do seu
partido e a simpatia de outras legendas da oposição. Trata-se de um
baita escândalo, que deixa o senador mineiro em maus lençóis, passível
de ser enquadrado na lei da ficha limpa.
fonte:blogmagno
Sarney é contra retorno de ex-presidentes à política
O
presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recomenda aos demais
políticos que não conduzam suas carreiras como ele fez. Em entrevista ao
"Poder e Política", projeto do UOL e da Folha,
Sarney disse que "devíamos ter, no Brasil, uma legislação que não
permitisse a nenhum ex-presidente da República voltar a qualquer cargo
eletivo".
Ex-presidente da República, Sarney exerceu o cargo de 1985 a
1990. Hoje tem 82 anos. Depois de deixar o Palácio do Planalto,
disputou e venceu três eleições seguidas para o cargo de senador pelo
Amapá. Ele concedeu a entrevista em 17 de dezembro. A gravação,
conduzida pelo jornalista Fernando Rodrigues, ocorreu no estúdio do Grupo Folha em Brasília.
Sarney
também disse que não deve mais disputar eleições. Seu período na
presidência do Senado acabará em 1º de fevereiro de 2013. Depois disso,
terá mais dois anos de mandato.
Na
entrevista, o ex-presidente da República também fez críticas ao atual
sistema político brasileiro. Disse que nenhum dos partidos atuais é
nacional. E afirmou que as "medidas provisórias destruíram o Congresso".
A solução, segundo ele, não deve vir no curto prazo. José Sarney
defende uma mudança no sistema de governo para o parlamentarismo. "Até
lá, nós vamos viver baseados na qualidade do presidente da República de
manter o país estável".
Chávez piora e Caracas cancela festa de ano novo
O agravamento do estado de saúde do presidente venezuelano, Hugo Chávez, levou à suspensão nesta segunda-feira dos festejos públicos de fim de ano em Caracas e espalhou a angústia entre os partidários, que encheram as redes sociais com mensagens de ânimo, segundo o UOL.
Chávez apresenta "novas complicações" após a operação a qual foi submetido em Havana em 11 de dezembro contra um câncer, anunciou o vice-presidente Nicolás Maduro no domingo, em uma mensagem transmitida à nação e divulgada por todas as redes de televisão.
Maduro é o sucessor designado por Chávez e está em Havana. Nesta segunda, as ruas da capital amanheceram tranquilas. Os jornais dedicaram as primeiras páginas à notícia.
João da Costa deseja a Geraldo mais sorte do que ele teve
"Nesse ano que se inicia, desejo a Geraldo Julio mais sorte do que eu tive, mais tranquilidade e mais apoio do que eu tive. Com os recursos que vamos deixar de R$ 4 milhões e projetos aprovados, tenho certeza que fará um bom governo", declarou. Foto: Aline Moura |
“Estamos conversando com os amigos. Como não tive a oportunidade de ser julgado pelo povo de Recife, espero que essa seja uma chance para quem gostou de meu governo mostrar isso nas urnas”, afirmou.
O prefeito chegou ao espaço público, de 60 mil metros quadrados de área total sorridente, cercado de assessores e algumas lideranças políticas, como o vereador Jairo Brito (PT), o deputado estadual Francismar Pontes (PSB) e Eduardo Granja, futuro secretário de Habitação do prefeito eleito Geraldo Julio. Ficou chateado quando um dos repórteres perguntou se o parque estava totalmente concluído, mas depois retomou o bom humor.
Para o seu sucessor, desejou sorte. “Nesse ano que se inicia, desejo a Geraldo Julio mais sorte do que eu tive, mais tranquilidade e mais apoio do que eu tive. Com os recursos que vamos deixar de R$ 4 bilhões e projetos aprovados, tenho certeza que fará um bom governo”, declarou.
João da Costa ainda ressaltou que termina o mandato com a consciência tranquila. "Estou trabalhando até o úlitimo dia como me comprometi com a cidade do Recife. Termino o mandato com muita paz no coração, com alegria de ter procurado realizar o melhor nesses quatro anos. Eu diria, aliás, 12 anos, já que fui secretário municipal por oito anos", afirmou, sem citar o nome do ex-prefeito João Paulo.
Segundo o prefeito, o Recife hoje é a cidade que mais gera empregos, especialmente na construção civil, e está preparada para o futuro. "As pessoas diziam que eu não tinha diálogo, articulação em Brasília, mas eu captei R$ 4 bilhões... Às vezes... fica parecendo presunçoso quando eu digo: comparem. As pessoas não se dão ao trabalho, mas, se derem, vão ver o que eu fiz, o que eu deixei articulado nas circunstâncias políticas que governei. Por isso, estou tranquilo demais", declarou.
fonte:DP
Dilma sanciona lei que aumenta salário dos ministros do STF para R$ 28 mil
A presidente Dilma Rousseff sancionou sem vetos a lei que reajusta em 5% os salários dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e também a lei que concede o mesmo percentual ao procurador-geral da República. Os salários passam dos atuais R$ 26.737,13 para R$ 28.059,28 a partir de amanhã. As duas leis foram publicadas no Diário Oficial da União nesta segunda-feira.
O mesmo percentual de aumento será adotado nos próximos dois anos. O salários dos ministros e do procurador-geral serão reajustados para R$ 29,4 mil em janeiro de 2014 e R$ 30,9 mil em 2015.
Segundo o texto, o reajuste "fica condicionado a sua expressa autorização em anexo próprio da lei orçamentária anual com a respectiva dotação prévia".
A partir 2016, os subsídios serão fixados por "lei de iniciativa" do STF e do MPF sendo observados critérios como a recuperação do seu poder aquisitivo, a posição do subsídio mensal como teto remuneratório para a administração pública; a comparação com os subsídios e as remunerações totais dos integrantes das demais carreiras de Estado e do funcionalismo federal.
O reajuste é menor do que o reivindicado pelo Judiciário e já estava previsto no Orçamento de 2013. Os salários dos ministros do STF, de acordo com a Constituição, representam o máximo do que um servidor pode receber mensalmente.
fonte:dp
domingo, 30 de dezembro de 2012
FIM DE ANO DOS SEM FESTA
O Natal traz à lembrança dos homens, um menino que nasceu na pobreza, sendo ele, dono das riquezas do eterno. O Cristo veio para todos, mas nem todos o receberam. Os Profetas, na antiguidade, o anunciavam, e, desde o seu aparecimento nenhuma outra voz profética se levantou: para aqueles que o receberam, ele é o cumprimento das escrituras para salvação do homem.Há, ainda, uma categoria que ignora essa dádiva divina.
Nesses dias conturbados, da cidade com suas vias na alegoria de gente veloz e algoz; das veias entupidas de estresse e desemprego , dos fast foods, das contas à pagar deixando todos abatidos no desassossego. o Natal é uma metáfora mercantilista e cruel que atua, diretamente, no cortejo da emoção da sociedade. Observem: ela atua no consumismo desenfreado, trazendo luzes que encandeiam o sentido verdadeiro do olhar natalino.Imprime um tempo de confraternização baseado no comércio que precisa prosperar; então, criam-se novos mitos. Existe uma multidão que, ano após ano, vive na espera da chegada do Papai Noel: ele nao chega, ele não vem! Não é difícil constatar essa mesquinharia social.
No Recife, em seus rios e ruas, de indiferença, transeuntes com rostos vestidos de mormaço, fantasia inaceitável, pintada pelas oligarquias ambiciosas, já fatigada na falência, desejando tirar dos pobres o que eles não têm.Marca o festejo com seu capitalismo dilacerante, que olham o povo de cima para baixo; mas não aquece o coração da humanidade e, em meio às luzes que acendem árvores, edifícios e pontes, nos bancos das praças ornamentadas, quando o movimento das ruas dá lugar à madrugada fria e solitária, embaixo das marquises do abandono no centro antigo da miséria, debaixo de lonas de plástico preto (que não se chama lar), os excluídos da festa comercial só podem esperar por uma sopa que aplaque a fome visceral que os come perene e lentamente. Mas, e o espírito? Como apaziguar o fundamento que, soprado no barro que somos, pela divina inspiração,deu-nos a consciência humana.
O que se ver? o quadro da política, imersa num rio caudaloso de escândalos de corrupção que, um após outro, parecem não ter limites de cinismo, mas é tão-só porque esse quadro merece uma abordagem mais profunda que o tema aqui – O Natal – não deve deixar encoberto; e não deixará! Afinal essa podridão é fator secular em nosso País, que acentua as desigualdades sociais. É preciso se fazer um conserto entre todas instâncias políticas, judiciárias, governamentais, da sociedade civil organizada, e, principalmente, um novo “concerto” em nossos corações e mentes para que nessa época e em todos os dias do ano, possamos olhar o irmão, abraçá-lo ou estender as mãos, cumprindo o mandamento que Jesus Cristo anuncia: O Amor.
Ontem, cruzando o Recife num táxi, parado em mais um engarrafamento, no rádio tocava uma música: “Então é Natal! E o que você fez?...” Entre os carros, uma criança maltrapilha, de olhar apagado e perdido, estendia a mão vagarosamente, com a pouca esperança de ser atendida por algum motorista, ou pelo Papai Noel que não vem nunca.
Portanto, afirma-se: igualmente aos palhaços dos circos que se apresentam nas cidades do interior, que hoje não tem espetáculo.Hoje nenhuma alma ambiciosa é irmã de DEUS.E finalizando vou no que afirmou o queridíssimo poeta Geraldino Brasil, em seu poema:”...enquanto houver uma criança assistindo ao domingo de outra criança,perdoe-me Deus, mas nem eu quero entrar nos reinos dos céus.”E com este cenário que se assiste, diga-se:Pode mandar a morte que eu tenho coragem de vivê-la.O caixão será o berço da manjedoura.A injustiça a cova.E busque-se um NATAL para sempre e para todos.
Flávio Chaves, Membro da Academia Pernambucana de Letras-APL, Federação Nacional de Imprensa-FENAI, União Brasileira de Escritores-UBE,Associação Brasileira de Imprensa-ABI, Associação da Imprensa de Pernambuco-AIP, ABRAJI,professor, escritor, poeta e jornalista.
De joelhos, Cachoeira beija os pés de Andressa após se casar em Goiás
O contraventor Carlinhos Cachoeira se casou com a companheira, a empresária Andressa Mendonça, na noite desta sexta-feira (28), no condomínio de luxo onde o casal mora, em Goiânia. Após a cerimônia, o casal saiu da residência para conversar com os jornalistas, quando o bicheiro se ajoelhou e beijou os pés da mulher.
"Estou repetindo uma cena que fiz durante o casamento. Este foi o pior ano da minha vida, mas vocês não sabem a força que essa mulher tem", disse.
O casamento foi restrito a cerca de 50 familiares e amigos mais próximos. A imprensa não foi autorizada a acompanhar a cerimônia. "Estamos muito felizes", afirmou Andressa, que se casou com um vestido branco, de manga longa, de renda com pedrarias.
Foto: Carolina Simiema/G1
Em seguida, aconteceu a bênção religiosa, comandada pelo pastor Vitor Hugo Queiroz, da igreja evangélica que Andressa frequenta. Os convidados começaram a chegar por volta das 19h40. Poucos minutos depois, já havia fila de carros na portaria de visitantes do condomínio, na região sul da capital.
Leia mais em De joelhos, Cachoeira beija os pés de Andressa após se casar em Goiás
fonte:oglobo
As últimas sandices de 2012, por Mary Zaidan
Com a genial ideia de confeccionar mais de 500 cédulas com 463 páginas para votar de uma só vez 3.060 vetos, vários encalhados há mais de 12 anos, o senador José Sarney (PMDB-AP) atingiu o ápice nas trapalhadas que assolaram o país nas últimas semanas.
A maior cédula já impressa contrastou com o relatório de apenas duas páginas da CPI do Cachoeira. Essa conseguiu a proeza de não indiciar ninguém, nem mesmo o bicheiro que a batizou.
O desatino do livro-cédula deixou claro que o Congresso não dá a mínima para coisa alguma.
Com a molecagem, queria-se driblar a liminar do ministro do STF Luiz Fux, que considerou inconstitucional votar o veto aos royalties do petróleo fora da ordem cronológica. Como a armação de Sarney não deu certo, a decisão, talvez por birra, foi a de não apreciar o orçamento de 2013.
De pronto, veio a contribuição do Executivo para esse festival de insensatez. Sem capacidade de negociar, mesmo tendo maioria avassaladora – nunca antes vista neste país -, o governo preferiu o caminho mais fácil: editar uma Medida Provisória de constitucionalidade duvidosa.
Pior: cravou nela gastos de mais de R$ 42 bilhões, um terço do total previsto para o próximo ano.
Ou seja, se o Congresso nada votar antes do carnaval, pode-se passar pelas águas de março e tudo bem.
Por sua vez, a presidente Dilma Rousseff adicionou ingredientes à galhofa geral. Em entrevista, aconselhou os jornalistas a gargalhar se alguém atribuir apagões a raios, em franca divergência com o seu ministro da Energia Edison Lobão e com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS) Hermes Chipp. Melhor seria demiti-los. Ou, no mínimo, calar-lhes a boca.
A presidente foi mais longe. Para ela, não existem apagões. O que o carioca viu na semana que passou ou o breu em meio país em setembro e de novo em outubro foi pura ficção.
E há outras. Sem arriscar números, Dilma garantiu que o PIB vai crescer em 2013 e que está reduzindo tributos. Só não contou para quem, já que para o trabalhador os impostos continuam a comer quatro meses de seus ganhos.
Como palhaçadas atraem palhaçadas, coube ao presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) a máxima de se prontificar a dar asilo político na Casa do povo caso fosse decretada a prisão imediata dos mensaleiros condenados.
Após um ano que termina com tamanha zombaria não é de se espantar que o próximo comece com a posse como deputado federal do réu condenado José Genoíno.
Ainda assim, 2012 ficará na História. E deixará um legado que o país terá sempre de agradecer à sua Suprema Corte.
Feliz 2013.
Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa.
fonte.:blognoblat
Congresso em dívida com a sociedade (Editorial)
No transcorrer de 2012, as instituições republicanas brasileiras, em particular o Poder Judiciário, ganharam maturidade, algo notável em uma região do mundo em que o nacional-populismo avança, quando parecia que esta mazela do lado sombrio da história latino-americana não teria chances de se consolidar na era da globalização.
Não é o que acontece, haja visto o retrocesso institucional na Argentina kirchnerista, contaminada pelo chavismo da Venezuela, também exportado para a Bolívia, Equador e Nicarágua.
Ainda bem que, no Brasil, esta ideologia cesarista, autoritária, tem sido contida pelas instituições democráticas.
O julgamento do mensalão, com 22 condenações a prisão, 11 a um período em regime fechado, de que não escaparam estreladas lideranças petistas, funciona como um grande teste de resistência da solidez do regime republicano brasileiro. E com resultados e indícios altamente animadores.
Um deles, o fato de, no decorrer dos trabalhos do STF, já com a indicação de um desfecho ruim para o grupo no poder dentro do PT, a presidente Dilma preencher uma vaga no Pleno da Corte (Tori Zavascki), aberta com a aposentadoria compulsória de Cezar Peluso, com base no mesmo e correto critério de incontestável saber jurídico usado nas escolhas anteriores de Luiz Fux e Rosa Weber.
Que continue assim, protegendo de interesses deletérios decisões estratégicas como esta.
Isso significa, por parte do Executivo, respeito à independência do Judiciário, prerrogativa que precisa estar lastreada em rigor técnico, como o demonstrado no transcorrer do julgamento do mensalão.
Rigor este refletido também na decisão do ministro Joaquim Barbosa, na condição de presidente do Supremo, de negar pedido da Procuradoria-Geral da República para antecipar o início do cumprimento da pena de prisão em regime de fechado pelos mensaleiros condenados.
Leia a íntegra em Congresso em dívida com a sociedade
Impasse atrasa obras da ferrovia Transnordestina
Sergio Torres
Do Estadão
Prevista para funcionar a partir de 30 de dezembro de 2014, penúltimo dia da gestão da presidente Dilma Rousseff, a ferrovia Transnordestina não será inaugurada antes de 2015. A obra, iniciada em 2006, entrou em ritmo ainda mais lento neste segundo semestre, a partir do acirramento de um impasse financeiro já antigo entre o governo federal e a concessionária Transnordestina Logística S/A (TLSA).
Na assinatura do protocolo de intenções em 2005, foi anunciado que a ferrovia custaria R$ 4,5 bilhões. As obras começaram em julho do ano seguinte. Em 2008, já havia um novo preço firmado em contrato: R$ 5,4 bilhões. A TLSA vem alegando que esse valor, em razão de contratempos surgidos no decorrer da obra, está subdimensionado.
A concessionária quer agora R$ 8,2 bilhões. Sem esse aporte financeiro adicional, a TLSA argumenta que não haverá meios de entregar a Transnordestina completa a tempo de ser inaugurada por Dilma. A ferrovia é uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A solicitação da TLSA, controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), não é bem vista pelo governo. A concessionária quer que o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), que já banca 50% dos recursos (R$ 2,7 bilhões), aumente a participação.
O fundo regional é gerenciado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), que recusou-se a divulgar os valores até agora liberados para a construção da ferrovia. Também envolvido no financiamento da ferrovia, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contribuiu com R$ 900 milhões, já liberados.
O governo resiste a dar o dinheiro requerido pela concessionária e insiste que a obra deve ser inaugurada ainda no governo Dilma. Mas deu à CSN a possibilidade de obter empréstimos nas instituições públicas.
"Para que os trabalhos da Transnordestina não sejam interrompidos, o governo federal, através da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) e do BNB, autorizou a obtenção de empréstimo, por parte da Transnordestina Logística S.A, o que permitirá que as frentes de trabalho continuem mobilizadas e o cronograma das obras não apresente maiores postergações", informou em nota o Ministério da Integração Nacional, sem revelar os valores dos empréstimos.
A ferrovia foi planejada para levar até os portos de Pecém (Ceará) e Suape (Pernambuco) a produção agrícola do cerrado do Piauí, especialmente soja. A linha férrea partiria da cidade piauiense de Eliseu Martins até Salgueiro, no sertão pernambucano. No município, a Transnordestina se dividiria. Um braço seguiria até o litoral pernambucano. Outro, dobraria à esquerda no rumo norte, até a costa cearense.
A primeira previsão é de que a ferrovia, no trecho Piauí-Pernambuco, seria inaugurada em 2010, ao final do segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O trecho Piauí-Ceará ficaria pronto em 2013.
Nada disso aconteceu. Foi dado um novo prazo, 2012, que se encerra sem que a obra tenha alcançado nem sequer 20% do trajeto. A nova previsão passou a ser dezembro de 2014. Embora faltem dois anos, o prazo não será cumprido, de acordo com avaliações reservadas tanto do governo quanto das próprias CSN e TLSA. Só falta tornar isso público.
De interesse estratégico para o governo, a ferrovia é vista como um futuro polo indutor de progresso de uma região cronicamente problemática, caracterizada pela pobreza de sua população, pelo ainda presente êxodo para as regiões metropolitanas, e sempre sujeita a secas muito intensas, como a que já dura dois anos.
A soja produzida no cerrado do Piauí chega hoje aos portos de exportação em carretas que circulam na maioria das vezes por estradas em péssimo estado de manutenção. A Transnordestina resolveria esse problema logístico, ao entregar a carga nos terminais portuários de maneira bem mais segura, econômica e ambientalmente limpa.
A previsão da safra de soja do Piauí em 2013 é de 1,48 milhão de toneladas, 17% a mais do que o registrado neste ano. Estão plantados 101,4 mil hectares dos 506,8 mil destinados até agora ao cultivo do grão nesta nova fronteira agrícola brasileira.
Nas negociações com o governo, CSN e TLSN argumentam, na tentativa de obter mais financiamentos públicos, que a ferrovia é fundamental para o desenvolvimento do interior do Nordeste, para o crescimento expressivo das exportações e para a entrada no País do dinheiro obtido na venda da soja no mercado externo. E que, apesar dessa importância, o retorno para o investidor é muito baixo em um primeiro momento. O lucro, se vier, será a longo prazo, dizem executivos da companhia encarregados das discussões com o governo.
Transição vira guerra em três capitais, com MP agindo
Prefeitos que não conseguiram manter grupo político no poder tomam decisões polêmicas antes de deixar o cargo, como a assinatura de longos contratos de concessão a empresas e até demissão em massa de funcionários comissionados
Medidas polêmicas tomadas por prefeitos em fim de mandato cujo grupo político foi derrotado nas eleições de outubro deflagraram crises em ao menos três capitais do País.
Em Salvador, Macapá e Maceió, os processos de transição, que no papel deveriam se restringir a acertos administrativos, se transformaram numa guerra em que até o Ministério Público foi chamado a intervir.
Na capital baiana, o prefeito João Henrique (PP), que não fez o sucessor, encaminhou à Câmara Municipal um pacote de projetos logo após a vitória de ACM Neto (DEM) com mudanças estruturais nas regras urbanísticas e ambientais.
Aprovados e sancionados este mês, eles alteraram o Plano Diretor e a Lei de Uso e Ocupação do Solo, ressuscitando, segundo o Ministério Público, dispositivos já rechaçados pela Justiça.
Segundo promotores, as leis reduzem áreas de proteção ambiental para beneficiar grandes construtoras. A medida mais polêmica é a que reconhece uma dívida municipal de R$ 36 milhões com os donos do Shopping Aeroclube, construído num terreno público da orla, por meio de concessão.(Informações do Estadão - Fábio Fabrini e Alana Rizzo)
Clique aí e leia reportagem completa: Transição vira guerra em três capitais e obriga Ministério Público a intervir
fonte:blogmagno
Mensalão: o julgamento deve ser acatado, diz Haddad
Em entrevista ao jornal O Globo, às vésperas de assumir o comando da capital paulista, o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, avalia que o julgamento do mensalão tem de ser acatado e vê dificuldades, do ponto de vista jurídico, de uma apelação ser levada à Corte Interamericana.
Para ele, o ministro Joaquim Barbosa julgou com convicção, e o governo federal agiu de maneira exemplar ao garantir que o STF decidisse com independência.
Haddad avalia ainda que é muito difícil dar crédito às novas denúncias de Marcos Valério. Na avaliação dele, o ex-presidente Lula deixou claro que as acusações contra ele são mentiras.
Clique aí e leia entrevista completa: ‘O julgamento (do mensalão) tem que ser acatado’
Ela quebrou Natal: R$ 200 milhões em dívidas
O
pior governo do país chega ao fim com a prefeita afastada, dívida
superior a R$ 200 milhões, pilhas de lixo pelas ruas, ano letivo
suspenso nas escolas e saúde em estado de calamidade.
Única
prefeita eleita pelo PV em 2008, Micarla de Sousa atingiu o maior
índice de rejeição já registrado pelo Ibope, de 92%, em pesquisa feita
em setembro, enquanto comandava a Prefeitura de Natal. O prefeito de São
Paulo, Gilberto Kassab (PSD), por exemplo, teve 47%.
Pouco
depois, em outubro, Micarla foi afastada do cargo pela Justiça por
suspeita de participação em um esquema de desvio de verbas.
Segundo o Ministério Público, a prefeita usou recursos públicos para
comprar joias, fazer supermercado e pagar funcionários de sua casa.
Ela nega as acusações. (Da Folha de S. Paulo)
Segundo o Ministério Público, a prefeita usou recursos públicos para
comprar joias, fazer supermercado e pagar funcionários de sua casa.
Ela nega as acusações. (Da Folha de S. Paulo)
sábado, 29 de dezembro de 2012
João da Costa aprova projeto Novo Recife, sob protesto de grupo de arquitetos
A secretária de Controle, Desenvolvimento Urbano e Obras, Maria José De Biase, conseguiu aprovar o projeto Novo Recife, em reunião na Prefeitura da Cidade do Recife, nesta manhã de sexta-feira.
Direitos Urbanos diz que liminar impedia realização da reunião que aprovou projeto Novo Recife
Moura Dubeux diz que Direitos Urbanos tentou, mas não conseguiu convencer nem a comunidade no entorno da obra
O movimento Direitos Urbanos, que se opõe ao projeto do novo bairro, com vários empresariais no Cais de Santa Rita, tentou impedir a aprovação e entrou com uma ação na Justiça, mas não obteve sucesso na investida. Os manifestantes, organizados no grupo "Direitos Urbanos", na rede social Facebook, são os mesmos que organizaram o "Ocupe Estelita", mobilização que surgiu depois das ruidosas ocupações recentes em Wall Street.
Na prática, a aprovação do projeto ajuda a gestão Geraldo Júlio, que terá um abacaxi a menos para descascar, no início do governo.
O projeto foi aprovado em uma reunião a portas fechadas do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR). Na semana passada, outra reunião havia sido marcada com o mesmo objetivo, mas acabou sendo cancelada, em função de uma ação judicial, que acabou sendo derrubada nesta quinta-feira.
O juiz José Viana Ulisses Filho, da 7ª vara da Fazenda Pública, expediu uma liminar alegando falta de participação popular no CDU. A liminar atendeu ação popular movida pelo grupo Direitos Urbanos.
O Projeto Novo Recife, proposta pelas construtoras Moura Dubeux, Queiroz Galvão, Ara Empreendimentos e GL Empreendimentos, prevê a construção de 12 prédios de 20 a 40 pavimentos, num trecho de 1,3 quilômetro de extensão do Cais José Estelita, na área central do Recife.
Geraldo Júlio silencia sobre aprovação do projeto Novo Recife
fonte:jconline
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Parque Maximiano Accioly Campos
Os irmãos Eduardo Campos, governador de
Pernambuco, e Antônio Campos, curador da Fliporto e presidente do IMC,
prestigiaram a inauguração (21/12) da primeira etapa do Parque que
homenageia o pai, Maximiano Accioly Campos, patrono do Instituto
Maximiano Campos, advogado e escritor, que integrou o grupo literário
Geração 65, foi secretário de Turismo, Cultura e Esportes e
superintendente do Instituto de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco.
Poeta, ficcionista e cronista, faleceu em 2008.
O governador Eduardo Campos esteve
acompanhado da primeira-dama, Renata Campos, dos filhos João, Pedro,
Maria Eduarda e José. Emocionado, Eduardo agradeceu o “gesto” do
prefeito João da Costa e assegurou que ele ficará “gravado no coração,
lugar onde guardamos boas lembranças”. “Esse recanto belo da cidade com
certeza tem muito haver com a existência, a vida e a cabeça do meu pai,
um homem ligado ao campo que rompeu as amarras por causa das injustiças
que via naquele tempo, que abraçou com outros estudantes a causa das
mudanças, o sonho de transformar essa cidade e embalou, a contragosto
dos seus, as campanhas de Pelópidas e Arraes nos idos de 50 e 62,
confrontando os valores da própria família", relembrou Eduardo .O
governador também elogiou o “esforço” e “compromisso” do prefeito em
“legar à população do Recife espaços de convivência onde as pessoas
possam viver conviver com mais intensidade, além de desfrutar de mais
qualidade de vida”, parabenizou. Também emocionado, o prefeito João da
Costa justificou a escolha do nome do escritor para o parque.
“Maximiano é um daqueles escritores e
cidadãos que se identifica com a forma de ser de quem ama e vive o
Recife”, disse João da Costa ao destacar a importância das pessoas que
conseguem “falar com sua arte sobre a vida de algo que a gente
não consegue enxergar”. O prefeito também emocionou a família Campos e
todos os presentes ao recitar o poema “O filho”, do escritor.
Ouça o poema "O Filho" na voz de Antônio Campos:
O Parque
O equipamento de lazer teve um custo de R$ 5.935.850,24 e faz parte do Programa "Capibaribe Melhor". Com 11.500 m², a área é a mais expressiva do Parque, tanto pelos equipamentos que oferece, como pela privilegiada localização e dimensões. As características mais marcantes da paisagem, relacionadas à arquitetura do lugar e às suas condições geográficas, dão um toque especial à área de lazer, que possui ainda: terraço voltado para o açude, pista de cooper brinquedos infantis, academia ao ar livre, espaço para eventos (anfiteatro natural com espaço arborizado), bancos, quiosques com áreas de estar voltadas para o rio, além de estacionamento com capacidade para 46 carros e 2 ônibus.
Pavilhão Casa Grande - Localizado no eixo diagonal em direção ao Sítio histórico, o Pavilhão Casa Grande se configura como a grande escultura do Parque, com um pergolado em aço que abriga quiosques e áreas de convivência, com vistas privilegiadas para o rio e para o espaço de eventos. O seu desenho tomou como referência a tipologia das casas grandes dos velhos engenhos, com seus avarandados sombreados, sua modulação, escala e beleza plástica, tão bem explorado na obra Casa Grande e Senzala, homenageando-se assim, o mais ilustre dos moradores de Apipucos, o escritor Gilberto Freyre.
fonte:site fliporto
Diplomata do Itamaraty tem reunião com brasileiro agredido na Espanha
Maestro pernambucano Israel de França atribui a violência ao racismo.
Cônsul-geral adjunto Cícero Garcia encontrou-se com ele em Granada.
Israel de França encontrou-se com cônsul-geral
adjunto do Brasil em Madri (Foto: Reprodução)
adjunto do Brasil em Madri (Foto: Reprodução)
O cônsul-geral adjunto do Brasil em Madri, Cícero Garcia, encontrou-se, na tarde desta quinta-feira (27), com o violinista e maestro pernambucano Israel de França, que denunciou, no último dia 25, uma agressão sofrida na cidade de Granada, que teria sido cometida por policiais espanhóis. O músico atribui a violência ao racismo. De acordo com a assessoria de imprensa do Itamaraty, em Brasília, Garcia pôde verificar como o brasileiro estava e ouvir pessoalmente a narrativa dos fatos. O G1 tentou contato por telefone com o maestro, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Além do encontro com França, Cícero Garcia também se reuniu com a chefia da polícia e com o prefeito de Granada, para formalizar o pedido do governo brasileiro para que haja uma investigação profunda sobre o ocorrido. Também nesta quinta, em Madri, o cônsul do Brasil, João Almino, acompanhado por outros funcionários da embaixada, fez reuniões com autoridades policiais espanholas para reiterar esse pedido de apuração completa.
Por fim, em Brasília, o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Ruy Nogueira, que está atuando como ministro interino em função das férias do titular da pasta, Antonio Patriota, encontrou-se com o embaixador da Espanha, Emanoel de la Cámara Hermoso, para fazer a mesma solicitação, pedindo uma investigação que não deixe dúvidas sobre o que aconteceu em Granada.
Ainda segundo com a assessoria de imprensa do Itamaraty, Israel de França precisou ficar internado, inicialmente, mas foi liberado em seguida; além disso, ele já constituiu advogado e prestou queixa formal junto aos órgãos competentes espanhóis.
Entidades policiais locais também foram procuradas pelas autoridades brasileiras - especialmente os órgãos que têm função de corregedoria - para averiguar as circunstâncias da agressão. A assessoria do Itamaraty informou ainda que as autoridades espanholas estão conduzindo investigações, que se encontram em nível preliminar e nada definitivo foi repassado, até o momento.
saiba mais
Entenda o casoIsrael de França rege a Orquestra da Câmara da Granada, cidade onde vive há 22 anos. Na segunda-feira (24), ele afirmou ter sido agredido por policiais enquanto estava num bar com um amigo brasileiro, no domingo (23). De acordo com Israel, o amigo, de cor branca, foi liberado em seguida. Ele foi levado pelos policiais para o prédio de uma delegacia nas proximidades do bar, onde teria sido espancado sem justificativa.
Por telefone, ele disse que pode haver muitas explicações, mas acredita em uma hipótese em especial. "Pode ser perfeitamente racismo ou preconceito. Pode ser pela minha cor, porque o outro rapaz não foi espancado", pontuou.
O músico já havia sofrido preconceito ainda adolescente, morando no Recife. Na década de 1980, ele correu para pegar um ônibus com um violino na mão quando foi abordado por policiais. Os agentes exigiram a prova de que ele soubesse tocar o instrumento. "Toquei 'Jesus, alegria dos Homens', de Bach", relembrou.
Israel não acredita que os dois casos tenham alguma relação. "Aqui foi diferente. Aí não me pegaram, não me espancaram. Aqui não; nem os documentos no momento eles queriam", conta o músico.
História
Em 1982, Israel de França fez sua estreia como solista de violino em uma apresentação com a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Teatro de Santa Isabel, no Recife. Depois, viajou para São Paulo, onde trabalhou na Orquestra Sinfônica de Campinas. Ainda no Brasil, trabalhou na Orquestra Sinfônica da Paraíba.
Israel foi para a Europa porque conseguiu uma bolsa de estudos da Embaixada Brasileira em Portugal e um emprego na cidade do Porto. De lá, seguiu para Granada, na Espanha, onde estudou regência e ajudou a fundar a orquestra da câmara da cidade.
Israel mora em Granada há 22 anos e não esconde sua história de vida e nem as agressões que sofreu no Recife e na Espanha. Ele crê que pode se identificar com muitos jovens brasileiros. "Eu faço questão de relembrar, falar publicamente. Dizer que minha vida foi assim porque eu sei que tem muitas crianças nesse Brasil que também pensam a mesma coisa: não tem nada que possa impedir você de ser um grande músico, um grande pintor, sabe, um artista", concluiu.
FONTE:G1
Rio: Dentro da Biblioteca Nacional, 47 graus à sombra dos livros
No mesmo dia em que a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei do vale-cultura — uma reivindicação antiga do setor, espécie de vale-transporte, mas voltado para o gasto de trabalhadores com atividades culturais —, dois órgãos vinculados ao Ministério da Cultura (MinC) clamam por outro tipo de vale.
Um vale-refrigeração. Desde maio, o sistema de ar-condicionado da Biblioteca Nacional, no Centro, está desligado, provocando temperaturas de 47 graus, 100% acima do ideal para o acervo, e reduzindo a visitação.
Próximo dali, o Palácio Gustavo Capanema até hoje não conta com refrigeração central, e os funcionários vêm passando mal devido às altas temperaturas. Na manhã desta quinta-feira, um termômetro comprado por servidores marcou 44 graus.
Leia mais em Dentro da Biblioteca Nacional, 47 graus à sombra dos livros
AGU atesta atuação de quadrilha em agências reguladoras
Uma investigação da Advocacia-Geral da União confirmou irregularidades praticadas pela quadrilha desmontada pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.
Os trabalhos tiveram início em 3 de dezembro, uma semana após virem à tona irregularidades praticadas pelo bando - que vendia favores em agências reguladoras e era integrado por Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo e intimamente ligada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A corregedoria da AGU analisou mais de 300 documentos emtidos pela Antac e por outros dois órgãos cuja atuação sofreu influência quadrilha: a Agência Nacional das Águas (ANA) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Leia mais em AGU atesta atuação de quadrilha em agências reguladoras
Um ato pró-impunidade, por Sandro Vaia
Ficou tudo para o ano que vem. Os mensaleiros não foram presos em 2012 por causa do “trânsito em julgado” e dos “embargos infringentes”.
Tem gente que prefere apostar que nao vai acontecer nada com eles, mas é apenas reflexo do velho vício brasileiro da impunidade, que faz com que as pessoas nao acreditem nem em sentenças da última instância da Justiça.
Como a prisão ainda não se consumou, não se consumou também a série de manifestações que vinham sendo preparadas - ou se não preparadas pelo menos apregoadas -pelos partidários dos condenados.
A injustiça pretensamente cometida contra o “guerreiro do povo brasileiro”, a judicializaçao da política, mexeu com Lula mexeu comigo, a mídia golpista, futuros embargos contra a condenação - tudo isso entra na grande mixórdia que justifica a permanente ameaça de uma grande manifestação pública contra a condenação dos réus do mensalão.
Se acontecer, será efetivamente a primeira manifestação pública na história deste País declaradamente a favor da impunidade.
Seria uma ironia finíssima da História: no país onde as pessoas passam uma boa parte da vida queixando-se de que a impunidade é um dos grandes males da sociedade, há um movimento para que as pessoas vão às ruas defendê-la.
Só os malabarismos da política partidária são capazes de produzir aberrações como esta.
Voltando ao Jean-François Revel da semana passada, convém lembrar outra de suas frases lapidares: a ideologia é capaz de suspender a noção de realidade e o senso moral das pessoas.
O ex-presidente Fernando Collor, no auge de sua campanha para escapar do impeachment por seu envolvimento com o esquema de corrupção comandado por seu lugar tenente Paulo César Farias, teve a coragem de pedir ao povo que saísse às ruas num determinado domingo, carregando as cores da bandeira nacional.
O povo saiu, mas fez o avesso do que ele pediu, vestiu preto e pediu sua queda.
Collor era um cavaleiro solitário, não tinha uma estrutura partidária atrás de si, como têm os condenados do PT, e muito menos uma ideologia justificadora capaz de transformar o mal em bem.
Por isso, é difícil apostar que a História se repita. A ideologia é capaz de produzir milagres. Certo é que se alguém for pra rua, não será o povo, mas a militância de um partido, praticando seu ato de fé.
Como o ano terminou em paz, com prisões e manifestações adiadas, quem sabe o tempo aja como bom conselheiro e restitua a razão aos militantes, evitando que se materialize o vexame da primeira manifestação pública pró-impunidade que se tem notícia na nossa História.
Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez.
POR ONDE ANDA A MINHA INFANCIA?
Pobreza extrema de crianças podia ter baixado a 0,6%
Estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, se o Programa Brasil Carinhoso, do governo federal, tivesse sido instituído em 2011, a quantidade de crianças brasileiras vivendo em extrema pobreza – ou seja, com renda familiar mensal de R$ 70 – teria caído para 0,6% da população de até 15 anos. Hoje, 5,9% das crianças estão nessa situação.
O documento explica as mudanças pelas quais o Programa Bolsa Família passou de 2003 a 2011. Durante o período, constatou-se que o programa era mais efetivo entre famílias com renda mensal próxima a R$ 70. No entanto, não era capaz de mudar a situação de famílias sem renda, ou com renda muito inferior ao parâmetro estabelecido.
A nota técnica, intitulada “O Bolsa Família depois do Brasil
Carinhoso: uma análise potencial de redução da pobreza extrema”,
mostra o impacto do novo programa, implementado em maio de 2012, no Bolsa Família.(O Globo)
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Conta de energia pode aumentar em até 16% no Verão; confira dicas para economizar
Após a refrigeração do cômodo, o usuário pode recorrer a ventiladores para manter o clima
Foto: Reprodução
O Verão chegou no último dia 21 e com aumento da temperatura, cresce também o consumo de energia. No Estado, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) registra no Verão um aumento médio no consumo de 16% em relação ao Inverno. Os consumidores devem ficar atentos ao uso eficiente dos equipamentos de refrigeração utilizados, para não serem surpreendidos com a conta no final do mês. Eles também deve estar dispostos a adotar hábitos econômicos para evitar desperdícios.
“Todos os anos verificamos essa alta no consumo. O clima quente leva a maioria das pessoas a atenuar o desconforto acionando o condicionador de ar por mais tempo e abrindo mais vezes a geladeira, o que encarece a conta de energia", alerta o gerente do Departamento de Gestão de Mercado da Celpe, Wlademir Moura. Ele complementa explicando que cada grau grau centígrado a mais na temperatura ambiental resulta em um aumento aproximado de 3% no consumo mensal, o que equivale a um mês de consumo de uma cidade do porte de Caruaru, com 300 mil habitantes.
fonte:ne10
Agências bancárias do País só até esta sexta
Na segunda-feira não haverá expediente ao público, pois os bancos vão fazer seus balanços internos. As atividades só serão retomadas na próxima quarta-feira
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Quem possui contas para pagar ou pendências para resolver, é bom ficar atento. Os bancos não vão abrir nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro. O último dia do ano é dedicado ao balanço interno das instituições, por isso as portas estarão fechadas ao público. E o primeiro dia do ano é feriado (Dia Mundial da Paz).Como alternativa, é possível utilizar outros canais de atendimento para realizar operações bancárias, como caixas eletrônicos, internet banking, mobile banking, banco por telefone e correspondentes, como casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
As contas de consumo, a exemplo de água, luz, telefone e TV a cabo, e os carnês que vencerem nos dias 31 e 1º poderão ser pagas no dia útil 2 de janeiro sem a incidência de multa. Os tributos normalmente já estão com a data ajustada pelo calendário de feriados (federais, estaduais e municipais), de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Outra possibilidade é o agendamento dos pagamentos. Os boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos também poderão ser agendados ou pagos por meio do Débito Direto Autorizado (DDA).
A gerente de fiscalização do Procon em Pernambuco, Solange Ramalho, alerta: “o consumidor precisa ficar atento aos vencimentos, pois, caso haja atraso ou esquecimento, os bancos não vão se responsabilizar.
CHEQUES - A Febraban alerta ainda sobre o preenchimento de cheques em 2013. No início de cada ano, as pessoas, por força do hábito, terminam se confundindo na hora de datar um cheque e escrevem o ano anterior.
Segundo comunicado da federação, “durante o mês de janeiro, para os cheques datados com o ano de 2012, os bancos vão adotar procedimentos de verificação para checar se os mesmos não foram emitidos além do prazo permitido em norma para sua compensação – o prazo é de seis meses. Se for comprovado que, de fato, houve um equívoco do cliente no preenchimento do cheque, o mesmo será compensado normalmente”.
ICMS - Devido ao feriado bancário, os pagamentos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com vencimento no dias 29, 30 e 31 deverão ser efetuados até esta sexta (28), para que seja evitada a cobrança de multas e juros previstos na legislação. O alerta é da Secretaria Estadual da Fazenda.
A antecipação do pagamento está prevista no Decreto 14.876, Artigo 52, § 8º, Inciso I, alínea A, que diz que “quando o referido termo final recair em dia não útil ou em que não haja expediente bancário, o recolhimento do imposto deverá ocorrer no dia útil imediatamente anterior, quando o final do prazo for estabelecido para final do mês”.
fonte: jconline
Dilma sanciona projeto de lei que cria o Vale-Cultura
O anúncio foi feito há pouco pela ministra do Turismo, Marta Suplicy, depois de reunir-se com Dilma
Foto: Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff sancionou há pouco o projeto de lei que
cria o Vale-Cultura no valor de R$ 50 por mês para trabalhadores que
recebem até cinco salários mínimos. O anúncio foi feito pela ministra do
Turismo, Marta Suplicy, depois de reunir-se com Dilma.
A ministra lembrou que a iniciativa do governo Lula de criar o Bolsa Família teve como objetivo acabar com a fome e a miséria e disse que o governo de Dilma está agora, com o Vale-Cultura, ”dando o alimento para a alma”. Segundo a ministra, “existe uma enorme sede de conhecimento”. O projeto depende ainda de regulamentação e deve entrar em vigor no segundo semestre de 2013.
As empresas que aderirem ao programa terão isenção de impostos de R$ 45,00 por vale doado e o trabalhador contribuirá com R$ 5,00. “Temos cerca de 17 milhões de trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos, mas trabalhamos com muito menos [adesões]. Devagarzinho, paulatinamente, como foi com a Lei Rouanet e o tíquete alimentação”.
Segundo a ministra, a estimativa é que o governo deixe de arrecadar R$ 500 milhões [renúncia fiscal] se o Vale-Cultura começar a vigorar em agosto. “Depois terá um aumento [no número de adesões]. Vai depender da adesão das empresas e do interesse do trabalhador”.
O Vale-Cultura é cumulativo e poderá ser usado para comprar livros, ingressos de teatro, de cinema, de espetáculos de dança. “O trabalhador pode escolher onde quer consumir".
Marta esclareceu que o Vale-Cultura não é obrigatório nem para as empresas nem para os trabalhadores, mas ela acredita que haverá uma grande adesão. As empresas poderão usar até 1% do rendimento bruto para a concessão do benefício.
A ministra lembrou que a iniciativa do governo Lula de criar o Bolsa Família teve como objetivo acabar com a fome e a miséria e disse que o governo de Dilma está agora, com o Vale-Cultura, ”dando o alimento para a alma”. Segundo a ministra, “existe uma enorme sede de conhecimento”. O projeto depende ainda de regulamentação e deve entrar em vigor no segundo semestre de 2013.
As empresas que aderirem ao programa terão isenção de impostos de R$ 45,00 por vale doado e o trabalhador contribuirá com R$ 5,00. “Temos cerca de 17 milhões de trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos, mas trabalhamos com muito menos [adesões]. Devagarzinho, paulatinamente, como foi com a Lei Rouanet e o tíquete alimentação”.
Segundo a ministra, a estimativa é que o governo deixe de arrecadar R$ 500 milhões [renúncia fiscal] se o Vale-Cultura começar a vigorar em agosto. “Depois terá um aumento [no número de adesões]. Vai depender da adesão das empresas e do interesse do trabalhador”.
O Vale-Cultura é cumulativo e poderá ser usado para comprar livros, ingressos de teatro, de cinema, de espetáculos de dança. “O trabalhador pode escolher onde quer consumir".
Marta esclareceu que o Vale-Cultura não é obrigatório nem para as empresas nem para os trabalhadores, mas ela acredita que haverá uma grande adesão. As empresas poderão usar até 1% do rendimento bruto para a concessão do benefício.
Fonte: Agência Brasil
HOSPITAL DO CANCER DEPOIS DA INTERVENÇÃO (1)
História Série 1
CÉLULAS ESTRANHAS IRIAM DESMORONAR HOSPITAL DO CANCER
Através de uma atitude corajosa do Governador Eduardo Campos do Estado, o Hospital de Câncer de Pernambuco passou a trabalhar sob intervenção estadual. Este remédio veio na hora certa, para evitar a morte do Hospital.
Avenida Cruz Cabugá, 1597, Santo Amaro, Recife, Pernambuco
O
Hospital de Câncer de Pernambuco iniciou suas atividades em 9 de
novembro de 1945 já com o objetivo de ser uma instituição de saúde de
direito privado, sem fins lucrativos e de reconhecida utilidade pública.
De lá para cá, tornou-se referência no seu campo de atuação no Norte e
Nordeste do Brasil e em sua jornada cumpre com esforço e determinação o
papel de assistir doentes que sofrem de câncer e informar à população
sobre a importância da prevenção deste mal. Além das atividades de
ensino e pesquisa médica-oncológica, o Hospital é dedicado à prevenção,
diagnóstico e tratamento especializado de pacientes portadores de
câncer.
A Intervenção – No dia 10
de abril de 2007, porém, através de uma atitude corajosa do Governo do
Estado, o Hospital de Câncer de Pernambuco passou a trabalhar sob
intervenção estadual. Este remédio veio na hora certa, para evitar a
morte do Hospital. Desde então, começou a ser travada uma intensa luta
que envolveu o Governo, os funcionários, os voluntários, os parceiros e
os doadores.Com muita dedicação estamos conseguindo reerguer este
importante centro de tratamento do povo pernambucano. A partir do
esforço iniciado com a intervenção, já estamos atendendo mais da metade
dos doentes de câncer de Pernambuco.
HCP inaugura novas enfermarias
Novas enfermarias somam 52 leitos para o SUS
Durante visita ao Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), na manhã desta véspera de Natal, o governador Eduardo Campos, acompanhado da primeira-dama, Renata Campos, do secretário estadual de Saúde, Antonio Carlos Figueira e do interventor do HCP, Francisco Saboya, inaugurou duas novas enfermarias na unidade.
Com a inauguração, a instituição ganha 52 novos leitos e passa a contar com 268 leitos à disposição dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A reforma das enfermarias, que ficam situadas no segundo andar e no terceiro andar, contou com investimentos da ordem de R$ 407 mil, recursos provenientes de doação de produtos apreendidos pela Receita Federal e vendidos pelo próprio Hospital.
“Esse é mais um investimento do Governo do Estado na unidade que, ano a ano, vem recebendo mais apoio do Estado e do Ministério. Além das novas instalações, conseguimos uma nova conquista para a unidade que é a reabertura das residências e esperamos que, já em janeiro, possamos lançar o edital para o início das obras do novo anexo do Hospital, que está orçado em mais de R$ 30 milhões”, explicou o secretário Antonio Carlos Figueira.
Os dois novos pavilhões vão receber os nomes de Santa Augustina e Santa Águeda, esta última é considerada a santa protetora das mulheres que sofrem de alguma enfermidade nos seios. O pavilhão Santa Águeda receberá as pacientes exclusivamente em tratamento do câncer de mama, o câncer mais comum entre as mulheres. Já o Pavilhão Santa Augustina receberá os pacientes de outros tipos de câncer.
“A reestruturação do Hospital do câncer tem sido uma prioridade para a gestão. Sabemos que o desafio da política de Oncologia não é fácil, assim como o trabalho de criar um SUS de qualidade para os pernambucanos. Mas estamos trabalhando muito e em diversas áreas para isso, com obras e melhorias em todos os hospitais da rede”, completou o governador Eduardo Campos.
O Hospital de Câncer de Pernambuco recebe hoje mais de mil pessoas todos os dias e é responsável pelo atendimento de mais da metade de todos os pacientes de câncer do Estado. A Instituição sobrevive graças ao aporte financeiro do Estado, às doações de pessoas físicas e jurídicas e ao pagamento dos procedimentos médicos via SUS.
BALANÇO DE 2012 - Este ano, o HCP adquiriu instrumentos cirúrgicos, 1 microscópio, 50 camas e 2 cadeiras ornitorrinolaringológicas. Na parte de recursos humanos, reforçou sua equipe em 44 profissionais, sendo 2 cirurgiões e 2 plantonistas, além de enfermeiros e técnicos de enfermagem. No ensino e pesquisa, rotomou sua residência médica, com a implantação dos programas de cancerologia clínica e mastologia. Por mês, o hospital realiza 7,5 mil consultas, 400 cirurgias e 1,3 sessões de quimioterapia.
Hoje o HCP trabalha com:
A Melhor quimioterapia do Norte-Nordeste – Este
setor tão importante para nossos pacientes foi uma das grandes
conquistas desta intervenção. Em uma moderna estrutura foram montados
consultórios, salas de espera e uma farmácia para distribuição dos
medicamentos. Tudo isso numa área totalmente climatizada de 800 m2, com
TV a cabo e capacidade para atender, em confortáveis poltronas, cerca de
120 pacientes por dia.
Um novo Intensificador de Imagem -
O equipamento, que possibilita a visualização de imagens de alta
definição, custou mais de R$ 230 mil e foi doado pelo Governo do Estado.
Isso nos permitiu uma maior precisão no diagnóstico cirúrgico,
acompanhando em tempo real as condições do paciente e diminuindo o tempo
das cirurgias, fator essencial nas intervenções de tumores
neurológicos, hepáticos, ortopédicos e no esôfago.
O Departamento de Odontologia e Próteses Reabilitadoras – Possuir
o único departamento do Norte-Nordeste a oferecer todos os tipos de
prótese de forma gratuita é motivo de grande orgulho para o HCP.
Conscientes desta responsabilidade os profissionais deste setor
trabalham, todos os dias, criando próteses personalizadas que
possibilitam o estimulo da auto-estima de nossos pacientes, garantindo
seu ao retorno ao convívio social e familiar a fim de que possam viver
mais e melhor.
O Espaço Renascer – O HCP
se preocupa com seus pacientes até mesmo depois de todo o tratamento.
Desenvolvemos, assim, um projeto que orienta as mulheres a descobrir um
novo olhar para a vida. O Espaço Renascer se dedica ao tratamento do
aspecto emocional, buscando recuperar a auto-estima das pacientes que
enfrentaram o câncer de mama.
O Programa de Educação Continuada -
O ensino e a pesquisa científica também estão dentro das preocupações
do Hospital de Câncer de Pernambuco. Sua contribuição na área passa pela
oferta de estágios curriculares e pela participação e apresentação de
trabalhos em congressos. Além disso, o HCP publica freqüentemente
artigos em publicações científicas e oferece cursos básicos de
capacitação para os médicos e profissionais de saúde do Estado.
Hospital de Câncer de Pernambuco
Interventor: Francisco Saboya
Endereço: Avenida Cruz Cabugá, 1.597 – Santo Amaro – Recife/PE
Telefone: (81) 3217.8000
Email: hcp@hcp.org.br
Interventor: Francisco Saboya
Endereço: Avenida Cruz Cabugá, 1.597 – Santo Amaro – Recife/PE
Telefone: (81) 3217.8000
Email: hcp@hcp.org.br
Acompanhe as edições do passo-a-passo até a intervenção do Governador
Após Rose e Valério, Lula só dá entrevistas à TVT
Desde o final de novembro, quando foi deflagrada a operação Porto Seguro, que atingiu sua ex-assessora Rosemary Noronha, o ex-presidente Lula tem evitado falar com a imprensa, mas concedeu três entrevistas exclusivas à TVT (TV dos Trabalhadores), segundo a Folha de S. Paulo.
Ele não foi questionado em nenhuma delas sobre as acusações que custaram o cargo da ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha, denunciada pelo Ministério Público Federal sob suspeita de corrupção.
Em sua última entrevista à emissora, Lula foi questionado sobre qual deveria ser a "agenda internacional dos trabalhadores" e como o Brasil poderia ajudar a Europa em crise. Lula falou à TVT após a posse do novo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Apesar de o evento ter sido um ato de desagravo a Lula pelos "ataques", a emissora não lhe perguntou sobre as acusações de Valério. À TVT, Lula deu declarações otimistas sobre as perspectivas para o próximo ano.
Rose entrou em Portugal com 25 milhões de euros
Do blog do Garotinho
Já dei pista sobre a existência de uma conta na cidade do Porto (Portugal), na agência central do Banco Espírito Santo, onde foram depositados no 25 milhões de euros. Imediatamente comecei a receber muitas ligações de jornalistas pedindo mais informações a respeito do assunto. Recorri à minha fonte que me deu mais detalhes esclarecedores de como tudo teria ocorrido. Vocês vão cair para trás.
Como já foi tornado público, Rosemary era portadora de passaporte diplomático, mas o que não foi revelado é que ela também era portadora de autorização para transportar mala diplomática, livre de inspeção em qualquer alfândega do mundo, de acordo com a Convenção de Viena. Para quem não sabe esclareço que o termo 'mala diplomática' não se refere especificamente a uma mala, pode ser um caixote ou outro volume.
Segundo a informação que recebi, Rosemary acompanhou Lula numa viagem a Portugal. Ao desembarcar foi obrigada a informar se a mala diplomática continha valores em espécie, o que é obrigatório pela legislação da Zona do Euro, mesmo que o volume não possa ser aberto.
Pasmem, Rose declarou então que havia na mala diplomática 25 milhões de euros. Ao ouvir o montante que estava na mala diplomática, por medida de segurança, as autoridades alfandegárias portuguesas resolveram sugerir que ela contratasse um carro-forte para o transporte.
A requisição do carro-forte está na declaração de desembarque da passageira Rosemary Noronha, e a quantia em dinheiro transportada em solo português registrada na alfândega da cidade do Porto, que exige uma declaração de bagagem de acordo com as leis internacionais. Está tudo nos arquivos da alfândega do Porto.
A agência central do Banco Espírito Santo na cidade do Porto já foi sondada sobre o assunto, mas a lei de sigilo bancário impede que seja dada qualquer informação. Porém a empresa que presta serviço de carros para transporte de valores também exige o pagamento por parte do depositário de um seguro de valores, devidamente identificado o beneficiário e o responsável pelo transporte do dinheiro.
Na apólice do seguro feito no Porto está escrito: 'Responsável pelo transporte: Rosemary Noronha'. E o beneficiário, o felizardo dono dos 25 milhões de euros, alguém imagina quem é? Será que ele não sabia? A coisa foi tão primária que até eu fico em dúvida se é possível tanta burrice.
Esses documentos estão arquivados na alfândega do aeroporto internacional Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto. O dinheiro está protegido pelo sigilo bancário, mas os demais documentos não são bancários, logo não estão sujeitos a sigilo. A apólice para transportar o dinheiro para o Banco Espírito Santo é pública, e basta que as autoridades do Ministério Público ou da Polícia Federal solicitem às autoridades portuguesas.
Este fato gravíssimo já é do conhecimento da alta cúpula do governo federal em Brasília, inclusive do ministro da Justiça. Agora as providências só precisam ser adotadas. É uma bomba de muitos megatons, que faz o Mensalão parecer bombinha de festa junina.
Em tempo: Pelo câmbio de sexta-feira, 25 milhões de euros correspondem a R$ 68 milhões.
Estudo comprova descentralização da economia brasileira
O Brasil abriga 13 das 300 principais regiões metropolitanas do mundo, segundo um levantamento realizado pela Brookings Institution, uma entidade sem fins lucrativos com sede em Washington, cuja missão é a realização de pesquisas independentes, segundo o portal da Exame.
O trabalho, elaborado em conjunto com o banco americano JP Morgan Chase, foi produzido para ajudar investidores a tomar suas decisões quando desejam abrir ou ampliar negócios no País. No fim de novembro, foi apresentado durante um evento em São Paulo.
Um dos pontos mais relevantes é o que comprova a descentralização da economia brasileira nos últimos anos. "O Produto Interno Bruto (PIB) per capita cresceu pelo menos 33% em todas as 13 regiões metropolitanas, mas em quatro (Grande Vitória, Recife, Curitiba e Baixada Santista) a expansão superou os 50%", afirmou o pesquisador sênior da Brookings, Jill Wilson, lembrando que os dados comparam a situação do Brasil em 1990 e 2012.
Apesar da melhora, o pesquisador nota que o País precisa avançar mais, sobretudo em termos de PIB per capita. "A maioria das regiões metropolitanas brasileiras tem uma renda per capita inferior à das regiões metropolitanas de países desenvolvidos, com exceção de Brasília", disse.
Dilma diz que vai liberar um terço do orçamento 2013 por MP
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta quarta-feira (27) que o Governo publicará uma medida Provisória (MP) liberando para investimentos um terço do Orçamento da União de 2013 aprovado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) na semana passada.
De acordo com o texto aprovado pela comissão, serão R$ 110,6 bilhões destinados a investimentos de empresas estatais federais. O total liberado pela medida provisória, portanto, poderá superar R$ 36,8 bilhões. O orçamento prevê ainda R$ 1.555,8 bilhão para orçamentos fiscais e da seguridade social.
Dilma fez a declaração durante um café da manhã oferecido a jornalistas no Palácio do Planalto. Ela afirmou que, com a liberação do recurso, a intenção do Governo é não interromper os investimentos. Segundo a presidente, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, irá anunciar a edição da medida provisória nesta tarde.
Secretariado em Sertânia tem dois casos de nepotismo
Secretariado em Sertânia tem dois casos de nepotismo
O prefeito eleito de Sertânia (Sertão do Moxotó, a 316 km do Recife), Guga Lins (PSDB), anunciou na manhã de hoje(27) o primeiro escalão para sua gestão a partir do dia primeiro de janeiro, durante entrevista ao programa Fala Sertânia, da Sertânia FM. São 13 Secretarias, uma Chefia de Gabinete e dois casos de nepotismo: a secretária da Mulher, Theresa Raquel, é filha do vice-prefeito eleito, Sinval Siqueira (PR). Já a secretária de Finanças, Juliana Lins, é sobrinha do prefeito eleito.
Além do secretariado, Guga Lins divulgou as atrações que animarão a festa da posse no dia primeiro. Segundo ele haverá atrações locais, Banda Calypso e Bichinha Arrumada, após a cerimônia da posse, por volta das 20 horas. Ele anunciou ainda a realização de uma missa no próximo dia 30, com os padres Airton e Christiano, onde também haverá participação de evangélicos.
Administração e Tributos – Alvaro de Góis Melo
Agricultura e Meio Ambiente – Cícero Paulo Sampaio
Assuntos Júridicos – Bartolomeu Brasiliano de Melo
Chefe de Gabinete – Taciana Cordeiro Coimbra
Controle Interno – Jucineide Pereira de MeloDesenvolvimento Econômico – Severino Véras
Desenvolvimento Social e Cidadania – Vilma Silva de Siqueira
Educação – Marisa Valéria da Silva Batista Váz
Finanças e Planejamento – Juliana Lins de Albuquerque Rabêlo
Infraestrutura – Luiz Máciel Silva Júnior
Juventude, Esporte, Cultura e Turismo – João Hemrique Lúcio de Sousa
Mulher – Theresa Raquel Rufino de Siqueira
Saúde – Dr. Orestes Neves de AbuquerqueServiços Publicos – Carlos Véras Soares
fonte:blogmagno
O prefeito eleito de Sertânia (Sertão do Moxotó, a 316 km do Recife), Guga Lins (PSDB), anunciou na manhã de hoje(27) o primeiro escalão para sua gestão a partir do dia primeiro de janeiro, durante entrevista ao programa Fala Sertânia, da Sertânia FM. São 13 Secretarias, uma Chefia de Gabinete e dois casos de nepotismo: a secretária da Mulher, Theresa Raquel, é filha do vice-prefeito eleito, Sinval Siqueira (PR). Já a secretária de Finanças, Juliana Lins, é sobrinha do prefeito eleito.
Além do secretariado, Guga Lins divulgou as atrações que animarão a festa da posse no dia primeiro. Segundo ele haverá atrações locais, Banda Calypso e Bichinha Arrumada, após a cerimônia da posse, por volta das 20 horas. Ele anunciou ainda a realização de uma missa no próximo dia 30, com os padres Airton e Christiano, onde também haverá participação de evangélicos.
Administração e Tributos – Alvaro de Góis Melo
Agricultura e Meio Ambiente – Cícero Paulo Sampaio
Assuntos Júridicos – Bartolomeu Brasiliano de Melo
Chefe de Gabinete – Taciana Cordeiro Coimbra
Controle Interno – Jucineide Pereira de MeloDesenvolvimento Econômico – Severino Véras
Desenvolvimento Social e Cidadania – Vilma Silva de Siqueira
Educação – Marisa Valéria da Silva Batista Váz
Finanças e Planejamento – Juliana Lins de Albuquerque Rabêlo
Infraestrutura – Luiz Máciel Silva Júnior
Juventude, Esporte, Cultura e Turismo – João Hemrique Lúcio de Sousa
Mulher – Theresa Raquel Rufino de Siqueira
Saúde – Dr. Orestes Neves de AbuquerqueServiços Publicos – Carlos Véras Soares
fonte:blogmagno
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
NATAL (PARA TODOS?)
FIM DE ANO DOS SEM FESTA
O Natal traz à lembrança dos homens, um menino que nasceu na pobreza, sendo ele, dono das riquezas do eterno. O Cristo veio para todos, mas nem todos o receberam. Os Profetas, na antiguidade, o anunciavam, e, desde o seu aparecimento nenhuma outra voz profética se levantou: para aqueles que o receberam, ele é o cumprimento das escrituras para salvação do homem.Há, ainda, uma categoria que ignora essa dádiva divina.
Nesses dias conturbados, da cidade com suas vias na alegoria de gente veloz e algoz; das veias entupidas de estresse e desemprego , dos fast foods, das contas à pagar deixando todos abatidos no desassossego. o Natal é uma metáfora mercantilista e cruel que atua, diretamente, no cortejo da emoção da sociedade. Observem: ela atua no consumismo desenfreado, trazendo luzes que encandeiam o sentido verdadeiro do olhar natalino.Imprime um tempo de confraternização baseado no comércio que precisa prosperar; então, criam-se novos mitos. Existe uma multidão que, ano após ano, vive na espera da chegada do Papai Noel: ele nao chega, ele não vem! Não é difícil constatar essa mesquinharia social.
No Recife, em seus rios e ruas, de indiferença, transeuntes com rostos vestidos de mormaço, fantasia inaceitável, pintada pelas oligarquias ambiciosas, já fatigada na falência, desejando tirar dos pobres o que eles não têm.Marca o festejo com seu capitalismo dilacerante, que olham o povo de cima para baixo; mas não aquece o coração da humanidade e, em meio às luzes que acendem árvores, edifícios e pontes, nos bancos das praças ornamentadas, quando o movimento das ruas dá lugar à madrugada fria e solitária, embaixo das marquises do abandono no centro antigo da miséria, debaixo de lonas de plástico preto (que não se chama lar), os excluídos da festa comercial só podem esperar por uma sopa que aplaque a fome visceral que os come perene e lentamente. Mas, e o espírito? Como apaziguar o fundamento que, soprado no barro que somos, pela divina inspiração,deu-nos a consciência humana.
O que se ver? o quadro da política, imersa num rio caudaloso de escândalos de corrupção que, um após outro, parecem não ter limites de cinismo, mas é tão-só porque esse quadro merece uma abordagem mais profunda que o tema aqui – O Natal – não deve deixar encoberto; e não deixará! Afinal essa podridão é fator secular em nosso País, que acentua as desigualdades sociais. É preciso se fazer um conserto entre todas instâncias políticas, judiciárias, governamentais, da sociedade civil organizada, e, principalmente, um novo “concerto” em nossos corações e mentes para que nessa época e em todos os dias do ano, possamos olhar o irmão, abraçá-lo ou estender as mãos, cumprindo o mandamento que Jesus Cristo anuncia: O Amor.
Ontem, cruzando o Recife num táxi, parado em mais um engarrafamento, no rádio tocava uma música: “Então é Natal! E o que você fez?...” Entre os carros, uma criança maltrapilha, de olhar apagado e perdido, estendia a mão vagarosamente, com a pouca esperança de ser atendida por algum motorista, ou pelo Papai Noel que não vem nunca.
Portanto, afirma-se: igualmente aos palhaços dos circos que se apresentam nas cidades do interior, que hoje não tem espetáculo.Hoje nenhuma alma ambiciosa é irmã de DEUS.E finalizando vou no que afirmou o queridíssimo poeta Geraldino Brasil, em seu poema:”...enquanto houver uma criança assistindo ao domingo de outra criança,perdoe-me Deus, mas nem eu quero entrar nos reinos dos céus.”E com este cenário que se assiste, diga-se:Pode mandar a morte que eu tenho coragem de vivê-la.O caixão será o berço da manjedoura.A injustiça a cova.E busque-se um NATAL para sempre e para todos.
Flávio Chaves, Membro da Academia Pernambucana de Letras-APL, Federação Nacional de Imprensa-FENAI, União Brasileira de Escritores-UBE,Associação Brasileira de Imprensa-ABI, Associação da Imprensa de Pernambuco-AIP, ABRAJI,professor, escritor, poeta e jornalista.
O Natal traz à lembrança dos homens, um menino que nasceu na pobreza, sendo ele, dono das riquezas do eterno. O Cristo veio para todos, mas nem todos o receberam. Os Profetas, na antiguidade, o anunciavam, e, desde o seu aparecimento nenhuma outra voz profética se levantou: para aqueles que o receberam, ele é o cumprimento das escrituras para salvação do homem.Há, ainda, uma categoria que ignora essa dádiva divina.
Nesses dias conturbados, da cidade com suas vias na alegoria de gente veloz e algoz; das veias entupidas de estresse e desemprego , dos fast foods, das contas à pagar deixando todos abatidos no desassossego. o Natal é uma metáfora mercantilista e cruel que atua, diretamente, no cortejo da emoção da sociedade. Observem: ela atua no consumismo desenfreado, trazendo luzes que encandeiam o sentido verdadeiro do olhar natalino.Imprime um tempo de confraternização baseado no comércio que precisa prosperar; então, criam-se novos mitos. Existe uma multidão que, ano após ano, vive na espera da chegada do Papai Noel: ele nao chega, ele não vem! Não é difícil constatar essa mesquinharia social.
No Recife, em seus rios e ruas, de indiferença, transeuntes com rostos vestidos de mormaço, fantasia inaceitável, pintada pelas oligarquias ambiciosas, já fatigada na falência, desejando tirar dos pobres o que eles não têm.Marca o festejo com seu capitalismo dilacerante, que olham o povo de cima para baixo; mas não aquece o coração da humanidade e, em meio às luzes que acendem árvores, edifícios e pontes, nos bancos das praças ornamentadas, quando o movimento das ruas dá lugar à madrugada fria e solitária, embaixo das marquises do abandono no centro antigo da miséria, debaixo de lonas de plástico preto (que não se chama lar), os excluídos da festa comercial só podem esperar por uma sopa que aplaque a fome visceral que os come perene e lentamente. Mas, e o espírito? Como apaziguar o fundamento que, soprado no barro que somos, pela divina inspiração,deu-nos a consciência humana.
O que se ver? o quadro da política, imersa num rio caudaloso de escândalos de corrupção que, um após outro, parecem não ter limites de cinismo, mas é tão-só porque esse quadro merece uma abordagem mais profunda que o tema aqui – O Natal – não deve deixar encoberto; e não deixará! Afinal essa podridão é fator secular em nosso País, que acentua as desigualdades sociais. É preciso se fazer um conserto entre todas instâncias políticas, judiciárias, governamentais, da sociedade civil organizada, e, principalmente, um novo “concerto” em nossos corações e mentes para que nessa época e em todos os dias do ano, possamos olhar o irmão, abraçá-lo ou estender as mãos, cumprindo o mandamento que Jesus Cristo anuncia: O Amor.
Ontem, cruzando o Recife num táxi, parado em mais um engarrafamento, no rádio tocava uma música: “Então é Natal! E o que você fez?...” Entre os carros, uma criança maltrapilha, de olhar apagado e perdido, estendia a mão vagarosamente, com a pouca esperança de ser atendida por algum motorista, ou pelo Papai Noel que não vem nunca.
Portanto, afirma-se: igualmente aos palhaços dos circos que se apresentam nas cidades do interior, que hoje não tem espetáculo.Hoje nenhuma alma ambiciosa é irmã de DEUS.E finalizando vou no que afirmou o queridíssimo poeta Geraldino Brasil, em seu poema:”...enquanto houver uma criança assistindo ao domingo de outra criança,perdoe-me Deus, mas nem eu quero entrar nos reinos dos céus.”E com este cenário que se assiste, diga-se:Pode mandar a morte que eu tenho coragem de vivê-la.O caixão será o berço da manjedoura.A injustiça a cova.E busque-se um NATAL para sempre e para todos.
Flávio Chaves, Membro da Academia Pernambucana de Letras-APL, Federação Nacional de Imprensa-FENAI, União Brasileira de Escritores-UBE,Associação Brasileira de Imprensa-ABI, Associação da Imprensa de Pernambuco-AIP, ABRAJI,professor, escritor, poeta e jornalista.
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