quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Coprodução pernambucana arranca aplausos em Brasília

As hiper mulheres foi exibido na mostra competitiva de longas


BRASÍLIA - A graça e o bom humor dos índios kuikuro, que vivem numa aldeia do Alto Xingu, no Mato Grosso, deixaram o público do Cine Brasília em estado de êxtase. A largada da mostra competitiva de longas-metragens do 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, na noite da última terça-feira (27/09), foi uma vitória e tanto para o filme As hiper mulheres (sic), um documentário coproduzido por Pernambuco e o Rio de Janeiro que vem dando o que falar.

Por ao menos quatro vezes o público aplaudiu o filme ainda durante a projeção. Não é uma proeza fácil, ainda mais para um documentário sobre a cultura indígena, que quase sempre fica restrito à seara do cinema etnográfico. Claro,As hiper mulheres não deixa de ser etnográfico por questões óbvias, mas essencialmente é cinema na primeira acepção da palavra.

"As hiper mulheres é o resultado de 10 anos de trabalho com os índios kuikuro. Havia uma dinâmica de grupo e eles já estavam familiarizados com as câmeras", comentou o cineasta pernambucano Leonardo (Leo) Sette, um dos diretores do filme, durante o debate realizado na manhã de ontem. O filme explora o universo da aldeia com naturalidade e calor humano, deixando o comportamento das índias aflorarem sem censura. As cenas onde elas mostram que são sexualmente atiradas são hilárias e não há espectador que resista ao riso.


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