Houve redução de cerca de 250 bolsas de sangue em relação à quantidade arrecadada diariamente
Com a paralisação de 24 horas dos servidores da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), cerca de 250 bolsas de sangue deixaram de ser recolhidas durante esta sexta-feira (3). Apenas 30% das doações foram realizadas. Neste sábado (04), o serviço será normalizado, das 7h15 até as 18h30. A categoria reivindica reajuste de 29% no piso salarial, o fim da contratação de profissionais por meio de seleção simplificada, a realização de concurso público, entre outros benefícios. Os servidores marcaram nova assembleia para a próxima segunda-feira (6), para discutir o rumo das negociações. Há possibilidade de novas paralisações nos serviços.
Durante o protesto, que se estendeu por toda a manhã, houve desentendimento entre os manifestantes e a polícia. “Os policiais chegaram nos ameaçando, dizendo que iam nos prender”, afirmou a servidora Lúcia Valadares. “A nossa luta é pacífica, estamos aqui para reivindicar nossos direitos, mas fomos tratados como bandidos”, disse indignada a funcionária, Manilda de Souza. O protesto foi realizado em frente ao Hemope, no bairro do Derby, área central da capital.
Segundo o tenente Mesquita, do 13º Batalhão da Polícia Militar, os manifestantes estavam bloqueando a via e o carro de som permanecia estacionado em cima da calçada. “Além disso, o som estava alto e o Hemope fica em frente a um hospital”, explicou o militar.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do Hemope, Dailton Dantas, o governo do Estado ofereceu reajuste de 5% no salário, que será liberado em setembro. “Isso é um descaso com os servidores da saúde, nenhuma das nossas reivindicações foram sequer debatidas”, criticou.
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