La Filmothèque du Quartier Latin, em Paris
Ernesto Barros/Especial para o JCONLINE
PARIS - Os números e a paixão dos cinéfilos confirmam o que a França nunca deixou de ser: a pátria do cinema. Em 2010, os franceses compraram 206 milhões de ingressos, o que resultou numa renda de 1,3 bilhão de euros. Os dados foram divulgados pelo CNC - Centre National de la Cinématographie, o órgão estatal que promove o cinema no país. Comparando com os dados do ano anterior, a venda de ingressos aumentou em 2,5% e o faturamento em 5,6%. O número de cinemas (2.050) e salas (5.478) permaneceu estável. Desse total, 1.821 (33%) já migraram para a projeção digital.
Ao contrário das cidades brasileiras, que majoritariamente tem seu parque exibidor instalado em shopping centers, as salas de cinema em Paris dividem espaço com livrarias, lojas e restaurantes em ruas e bulevares. As grandes cadeias exibidoras, como a UGC e a Gaumont, por exemplo, são responsáveis pelo lançamento dos filmes comerciais, que tomam as fachadas dos cinemas com seus cartazes de tamanho gigante.
Mas não são as salas comerciais, claro, que fazem de Paris o destino de cinéfilos do mundo inteiro. Única no mundo, a França criou uma designação especial – com leis de proteção e tudo mais – para os cinemas que se dedicam a explorar a exibição alternativa. É no célebre Quartier Latin, no centro de Paris, que os cinemas de arte e ensaio se transformaram em verdadeiros guardiães da educação de milhares de cinéfilos de todo o mundo.
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