segunda-feira, 27 de junho de 2011
Aliados temem reação na base com cancelamento de emendas
A presidente Dilma Rousseff não prorrogará o decreto que permite o empenho e pagamento de emendas parlamentares de 2009, segundo uma fonte do governo, e a decisão já provoca preocupação nos líderes aliados no Congresso.
O cancelamento dessas emendas inscritas nos restos a pagar já foi objeto de reclamação dos aliados no começo do ano, e o governo adiou a possibilidade de fechamento de convênios e contratos de prefeituras com esses recursos até o próximo dia 30.
Com a decisão, revelada por essa fonte que falou à Reuters sob a condição de anonimato, os prefeitos que não concluíram as licitações e não fecharam os contratos com a Caixa Federal perderão os recursos. Esses recursos são despesas contratadas e não executadas dentro do exercício fiscal, o que é comum no caso das emendas parlamentares.
Por isso, muitos prefeitos pedem aos parlamentares aliados que pressionem o Executivo por uma nova prorrogação. O Planalto vai resistir à nova investida, mas pode sofrer os efeitos da decisão no Congresso, na avaliação de líderes consultados pela Reuters.
"É uma dificuldade, vai ter cancelamento de emendas. Isso não é bom. Vai dar reclamação e vamos ter que administrar. O ideal seria que fosse prorrogado por mais três meses, mas o governo está avaliando as implicações disso no mercado", afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
O governo, que no começo deste ano anunciou um corte de 50 bilhões de reais no Orçamento de 2011, teme que ao liberar novos gastos com emendas parlamentares dará um sinal negativo sobre seu esforço fiscal. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a não prorrogação do decreto pode inviabilizar o repasse de até 1,8 bilhão de reais às prefeituras.
O presidente interino do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), avalia que "muitos prefeitos vão ficar em situação delicada". Segundo ele, isso terá também desdobramentos políticos na base aliada.
Para Jucá, "as reclamações" vão acontecer e são "naturais". Contudo, ele não soube precisar se isso terá impacto imediato no calendário de votação do governo.
"Acho que a tendência é encaminhar as votações", disse ao ser questionado sobre a pauta prioritária para o Executivo até o recesso parlamentar de julho.
Entretanto, na opinião do presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, haverá impacto nas votações. "Vai ter impacto na base parlamentar, mas eles (aliados) agem discretamente. Esperam uma oportunidade para dar o troco (no Executivo)", afirmou.
Para não deixar os aliados completamente de mãos vazias, o Palácio do Planalto tenta conseguir autorização da área econômica para liberar 1 bilhão de reais em emendas parlamentares do Orçamento de 2011. E mais 500 milhões de emendas do Orçamento de 2010 que estavam contingenciadas.
Contudo, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento ainda não acenaram positivamente à proposta.
(extra)
Marieta Severo é convidada para interpretar Dilma Rousseff no cinema
A assessoria da atriz Marieta Severo confirmou nesta segunda-feira que ela recebeu o convite para interpretar a presidente Dilma Rousseff no cinema. O filme será baseado no livro “A Primeira Presidenta”, escrito pelo jornalista Helder Caldeira e que foi lançado pela Editora Faces. A produção ficará a cargo de Antonio de Assis.
O filme deve passar por quatro fases da vida de Dilma: a infância, a adolescência, a luta armada e o Planalto. Pouco depois de serem publicadas as primeiras notícias sobre o convite a Marieta Severo, o nome da atriz já aparecia nos assuntos mais comentados no Twitter no Brasil.
A assessoria de imprensa da atriz disse que o convite foi feito na sexta-feira, por meio de uma ligação. Como ainda não há roteiro pronto para o filme, Marieta não deu uma resposta à produção.
Helder Caldeira, que vai supervisionar o roteiro do filme, disse que Marieta foi a única atriz sondada e que ainda falta encontrar as atrizes que viverão as outras três fases da vida de Dilma. O diretor do filme também não foi escolhido.
Caldeira afirmou ainda que seu livro não é uma biografia de Dilma, mas uma análise da vida política da presidente nos últimos trinta anos em paralelo com os acontecimentos políticos no país. Por isso, uma pesquisa está sendo feita para que a produção fale sobre a infância e a adolescência de Dilma. Em seu livro, por exemplo, não há detalhes sobre a atuação de Dilma na ditadura.
- Eu até coloquei (a atuação de Dilma no período militar) porque faz parte da trajetória dela, mas não entro em detalhes porque são os arquivos fechados - disse o autor.
O livro foi escrito em seis dias, após duas semanas de pesquisas, e tem 160 páginas.
BEIJO EVITA SUICÍDIO DE JOVEM CHINÊS
A chinesa Liu Wenxiu, de 19 anos, conseguiu salvar um garoto de 16 anos que ameaçava se jogar de uma passarela na cidade de Shenzhen, na China, com um simples beijo. Liu estava passando pelo local quando viu dezenas de pessoas acompanhando o drama do adolescente, que estava com uma faca na mão, pendurado na passarela. Ela conseguiu se aproximar do garoto dizendo para a polícia que era namorada dele e a razão pela qual ele pretendia cometer suicídio.
Na verdade, de acordo com a imprensa local, o menino estava desesperado porque a mãe dele havia falecido e a madrasta não o tratava bem. Para completar, a mulher havia fugido com todo o dinheiro do pai. “Ele me disse que não tinha mais ninguém, ninguém se preocupava com ele ou confiava nele. Eu mostrei as cicatrizes que tenho no pulso direito, de quando eu tentei o suicídio porque ninguém na minha família estava feliz (...). Eu já estive no lugar dele e sei exatamente como foi”, disse Liu.
Durante a conversa, a chinesa beijou o adolescente e a polícia aproveitou para fazer o resgate. Se os dois mantiveram contato depois, não se sabe. Mas Liu Wenxiu foi convocada para ajudar a polícia novamente. O garoto, que foi levado para a delegacia, disse que só contaria a verdadeira razão da tentativa de suicídio se a falsa namorada estivesse presente.
Morre o cineasta Gustavo Dahl
Um ataque cardíaco matou nesta segunda o cineasta, crítico e gestor público Gustavo Dahl. Argentino naturalizado brasileiro, Dahl foi ícone do Cinema Novo e atualmente ocupava o posto de gerente do Centro Técnico Audiovisual (CTAV) do Ministério da Cultura. Assistia a um fime na cidade baiana de Trancoso e tinha 72 anos de idade quando sofreu um infarto fulminante.
Diretor de diversos curtas e de três longa-metragens - "O Bravo Guerreiro" (1968), "Uirá, um Índio em Busca de Deus" (1973) e "Tensão no Rio" (1982) -, Dahl trabalhou como montador para realizadores como Paulo Cézar Saraceni e Cacá Diegues, mas ficou nacionalmente conhecido como o primeiro diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e por sua destacável atuação na Embrafilme na década de 1970. Sob sua gestão, a superintência de comercialização do órgão conseguiu fazer com que o cinema brasileiro representasse um terço do mercado nacional, cifra que nunca mais voltou a ser atingida.
Nos anos 60, graças a uma bolsa de estudos, Dahl embarcou para Roma e, no Centro Experimental de Cinematografia da capital italiana, aproximou-se de personalidades como Marco Bellochio e Bernardo Bertolucci. Poucos depois, esteve em Paris e presenciou a consolidação do Cinema-verdade francês.
Dono de uma escrita ácida e politicamente engajada, foi ensaísta e conquistou o posto de um dos mais notáveis teóricos do Cinema Novo. Seus textos foram publicados por diversos jornais do país e em revistas como Civilização Brasileira e "Cahiers du Cinéma"
Na década de 1980, Dahl presidiu a Associação Brasileira de Cineastas, o Conselho Nacional de Cinema (Concine) e o Conselho Nacional de Direitos Autorais.
Repercussão
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, lamentou a morte de Dahl. "A morte inesperada de Gustavo Dahl é um golpe profundo não só para a comunidade do cinema, como para o Brasil. A começar que ele, argentino de nascimento, se tornou um brasileiro como nós por opção. Sua figura humana, luminosa e divertida, tornava as reuniões de trabalho ocasiões de enriquecimento cultural. Deixo meu abraço solidário à família, aos amigos e a toda a comunidade do cinema", disse Ana, em comunicado enviado por e-mail.
Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine, também se manifestou sobre o legado deixado pelo cineasta: "Sua experiência e sua vida dedicada ao cinema e ao Brasil deixam lições valiosas aos que tivemos a experiência de com ele conviver e trabalhar, e são referência para aqueles que levam adiante a luta pelo desenvolvimento do cinema e do audiovisual nacional".
GLOBO
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS:PREMIOS
A Academia Brasileira de Letras é uma instituição que foi fundada em 20 de julho de 1897.Composta por 40 membros efetivos e perpétuos, eleitos em votação secreta e 20 sócios correspondentes estrangeiros, tem por fim o cultivo da língua e a literatura nacional.
A Academia Brasileira de Letras contempla escritores de diferentes gêneros literários, concedendo prêmios que objetivam cumprir a missão de estimular as manifestações culturais nos seus mais variados aspectos.
A Academia Brasileira de Letras iniciou a concessão de Prêmios Literários em 1909, quando nomeou, atendendo ao convite do Prefeito do Distrito Federal, uma comissão para julgar, anualmente, o concurso de peças brasileiras destinadas à representação no Teatro Municipal. Nos anos seguintes, outros Prêmios foram criados, tais como o Medeiros e Albuquerque (1910), o “Gazeta de Notícias” (1910), o Machado de Assis (1911), o Raul Pompéia (1911) e o Prêmio Academia Brasileira (1912).
Até 1994, a ABL distribuiu os seguintes Prêmios: Olavo Bilac (poesia); José Veríssimo (ensaio e erudição); Monteiro Lobato (literatura infantil); Francisco Alves (monografia sobre o ensino fundamental no Brasil e sobre a língua portuguesa); Assis Chateaubriand (artigos literários); Afonso Arinos (contos); Artur Azevedo (teatro); Silvio Romero (crítica e história literária); Coelho Neto (romance); Joaquim Nabuco (história social); João Ribeiro (filologia, etnografia e folclore); José de Alencar (novelas); Odorico Mendes (tradução); Aníbal Freire (oratória); Carlos de Laet (crônicas e viagem); Roquete-Pinto (etnografia); Alfred Jurzykowski (economia e política).
Na sessão de 19 de março de 1998, o Acadêmico Lêdo Ivo apresentou proposta de alteração do Regimento Interno, com relação aos prêmios literários da Academia. Pela reforma regimental aprovada em 10 de outubro de 1998, art.53, passaram a ser concedidos, todos os anos, o Prêmio Machado de Assis, para conjunto de obras, o Prêmio ABL de Poesia, o Prêmio ABL de Ficção, o Prêmio ABL de Ensaio e o Prêmio ABL de Literatura Infanto-juvenil. Recentemente foram criados os Prêmios ABL de Tradução e ABL de História e Ciências Sociais.
A Academia distribui também prêmios de outra periodicidade, como o Francisco Alves, concedido a cada cinco anos a monografias sobre o ensino fundamental no Brasil e sobre a língua portuguesa, e também prêmios oriundos de dotações externas, como o Prêmio Senador José Ermírio de Moraes, instituído pela família Ermírio de Moraes e pela Indústrias Votorantim, desde 1995, e o Prêmio Osvaldo Orico, sobre temas amazônicos, instituído pela família de Osvaldo Orico, vigente de 1983 a 1990.
São concedidos, esporadicamente, pela ABL prêmios comemorativos, aprovados em plenário, como o José Lins do Rego em 2001, e o Afonso Arinos em 2005.
ABL confere o Prêmio Machado de Assis 2011 ao historiador Carlos Guilherme Motta
A Academia Brasileira de Letras divulgou no dia 16 de junho o vencedor do Prêmio Machado de Assis 2011, no valor de 100 mil reais. O contemplado foi o historiador Carlos Guilherme Motta, pelo conjunto de sua obra.
Os Prêmios Literários deste ano, serão entregues em julho, mês em que a Academia irá comemorar seu 114º aniversário de fundação.
Os Prêmios:
Categoria Autor Obra
Poesia Salgado Maranhão "A cor da palavra"
Ficção Elvira Vigna "Nada a dizer"
Ensaio, Crítica Literária Ronaldes de Melo Souza Ensaios de poética e hermenêutica
Literatura Infanto-Juvenil Ferreira Gullar "Zoologia bizarra"
Tradução Sérgio Flaksmann "O amante de Lady Chatterley"
História e Ciências Sociais Maurício de Almeida Abreu "Geografia histórica do Rio de Janeiro"
Cinema Esmir Filho e Ismael Canappele Filme: "Os famosos e os duendes da morte"
O valor dos Prêmios acima é de 30 mil reais.
Saiba mais
Carlos Guilherme Motta
Carlos Guilherme Motta é professor titular de história contemporânea na USP, e de história da cultura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie. É também Professor colaborador do mestrado na escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas. Foi diretor - fundador do Instituto de Estudos Avançados da USP, ex-professor visitante nas Universidades de Londres, Texas, Salamanca, Stanford e diretor de estudos da École des Hautes Études em Paris. Foi ainda membro da Comissão de Avaliação do Programa de América Latina da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos da América.
35ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO
Iphan integra delegação brasileira que participa, entre 19 e 29 de junho, da reunião com mais de 180 países de todo o mundo
A Diretora-Geral da Unesco, Irina Bokova, abriu a 35ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em Paris, na França, destacando os desafios que cercam todos os que se dedicam à preservação e valorização do patrimônio cultural e natural no mundo. Ela também lembrou que no próximo ano a Convenção do Patrimônio Mundial de 1972 cumprirá 40 anos e ainda é em um importante instrumento para a cooperação internacional. Nos próximos 10 dias, delegações internacionais vão discutir e avaliar 37 novas candidaturas à Lista do Patrimônio Mundial. A reunião será marcada, ainda, pela avaliação do estado de conservação de 135 sítios já inscritos, além de 84 que estão na Lista de patrimônio em perigo. Atualmente, a Lista do Patrimônio Mundial possui 911 sítios inscritos, sendo 704 culturais, 180 naturais e 27 bens mistos.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan faz parte da delegação brasileira que, neste ano, encerra sua participação como membro do Comitê. O Brasil avalia positivamente essa participação durante o seu mandato, considerando sua contribuição para a reflexão sobre temas novos, como o da paisagem cultural urbana, que tem na candidatura da cidade do Rio de Janeiro sua máxima expressão. A proposta apresentada pelo Iphan à UNESCO será avaliada em 2012. Ainda como membro do Comitê, o Brasil aderiu à estratégia da Unesco de descentralizar e apoiar as ações do Centro do Patrimônio Mundial, e criou o Centro Lucio Costa dedicado à formação e pesquisa aplicada na gestão do patrimônio para os países de língua portuguesa e espanhola da América do Sul, África e Ásia. Também obteve a inscrição da Praça de São Francisco, em São Cristóvão, no estado de Sergipe, à Lista do Patrimônio Mundial e estabeleceu marcos de cooperação técnica internacional com os países da região, preferencialmente os integrantes do Mercosul Cultural e dos PALOPS - países africanos de língua oficial portuguesa. Ocupou, ainda, a Presidência do Comitê do Patrimônio Mundial, quando trouxe para o Brasil a 34ª Reunião do Comitê, em 2010, em Brasília, a qual contou com a presença de mais de 180 delegações de países que ratificaram a Convenção do Patrimônio Mundial, momento em que o Brasil defendeu a incorporação da 6ª "C", de Cooperação - como estratégia para fortalecer as relações internacionais e a cooperação e assistência técnica entre os países que ratificaram a Convenção, em especial no universo da cooperação sul-sul, isto é, entre os países em desenvolvimento, a exemplo do que o Brasil, por intermédio do Iphan e com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação, já vem realizando com os países latino-americanos e africanos.
No primeiro dia de reunião o destaque foi para o posicionamento do Conselho Executivo da Unesco de não acatar a idéia inicial de criar um instrumento específico para a paisagem cultural. O tema deverá ser tratado no âmbito da Convenção do Patrimônio Mundial, como defendeu o Brasil, por meio do Iphan, em seu posicionamento técnico apresentado à Delegação Permanente do Brasil junto à Unesco.
Gastos de brasileiros no exterior batem recorde
Em abril deste ano, essas despesas ficaram em US$ 1,179 bilhão e, em maio, caíram para US$ 909 milhões. Esses gastos representaram 60,7% das despesas totais com viagens internacionais em abril. Em maio, esse percentual caiu para 54,7%.
Na comparação entre abril deste ano e o mesmo período do ano passado, as despesas com cartões de crédito cresceram 53,8%. Em maio comparado com igual mês de 2010, a alta foi de 33,9%. “O brasileiro continua viajando, mas agora pagando mais em dinheiro do que com cartão de crédito”, disse Tulio Maciel.
O governo aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para as compras com cartão de crédito no exterior. O decreto, publicado no dia 28 de março no Diário Oficial da União, elevou de 2,38% para 6,38% o IOF sobre as compras com cartão de crédito no exterior. De acordo com Maciel, a regra passou a valer 30 dias depois da publicação da portaria e ideia era reduzir as despesas dos brasileiros com cartão de crédito.
De acordo com os dados divulgados hoje pelo BC, as despesas totais de brasileiros no exterior chegaram a US$ 1,664 bilhão em maio, um resultado recorde da série histórica do BC, iniciada em 1947. Nos cinco meses do ano, esses gastos ficaram em US$ US$ 8,331 bilhões.
As receitas deixadas por estrangeiros em visita ao Brasil chegaram a US$ 543 milhões, em maio, e em US$ 2,881 bilhões, nos cinco meses do ano.
Os gastos de brasileiros maiores do que as receitas de estrangeiros levaram ao déficit de US$ 1,120 bilhão em maio, o maior resultado negativo para o período. De janeiro a maio, esse saldo negativo ficou em US$ 5,450 bilhão, também o maior déficit para os primeiros cinco meses do ano.
O BC aumentou a projeção para o déficit este ano na conta de viagens, que registra as despesas de brasileiros no exterior e as receitas deixadas por estrangeiros no Brasil. A estimativa passou de US$ 12 bilhões para US$ 15 bilhões.
DM
Caruaru vai ganhar praça modelo
O valor total do investimento é de R$ 2,02 milhões. A obra será construída com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e terá três mil metros quadrados
Os moradores desta cidade do Agreste vão ganhar uma Praça de Esportes e Cultura (PEC), espaço modelo desenvolvido pelo Ministério da Cultura. A praça tem o objetivo de integrar, em um único local, programas e ações culturais, práticas esportivas e de lazer, formação e qualificação para o mercado de trabalho, serviços sócio assistenciais, políticas de prevenção à violência e inclusão digital. É um dos equipamentos do governo para promover a cidadania em territórios de alta vulnerabilidade social das cidades brasileiras.
Os projetos de arquitetura e engenharia desses modelos de praça são uma referência, mas a prefeitura poderá fazer alterações para a inclusão de novas atividades. O valor total do investimento é de R$ 2,02 milhões. A obra será construída com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e terá três mil metros quadrados. De acordo com o secretário adjunto de Planejamento da prefeitura, Ricardo Góis, a previsão é que os recursos comecem a ser liberados em outubro.
A praça será construída na Rua Zé Tatu, no Bairro Boa Vista e vai contar com dois edifícios multiuso, Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), salas multiuso, biblioteca, telecentro, cine teatro com 60 lugares, quadra poliesportiva coberta, pista de skate, equipamentos de ginástica, playground e pista de caminhada.
De acordo com o projeto, o cine teatro terá disposição de palco e platéia livre, desta forma será possível criar diferentes configurações de cenários e apresentações teatrais e musicais. Por este motivo, as poltronas não são fixas e o piso é nivelado em toda sua extensão. A tela de projeção terá 2,43m por 1,82m.
Os beneficiários do programa Praça dos Esportes e da Cultura receberão um repasse para aquisição de um acervo inicial para a biblioteca, incluindo livros adaptados ao uso para deficientes visuais. "Essa conquista se encaixa perfeitamente na proposta do prefeito José Queiroz de criar áreas verdes no município, para favorecer a qualidade de vida dos caruaruenses", afirmou o deputado federal Wolney Queiroz, que articulou a vinda do equipamento para Caruaru.
Escritor Raimundo Carrero lança novo romance
Seria uma sombria noite secreta, primeiro livro assinado pelo autor depois de sofrer um AVC, chega as lojas em 1º de julho
Chega às livrarias de todo o País, na próxima sexta, Seria uma sombria noite secreta, novo romance de Raimundo Carrero pela Editora Record. É seu primeiro lançamento após o acidente vascular cerebral (AVC) que sofreu em outubro do ano passado. Desde então, vem se dedicando a sessões diárias de fisioterapia. Já consegue dar os primeiros passos sem a ajuda das muletas. Falta só recuperar o movimento do braço esquerdo. “Mas o meu raciocínio não foi afetado em nada. A minha percepção de mundo, como escritor, só fez aumentar”, aponta. Em 2010, Carrero foi vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, o maior do Brasil, por Minha alma é irmã de Deus.
O novo romance dá início a um projeto de três livros chamado de Comigo a natureza enlouqueceu, que será composto também pelos romances Breviário das paixões desta vida e Chama breve, ambos ainda em estágio embrionário ou de anotações. Seria uma sombria noite secreta conta a história de Alvarenga, um louco de silhueta arredondada, que toca corneta e espera peixinhos dourados de chocolate da amante Rachel. Espera com a boca aberta, como um cachorro carente e abandonado. Só falta latir. Não late, mas é trancafiado num canil. A sessão de autógrafos do livro é dia 21 de julho, na Livraria Jaqueira.
fonte:JC online
Chega às livrarias de todo o País, na próxima sexta, Seria uma sombria noite secreta, novo romance de Raimundo Carrero pela Editora Record. É seu primeiro lançamento após o acidente vascular cerebral (AVC) que sofreu em outubro do ano passado. Desde então, vem se dedicando a sessões diárias de fisioterapia. Já consegue dar os primeiros passos sem a ajuda das muletas. Falta só recuperar o movimento do braço esquerdo. “Mas o meu raciocínio não foi afetado em nada. A minha percepção de mundo, como escritor, só fez aumentar”, aponta. Em 2010, Carrero foi vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, o maior do Brasil, por Minha alma é irmã de Deus.
O novo romance dá início a um projeto de três livros chamado de Comigo a natureza enlouqueceu, que será composto também pelos romances Breviário das paixões desta vida e Chama breve, ambos ainda em estágio embrionário ou de anotações. Seria uma sombria noite secreta conta a história de Alvarenga, um louco de silhueta arredondada, que toca corneta e espera peixinhos dourados de chocolate da amante Rachel. Espera com a boca aberta, como um cachorro carente e abandonado. Só falta latir. Não late, mas é trancafiado num canil. A sessão de autógrafos do livro é dia 21 de julho, na Livraria Jaqueira.
fonte:JC online
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Indústria naval emerge em PE
NAVIOS Setor, que naufragou no País nos anos 80, ressurge em Suape com 4 estaleiros, que vão gerar mais de 11 mil empregos diretos
Pernambuco desponta no novo mapa da indústria naval brasileira, capitaneando a descentralização do setor no País, antes encravado no Rio de Janeiro. O Complexo de Suape foi o local escolhido para abrigar o cluster naval do Estado, que já nasceu grande, com a implantação do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) - maior unidade do Hemisfério Sul. Além do EAS, estão projetados R$ 1,7 bilhão em investimentos na construção de outros três estaleiros (Promar, Construcap e Galíctico).
O polo naval é uma das âncoras do processo de reindustrialização de Pernambuco, com o surgimento de novos setores na matriz econômica do Estado. Navios de grande porte, plataformas de petróleo e sondas de perfuração serão construídas numa região onde, secularmente, predominava o cultivo de cana-de-açúcar. Juntos, os quatro estaleiros do cluster vão gerar 11.750 empregos diretos.
Resultado de um investimento de R$ 2 bilhões das empresas Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, PJMR Empreendimentos e da sul-coreana Samsung, o Atlântico Sul foi o primeiro estaleiro a ser construído no Brasil para alavancar o renascimento da indústria naval. Nos anos 70, o País ostentava o segundo lugar no ranking mundial do setor, atrás apenas do Japão. Nas décadas de 80 e 90 o setor praticamente naufragou e agora emerge graças à decisão do governo brasileiro de substituir as importações de embarcações e equipamentos offshore (de exploração de petróleo no mar) por produtos verde-amarelo. Capitaneado pela Transpetro, o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) encomendou 49 navios aos estaleiros nacionais.
Hoje, o EAS ostenta a maior carteira de encomendas do Brasil, estimada em US$ 8,1 bilhões. São 22 petroleiros suezmax encomendados pela Transpetro, além do casco da plataforma P-55 e de sete navios-sonda para exploração de petróleo no pré-sal. O desafio para o Atlântico Sul é acelerar a entrega das encomendas e reduzir os custos de produção dos navios.O petroleiro João Cândido, por exemplo, deveria ser entregue em setembro
de 2010, mas vai ficar para a segunda metade deste ano. Com o atraso no cronograma, a
embarcação vai totalizar três anos para ser concluída.
Na avaliação do secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Júlio,
o diferencial do Estado é ter um polo naval diversificado. Em Suape serão fabricados navios
de todos os portes, plataformas, módulos e sondas. “Os estaleiros vão se complementar. O
Atlântico Sul vai produzir os cascos e o Construcap os módulos das plataformas”, exemplifica.
Odiretor comercial do estaleiro Construcap S.A, Reginaldo Silva, diz que a estimativa é construir a planta naval em 18 meses. A indústria vai consumir investimento de US$ 450 milhões e gerar 2.250 empregos diretos. “Teremos capacidade para fazer três topsides (conjunto de módulos para uma plataforma) a cada três anos”, acredita. Os topsides são estruturas que equipam as plataformas para funcionar como verdadeiras refinarias em alto-mar.
Oestaleiro Promar, que recentemente conseguiu liberação da licença ambiental, já conta com uma encomenda de oito navios gaseiros para a Transpetro, no valor de US$ 536 milhões.O empreendimento está orçado em R$ 300 milhões e vai gerar 1.500 empregos na operação.
Pernambuco também quer captar uma unidade de reparação naval para atender à frota
nacional da Transpetro, que hoje precisa ir para Cingapura ou Coreia do Sul para realizar esses serviços.Ogoverno do Estado assinou protocolo de intenção com o grupo espanhol
Galíctico, que vai investir US$ 440 milhões na construção de uma unidade de reparação naval em Suape.
A decisão do governo Federal de ressuscitar a indústria naval no País, estimulou Pernambuco a criar condições para transformar o Estado em um dos novos endereços dessa retomada. A criação de um programa de benefícios fiscais e definição de uma área destinada à implantação de estaleiros e indústrias da cadeia produtiva foram as principais
estratégias para se firmar na disputa de empreendimentos com outros Estados brasileiros.
O Programa de Desenvolvimento da Indústria Naval de Pernambuco (Prodinpe) beneficia
tanto a construção de estaleiros quanto a instalação de empresas da cadeia produtiva do setor, por meio da isenção do pagamento de ICMS na construção dos navios e no fornecimento de matéria-prima pelas indústrias aos estaleiros locais. Além dos estaleiros, o governo também prospecta empresas especializadas em megablocos e sondas para consolidar o polo naval.
Pernambuco desponta no novo mapa da indústria naval brasileira, capitaneando a descentralização do setor no País, antes encravado no Rio de Janeiro. O Complexo de Suape foi o local escolhido para abrigar o cluster naval do Estado, que já nasceu grande, com a implantação do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) - maior unidade do Hemisfério Sul. Além do EAS, estão projetados R$ 1,7 bilhão em investimentos na construção de outros três estaleiros (Promar, Construcap e Galíctico).
O polo naval é uma das âncoras do processo de reindustrialização de Pernambuco, com o surgimento de novos setores na matriz econômica do Estado. Navios de grande porte, plataformas de petróleo e sondas de perfuração serão construídas numa região onde, secularmente, predominava o cultivo de cana-de-açúcar. Juntos, os quatro estaleiros do cluster vão gerar 11.750 empregos diretos.
Resultado de um investimento de R$ 2 bilhões das empresas Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, PJMR Empreendimentos e da sul-coreana Samsung, o Atlântico Sul foi o primeiro estaleiro a ser construído no Brasil para alavancar o renascimento da indústria naval. Nos anos 70, o País ostentava o segundo lugar no ranking mundial do setor, atrás apenas do Japão. Nas décadas de 80 e 90 o setor praticamente naufragou e agora emerge graças à decisão do governo brasileiro de substituir as importações de embarcações e equipamentos offshore (de exploração de petróleo no mar) por produtos verde-amarelo. Capitaneado pela Transpetro, o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) encomendou 49 navios aos estaleiros nacionais.
Hoje, o EAS ostenta a maior carteira de encomendas do Brasil, estimada em US$ 8,1 bilhões. São 22 petroleiros suezmax encomendados pela Transpetro, além do casco da plataforma P-55 e de sete navios-sonda para exploração de petróleo no pré-sal. O desafio para o Atlântico Sul é acelerar a entrega das encomendas e reduzir os custos de produção dos navios.O petroleiro João Cândido, por exemplo, deveria ser entregue em setembro
de 2010, mas vai ficar para a segunda metade deste ano. Com o atraso no cronograma, a
embarcação vai totalizar três anos para ser concluída.
Na avaliação do secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Júlio,
o diferencial do Estado é ter um polo naval diversificado. Em Suape serão fabricados navios
de todos os portes, plataformas, módulos e sondas. “Os estaleiros vão se complementar. O
Atlântico Sul vai produzir os cascos e o Construcap os módulos das plataformas”, exemplifica.
Odiretor comercial do estaleiro Construcap S.A, Reginaldo Silva, diz que a estimativa é construir a planta naval em 18 meses. A indústria vai consumir investimento de US$ 450 milhões e gerar 2.250 empregos diretos. “Teremos capacidade para fazer três topsides (conjunto de módulos para uma plataforma) a cada três anos”, acredita. Os topsides são estruturas que equipam as plataformas para funcionar como verdadeiras refinarias em alto-mar.
Oestaleiro Promar, que recentemente conseguiu liberação da licença ambiental, já conta com uma encomenda de oito navios gaseiros para a Transpetro, no valor de US$ 536 milhões.O empreendimento está orçado em R$ 300 milhões e vai gerar 1.500 empregos na operação.
Pernambuco também quer captar uma unidade de reparação naval para atender à frota
nacional da Transpetro, que hoje precisa ir para Cingapura ou Coreia do Sul para realizar esses serviços.Ogoverno do Estado assinou protocolo de intenção com o grupo espanhol
Galíctico, que vai investir US$ 440 milhões na construção de uma unidade de reparação naval em Suape.
A decisão do governo Federal de ressuscitar a indústria naval no País, estimulou Pernambuco a criar condições para transformar o Estado em um dos novos endereços dessa retomada. A criação de um programa de benefícios fiscais e definição de uma área destinada à implantação de estaleiros e indústrias da cadeia produtiva foram as principais
estratégias para se firmar na disputa de empreendimentos com outros Estados brasileiros.
O Programa de Desenvolvimento da Indústria Naval de Pernambuco (Prodinpe) beneficia
tanto a construção de estaleiros quanto a instalação de empresas da cadeia produtiva do setor, por meio da isenção do pagamento de ICMS na construção dos navios e no fornecimento de matéria-prima pelas indústrias aos estaleiros locais. Além dos estaleiros, o governo também prospecta empresas especializadas em megablocos e sondas para consolidar o polo naval.
Dilma aproveita forró de Caruaru e evita comentar assuntos do governo
Presidente chegou à cidade na noite de quarta-feira e compareceu ao Pátio do Forró
CARUARU - As questões políticas e administrativas ficaram de fora da primeira visita que a presidente Dilma Rousseff fez a Pernambuco depois de eleita. Entre a noite de quarta (22) e a madrugada de quinta (23), em passagem por Caruaru (Agreste), Dilma ressaltou a beleza do São João nordestino e se esquivou de comentar assuntos mais ásperos envolvendo a sua gestão.
“Um presidente nunca esquece de nada, mas a gente tem metade do lado de cá (da cabeça) que lembra de todos os desafios que temos pela frente. E o lado de cá fica muito feliz quando vê a alegria do povo nordestino”, disse.
Em sua estreia no território pernambucano como chefe de Estado, Dilma mostrou que aprendeu bem a lição com o antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. A presidente chamou a atenção pela simpatia, fazendo questão de cumprimentar os moradores do Alto do Moura.
Antes de entrar no Museu Vitalino, Dilma fez questão de conversar com a população, parando para tirar fotos e dar autógrafos. “Sinto uma imensa alegria pelo calor do povo, pela dívida que eu tenho com o povo pernambucano, que me ajudou na eleição”, declarou. O Nordeste foi a região que deu mais votos à petista em 2010.
A presidente chegou ao Alto do Moura acompanhada dos ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) e Paulo Bernardo (Comunicações), de José Múcio (TCU), do governador Eduardo Campos, do vice-governador João Lyra Neto e do prefeito de Caruaru, José Queiroz.
Após deixar o local, ela participou de um jantar na casa do deputado Wolney Queiroz (PDT). Cerca de 60 pessoas participaram, entre eles os deputados Eduardo da Fonte (PP), Cadoca, (PSC), João Paulo (PT) e Fernando Bezerra Filho (PSB).
Os senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB), além do prefeito do Recife, João da Costa (PT), não compareceram. Costa, com entorse no joelho, tem a recomendação médica de repouso, o mesmo que Armando, em tratamento dentário. Humberto está nos EUA.
João Paulo garantiu que assuntos políticos ficaram de fora do cardápio. “Foi só amenidades. Ela estava superbem, conversou com todo mundo e tirou fotos”. O parlamentar afirmou ainda que sentiu falta de mais representantes do PT. “Senti a falta de Humberto, Fernando Ferro, Pedro Eugenio. Também não vi ninguém da bancada estadual, mas não sei dizer se os deputados foram convidados”, acrescentou o ex-prefeito do Recife.
A parada final de Dilma em Caruaru foi o camarote da Prefeitura, no Pátio do Forró. A presidente se mostrou animada e simpática durante todo o tempo – aproximadamente uma hora – que passou no local. Acenou para os espectadores foi bastante saudada pela banda que se apresentava no palco. Perto da meia-noite, ela embarcou de volta para Brasília.
CARUARU - As questões políticas e administrativas ficaram de fora da primeira visita que a presidente Dilma Rousseff fez a Pernambuco depois de eleita. Entre a noite de quarta (22) e a madrugada de quinta (23), em passagem por Caruaru (Agreste), Dilma ressaltou a beleza do São João nordestino e se esquivou de comentar assuntos mais ásperos envolvendo a sua gestão.
“Um presidente nunca esquece de nada, mas a gente tem metade do lado de cá (da cabeça) que lembra de todos os desafios que temos pela frente. E o lado de cá fica muito feliz quando vê a alegria do povo nordestino”, disse.
Em sua estreia no território pernambucano como chefe de Estado, Dilma mostrou que aprendeu bem a lição com o antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. A presidente chamou a atenção pela simpatia, fazendo questão de cumprimentar os moradores do Alto do Moura.
Antes de entrar no Museu Vitalino, Dilma fez questão de conversar com a população, parando para tirar fotos e dar autógrafos. “Sinto uma imensa alegria pelo calor do povo, pela dívida que eu tenho com o povo pernambucano, que me ajudou na eleição”, declarou. O Nordeste foi a região que deu mais votos à petista em 2010.
A presidente chegou ao Alto do Moura acompanhada dos ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) e Paulo Bernardo (Comunicações), de José Múcio (TCU), do governador Eduardo Campos, do vice-governador João Lyra Neto e do prefeito de Caruaru, José Queiroz.
Após deixar o local, ela participou de um jantar na casa do deputado Wolney Queiroz (PDT). Cerca de 60 pessoas participaram, entre eles os deputados Eduardo da Fonte (PP), Cadoca, (PSC), João Paulo (PT) e Fernando Bezerra Filho (PSB).
Os senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB), além do prefeito do Recife, João da Costa (PT), não compareceram. Costa, com entorse no joelho, tem a recomendação médica de repouso, o mesmo que Armando, em tratamento dentário. Humberto está nos EUA.
João Paulo garantiu que assuntos políticos ficaram de fora do cardápio. “Foi só amenidades. Ela estava superbem, conversou com todo mundo e tirou fotos”. O parlamentar afirmou ainda que sentiu falta de mais representantes do PT. “Senti a falta de Humberto, Fernando Ferro, Pedro Eugenio. Também não vi ninguém da bancada estadual, mas não sei dizer se os deputados foram convidados”, acrescentou o ex-prefeito do Recife.
A parada final de Dilma em Caruaru foi o camarote da Prefeitura, no Pátio do Forró. A presidente se mostrou animada e simpática durante todo o tempo – aproximadamente uma hora – que passou no local. Acenou para os espectadores foi bastante saudada pela banda que se apresentava no palco. Perto da meia-noite, ela embarcou de volta para Brasília.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Conheça a origem de alguns termos comuns de tecnologia
Se estivesse vivo, o criador do dicionário mais famoso do Brasil estaria completando 101 anos em 2011. Aurélio Buarque de Holanda certamente estaria alegre com o quanto a língua portuguesa permanece viva e incorporando novos vocábulos.
Quando falamos sobre tecnologia, em especial, é impossível não pensar em quantas palavras surgem ano após ano.
Para se ter uma ideia, a última versão do dicionário, lançada em 2010, tem 6 mil verbetes a mais do que a anterior. Entre eles: pop-up, hotspot, tablet, tuitar, mix, fotolog, bullying, blogar, data-show, e-book, blue tooth, blu-ray e nerd (essa chegou um pouco atrasada, não é mesmo?).
Pensando nisso, a equipe Tecmundo preparou um guia para matar a curiosidade daqueles que sempre se perguntam sobre a origem de vários termos ligados à computação. Começamos com alguns que todo mundo usa - ou pelo menos vê por aí - diariamente. Boa leitura!
Os bugs são mais antigos do que parecem
Esse é um termo que é muito mais associado a um mito do que propriamente à realidade. A história mais contada - a de que, em 1946, o programador Grace Hopper encontrou uma mariposa presa dentro do seu computador prejudicando o funcionamento da máquina - é, de fato, verídica.
Entretanto, a palavra já havia sido empregada quase 70 anos antes do episódio de Hopper. O multi-inventor Thomas Edison, aclamado pela lâmpada e o gramofone, relatou em seus diários sobre a presença de "bugs" em suas invenções. Os "bugs" nada mais eram do que pequenas falhas e dificuldades que apareciam nos aparelhos durante todo o processo de testes.
Geek: origem cosmopolita
Há quem diga que o geek é o nerd dos novos tempos. Enquanto estes eram mais relacionados à matemática, ficção científica e reclusão, os geeks são identificados pela maior sociabilidade e pela estética rica e própria (música, moda, comida etc.) - sem nunca se esquecer dos hábitos e interesses peculiares.
Em linhas gerais, o termo veio da evolução de uma salada de denominações em diversos idiomas. Segundo o pesquisador Lars Konzack - que também considera os geeks uma manifestação de contracultura -, a palavra apareceu pela primeira vez na língua inglesa em 1876, como um sinônimo para "fool" (bobo).
Outra vertente, do alemão arcaico, tem o verbo "geck" significando "zombar". Mas será o geek alguém bobo e que é zombado? Calma lá!
Posteriormente, a palavra foi usada para se referir a pessoas que realizavam exibições excêntricas, como comer insetos em público ou arrancar a cabeça de aves com a boca (isso faria de Ozzy Osbourne um geek no começo dos anos 80?).
Na língua holandesa e no africâner, a raiz etimológica de "gek" denota um indivíduo louco. Dessa forma, há duas analogias possíveis.
A primeira diz respeito à concepção de que um geek é alguém fora do comum perante a sociedade, enquanto a segunda pode correlacionar a ideia de comer insetos com o fato dos geeks acabarem com os "bugs" de computador.
Deu para entender? (Se a sua resposta foi negativa, você está precisando ser um pouquinho mais geek!).
Mouse: injustiça com os inventores
Que um mouse de computador parece um rato ninguém discorda. Mas quem foi o primeiro sujeito a ter esta brilhante constatação? O nosso gentil companheiro do dia a dia foi criado em 1965, por dois pesquisadores americanos, Douglas Engelbart e seu assistente Bill English.
Procurando um dispositivo de interação homem-máquina capaz de transferir os movimentos da mão para uma superfície com coordenadas X e Y, os inventores chegaram a uma caixa que continha uma espécie de roldana dentro. O detalhe que deu nome à criação foi o fio acoplado na parte traseira, já que ele se assemelhava a uma cauda de rato.
Ambos os inventores não ganharam e continuam não ganhando nenhum centavo pelos milhões de mouses comercializado mundo afora. Ah, se cada clique valesse um centavo...
Ctrl + Alt + Del = culpa do Bill Gates?
Quanto mais os computadores avançam, mais aumenta a esperança dos usuários de que as máquinas nunca mais vão travar. Se hoje temos sistemas cada vez mais estáveis e algumas pessoas ainda quebram a cabeça com falhas e lentidão, imagine como era a situação nos primórdios da computação.
David Bradley, programador da IBM na época, criou o atalho Ctrl + Alt + Del para facilitar a reinicialização da máquina, excluindo a necessidade de se apertar o botão liga/desliga. A princípio, o comando deveria ficar restrito a desenvolvedores, mas acabou sendo disseminado entre os usuários comuns.
O próprio Bradley aproveita para se livrar da culpa de aborrecer tanta gente, dizendo que ele dedicou apenas cinco minutos no trabalho de programação e que Bill Gates (mais precisamente o Windows) foi o responsável por transformar o atalho em um verdadeiro ícone pop relacionado a problemas no computador.
O spam e a lata de presunto
O spam também é mais velho do que parece. Embora você provavelmente tenha ouvido falar sobre ele em meados dos anos 90 - no momento em que sua caixa de email agonizava com mensagens inoportunas -, os spammers já agiam de má fé há tempos nos becos escuros da história da transmissão de dados.
Através do tataravô do Second Life, chamado de MUD (Multi-User Dungeons - imagine um RPG funcionando integralmente por mensagens de texto), alguns afobadinhos gostavam de repetir incessantemente a palavra "SPAM" para fazer os comentários de outros jogadores desaparecerem da tela.
E por que spam? A razão da escolha se deve a outro totem da cultura nerd: o seriado setentista Monty Python. Em um dos episódios, os personagens satirizam com vikings e falam sem parar a palavra "spam", cujo significado, na verdade, é atribuído a uma clássica marca americana de presunto apimentado.
Breve apanhado das redes sociais
Por terem sido criadas recentemente, as redes sociais têm a origem dos seus nomes mais disseminada entre os usuários. O Orkut, por exemplo, foi batizado pelo primeiro nome do seu criador, o engenheiro turco Orkut Büyükkokten.
"Facebook" é o nome de um livreto que estudantes recém-chegados na universidade recebem para conhecer melhor os colegas. Assim sendo, a primeira tacada da maior rede social ativa do mundo foi a de ser uma mera agenda online para identificação e comunicação de universitários.
O Twitter também segue uma receita bem concreta, a partir do ditado "um passarinho me contou". Em inglês, o verbo "tweet" quer dizer "piar". Isso mesmo, o pio dos passarinhos.
Nada mais pertinente para um sistema de mensagens rápidas e curtas que interligam milhões de pessoas.
Apesar da maioria dos termos não ser originária do português, alguns já nos são tão íntimos que até nos esquecemos disso. Chamar "touch screen" de "tela de toque" fica meio démodé, não fica? E de que outra forma você poderia chamar um "link".
Quando falamos sobre tecnologia, em especial, é impossível não pensar em quantas palavras surgem ano após ano.
Para se ter uma ideia, a última versão do dicionário, lançada em 2010, tem 6 mil verbetes a mais do que a anterior. Entre eles: pop-up, hotspot, tablet, tuitar, mix, fotolog, bullying, blogar, data-show, e-book, blue tooth, blu-ray e nerd (essa chegou um pouco atrasada, não é mesmo?).
Pensando nisso, a equipe Tecmundo preparou um guia para matar a curiosidade daqueles que sempre se perguntam sobre a origem de vários termos ligados à computação. Começamos com alguns que todo mundo usa - ou pelo menos vê por aí - diariamente. Boa leitura!
Os bugs são mais antigos do que parecem
Esse é um termo que é muito mais associado a um mito do que propriamente à realidade. A história mais contada - a de que, em 1946, o programador Grace Hopper encontrou uma mariposa presa dentro do seu computador prejudicando o funcionamento da máquina - é, de fato, verídica.
Entretanto, a palavra já havia sido empregada quase 70 anos antes do episódio de Hopper. O multi-inventor Thomas Edison, aclamado pela lâmpada e o gramofone, relatou em seus diários sobre a presença de "bugs" em suas invenções. Os "bugs" nada mais eram do que pequenas falhas e dificuldades que apareciam nos aparelhos durante todo o processo de testes.
Geek: origem cosmopolita
Há quem diga que o geek é o nerd dos novos tempos. Enquanto estes eram mais relacionados à matemática, ficção científica e reclusão, os geeks são identificados pela maior sociabilidade e pela estética rica e própria (música, moda, comida etc.) - sem nunca se esquecer dos hábitos e interesses peculiares.
Em linhas gerais, o termo veio da evolução de uma salada de denominações em diversos idiomas. Segundo o pesquisador Lars Konzack - que também considera os geeks uma manifestação de contracultura -, a palavra apareceu pela primeira vez na língua inglesa em 1876, como um sinônimo para "fool" (bobo).
Outra vertente, do alemão arcaico, tem o verbo "geck" significando "zombar". Mas será o geek alguém bobo e que é zombado? Calma lá!
Posteriormente, a palavra foi usada para se referir a pessoas que realizavam exibições excêntricas, como comer insetos em público ou arrancar a cabeça de aves com a boca (isso faria de Ozzy Osbourne um geek no começo dos anos 80?).
Na língua holandesa e no africâner, a raiz etimológica de "gek" denota um indivíduo louco. Dessa forma, há duas analogias possíveis.
A primeira diz respeito à concepção de que um geek é alguém fora do comum perante a sociedade, enquanto a segunda pode correlacionar a ideia de comer insetos com o fato dos geeks acabarem com os "bugs" de computador.
Deu para entender? (Se a sua resposta foi negativa, você está precisando ser um pouquinho mais geek!).
Mouse: injustiça com os inventores
Que um mouse de computador parece um rato ninguém discorda. Mas quem foi o primeiro sujeito a ter esta brilhante constatação? O nosso gentil companheiro do dia a dia foi criado em 1965, por dois pesquisadores americanos, Douglas Engelbart e seu assistente Bill English.
Procurando um dispositivo de interação homem-máquina capaz de transferir os movimentos da mão para uma superfície com coordenadas X e Y, os inventores chegaram a uma caixa que continha uma espécie de roldana dentro. O detalhe que deu nome à criação foi o fio acoplado na parte traseira, já que ele se assemelhava a uma cauda de rato.
Ambos os inventores não ganharam e continuam não ganhando nenhum centavo pelos milhões de mouses comercializado mundo afora. Ah, se cada clique valesse um centavo...
Ctrl + Alt + Del = culpa do Bill Gates?
Quanto mais os computadores avançam, mais aumenta a esperança dos usuários de que as máquinas nunca mais vão travar. Se hoje temos sistemas cada vez mais estáveis e algumas pessoas ainda quebram a cabeça com falhas e lentidão, imagine como era a situação nos primórdios da computação.
David Bradley, programador da IBM na época, criou o atalho Ctrl + Alt + Del para facilitar a reinicialização da máquina, excluindo a necessidade de se apertar o botão liga/desliga. A princípio, o comando deveria ficar restrito a desenvolvedores, mas acabou sendo disseminado entre os usuários comuns.
O próprio Bradley aproveita para se livrar da culpa de aborrecer tanta gente, dizendo que ele dedicou apenas cinco minutos no trabalho de programação e que Bill Gates (mais precisamente o Windows) foi o responsável por transformar o atalho em um verdadeiro ícone pop relacionado a problemas no computador.
O spam e a lata de presunto
O spam também é mais velho do que parece. Embora você provavelmente tenha ouvido falar sobre ele em meados dos anos 90 - no momento em que sua caixa de email agonizava com mensagens inoportunas -, os spammers já agiam de má fé há tempos nos becos escuros da história da transmissão de dados.
Através do tataravô do Second Life, chamado de MUD (Multi-User Dungeons - imagine um RPG funcionando integralmente por mensagens de texto), alguns afobadinhos gostavam de repetir incessantemente a palavra "SPAM" para fazer os comentários de outros jogadores desaparecerem da tela.
E por que spam? A razão da escolha se deve a outro totem da cultura nerd: o seriado setentista Monty Python. Em um dos episódios, os personagens satirizam com vikings e falam sem parar a palavra "spam", cujo significado, na verdade, é atribuído a uma clássica marca americana de presunto apimentado.
Breve apanhado das redes sociais
Por terem sido criadas recentemente, as redes sociais têm a origem dos seus nomes mais disseminada entre os usuários. O Orkut, por exemplo, foi batizado pelo primeiro nome do seu criador, o engenheiro turco Orkut Büyükkokten.
"Facebook" é o nome de um livreto que estudantes recém-chegados na universidade recebem para conhecer melhor os colegas. Assim sendo, a primeira tacada da maior rede social ativa do mundo foi a de ser uma mera agenda online para identificação e comunicação de universitários.
O Twitter também segue uma receita bem concreta, a partir do ditado "um passarinho me contou". Em inglês, o verbo "tweet" quer dizer "piar". Isso mesmo, o pio dos passarinhos.
Nada mais pertinente para um sistema de mensagens rápidas e curtas que interligam milhões de pessoas.
Apesar da maioria dos termos não ser originária do português, alguns já nos são tão íntimos que até nos esquecemos disso. Chamar "touch screen" de "tela de toque" fica meio démodé, não fica? E de que outra forma você poderia chamar um "link".
O mito da energia abundante
Previsões que apostam em acelerada substituição das fontes fósseis estão equivocadas. O decisivo mudar padrões de produção e consumo
É preciso cuidado com a principal conclusão do relatório lançado pelo IPCC em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, na segunda semana de maio: a energia renovável poderá mover a economia mundial já em 2050 [1]. É bem verdade que, mesmo antes da divulgação do estudo completo (que só estaria disponível no início de junho de 2011 e tem mais de mil páginas), as informações do sumário para os gestores públicos são impactantes.
Quarenta e sete por cento do aumento na capacidade de geração de energia elétrica no mundo, em 2008 e 2009, vieram de fontes não fósseis. Os países em desenvolvimento respondem por mais da metade dessa elevação. Em 2009, a energia eólica expandiu-se 32% e a originária de células fotovoltaicas 53%, com relação ao ano anterior. A participação dos biocombustíveis na matriz energética mundial dos transportes cresceu de 2% para 3% entre 2008 e 2009. Também se ampliaram de maneira considerável as energias renováveis descentralizadas, sobretudo em regiões rurais. A curva de aprendizagem das energias renováveis tem levado à redução em seus preços: o silicone presente nas células fotovoltaicas caiu de US$ 65 em 1976 para US$ 1,4 em 2010. O custo da produção elétrica eólica nos Estados Unidos caiu de US$ 4,3 por watt em 1984 para US$ 1,9 em 2009.
Mas a mensagem central do relatório só pode inspirar precaução: “O potencial técnico global das fontes de energias renováveis não limitará o crescimento continuado de seu uso” (página 7 do resumo para gestores públicos). Os estudos compilados pelo IPCC indicam que a oferta dessas fontes poderia ser maior que a demanda de energia derivada da expansão econômica mundial. As promessas estão na energia solar, seguida pela biomassa, pela eólica e pela geotérmica. Em 2050, nada menos que 80% da energia da qual depende o planeta poderia vir de fontes não fósseis.
Infelizmente, porém, não é esta a leitura mais realista que se pode fazer das próprias informações do trabalho do IPCC. Primeiramente, deve-se lembrar que o ponto de partida das energias renováveis é muito baixo. A cifra de quase 13% da matriz mundial corresponde, na verdade, em sua maioria, à biomassa para cozinha e, em menor proporção, para aquecimento, em países muito pobres. As energias mais promissoras partem de um patamar quase irrisório: 0,1% para a solar, 0,1% para a geotérmica, 0,2% para a eólica e 2,3% para as hidrelétricas, cujos limites de crescimento são conhecidos. Quanto às bioenergias modernas, até aqui, somente o etanol de cana-de-açúcar oferece eficiência energética e econômica, apesar do otimismo que cerca o etanol celulósico.
Esta é a razão pela qual, longe da convergência em torno de uma suposta emancipação das energias renováveis em 2050, anunciada com certo alarde na imprensa mundial, os cenários estudados pelo IPCC são, na verdade, bem menos otimistas. Mais da metade deles considera que, em 2030, as energias renováveis serão 17% do total, chegando a 27% em 2050. Apenas alguns poucos cenários apontam para a perspectiva de 43% em 2030 e 77% em 2050.
Apesar das óbvias vantagens e dos imensos potenciais técnicos das energias renováveis, a transição para uma sociedade quase independente de combustíveis fósseis não será levada adiante em algumas poucas décadas. Excesso de otimismo, nesse caso, pode desviar a atenção de duas questões decisivas.
A primeira refere-se à urgência de uma utilização mais racional e, sobretudo, mais parcimoniosa da energia e dos materiais de que depende a economia mundial. O avanço das energias renováveis não pode estimular o mito de um mundo em que os limites dos ecossistemas deixam de existir em virtude da menor dependência com relação a petróleo, carvão e gás.
A segunda consiste em reduzir drasticamente a desigualdade no uso da energia, o que supõe mudanças fundamentais nos próprios padrões de consumo das sociedades contemporâneas: o consumo per capita de energia nos Estados Unidos, por exemplo, é mais de 15 vezes superior ao da Índia. No planejamento da descarbonização da economia mundial, o avanço das energias renováveis é tão importante quanto a redução desse vergonhoso abismo.
É preciso cuidado com a principal conclusão do relatório lançado pelo IPCC em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, na segunda semana de maio: a energia renovável poderá mover a economia mundial já em 2050 [1]. É bem verdade que, mesmo antes da divulgação do estudo completo (que só estaria disponível no início de junho de 2011 e tem mais de mil páginas), as informações do sumário para os gestores públicos são impactantes.
Quarenta e sete por cento do aumento na capacidade de geração de energia elétrica no mundo, em 2008 e 2009, vieram de fontes não fósseis. Os países em desenvolvimento respondem por mais da metade dessa elevação. Em 2009, a energia eólica expandiu-se 32% e a originária de células fotovoltaicas 53%, com relação ao ano anterior. A participação dos biocombustíveis na matriz energética mundial dos transportes cresceu de 2% para 3% entre 2008 e 2009. Também se ampliaram de maneira considerável as energias renováveis descentralizadas, sobretudo em regiões rurais. A curva de aprendizagem das energias renováveis tem levado à redução em seus preços: o silicone presente nas células fotovoltaicas caiu de US$ 65 em 1976 para US$ 1,4 em 2010. O custo da produção elétrica eólica nos Estados Unidos caiu de US$ 4,3 por watt em 1984 para US$ 1,9 em 2009.
Mas a mensagem central do relatório só pode inspirar precaução: “O potencial técnico global das fontes de energias renováveis não limitará o crescimento continuado de seu uso” (página 7 do resumo para gestores públicos). Os estudos compilados pelo IPCC indicam que a oferta dessas fontes poderia ser maior que a demanda de energia derivada da expansão econômica mundial. As promessas estão na energia solar, seguida pela biomassa, pela eólica e pela geotérmica. Em 2050, nada menos que 80% da energia da qual depende o planeta poderia vir de fontes não fósseis.
Infelizmente, porém, não é esta a leitura mais realista que se pode fazer das próprias informações do trabalho do IPCC. Primeiramente, deve-se lembrar que o ponto de partida das energias renováveis é muito baixo. A cifra de quase 13% da matriz mundial corresponde, na verdade, em sua maioria, à biomassa para cozinha e, em menor proporção, para aquecimento, em países muito pobres. As energias mais promissoras partem de um patamar quase irrisório: 0,1% para a solar, 0,1% para a geotérmica, 0,2% para a eólica e 2,3% para as hidrelétricas, cujos limites de crescimento são conhecidos. Quanto às bioenergias modernas, até aqui, somente o etanol de cana-de-açúcar oferece eficiência energética e econômica, apesar do otimismo que cerca o etanol celulósico.
Esta é a razão pela qual, longe da convergência em torno de uma suposta emancipação das energias renováveis em 2050, anunciada com certo alarde na imprensa mundial, os cenários estudados pelo IPCC são, na verdade, bem menos otimistas. Mais da metade deles considera que, em 2030, as energias renováveis serão 17% do total, chegando a 27% em 2050. Apenas alguns poucos cenários apontam para a perspectiva de 43% em 2030 e 77% em 2050.
Apesar das óbvias vantagens e dos imensos potenciais técnicos das energias renováveis, a transição para uma sociedade quase independente de combustíveis fósseis não será levada adiante em algumas poucas décadas. Excesso de otimismo, nesse caso, pode desviar a atenção de duas questões decisivas.
A primeira refere-se à urgência de uma utilização mais racional e, sobretudo, mais parcimoniosa da energia e dos materiais de que depende a economia mundial. O avanço das energias renováveis não pode estimular o mito de um mundo em que os limites dos ecossistemas deixam de existir em virtude da menor dependência com relação a petróleo, carvão e gás.
A segunda consiste em reduzir drasticamente a desigualdade no uso da energia, o que supõe mudanças fundamentais nos próprios padrões de consumo das sociedades contemporâneas: o consumo per capita de energia nos Estados Unidos, por exemplo, é mais de 15 vezes superior ao da Índia. No planejamento da descarbonização da economia mundial, o avanço das energias renováveis é tão importante quanto a redução desse vergonhoso abismo.
O Governo de Timor-Leste quer que ONU e União Europeia comuniquem em Português e Tétum
O Governo de Timor-Leste aprovou uma resolução em que apela à ONU e à União Europeia para utilizarem o Português e o Tétum nas suas comunicações institucionais no país, anunciou hoje fonte oficial.
Díli, 16 jun (Lusa) -- "Tendo em conta que Timor-Leste adotou as Línguas Tétum e Portuguesa como línguas oficiais, e que se verificam dificuldades de comunicação com organizações internacionais a trabalhar no país, devido ao uso de línguas não oficiais, o Conselho de Ministros apela às organizações e agências internacionais, designadamente às Nações Unidas e à União Europeia, que promovam, de imediato e por todos os meios, o uso sistemático das línguas oficiais de Timor-Leste", lê-se na resolução aprovada em Conselho de Ministros na quarta-feira.
O Governo decidiu ainda promover a realização de cursos de aprendizagem da Língua Tétum, destinados aos consultores e assessores internacionais, nas mais diversas instituições do Estado, em consonância com os objetivos da resolução.
O comunicado final da reunião do Conselho de Ministros salienta que "a língua é um fator essencial para a construção da identidade da nação, para a afirmação das instituições do Estado, e elemento decisivo para o reforço da coesão e da unidade nacional".
"A utilização normalizada da língua permite, não só uma comunicação fluida e sem equívocos entre Instituições do Estado timorense, como também com as organizações internacionais que desenvolvem trabalho de apoio ao desenvolvimento no país", justifica.
A resolução do Governo segue-se a uma medida idêntica aprovada pelo Parlamento Nacional, em que se sublinha que a ONU e a União Europeia "usam e trabalham em Língua Portuguesa em países como Angola, Moçambique, Brasil e outros", pelo que os deputados recomendam "o uso sistemático das línguas oficiais de Timor-Leste, por parte dessas instituições".
Na resolução aprovada apenas com dois votos contra e uma abstenção, o Parlamento timorense exorta as Nações Unidas e a União Europeia a que "tomem as medidas necessárias para, num prazo máximo de seis meses, a documentação técnica ser elaborada em Português e Tétum" e nos seus projetos em Timor-Leste incluam "interlocutores que se exprimam em Língua Portuguesa" e promovam o conhecimento da Língua Tétum como fator preferencial de recrutamento.
O Governo decidiu ainda promover a realização de cursos de aprendizagem da Língua Tétum, destinados aos consultores e assessores internacionais, nas mais diversas instituições do Estado, em consonância com os objetivos da resolução.
O comunicado final da reunião do Conselho de Ministros salienta que "a língua é um fator essencial para a construção da identidade da nação, para a afirmação das instituições do Estado, e elemento decisivo para o reforço da coesão e da unidade nacional".
"A utilização normalizada da língua permite, não só uma comunicação fluida e sem equívocos entre Instituições do Estado timorense, como também com as organizações internacionais que desenvolvem trabalho de apoio ao desenvolvimento no país", justifica.
A resolução do Governo segue-se a uma medida idêntica aprovada pelo Parlamento Nacional, em que se sublinha que a ONU e a União Europeia "usam e trabalham em Língua Portuguesa em países como Angola, Moçambique, Brasil e outros", pelo que os deputados recomendam "o uso sistemático das línguas oficiais de Timor-Leste, por parte dessas instituições".
Na resolução aprovada apenas com dois votos contra e uma abstenção, o Parlamento timorense exorta as Nações Unidas e a União Europeia a que "tomem as medidas necessárias para, num prazo máximo de seis meses, a documentação técnica ser elaborada em Português e Tétum" e nos seus projetos em Timor-Leste incluam "interlocutores que se exprimam em Língua Portuguesa" e promovam o conhecimento da Língua Tétum como fator preferencial de recrutamento.
“Recife frio”: imaginativo e renovador
Talvez se possa dizer que filme de Kleber Mondonça representará, para cinema brasileiro, algo como “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado
Um dos melhores filmes brasileiros dos últimos tempos é um curta-metragem: Recife frio, de Kleber Mendonça Filho, que ganhou recentemente o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em sua categoria.
Recife frio é a prova cabal de que engenho e arte são o principal “valor de produção” de um filme. Com baixo orçamento e alta imaginação, Kleber Mendonça parte de uma ideia engenhosa – a mudança radical do clima do Recife, possivelmente motivada pela queda de um meteorito – para construir uma obra de contundente crítica social e cultural e, ao mesmo tempo, de reflexão sobre a imagem e suas manipulações.
Sob a forma de uma falsa reportagem especial da televisão argentina, o filme dá rédea solta à especulação, virando do avesso a capital pernambucana e sua inserção no imaginário mundial. No processo, revela de um ângulo inusitado as fraturas sociais e arestas culturais, retirando-as do lugar de “paisagem natural” (e, no limite, invisível) em que se encontram. Kleber Mendonça distorce a cidade para mostrá-la melhor.
Tudo isso com um uso sagaz dos poucos recursos à disposição, com uma confiança profunda nas potencialidades da linguagem cinematográfica e na capacidade imaginativa do espectador. O melhor efeito especial, o filme nos mostra, ainda é a capacidade humana de fantasiar, fabular, inventar.
Faltou dizer que o curta é divertidíssimo, cheio de sacadas brilhantes, como a da transmutação do quarto da empregada (esse hediondo avatar da velha senzala) no cômodo mais disputado do apartamento à beira-mar. Ou a do artesão ceramista que passa a moldar figurinhas agasalhadas diante da lareira, em vez dos tradicionais cangaceiros ou sertanejos montados em jegues.
Talvez não seja exagero dizer que Recife frio está para o cinema brasileiro atual como Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado, está para o cinema brasileiro do final do século passado. Ambos são falsos documentários que transcendem os limites do curta, abrem caminhos, iluminam toda uma cinematografia.
O filme está no youtube, dividido em duas partes.
Um dos melhores filmes brasileiros dos últimos tempos é um curta-metragem: Recife frio, de Kleber Mendonça Filho, que ganhou recentemente o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em sua categoria.
Recife frio é a prova cabal de que engenho e arte são o principal “valor de produção” de um filme. Com baixo orçamento e alta imaginação, Kleber Mendonça parte de uma ideia engenhosa – a mudança radical do clima do Recife, possivelmente motivada pela queda de um meteorito – para construir uma obra de contundente crítica social e cultural e, ao mesmo tempo, de reflexão sobre a imagem e suas manipulações.
Sob a forma de uma falsa reportagem especial da televisão argentina, o filme dá rédea solta à especulação, virando do avesso a capital pernambucana e sua inserção no imaginário mundial. No processo, revela de um ângulo inusitado as fraturas sociais e arestas culturais, retirando-as do lugar de “paisagem natural” (e, no limite, invisível) em que se encontram. Kleber Mendonça distorce a cidade para mostrá-la melhor.
Tudo isso com um uso sagaz dos poucos recursos à disposição, com uma confiança profunda nas potencialidades da linguagem cinematográfica e na capacidade imaginativa do espectador. O melhor efeito especial, o filme nos mostra, ainda é a capacidade humana de fantasiar, fabular, inventar.
Faltou dizer que o curta é divertidíssimo, cheio de sacadas brilhantes, como a da transmutação do quarto da empregada (esse hediondo avatar da velha senzala) no cômodo mais disputado do apartamento à beira-mar. Ou a do artesão ceramista que passa a moldar figurinhas agasalhadas diante da lareira, em vez dos tradicionais cangaceiros ou sertanejos montados em jegues.
Talvez não seja exagero dizer que Recife frio está para o cinema brasileiro atual como Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado, está para o cinema brasileiro do final do século passado. Ambos são falsos documentários que transcendem os limites do curta, abrem caminhos, iluminam toda uma cinematografia.
O filme está no youtube, dividido em duas partes.
PTB admite punir deputados que votaram na polêmica PEC da reeleição
José Humberto avisa que assunto será discutido em julho, em reunião da executiva estadual
O deputado estadual e secretário-geral do PTB de Pernambuco, José Humberto Cavalcanti admitiu que deverá haver punição aos três "infiéis" da bancada do partido que votaram a favor da PEC da reeleição (nº 01/2011), aprovada segunda-feira (20) no plenário da Assembleia Legislativa. Contrariando notificação do partido, que fechou questão contra a reeleição para os cargos da mesa diretora, os deputados Clodoaldo Magalhães, Everaldo Cabral e Francismar Pontes cometeram infidelidade e ajudaram a aprovar a matéria. O secretário afirmou ser importante em uma organização partidária representativa o respeito à disciplina e hierarquia.
“Não deixa de ser uma indisciplina. Pode ter advertência formal ou verbal. O PTB vai avaliar o que fazer e como fazer. Vai ser um momento de reflexão”, ressaltou José Humberto, referindo-se também à reunião da executiva estadual, que acontecerá em julho - data ainda indefinida - para analisar a divisão da bancada e a insubordinação dos deputados contra uma decisão partidária.
Ligado ao presidente estadual e senador Armando Monteiro Neto, que assinou a notificação de fechamento de questão - juntamente com o líder na Assembleia, Izaías Régis -, o deputado José Humberto ressalvou que o episódio “é uma questão interna do partido”, sinalizando que a questão será tratada com precaução. O petebista lembrou que, no estatuto do PTB, está previsto que o fechamento de questão pode ocorrer tanto por decisão de reunião da executiva quanto por ato unilateral do presidente ou do líder de bancada.
“Não houve tempo para se convocar uma reunião, por isso, a decisão foi tomada por ambos”, justificou, respondendo ao questionamento dos infiéis, que se irritaram com a notificação. Na carta, está destacado que o artigo 113 do estatuto prevê a aplicação de punição disciplinar para descumprimento de decisão partidária, como o fechamento de questão. O PTB orientou que “toda a bancada” votasse “contrariamente à aprovação do texto da referida proposição (a PEC da reeleição), assim como de qualquer dos seus substitutivos ou emendas legislativas”.
José Humberto explicou que o objetivo da carta-notificação foi o de “dar suporte aos indecisos ou contrários à posição do PTB”, dando também “respaldo” ao voto contra a emenda da reeleição. “Terminou não surtindo efeito, mas saímos com uma posição de destaque em comparação com os demais partidos da Casa”.
Ele também informou que no início de julho será realizada uma reunião da bancada com o presidente estadual petebista, o senador Armando Monteiro Neto, para avaliar a postura do partido no episódio. Neste encontro de julho, deve ser definido qual será o enquadramento dos petebistas infiéis. Armando, por enquanto, prefere não falar sobre o assunto.
O deputado estadual e secretário-geral do PTB de Pernambuco, José Humberto Cavalcanti admitiu que deverá haver punição aos três "infiéis" da bancada do partido que votaram a favor da PEC da reeleição (nº 01/2011), aprovada segunda-feira (20) no plenário da Assembleia Legislativa. Contrariando notificação do partido, que fechou questão contra a reeleição para os cargos da mesa diretora, os deputados Clodoaldo Magalhães, Everaldo Cabral e Francismar Pontes cometeram infidelidade e ajudaram a aprovar a matéria. O secretário afirmou ser importante em uma organização partidária representativa o respeito à disciplina e hierarquia.
“Não deixa de ser uma indisciplina. Pode ter advertência formal ou verbal. O PTB vai avaliar o que fazer e como fazer. Vai ser um momento de reflexão”, ressaltou José Humberto, referindo-se também à reunião da executiva estadual, que acontecerá em julho - data ainda indefinida - para analisar a divisão da bancada e a insubordinação dos deputados contra uma decisão partidária.
Ligado ao presidente estadual e senador Armando Monteiro Neto, que assinou a notificação de fechamento de questão - juntamente com o líder na Assembleia, Izaías Régis -, o deputado José Humberto ressalvou que o episódio “é uma questão interna do partido”, sinalizando que a questão será tratada com precaução. O petebista lembrou que, no estatuto do PTB, está previsto que o fechamento de questão pode ocorrer tanto por decisão de reunião da executiva quanto por ato unilateral do presidente ou do líder de bancada.
“Não houve tempo para se convocar uma reunião, por isso, a decisão foi tomada por ambos”, justificou, respondendo ao questionamento dos infiéis, que se irritaram com a notificação. Na carta, está destacado que o artigo 113 do estatuto prevê a aplicação de punição disciplinar para descumprimento de decisão partidária, como o fechamento de questão. O PTB orientou que “toda a bancada” votasse “contrariamente à aprovação do texto da referida proposição (a PEC da reeleição), assim como de qualquer dos seus substitutivos ou emendas legislativas”.
José Humberto explicou que o objetivo da carta-notificação foi o de “dar suporte aos indecisos ou contrários à posição do PTB”, dando também “respaldo” ao voto contra a emenda da reeleição. “Terminou não surtindo efeito, mas saímos com uma posição de destaque em comparação com os demais partidos da Casa”.
Ele também informou que no início de julho será realizada uma reunião da bancada com o presidente estadual petebista, o senador Armando Monteiro Neto, para avaliar a postura do partido no episódio. Neste encontro de julho, deve ser definido qual será o enquadramento dos petebistas infiéis. Armando, por enquanto, prefere não falar sobre o assunto.
MEC divulga primeira chamada do Sisu
Cerca de 450 mil se candidataram para disputar uma das 26 mil vagas ofertadas em 48 instituições públicas de ensino superior
BRASÍLIA - O Ministério da Educação (MEC) divulga nesta quarta (22) a lista dos aprovados em primeira chamada pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Cerca de 450 mil se candidataram para disputar uma das 26 mil vagas ofertadas em 48 instituições públicas de ensino superior.
Os aprovados terão os dias 27 e 28 deste mês para fazer a matrícula nas instituições de ensino. Os estudantes puderam escolher até duas opções de curso, elegendo sua prioridade. Caso o participante tenha conseguido uma vaga no curso marcado como segunda opção, poderá permanecer no sistema e esperar pela segunda chamada. Os selecionados para a primeira opção perdem a vaga se não fizerem a matrícula.
No dia 2 de julho, o MEC divulga a segunda chamada, com prazo de matrícula nos dias 5 e 6 de julho. Após esse período, o sistema gera uma lista de espera que fica disponível para as instituições selecionarem candidatos para as vagas remanescentes. Podem entrar na lista os estudantes que não foram selecionados (em nenhuma das opções escolhidas) nas duas primeiras chamadas. Os interessados deverão fazer essa opção no próprio sistema, entre os dias 2 e 7 de julho.
A lista dos aprovados pode ser consultada no site do MEC. Os estudantes também poderão consultar o resultado da seleção pelo telefone 0800 61 61 61. Criado pelo MEC no ano passado, o Sisu unifica a oferta de vagas em instituições públicas de ensino superior.
BRASÍLIA - O Ministério da Educação (MEC) divulga nesta quarta (22) a lista dos aprovados em primeira chamada pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Cerca de 450 mil se candidataram para disputar uma das 26 mil vagas ofertadas em 48 instituições públicas de ensino superior.
Os aprovados terão os dias 27 e 28 deste mês para fazer a matrícula nas instituições de ensino. Os estudantes puderam escolher até duas opções de curso, elegendo sua prioridade. Caso o participante tenha conseguido uma vaga no curso marcado como segunda opção, poderá permanecer no sistema e esperar pela segunda chamada. Os selecionados para a primeira opção perdem a vaga se não fizerem a matrícula.
No dia 2 de julho, o MEC divulga a segunda chamada, com prazo de matrícula nos dias 5 e 6 de julho. Após esse período, o sistema gera uma lista de espera que fica disponível para as instituições selecionarem candidatos para as vagas remanescentes. Podem entrar na lista os estudantes que não foram selecionados (em nenhuma das opções escolhidas) nas duas primeiras chamadas. Os interessados deverão fazer essa opção no próprio sistema, entre os dias 2 e 7 de julho.
A lista dos aprovados pode ser consultada no site do MEC. Os estudantes também poderão consultar o resultado da seleção pelo telefone 0800 61 61 61. Criado pelo MEC no ano passado, o Sisu unifica a oferta de vagas em instituições públicas de ensino superior.
Trânsito complicado na BR-232 neste início de feriadão
Obras de recapeamento na via dificultam ainda mais o tráfego
O trânsito na BR-232, principal via de acesso ao interior do Estado, já está bastante complicado na manhã desta quarta-feira (22), início de feriadão. A lentidão no tráfego vai desde a Avenida Abdias de Carvalho até as proximidades do bairro do Curado.
O congestionamento é bastante intenso não apenas pelo grande números de motoristas que decidiram antecipar a viagem, mas também pela operação de recapeamente na via, em plena antevéspera de feriado. São várias máquinas e homens trabalhando na rodovia, dificultando ainda mais o tráfego na área.
Em matéria publicada na edição desta quarta (22) do Jornal do Commercio, o Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE) afirmou que os serviços de manutenção são permanentes e começaram na Semana Santa.
Trecho da reportagem do JC:
No sentido Recife-Caruaru, também é possível encontrar buracos no quilômetro 43, no acesso à BR-232 para quem sai do Centro de Vitória. Entre as placas de concreto da pista e o asfalto do acostamento há mais de dez buracos, que deixam a via local da rodovia praticamente intransitável.
Depois do polo gastronômico do distrito de Encruzilhada de São João, em Bezerros, na mesma região, a BR-232 também está passando por manutenção, com máquinas e homens na pista. Na maior parte da rodovia, entretanto, o canteiro central e os acostamentos já estão limpos, principalmente no sentido Recife-Caruaru.
Na chegada a Caruaru, o ideal é evitar a BR-104, que está em obras de duplicação. Para isso, basta pegar o primeiro acesso, no sentido Recife-Caruaru (ideal para quem vai ao North Shopping Caruaru ou à Cohab 3), ou a segunda entrada, que leva ao Centro e aos principais bairros da cidade.
No terceiro acesso, o motorista vai encontrar congestionamento no trecho urbano do município, por causa das obras da BR-104, que leva a cidades como Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. Apesar de a pista local ter sido recapeada recentemente, cobrindo a maior parte dos buracos, o trânsito ainda é complicado na área que corta Caruaru.
São desvios e trechos em via única, em mão dupla, em que a velocidade máxima é de 40 quilômetros por hora. A travessia exige paciência e a dica é respeitar a sinalização. A situação só melhora na saída da cidade, logo depois da casa de shows Palladium. A partir dali, a BR-104 já está duplicada até o entroncamento que leva ao município de Brejo da Madre de Deus.
O trânsito na BR-232, principal via de acesso ao interior do Estado, já está bastante complicado na manhã desta quarta-feira (22), início de feriadão. A lentidão no tráfego vai desde a Avenida Abdias de Carvalho até as proximidades do bairro do Curado.
O congestionamento é bastante intenso não apenas pelo grande números de motoristas que decidiram antecipar a viagem, mas também pela operação de recapeamente na via, em plena antevéspera de feriado. São várias máquinas e homens trabalhando na rodovia, dificultando ainda mais o tráfego na área.
Em matéria publicada na edição desta quarta (22) do Jornal do Commercio, o Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE) afirmou que os serviços de manutenção são permanentes e começaram na Semana Santa.
Trecho da reportagem do JC:
No sentido Recife-Caruaru, também é possível encontrar buracos no quilômetro 43, no acesso à BR-232 para quem sai do Centro de Vitória. Entre as placas de concreto da pista e o asfalto do acostamento há mais de dez buracos, que deixam a via local da rodovia praticamente intransitável.
Depois do polo gastronômico do distrito de Encruzilhada de São João, em Bezerros, na mesma região, a BR-232 também está passando por manutenção, com máquinas e homens na pista. Na maior parte da rodovia, entretanto, o canteiro central e os acostamentos já estão limpos, principalmente no sentido Recife-Caruaru.
Na chegada a Caruaru, o ideal é evitar a BR-104, que está em obras de duplicação. Para isso, basta pegar o primeiro acesso, no sentido Recife-Caruaru (ideal para quem vai ao North Shopping Caruaru ou à Cohab 3), ou a segunda entrada, que leva ao Centro e aos principais bairros da cidade.
No terceiro acesso, o motorista vai encontrar congestionamento no trecho urbano do município, por causa das obras da BR-104, que leva a cidades como Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. Apesar de a pista local ter sido recapeada recentemente, cobrindo a maior parte dos buracos, o trânsito ainda é complicado na área que corta Caruaru.
São desvios e trechos em via única, em mão dupla, em que a velocidade máxima é de 40 quilômetros por hora. A travessia exige paciência e a dica é respeitar a sinalização. A situação só melhora na saída da cidade, logo depois da casa de shows Palladium. A partir dali, a BR-104 já está duplicada até o entroncamento que leva ao município de Brejo da Madre de Deus.
Esquema nas estradas para garantir feriadão seguro
Algumas lombadas eletrônicas serão desativadas nas rodovias estaduaais e federais mais movimentadas
Motoristas que se preparam para viajar neste feriadão junino - seja rumo ao interior ou litoral - devem ficar atentos a algumas mudanças no trânsito das rodovias estaduais de Pernambuco, bem como às mudanças nas rodovias federais BR-232 e BR-101, que cortam o Estado.
Desde às 22h da última terça (21), estão desligadas as lombadas eletrônicas da PE-060, em Ipojuca; PE-027, em Aldeia; PE-035 ,em Itapissuma; BR-232, no bairro do Curado e nos municípios de Moreno, Bonança, Pombos e Bezerros - com excessão dos equipamentos localizados na Serra das Russas. De acordo com o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), os equipamentos serão religados na segunda-feira, dia 27, às 5h.
Já as lombadas eletrônicas localizadas entre os quilômetros 49 e 52 da BR-101, proximidades de Abreu e Lima (sentido Recife-Igarassu), serão desativadas a partir das 14h desta quarta (22) e religadas às 22h da quinta (23),de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit). Para o retorno do feriadão, os equipamentos do sentido Igarassu-Recife vão ser desligados das 14h às 22h do domingo (26). A Polícia Rodoviária Federal estará na área auxiliando a travessia de pedestres da região.
O alerta é importante porque alguns motoristas desaceleram nas áreas onde existem as lombadas, contribuindo para a ocorrência de retenções, em especial nos trechos com maior fluxo, como é o caso da saída da BR 232, no Recife.
RECIFE - A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) também organizou um esquema de monitoramento e bloqueios nos principais polos de animação da cidade.
A partir das 19h desta quarta-feira (22), as vias ao redor do Sítio da Trindade, na Zona Norte da cidade, serão bloqueadas e monitoradas até a sexta-feria (24). Nos dias 25 e 26 (sábado e domingo), os agentes estarão em atividade mais cedo, a partir das 15h. Já no dia 29, o efetivo estará controlando o trânsito desde as 19h.
No pólo Central do Recife, Pátio de São Pedro, a intervenção também começa nesta quarta (22) seguindo até o dia 25 e também no dia 29, os agentes da Companhia irão efetuar o monitoramento das vias próximas ao Pátio a partir das 19h, podendo haver bloqueios no caso da presença de grande número de pessoas e veículos.
As vias próximas ao pólo da Rua Tomazina, no Recife Antigo, devem receber bloqueio e monitoramento a partir das 22h desta quarta (22) até o dia o sábado (25). Já na Praça do Arsenal, também no bairro do Recife, as ações devem acontecer a partir das 19h e no domingo, dia 26, a partir das 15h.
Nas proximidades do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, Zona Sul da cidade, as intervenções devem ser feitas a partir das 18h desta sexta (24) até o dia 26 e também no dia 29. Na Colônia Z1, na comunidade de Brasília Teimosa, no Pina, também na Zona Sul, as vias próximas à colônia de pescadores serão bloqueadas e monitoradas a partir das 15h apenas no dia 29.
Motoristas que se preparam para viajar neste feriadão junino - seja rumo ao interior ou litoral - devem ficar atentos a algumas mudanças no trânsito das rodovias estaduais de Pernambuco, bem como às mudanças nas rodovias federais BR-232 e BR-101, que cortam o Estado.
Desde às 22h da última terça (21), estão desligadas as lombadas eletrônicas da PE-060, em Ipojuca; PE-027, em Aldeia; PE-035 ,em Itapissuma; BR-232, no bairro do Curado e nos municípios de Moreno, Bonança, Pombos e Bezerros - com excessão dos equipamentos localizados na Serra das Russas. De acordo com o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), os equipamentos serão religados na segunda-feira, dia 27, às 5h.
Já as lombadas eletrônicas localizadas entre os quilômetros 49 e 52 da BR-101, proximidades de Abreu e Lima (sentido Recife-Igarassu), serão desativadas a partir das 14h desta quarta (22) e religadas às 22h da quinta (23),de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit). Para o retorno do feriadão, os equipamentos do sentido Igarassu-Recife vão ser desligados das 14h às 22h do domingo (26). A Polícia Rodoviária Federal estará na área auxiliando a travessia de pedestres da região.
O alerta é importante porque alguns motoristas desaceleram nas áreas onde existem as lombadas, contribuindo para a ocorrência de retenções, em especial nos trechos com maior fluxo, como é o caso da saída da BR 232, no Recife.
RECIFE - A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) também organizou um esquema de monitoramento e bloqueios nos principais polos de animação da cidade.
A partir das 19h desta quarta-feira (22), as vias ao redor do Sítio da Trindade, na Zona Norte da cidade, serão bloqueadas e monitoradas até a sexta-feria (24). Nos dias 25 e 26 (sábado e domingo), os agentes estarão em atividade mais cedo, a partir das 15h. Já no dia 29, o efetivo estará controlando o trânsito desde as 19h.
No pólo Central do Recife, Pátio de São Pedro, a intervenção também começa nesta quarta (22) seguindo até o dia 25 e também no dia 29, os agentes da Companhia irão efetuar o monitoramento das vias próximas ao Pátio a partir das 19h, podendo haver bloqueios no caso da presença de grande número de pessoas e veículos.
As vias próximas ao pólo da Rua Tomazina, no Recife Antigo, devem receber bloqueio e monitoramento a partir das 22h desta quarta (22) até o dia o sábado (25). Já na Praça do Arsenal, também no bairro do Recife, as ações devem acontecer a partir das 19h e no domingo, dia 26, a partir das 15h.
Nas proximidades do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, Zona Sul da cidade, as intervenções devem ser feitas a partir das 18h desta sexta (24) até o dia 26 e também no dia 29. Na Colônia Z1, na comunidade de Brasília Teimosa, no Pina, também na Zona Sul, as vias próximas à colônia de pescadores serão bloqueadas e monitoradas a partir das 15h apenas no dia 29.
Literatura elétrica
Criador de revista literária americana que circula em formato impresso, ebook, iPad, iPhone e PDF por e-mail fala sobre o futuro dos livros
RIO - O manifesto "Literatura, plugada", publicado ano passado na revista "Publishers Weekly", referência do mercado editorial americano, começava no tom apocalíptico que domina as discussões atuais sobre o futuro dos livros: "Era uma vez um fazendeiro chamado Noé, que percebeu um mudança assustadora de clima..." Diante das transformações iminentes trazidas pelas tecnologias digitais, que arca seria capaz de salvar o meio literário da extinção?, perguntavam-se os autores do texto, os jovens americanos Andy Hunter e Scott Lindenbaum. Recém-saídos da faculdade, onde editavam uma revista literária, eles apresentavam no manifesto uma ideia mais prática e menos grandiloquente ("uma jangada"), a partir de sua experiência com o então recém-criado projeto "Electric Literature".
CAMPEÃO DE VENDAS: 'A Terra Desolada' em versão para ler, ouvir, assistir e arrastar
Revista de contos trimestral que circula em diversos formatos (impresso, ebook para Kindle, aplicativo de iPad e iPhone, arquivo PDF por e-mail), a "Electric Literature" será apresentada por Lindenbaum no debate "Novos espaços para a literatura", parte da série Oi Cabeça, que acontece nesta quarta-feira, às 19h30m, no Oi Futuro Flamengo, com entrada franca. Participam do debate o editor Paulo Werneck, do caderno Ilustríssima da "Folha de S. Paulo", o jornalista e escritor Sergio Rodrigues, que mantém o blog literário Todoprosa , e o editor Carlo Carrenho, do boletim "Publishnews", sobre o mercado editorial brasileiro.
Em entrevista ao GLOBO por telefone, de Nova York, Lindenbaum explica as bases da "jangada" que construiu com Hunter. Criada em 2009, a "Electric Literature" procura usar as novas tecnologias para solucionar as duas maiores dificuldades desse tipo de publicação: a distribuição e a remuneração dos autores.
- Publicamos em todos os formatos viáveis, porque acreditamos que hoje não faz sentido impor às pessoas uma forma de ler. Amo os livros, e ainda faço a maior parte de minhas leituras na poltrona com um deles, mas quando estou no trem quero poder ler no meu telefone. Queremos chegar aos leitores onde eles estiverem - diz Lindenbaum.
Atualmente na quinta edição, a "Electric Literature" traz cinco contos por número e já publicou autores contemporâneos importantes, como os americanos Michael Cunningham, Rick Moody e Lydia Davis, e o espanhol Javier Marías, entre outros. O segredo da distinta lista de colaboradores, além da persistência (Hunter dirigiu seis horas para convencer pessoalmente Jim Shepard a participar do número de estreia), é o pagamento generoso de US$ 1.000 por conto. A revista garante esse valor economizando em impressão e distribuição, calcula Lindenbaum.
Com circulação média de 8 mil exemplares por edição, a revista vende no site Electricliterature.com edições em papel por US$ 10, num esquema de impressão sob demanda que permite tiragens menores e mais baratas, e edições digitais por US$ 5 (disponíveis também em Kindle, tablets e smartphones). Oferecidos em várias plataformas, os contos só não estão disponíveis no próprio site da revista.
- Não somos uma revista on-line. Não publicamos no site, porque quem acessa a internet espera conteúdo gratuito, e temos o compromisso de pagar bem aos nossos autores. Se as pessoas aceitam pagar para baixar toques de celular, podem pagar por boa literatura.
RIO - O manifesto "Literatura, plugada", publicado ano passado na revista "Publishers Weekly", referência do mercado editorial americano, começava no tom apocalíptico que domina as discussões atuais sobre o futuro dos livros: "Era uma vez um fazendeiro chamado Noé, que percebeu um mudança assustadora de clima..." Diante das transformações iminentes trazidas pelas tecnologias digitais, que arca seria capaz de salvar o meio literário da extinção?, perguntavam-se os autores do texto, os jovens americanos Andy Hunter e Scott Lindenbaum. Recém-saídos da faculdade, onde editavam uma revista literária, eles apresentavam no manifesto uma ideia mais prática e menos grandiloquente ("uma jangada"), a partir de sua experiência com o então recém-criado projeto "Electric Literature".
CAMPEÃO DE VENDAS: 'A Terra Desolada' em versão para ler, ouvir, assistir e arrastar
Revista de contos trimestral que circula em diversos formatos (impresso, ebook para Kindle, aplicativo de iPad e iPhone, arquivo PDF por e-mail), a "Electric Literature" será apresentada por Lindenbaum no debate "Novos espaços para a literatura", parte da série Oi Cabeça, que acontece nesta quarta-feira, às 19h30m, no Oi Futuro Flamengo, com entrada franca. Participam do debate o editor Paulo Werneck, do caderno Ilustríssima da "Folha de S. Paulo", o jornalista e escritor Sergio Rodrigues, que mantém o blog literário Todoprosa , e o editor Carlo Carrenho, do boletim "Publishnews", sobre o mercado editorial brasileiro.
Em entrevista ao GLOBO por telefone, de Nova York, Lindenbaum explica as bases da "jangada" que construiu com Hunter. Criada em 2009, a "Electric Literature" procura usar as novas tecnologias para solucionar as duas maiores dificuldades desse tipo de publicação: a distribuição e a remuneração dos autores.
- Publicamos em todos os formatos viáveis, porque acreditamos que hoje não faz sentido impor às pessoas uma forma de ler. Amo os livros, e ainda faço a maior parte de minhas leituras na poltrona com um deles, mas quando estou no trem quero poder ler no meu telefone. Queremos chegar aos leitores onde eles estiverem - diz Lindenbaum.
Atualmente na quinta edição, a "Electric Literature" traz cinco contos por número e já publicou autores contemporâneos importantes, como os americanos Michael Cunningham, Rick Moody e Lydia Davis, e o espanhol Javier Marías, entre outros. O segredo da distinta lista de colaboradores, além da persistência (Hunter dirigiu seis horas para convencer pessoalmente Jim Shepard a participar do número de estreia), é o pagamento generoso de US$ 1.000 por conto. A revista garante esse valor economizando em impressão e distribuição, calcula Lindenbaum.
Com circulação média de 8 mil exemplares por edição, a revista vende no site Electricliterature.com edições em papel por US$ 10, num esquema de impressão sob demanda que permite tiragens menores e mais baratas, e edições digitais por US$ 5 (disponíveis também em Kindle, tablets e smartphones). Oferecidos em várias plataformas, os contos só não estão disponíveis no próprio site da revista.
- Não somos uma revista on-line. Não publicamos no site, porque quem acessa a internet espera conteúdo gratuito, e temos o compromisso de pagar bem aos nossos autores. Se as pessoas aceitam pagar para baixar toques de celular, podem pagar por boa literatura.
Grupo de Marina Silva caminha para fundar movimento político
A crise política instalada no PV, devido à resistência do grupo de seu presidente, o deputado federal José Luiz Penna (SP), em promover mudanças no partido, deve não só provocar a saída de lideranças históricas, como a criação de um movimento político fora das esferas partidárias.
Sem perspectiva de acordo no PV, aliados da ex-senadora Marina Silva (AC) não consideram a possibilidade de fundar um partido de imediato, mas sim um movimento político que pode resultar (ou não) na formação de uma sigla para disputar as eleições de 2014. Apoiadores da ex-senadora esperam uma aproximação do grupo de Penna até o fim do mês. Caso contrário, prometem uma debandada.
De acordo com o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ), vice-presidente do PV, o grupo de Marina discute a possibilidade de criar um movimento com capilaridade nacional que defenda as propostas apresentadas pela ex-senadora durante a campanha presidencial de 2010.
Além de Sirkis, devem acompanhar a ex-senadora o empresário Guilherme Leal (vice na chapa presidencial), Ricardo Young, Fábio Feldmann e outros militantes que não tenham pretensões eleitorais para 2012. "Não há tempo hábil para a criação de um partido (visando eleições municipais)", explicou Sirkis.
Maurício Brusadin, presidente do diretório estadual do PV paulista dissolvido recentemente, afirma que lideranças como o ex-deputado federal Fernando Gabeira (RJ) e o atual secretário municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge, mesmo próximos de Marina, podem optar por permanecer no PV caso decidam concorrer em 2012. Outros poderão deixar o PV e se filiar a outros partidos, enquanto os mais próximos de Marina devem se dedicar à criação do movimento político.
"Por ora, não há partido algum. Ninguém está convicto de que a gente tem de criar um novo partido. Não adianta sair por aí coletando 500 mil assinaturas, embora não seja difícil. A gente quer debater a questão com a sociedade, então não podemos ir direto para o caminho institucional. Se for para nascer algo, tem que haver discussão, tem de ser fruto de um debate, de um movimento", defendeu.
Embora Sirkis tenha sido procurado ontem por aliados de Penna preocupados com a saída de figuras históricas do PV, Brusadin acredita que não há sinais claros de que a Executiva Nacional esteja empenhada em abrir diálogo para manter seus quadros. "A nossa sensação é de que ele (Penna) quer um partido pequeno.
Ele não quer deixar de ser dono do partido", criticou Brusadin ao comparar a crise do PV com a recente crise do DEM. "Até o DEM chama reunião da Executiva para discutir a crise. O PV numa crise deste tamanho e o Penna não chama reunião da Executiva Nacional. A decisão do Penna está tomada, ele quer que todo mundo saia", concluiu.
Segundo Brusadin, a euforia causada pelos quase 20 milhões de votos de Marina Silva hoje virou frustração para os candidatos que pretendiam usar a força política da ex-senadora na campanha de 2012. "Fomos do céu ao inferno", resumiu. Independentemente do destino dos "marineiros", Brusadin aposta na extinção do PV. "O partido tende a virar pó com o tempo. Se quem dava conteúdo ao partido sai, a tendência é diminuir e virar o partido que era há 20 anos. Agora, se montamos outro partido, daí será a morte para o PV", disse.
Já Sirkis adota um tom mais conciliador e diz ver disposição do grupo de Marina para continuar na legenda. No entanto, o deputado acredita que a crise interna chegou a um momento crucial. "Acho realmente que essa situação não pode se manter durante muito tempo", avisou.
Sem perspectiva de acordo no PV, aliados da ex-senadora Marina Silva (AC) não consideram a possibilidade de fundar um partido de imediato, mas sim um movimento político que pode resultar (ou não) na formação de uma sigla para disputar as eleições de 2014. Apoiadores da ex-senadora esperam uma aproximação do grupo de Penna até o fim do mês. Caso contrário, prometem uma debandada.
De acordo com o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ), vice-presidente do PV, o grupo de Marina discute a possibilidade de criar um movimento com capilaridade nacional que defenda as propostas apresentadas pela ex-senadora durante a campanha presidencial de 2010.
Além de Sirkis, devem acompanhar a ex-senadora o empresário Guilherme Leal (vice na chapa presidencial), Ricardo Young, Fábio Feldmann e outros militantes que não tenham pretensões eleitorais para 2012. "Não há tempo hábil para a criação de um partido (visando eleições municipais)", explicou Sirkis.
Maurício Brusadin, presidente do diretório estadual do PV paulista dissolvido recentemente, afirma que lideranças como o ex-deputado federal Fernando Gabeira (RJ) e o atual secretário municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge, mesmo próximos de Marina, podem optar por permanecer no PV caso decidam concorrer em 2012. Outros poderão deixar o PV e se filiar a outros partidos, enquanto os mais próximos de Marina devem se dedicar à criação do movimento político.
"Por ora, não há partido algum. Ninguém está convicto de que a gente tem de criar um novo partido. Não adianta sair por aí coletando 500 mil assinaturas, embora não seja difícil. A gente quer debater a questão com a sociedade, então não podemos ir direto para o caminho institucional. Se for para nascer algo, tem que haver discussão, tem de ser fruto de um debate, de um movimento", defendeu.
Embora Sirkis tenha sido procurado ontem por aliados de Penna preocupados com a saída de figuras históricas do PV, Brusadin acredita que não há sinais claros de que a Executiva Nacional esteja empenhada em abrir diálogo para manter seus quadros. "A nossa sensação é de que ele (Penna) quer um partido pequeno.
Ele não quer deixar de ser dono do partido", criticou Brusadin ao comparar a crise do PV com a recente crise do DEM. "Até o DEM chama reunião da Executiva para discutir a crise. O PV numa crise deste tamanho e o Penna não chama reunião da Executiva Nacional. A decisão do Penna está tomada, ele quer que todo mundo saia", concluiu.
Segundo Brusadin, a euforia causada pelos quase 20 milhões de votos de Marina Silva hoje virou frustração para os candidatos que pretendiam usar a força política da ex-senadora na campanha de 2012. "Fomos do céu ao inferno", resumiu. Independentemente do destino dos "marineiros", Brusadin aposta na extinção do PV. "O partido tende a virar pó com o tempo. Se quem dava conteúdo ao partido sai, a tendência é diminuir e virar o partido que era há 20 anos. Agora, se montamos outro partido, daí será a morte para o PV", disse.
Já Sirkis adota um tom mais conciliador e diz ver disposição do grupo de Marina para continuar na legenda. No entanto, o deputado acredita que a crise interna chegou a um momento crucial. "Acho realmente que essa situação não pode se manter durante muito tempo", avisou.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Motoristas fazem acordo e descartam greve
o piso salarial de motorista sai de R$ 1.280 para 1.395. O de fiscal vai de de R$ R$ 825,50 para R$ 903, enquanto o de cobrador ganhará R$ 643,50 em vez dos R$ 590,50 atuais
Está descartada a hipótese de mais uma greve de motoristas e cobradores de ônibus na Região Metropolitana do Recife, como ocorreu no último dia 15. Em assembleia que terminou agora há pouco, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, os rodoviários aceitaram a proposta de reajuste salarial de 9%, feita pelo mediador público Mário César Carvalho.
Com o percentual, o piso salarial de motorista sai de R$ 1.280 para 1.395. O de fiscal vai de de R$ R$ 825,50 para R$ 903, enquanto o de cobrador ganhará R$ 643,50 em vez dos R$ 590,50 atuais. O novo salário passa a vigorar a partir de 1º de julho. “Os rodoviários do Estado terão o maior salário do Nordeste. Quem mais se aproxima é o piso de Salvador (BA), de R$ 1.366”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Patrício Magalhães.
O maior impasse ficou em torno do tíquete-alimentação, hoje de R$ 125. O mediador havia calculado um reajuste de R$ 12%. O índice levaria o benefício para R$ 140, o que daria cerca de R$ 7 por dia de serviço. Num primeiro momento, os rodoviários rejeitaram veementemente a oferta. O mediador entrou em contato com os empresários de ônibus para tentar elevar mais o benefício. “Eles já disseram que não negociam mais”, avisou Patrício. Ao final, os rodoviários tiveram que acatar a contraproposta patronal.
Inicialmente, eles exigiram 22% de aumento, mas o sindical patronal acenou com 5%. As partes chegaram a um acordo 2,5% acima da reposição das perdas, de 6,5%.
Está descartada a hipótese de mais uma greve de motoristas e cobradores de ônibus na Região Metropolitana do Recife, como ocorreu no último dia 15. Em assembleia que terminou agora há pouco, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, os rodoviários aceitaram a proposta de reajuste salarial de 9%, feita pelo mediador público Mário César Carvalho.
Com o percentual, o piso salarial de motorista sai de R$ 1.280 para 1.395. O de fiscal vai de de R$ R$ 825,50 para R$ 903, enquanto o de cobrador ganhará R$ 643,50 em vez dos R$ 590,50 atuais. O novo salário passa a vigorar a partir de 1º de julho. “Os rodoviários do Estado terão o maior salário do Nordeste. Quem mais se aproxima é o piso de Salvador (BA), de R$ 1.366”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Patrício Magalhães.
O maior impasse ficou em torno do tíquete-alimentação, hoje de R$ 125. O mediador havia calculado um reajuste de R$ 12%. O índice levaria o benefício para R$ 140, o que daria cerca de R$ 7 por dia de serviço. Num primeiro momento, os rodoviários rejeitaram veementemente a oferta. O mediador entrou em contato com os empresários de ônibus para tentar elevar mais o benefício. “Eles já disseram que não negociam mais”, avisou Patrício. Ao final, os rodoviários tiveram que acatar a contraproposta patronal.
Inicialmente, eles exigiram 22% de aumento, mas o sindical patronal acenou com 5%. As partes chegaram a um acordo 2,5% acima da reposição das perdas, de 6,5%.
Teatro Barreto Júnior está com pautas abertas para o segundo semestre
Inscrições devem ser feitas até 15 de julho
A Fundação de Cultura do Recife divulgou edital de ocupação do Teatro Barreto Júnior para o segundo semestre desse ano. As inscrições para as quatro tipos de pautas disponibilizadas para produções de artes cênicas seguem até 15 de julho.
Estão abertas vagas para produções de longa (de 14 e 16 sessões), e de curta temporada, de seis a oito apresentações, tanto direcionadas ao público infantil quanto adulto.
Os interessados devem acessar o www.recife.pe.org.br, onde está disponível o edital, a ficha de inscrição e as informações sobre a documentação necessária para concorrer a uma vaga na programação de artes cênicas. O material deve ser entregue na Gerência Operacional de Teatros (GOT), localizada na Rua Montevidéu, 114, Boa Vista. O local funciona de segunda a sexta-feira, de 9h até 13h.
Para inscrições pelo correio, só serão aceitas via Sedex com data de postagem até 15 de julho. O resultado das produções escolhidas será divulgado em 23 de julho. Informações: 3355-1764.
A Fundação de Cultura do Recife divulgou edital de ocupação do Teatro Barreto Júnior para o segundo semestre desse ano. As inscrições para as quatro tipos de pautas disponibilizadas para produções de artes cênicas seguem até 15 de julho.
Estão abertas vagas para produções de longa (de 14 e 16 sessões), e de curta temporada, de seis a oito apresentações, tanto direcionadas ao público infantil quanto adulto.
Os interessados devem acessar o www.recife.pe.org.br, onde está disponível o edital, a ficha de inscrição e as informações sobre a documentação necessária para concorrer a uma vaga na programação de artes cênicas. O material deve ser entregue na Gerência Operacional de Teatros (GOT), localizada na Rua Montevidéu, 114, Boa Vista. O local funciona de segunda a sexta-feira, de 9h até 13h.
Para inscrições pelo correio, só serão aceitas via Sedex com data de postagem até 15 de julho. O resultado das produções escolhidas será divulgado em 23 de julho. Informações: 3355-1764.
Fundarpe divulga projetos classificados no edital do 21º Festival de Inverno de Garanhuns
A programação oficial só será conhecida no dia 28 deste mês
A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco divulgou nesta terça-feira (21) o resultado dos projetos classificados no edital do 21º Festival de Inverno de Garanhuns, que acontece em julho. As listas podem ser conferidas no site da Fundarpe: www.fundarpe.pe.gov.br.
Lula Queiroga, Nenhum de Nós, Tulipa Ruiz e SpokFrevo Orquestra são algumas das possíveis atrações musicais do FIG neste ano, já que a contratação das propostas selecionadas depende da negociação com os artistas e de adequações orçamentárias, entre outros fatores. A programação oficial do festival só será mesmo conhecida no dia 28 deste mês.
A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco divulgou nesta terça-feira (21) o resultado dos projetos classificados no edital do 21º Festival de Inverno de Garanhuns, que acontece em julho. As listas podem ser conferidas no site da Fundarpe: www.fundarpe.pe.gov.br.
Lula Queiroga, Nenhum de Nós, Tulipa Ruiz e SpokFrevo Orquestra são algumas das possíveis atrações musicais do FIG neste ano, já que a contratação das propostas selecionadas depende da negociação com os artistas e de adequações orçamentárias, entre outros fatores. A programação oficial do festival só será mesmo conhecida no dia 28 deste mês.
Há um mês fora do ar, Rádio Universitária AM só deve voltar em outubro
A emissora passa por um processo de licitação para a compra de novos equipamentos
Quem tentou sintonizar a Rádio Universitária AM no último mês encontrou a emissora fora do ar. Foi por causa do sucateamento do transmissor da rádio, que vez por outra dava falhas, que a direção do núcleo de Rádio e TV da Universidade Federal de Pernambuco resolveu tirá-la do ar.
De acordo com o diretor, Ascendino Silva, a previsão é de que a Universitária AM volte ao ar apenas em outubro. Isto porque foi aberto um processo de licitação para que a emissora passe a contar com novos equipamentos. "O reitor se comprometeu com a gente, mas existe a demora do processo, do fornecimento dos equipamentos e também da instalação", completou.
Quem tentou sintonizar a Rádio Universitária AM no último mês encontrou a emissora fora do ar. Foi por causa do sucateamento do transmissor da rádio, que vez por outra dava falhas, que a direção do núcleo de Rádio e TV da Universidade Federal de Pernambuco resolveu tirá-la do ar.
De acordo com o diretor, Ascendino Silva, a previsão é de que a Universitária AM volte ao ar apenas em outubro. Isto porque foi aberto um processo de licitação para que a emissora passe a contar com novos equipamentos. "O reitor se comprometeu com a gente, mas existe a demora do processo, do fornecimento dos equipamentos e também da instalação", completou.
Dilma confirma que vem ao São João de Caruaru no dia 22 de junho
Presidente ligou para o governador Eduardo Campos para confirmar visita
A assessoria oficial do Palácio do Governo confirmou, na manhã desta terça-feira, que a presidente Dilma Rousseff virá ao São João de Caruaru nesta quarta-feira (22).
Dilma ligou diretamente para o governador Eduardo Campos para confirmar a vinda ao Estado. De acordo com a programação, a presidente virá para Pernambuco na quarta-feira. Ela janta com o prefeito de Caruaru, José Queiroz, e depois vai ao Pátio do Forró. Na quarta, as atrações programadas são Heleno dos Oito Baixos, Jailson Rosseti, Pinga Fogo e Soxote.
A assessoria oficial do Palácio do Governo confirmou, na manhã desta terça-feira, que a presidente Dilma Rousseff virá ao São João de Caruaru nesta quarta-feira (22).
Dilma ligou diretamente para o governador Eduardo Campos para confirmar a vinda ao Estado. De acordo com a programação, a presidente virá para Pernambuco na quarta-feira. Ela janta com o prefeito de Caruaru, José Queiroz, e depois vai ao Pátio do Forró. Na quarta, as atrações programadas são Heleno dos Oito Baixos, Jailson Rosseti, Pinga Fogo e Soxote.
Bomba no prédio da Sudene era alarme falso
Havia a suspeita de que um dos artefatos estava em uma caixa preta, no 11º andar da ala sul do edifício - que tem 13º andares-, mas não havia nada no local
Acabou agora há pouco a vistoria no prédio da Sudene, na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, e nenhuma das duas bombas que supostamente estavam no local foi encontrada. Tudo foi resultado de um trote passado à polícia, que veio do bairro de Boa Viagem.
Havia a suspeita de que um dos artefatos estava em uma caixa preta, no 11º andar da ala sul do edifício - que tem 13º andares-, mas não havia nada no local.
O trote fez com que audiências fossem interrompidas e que o prédio fosse evacuado às pressas.
SUDENE - Cerca de 3 mil pessoas circulam o edifício por dia, que é dividido em duas alas. Na ala sul, tem o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), IBGE e Codevasfe. Já na ala norte funciona a Sudene e o Funasa.
Acabou agora há pouco a vistoria no prédio da Sudene, na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, e nenhuma das duas bombas que supostamente estavam no local foi encontrada. Tudo foi resultado de um trote passado à polícia, que veio do bairro de Boa Viagem.
Havia a suspeita de que um dos artefatos estava em uma caixa preta, no 11º andar da ala sul do edifício - que tem 13º andares-, mas não havia nada no local.
O trote fez com que audiências fossem interrompidas e que o prédio fosse evacuado às pressas.
SUDENE - Cerca de 3 mil pessoas circulam o edifício por dia, que é dividido em duas alas. Na ala sul, tem o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), IBGE e Codevasfe. Já na ala norte funciona a Sudene e o Funasa.
Grande Recife volta a sofrer com alagamentos
Internautas têm postado mensagens no Twitter informando as áreas mais afetadas
Por conta da chuva que cai desde a segunda-feira (20), o Grande Recife amanheceu nesta terça (21) com vários pontos de alagamento. Muitos internautas têm postado mensagens no Twitter informando as áreas mais afetadas.
Segundo os internautas, na PE-15 só há uma faixa livre no sentido Paulista. Por conta disso, os carros estão trafegando na faixa exclusiva para ônibus. O trânsito no local é intenso.
O repórter da Rádio Jornal, Rafael Souza, foi uma das vítimas dos trantornos provocados pelas chuva. Assista ao vídeo onde ele mostra áreas de água e trânsito lento na Avenida Getúlio Vargas:
Por conta da chuva que cai desde a segunda-feira (20), o Grande Recife amanheceu nesta terça (21) com vários pontos de alagamento. Muitos internautas têm postado mensagens no Twitter informando as áreas mais afetadas.
Segundo os internautas, na PE-15 só há uma faixa livre no sentido Paulista. Por conta disso, os carros estão trafegando na faixa exclusiva para ônibus. O trânsito no local é intenso.
O repórter da Rádio Jornal, Rafael Souza, foi uma das vítimas dos trantornos provocados pelas chuva. Assista ao vídeo onde ele mostra áreas de água e trânsito lento na Avenida Getúlio Vargas:
Prefeitura do Recife moderniza serviço de tapa-buracos
Intervenção vai possibilitar que buracos sejam fechados mesmo em período chuvoso
A grande novidade é que, agora, os buracos poderão ser fechados mesmo em período chuvoso, com equipamentos que lançam brita, borracha triturada e um líquido ligante direto nas fissuras.
"O contrato é de um ano, com possibilidade de ser renovado. A tecnologia é americana, mas os veículos são produzidos em São Bernado dos Campos (SP). A meta, em dois ou três anos, é acabar com todos os buracos da Cidade e, assim, partir para um novo patamar, realizando apenas os serviços de manutenção", disse o secretário de Serviços Públicos do Recife, Eduardo Vital.
Essa parceria com a empresa Ecotech custará aos cofres públicos R$ 1,125 milhão por mês, durante um ano. O contrato inclui mão de obra, todo o material e os três caminhões.
Nesta terça, um caminhão seguirá para as Avenidas 17 de agosto e Rui Barbosa, na Zona Norte, outro irá para as Ruas Real da Torre e São Miguel, na Zona Oeste, e o terceiro seguirá para a Avenida Visconde de Jequitinhonha, em Boa Viagem, na Zona Sul.
A grande novidade é que, agora, os buracos poderão ser fechados mesmo em período chuvoso, com equipamentos que lançam brita, borracha triturada e um líquido ligante direto nas fissuras.
"O contrato é de um ano, com possibilidade de ser renovado. A tecnologia é americana, mas os veículos são produzidos em São Bernado dos Campos (SP). A meta, em dois ou três anos, é acabar com todos os buracos da Cidade e, assim, partir para um novo patamar, realizando apenas os serviços de manutenção", disse o secretário de Serviços Públicos do Recife, Eduardo Vital.
Essa parceria com a empresa Ecotech custará aos cofres públicos R$ 1,125 milhão por mês, durante um ano. O contrato inclui mão de obra, todo o material e os três caminhões.
Nesta terça, um caminhão seguirá para as Avenidas 17 de agosto e Rui Barbosa, na Zona Norte, outro irá para as Ruas Real da Torre e São Miguel, na Zona Oeste, e o terceiro seguirá para a Avenida Visconde de Jequitinhonha, em Boa Viagem, na Zona Sul.
Ex-presidente confirma que a fábrica gaúcha de chips não funciona e foi um antro de malfeitorias
Anunciada como o início da mudança da matriz industrial do RS, que pularia diretamente da agroindútria para a civilização pós-industrial, a fábrica de chipes de Porto Alegre, o Ceitec, passou ao centro de um furacão de denúncias de patifarias e malversação de dinheiro público que envolve fundo o governo Lula e seu aliado, o PSB do Rio Grande do Sul, do deputado Beto Albuquerque, que bancou politicamente o empreendimento e nomeou quase todas as diretorias. O ministério foi do seu Partido durante todo o governo Lula.
O Ceitec já consumiu R$ 300 milhões e até agora não produziu chips – o dobro do previsto inicialmente. As obras sofreram 13 aditivos em seis anos e estão na mira do Tribunal de Contas da União. Uma auditoria identificou várias irregularidades na construção, inclusive superfaturamento de ao menos R$ 15,8 milhões, além de problemas na licitação conduzida pela gestão anterior. Nos bastidores, Mercadante classificou a situação como “um escândalo”.
Desde o ano passado, circula em Porto Alegre uma cópia da carta de demissão de Eduard Weichselbaumer, que vive hoje na Califórnia, na qual ele revela que os equipamentos da fábrica estão tecnologicamente ultrapassados e simplesmente não funcionam, apesar de terem sido reformados.
O editor almoçou com Eduard Weichselbaumer mais de uma vez. O executivo tem pedigree internacional e o editor avisou a ele que se daria mal no caso de prosseguir administrando “empresarialmente” como fazia. O alemão disse ao editor, em off (agora esta informação é pública, conforme reportagem deste domingo da Istoé), que o então ministro do PSB decidiu atrasar a obra em 5 anos, quando poderia ter feito tudo em um ano.
Confrontado pela revista Istoé neste final de semana, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante, o chefe dos Aloprados, que visitou o Cietec no dia 25 de abril, um ano depois da inauguração avisou:
- O PSB que armou essa bomba, ele que a desarme.
O Ceitec já consumiu R$ 300 milhões e até agora não produziu chips – o dobro do previsto inicialmente. As obras sofreram 13 aditivos em seis anos e estão na mira do Tribunal de Contas da União. Uma auditoria identificou várias irregularidades na construção, inclusive superfaturamento de ao menos R$ 15,8 milhões, além de problemas na licitação conduzida pela gestão anterior. Nos bastidores, Mercadante classificou a situação como “um escândalo”.
Desde o ano passado, circula em Porto Alegre uma cópia da carta de demissão de Eduard Weichselbaumer, que vive hoje na Califórnia, na qual ele revela que os equipamentos da fábrica estão tecnologicamente ultrapassados e simplesmente não funcionam, apesar de terem sido reformados.
O editor almoçou com Eduard Weichselbaumer mais de uma vez. O executivo tem pedigree internacional e o editor avisou a ele que se daria mal no caso de prosseguir administrando “empresarialmente” como fazia. O alemão disse ao editor, em off (agora esta informação é pública, conforme reportagem deste domingo da Istoé), que o então ministro do PSB decidiu atrasar a obra em 5 anos, quando poderia ter feito tudo em um ano.
Confrontado pela revista Istoé neste final de semana, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante, o chefe dos Aloprados, que visitou o Cietec no dia 25 de abril, um ano depois da inauguração avisou:
- O PSB que armou essa bomba, ele que a desarme.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Os caçadores do DNA do forró
Silvério e Scott, o Capibaribe e o Mississipi
Dois músicos. Um brasileiro, o outro americano. O segundo veio de seu país para o Brasil pesquisar a música nordestina. O outro vai do Brasil para a França, pesquisar a música do Sul daquele país. O interesse de ambos converge para um mesmo ponto: o forró. O brasileiro é Silvério Pessoa, que inicia no dia 1º de julho, uma turnê de 40 dias por 13 cidades européias (12 na França, e uma na Espanha). O americano é Scott Ketner, líder de um grupo de Nova Iorque chamado Nation Beat. Os dois se encontraram na redação do JC para um bate-papo informal, conversaram sobre suas carreiras, projetos, e sobre música brasileira, americana e francesa.
Scott Ketner está passando alguns dias entre o Recife e Olinda, pesquisando mais maracatu, e menos forró. O motivo do maior interesse pelo primeiro é que ele, baterista e percussionista, está escrevendo um livro sobre maracatu de baque virado, seu primeiro interesse em música brasileira: “Eu estudava na universidade, e meu professor Billy Hart, um baterista famoso, que tocou com Miles Davis e muitos outros grandes do jazz, passou a ensinar ritmos brasileiros. E aí eram os mesmos samba, bossa nova. Perguntei se no Brasil não havia outros gêneros. Ele me falou do maracatu, mas não sabia tocar. Me aconselhou a procurar brasileiros se quisesse aprender. Procurei alguns bateristas brasileiros que vivem em Nova Iorque, alguns bem conhecidos também, mas eles não sabiam tocar maracatu. Eu decidi que precisava vir para o Recife descobri a razão deste desconhecimento”, conta o músico americano.
Silvério Pessoa já fez do Sul da França, principalmente esta região, sua parada obrigatória nas várias turnês que já empreendeu pela Europa. De músico que levava o forró para outro público, virou pesquisador: “Além dos shows, vou fazer pesquisas para fundamentar minha dissertação de mestrado, vou estudar as influências da religiosidade nas festas junina, procurar um DNA do forró nos povos de idioma occitan (falado no Sul da França). Acho que o acordeom é o ponto de encontro entre estas duas culturas”, diz Silvério Pessoa, que lançou este ano o disco Collectiu, com participação de vários músicos do Sul da França.
Scott Ketner, por sua vez, mostra, na tela do celular, música da Louisiana com intrigantes semelhanças com a música pernambucana, feito o mardi gras indians, cuja batida lembra caboclinhos e coco ao mesmo tempo: “Um escravo fugiu e foi morar com os índios no interior da Louisiana, e deu nessa música”. Outros gêneros com o cajun, e o zydeco, principalmente este segundo, comungam de muitas semelhanças com a música do Nordeste. Tanto estes ritmos americanos, como os nordestinos podem ter o mesmo DNA europeu, afinal a Louisiana foi colonizadas por franceses. O forró, diz Ketner, está virando moda em Nova Iorque, odne existem pelo seis casas nas quais se ouve ou se dança música nordestna: "Agora fazer sucesso não é fácil. Assim como o Brasil, os Estados Unidos é um país muito grande, fala basicamente um só idioma, e é muito fechado para outras línguas. O Brasil é asim, rodeado de países ue falam espanhol, mas não se ouve música emespanhol aqui", compara o americano.
Silvério Pessoa começa dia 1° de julho a turnê ForrOccitán, em parceria com o grupo francês La Talvera, onde fazem a junção das músicas nordestinas e do Sul da França, com exceção de duas apresentações em Paris. Lá, com sua banda, Silvério Pessoa faz apresentações com um repertório pinçado da obra de Jackson do Pandeiro. Scott Ketner fica no Brasil volta ainda este mês aos EUA, mas volta em novembro, para uma apresentação no Brasil (ou mais, dependendo de ofertas). Enquanto isto lança mais um disco da Nation Beat, intitulado Growing stone, e trabalha em seu novo projeto, inicialmente batizado de Forró Brass Band, ou seja, forró com metais.
Dois músicos. Um brasileiro, o outro americano. O segundo veio de seu país para o Brasil pesquisar a música nordestina. O outro vai do Brasil para a França, pesquisar a música do Sul daquele país. O interesse de ambos converge para um mesmo ponto: o forró. O brasileiro é Silvério Pessoa, que inicia no dia 1º de julho, uma turnê de 40 dias por 13 cidades européias (12 na França, e uma na Espanha). O americano é Scott Ketner, líder de um grupo de Nova Iorque chamado Nation Beat. Os dois se encontraram na redação do JC para um bate-papo informal, conversaram sobre suas carreiras, projetos, e sobre música brasileira, americana e francesa.
Scott Ketner está passando alguns dias entre o Recife e Olinda, pesquisando mais maracatu, e menos forró. O motivo do maior interesse pelo primeiro é que ele, baterista e percussionista, está escrevendo um livro sobre maracatu de baque virado, seu primeiro interesse em música brasileira: “Eu estudava na universidade, e meu professor Billy Hart, um baterista famoso, que tocou com Miles Davis e muitos outros grandes do jazz, passou a ensinar ritmos brasileiros. E aí eram os mesmos samba, bossa nova. Perguntei se no Brasil não havia outros gêneros. Ele me falou do maracatu, mas não sabia tocar. Me aconselhou a procurar brasileiros se quisesse aprender. Procurei alguns bateristas brasileiros que vivem em Nova Iorque, alguns bem conhecidos também, mas eles não sabiam tocar maracatu. Eu decidi que precisava vir para o Recife descobri a razão deste desconhecimento”, conta o músico americano.
Silvério Pessoa já fez do Sul da França, principalmente esta região, sua parada obrigatória nas várias turnês que já empreendeu pela Europa. De músico que levava o forró para outro público, virou pesquisador: “Além dos shows, vou fazer pesquisas para fundamentar minha dissertação de mestrado, vou estudar as influências da religiosidade nas festas junina, procurar um DNA do forró nos povos de idioma occitan (falado no Sul da França). Acho que o acordeom é o ponto de encontro entre estas duas culturas”, diz Silvério Pessoa, que lançou este ano o disco Collectiu, com participação de vários músicos do Sul da França.
Scott Ketner, por sua vez, mostra, na tela do celular, música da Louisiana com intrigantes semelhanças com a música pernambucana, feito o mardi gras indians, cuja batida lembra caboclinhos e coco ao mesmo tempo: “Um escravo fugiu e foi morar com os índios no interior da Louisiana, e deu nessa música”. Outros gêneros com o cajun, e o zydeco, principalmente este segundo, comungam de muitas semelhanças com a música do Nordeste. Tanto estes ritmos americanos, como os nordestinos podem ter o mesmo DNA europeu, afinal a Louisiana foi colonizadas por franceses. O forró, diz Ketner, está virando moda em Nova Iorque, odne existem pelo seis casas nas quais se ouve ou se dança música nordestna: "Agora fazer sucesso não é fácil. Assim como o Brasil, os Estados Unidos é um país muito grande, fala basicamente um só idioma, e é muito fechado para outras línguas. O Brasil é asim, rodeado de países ue falam espanhol, mas não se ouve música emespanhol aqui", compara o americano.
Silvério Pessoa começa dia 1° de julho a turnê ForrOccitán, em parceria com o grupo francês La Talvera, onde fazem a junção das músicas nordestinas e do Sul da França, com exceção de duas apresentações em Paris. Lá, com sua banda, Silvério Pessoa faz apresentações com um repertório pinçado da obra de Jackson do Pandeiro. Scott Ketner fica no Brasil volta ainda este mês aos EUA, mas volta em novembro, para uma apresentação no Brasil (ou mais, dependendo de ofertas). Enquanto isto lança mais um disco da Nation Beat, intitulado Growing stone, e trabalha em seu novo projeto, inicialmente batizado de Forró Brass Band, ou seja, forró com metais.
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