Empresas e consórcios privados solicitaram autorização para estudar a viabilidade das concessões através de parcerias público-privadas (PPP)
O governo pernambucano anunciou que estuda repassar à iniciativa privada três grandes concessões na área de logística. Os projetos ainda não têm orçamento fechado, mas se estima um investimento de R$ 5,4 bilhões no conjunto. Eles são o arco metropolitano (uma via industrial de 98 quilômetros entre Itamaracá e Suape como alternativa à BR-101), o terminal multimodal de Salgueiro (área de carga e descarga que junta transporte rodoviário e ferroviário) e um complexo de aeroporto de turismo e de carga e porto em Goiana.
Empresas e consórcios privados solicitaram autorização para estudar a viabilidade das concessões através de parcerias público-privadas (PPP). A autorização formal para as pesquisas é esperada para a tarde desta terça (7), na primeira reunião no segundo governo Eduardo Campos do Conselho Gestor do Programa Estadual de PPPs (CGPE).
Os estudos vão durar seis meses no arco metropolitano e terminal multimodal e 90 dias no complexo de aeroporto e porto. Por lei, diz o secretário do Governo, Maurício Rands, a iniciativa privada, se manifestar interesse em PPPs, deve bancar as pesquisas. Caso o negócio seja viável, será colocado em consulta pública e depois licitado.
“O vencedor do contrato indeniza a empresa responsável pelos estudos”, detalha Rands. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio, as empresas que solicitaram os estudos do complexo de porto e aeroporto, projetado em R$ 3 bilhões, são a Promon Engenharia e a STR Projetos, tendo como “conselheiros” para a arquitetura financeira o BTG Pactual e o Pátria Investimentos. A STR e a Promon atuam preparando projetos em áreas como petróleo e gás e infraestrutura. O complexo foi batizado como pe²-polo ecologístico. Mas não tem área ou terreno definido, ressalva Geraldo Júlio.
Ainda segundo o secretário, o arco metropolitano, avaliado em R$ 1,8 bilhão, tem a Queiroz Galvão, a Odebrecht e a Investimentos e Participações em Infraestrutura (Invepar) como interessados. No caso do terminal multimodal, um investimento projetado de R$ 600 milhões, o interesse é do Grupo Libra. A Invepar é especializada em concessões rodoviárias e o Grupo Libra atua há 65 anos em infraestrutura de forma mais abrangente, como terminais portuários.
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