A fim de tranquilizar os 15 mil moradores do município de Alagoinha e mostrar a real proporção dos tremores de terra na região, o governador Eduardo Campos esteve na cidade na manhã desta quinta-feira (11/03). Acompanhado de especialistas em sismologia, Eduardo falou para centenas de moradores que se reuniram na praça principal da cidade e visitou algumas casas danificadas pelos abalos no Sítio Carrapicho, a 17km da sede do município.
“São tremores de pequena intensidade acontecendo aqui porque Pernambuco tem uma espécie de cicatriz antiga que se abre quando há um esforço maior. Mas é bom que aconteçam muitos pequenos, pois eles evitam que aconteça um grande”, explicou Gorky Mariano, da Universidade Federal de Pernambuco. O geólogo Eduardo Menezes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, explicou que tremores maiores são sentidos com freqüência em cidades como Caruaru e São Caitano e que por isso os alagoinhenses não precisam temer o pior: ”Essa ideia de um grande tremor não vai acontecer. A magnitude máxima é de quatro (na escala Richter), que não traz nenhum dano às construções”, garantiu. A UFRN é tida como referência no país e é responsável pelo monitoramento de todo o Nordeste.
Para o governador, explicar o fenômeno aos alagoinhenses é a melhor coisa a fazer no momento para evitar uma possível onda de boatos. “Não vamos diminuir o problema, mas também não vamos permitir que se aumente na consciência da população. Muitas vezes a desinformação ou a informação imprecisa gera o pânico. É preciso esclarecer a atitude que deve ser tomada quando ocorrem os terremotos”, disse.
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