Foto: Clemílson Campos/JC Imagem
Apesar de negar que, se fizer uma boa administração, o Recife vai
servir como uma vitrine eleitoral para o PSB, caso Eduardo Campos (PSB)
concorra à presidência da República em 2014 - já que, segundo ele, 2014
está fora da pauta atual -, o prefeito eleito Geraldo Julio (PSB)
reconhece que seu governo será observado.
"O PSB é um partido que vem crescendo de maneira consolidada no País.
Teve um excelente resultado nas eleições de 2008, 2010 e 2012.
Naturalmente, as prefeituras que o PSB ganhou vão ser observadas. Sei
que vou estar em um cenário de observação. O Recife é uma das cidades
mais importantes que o PSB vai governar. Estou aplicado nisso, não só
pela imagem, mas pelo compromisso que fiz com o povo", disse, em
entrevista ao Blog de Jamildo e ao Jornal do Commercio nessa quinta-feira (20), quando fez um balanço do ano.
O PSB vai assumir o Palácio do Capibaribe após 12 anos de governo do
PT, sendo os quatro últimos, com João da Costa, bastante rechaçados pela
população. Questionado se a pressão para mostrar resultados logo nos
primeiros meses de trabalho incomoda, ele negou.
"Estou encarando isso com muita serenidade. As pessoas sabem que eu vou
governar por quatro anos. Tenho um plano de governo para ser aplicado
em quatro anos. Esse é o dado real. As pessoas sabem que alguns
resultados virão em quatro anos, outros em dois, outros no primeiro
semestre. O Recife quer ver decisões sendo tomadas, ver as coisas
começando a acontecer e isso vai ocorrer".
PACTO FEDERATIVO - Geraldo voltou a dizer que 2013
será um ano duro para a economia do País e garantiu que ajudará a
presidente Dilma Rousseff (PT). "2013 é um ano de unidade nacional para
enfrentar essa situação difícil", comentou.
O socialista também retomou as críticas ao atual modelo do pacto
federativo. "Eu não tenho dúvida de que o cenário fiscal que vamos
encontrar vai ser muito duro. Aliás, essa é a situação de todas as
prefeituras. Quando a Constituição Brasileira foi aprovada, 76% das
receitas do governo eram divididas entre os municípios. Hoje, esse
percentual é de 46%. Essa situação endureceu as contas".
Questionado sobre o dado que mais chamou atenção entre as informações
que recebeu da equipe de transição, ele atacou justamente a redução dos
repasses federais.
fonte:ne10
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