Battisti estava preso no Brasil desde março de 2007 a pedido da Itália, cuja Justiça o condenou à prisão perpétua por quatro homicídios
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, expressou hoje o "grande desgosto" da Itália pela negativa do Brasil de extraditar o ex-ativista Cesare Battisti, uma decisão que Roma pretende levar à Corte Internacional de Justiça de Haia, na Holanda. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que também decretou a imediata libertação de Battisti, que estava no presídio da Papuda, em Brasília, "não leva em consideração a expectativa legítima de que se faça justiça, em particular para as famílias das vítimas de Battisti", lamentou Berlusconi, em comunicado oficial.
"A Itália recorrerá às instâncias judiciais que forem necessárias para garantir o respeito aos acordos internacionais que aproxima os dois países, unidos por vínculos históricos de amizade e solidariedade", acrescentou o premiê. O chefe da Diplomacia italiana, Franco Frattini, também expressou seu "profundo desgosto" após a decisão brasileira, e anunciou que a Itália "utilizará todos os mecanismos da esfera jurídica para reverter essa decisão".
O objetivo de Roma é "conseguir a revisão de uma decisão que não consideramos coerente com os princípios gerais do direito e das obrigações previstas no Direito internacional", frisou Frattini. Battisti estava preso no Brasil desde março de 2007 a pedido da Itália, cuja Justiça o condenou à prisão perpétua por quatro homicídios, os quais ele nega. O ex-ativista deixou o presídio da Papuda no início desta madrugada. As informações são da Dow Jones.
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