Suspeita de irregularidade na compra de títulos públicos federais durante o governo João Paulo (PT) motivou a bancada de oposição a requerer informações sobre as operações realizadas na atual administração. Segundo auditoria do TCE, compra pode ter causado um prejuízo de R$4,6 milhões ao Regime Próprio de Previdência do Recife (Reciprev), em 2004.
Após inteirar-se da denúncia de superfaturamento de R$4,6 milhões na compra de títulos públicos federais com recursos do Regime Próprio de Previdência (Reciprev) durante o governo João Paulo (PT), a bancada de oposição na Câmara do Recife volta sua mira para a gestão do prefeito João da Costa (PT). Os vereadores agora desejam saber se a atual administração também realizou operações semelhantes junto à mesma empresa - Quantia DVTM Ltda. -, que, confome apontou auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) publicada pelo JC na edição do último domingo - vendeu os títulos por valores acima dos praticados no mercado. Nesta terça-feira (8), o vereador Maré Malta (PPS) encaminhou, um pedido de informações à Prefeitura do Recife e Aline Mariano (PSDB) anunciou a formação de uma comissão interpartidária para fiscalizar as operações envolvendo títulos públicos já executadas pelo Executivo municipal.
“Estamos falando de uma denúncia de irregularidade levantada pelo Banco Central e o atual prefeito nem abriu o bico para explicar se usou dos mesmos critérios que seu antecessor. O prefeito foi negligente e omisso”, acusou Aline Mariano. Mesmo tendo sido pouco citado nos discurso que tiveram sua gestão como alvo, o ex-prefeito João Paulo também não passou imune às críticas da tucana. A vereadora exigiu mais explicações ao petista sobre as operações, uma vez que ele, ao ser questionado sobre o tema, limitou-se a informar (através de nota) que as contas da PCR, referentes ao ano de 2004, já haviam sido aprovadas pelo TCE”. “Espero que João Paulo deixe de confundir a população dizendo que suas contas foram aprovadas e o atual prefeito diga se estão sendo realizadas operações do mesmo caráter”, cobrou.
Para defender a administração do correligionário, o líder de governo Josenildo Sinésio (PT), utilizou-se do mesmo argumento do ex-prefeito e lembro que o caso ainda não foi julgado pela Justiça. “Não se pode fazer pirotecnica sobre o que ainda não foi apurado. Essa é a mesma direita que tentou derrubar o presidente Lula, tenta derrubar a presidente Dilma e agora quer macular a imagem do ex-prefeito João Paulo, que teve suas contas aprovadas pelo TCE”, retrucou. O secretário de Governo, Henrique Leite (PT), também informou que o pedido de informação encaminhado pela oposição sobre as operações de compras de títulos públicos realizadas na atual administração será respondido “a contento” pela PCR dentro do prazo regulamentar (30 dias)
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