quarta-feira, 1 de junho de 2011

Professores da rede particular de ensino aprovam greve

Categoria deve paralisar aulas na próxima semana

Os professores da rede particular de ensino, após mais de duas horas de assembleia na tarde desta terça-feira (31), decidiram pela decretação de greve. Com a medida, de âmbito apenas jurídico, a categoria acena com a possibilidade de uma paralisação das aulas na próxima semana.

A decisão foi tomada depois que a maioria dos professores rejeitou as seis propostas apresentadas pelo Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado do Estado de Pernambuco (Sinepe-PE). O ponto mais polêmico da pauta é o reajuste da hora aula, que atualmente está entre R$ 4,43 e R$ 5,82, enquanto os profissionais pedem que passe a valer R$10.

A proposta da entidade que representa os proprietários de escolas privadas é um reajuste de 6,31% para quem ganha acima do piso e de 8% para quem ganha o piso, o que significa um aumento médio de 9%. Outros pontos como vale transporte e bolsa para os filhos dos professores nas escolas que lecionam estão sendo debatidos.

Uma nova rodada de negociações ocorrerá na próxima quinta-feira (2). Caso não haja acordo entre o Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro-PE) e o Sinepe, a categoria promete paralizar a partir da quarta-feira (8), deixando aproximadamento 700 mil alunos prejudicados, conforme o Sinpro-PE . A celeuma entre os professores e o sindicato patronal rende desde a segunda quinzena de maio. No último dia 20, os professores já haviam aprovado o Estado de Greve, passo inicial para a paralização.

“Estamos exigindo dignidade. R$ 10 pela hora da aula é o mínimo de justiça com os professores pernambucanos”, disse o coordenador político do Sinpro-PE, Jackson Bezerra. “O Sinepe não propôs nada com relação à saúde do professor, ou melhorias das condições de trabalho. Além disso, recusou-se a colocar clausulas indicadas pelo Sinpro Pe de proteção ao professor da agressão física e moral sofrida no ambiente escolar”, concluiu.

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