quarta-feira, 8 de junho de 2011

Polêmicas maracaram a passagem do Cirque du Soleil por Pernambuco

Desmantelo do Parque Memorial Arcoverde e uma ação na justiça por abusos contra o consumidor foram as heranças deixadas pela companhia

Da última vez que esteve em Pernambuco, de julho a agosto de 2009, o Cirque du Soleil deixou um rastro de polêmicas após a sua partida. A principal delas está relacionada à devastação que tomou conta do Parque Memorial Arcoverde, onde a companhia armou suas tendas. A autorização para que a empresa se instalasse na área verde estava condicionada ao replantio das árvores e requalificação do espaço pela Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), depois que o circo deixasse o local. Até agora, algumas mudas foram plantadas, mas o restante da área cedida se transformou num grande estacionamento. Com turnê agendada para o Recife em maço de 2012, o Cirque du Soleil poderia se instalar no mesmo local, mas as obras de reconstrução do parque podem inviabilizar esses planos.

O chefe do Escritório Técnico da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Olinda, Fábio Cavalcanti, informa que recebeu em maio último um ofício da Empetur afirmando ter contratado um escritório para a realização do anteprojeto do parque. Agora, o projeto estás nas mãos do Luiz Vieira Arquitetura de Paisagem. “A gente trabalhou no projeto original do parque, com Burle-Marx e Acácio Gil Borsói. O local, que também contempla o Espaço Ciência, vai ter academia da cidade e um centro esportivo, com ênfase em pistas para bicicletas”, comenta Luiz Vieira. O trabalho deve ficar pronto em até 120 dias - incluindo os prazos de aprovação pelo Iphan.

Outra polêmica relativa ao Cirque du Soleil diz respeito à taxa de 20% cobrada para a compra de ingressos pela internet. A promotora do Consumidor de Olinda, Helena Capela, moveu uma ação contra a prática – considerada abusiva. "Eu pesquisei nos sites de vendas de ingressos da companhia nos Estados Unidos e na Europa. Em nenhum lugar, era cobrada essa taxa de 20%. Para piorar, esse valor era citado como 'taxa de entrega', mas os tíquetes não eram entregues em casa, eles deveriam ser retirados na bilheteria", comenta a promotora. A ação ainda está em tramitação na 3ª Vara Cível de Olinda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário