Os gêmeos siameses nascidos no último mês de abril em Ouricuri, no Sertão de Pernambuco, devem sofrer intervenção cirúrgica para separação em agosto deste ano. A decisão da equipe médica responsável pelo caso foi dada depois de uma série de exames que constataram que o fígado é o único órgão comum aos dois irmãos.
Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (Imip), o estado de saúde das crianças é estável. Elas se alimentam por via oral e respiram sem ajuda de aparelhos. Os irmãos estão internados desde o dia 12 de abril no Imip, no Recife, para onde foram trazidos dois dias depois de nascerem na maternidade do Hospital Regional de Ouricuri Fernando Bezerra, no Sertão do Araripe.
As crianças estão ligadas na região da barriga (do apêndice xifóide ao coto umbilical). A mãe, Luciana Silva, uma agricultora de 18 anos do município de Exu, no Sertão pernambucano, está acompanhando os filhos desde que se recuperou do parto e o pai vem do Interior visitá-las. A família, no entanto, desde o início não quer falar com a imprensa.
O Imip informou, ainda, que os pais tiveram atendimento psicológico assim que chegaram à unidade de saúde e que a equipe de psicólogos tem acompanhado o caso. Até o parto, não foi possível identificar que os bebês eram siameses.
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