terça-feira, 2 de março de 2010

"Paz" em nome de Dilma

A vinda do presidente nacional do PT a Pernambuco, José Eduardo Dutra, serviu para esfriar os ânimos entre o grupo do ex-prefeito João Paulo e do secretário estadual das Cidades, Humberto Costa. A orientação do PT nacional é evitar que os pré-candidatos do partido entrem em conflito nos estados e o acirramento dessa disputa atrapalhe o projeto maior da legenda, que é o de eleger a ministra Dilma Rousseff presidente da República.

Integrante da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB) - na qual Humberto Costa é líder no estado - o deputado Isaltino Nascimento (PT) informou que a orientação nacional da legenda é que os conflitos sejam resolvidos internamente. "A passagem de Dutra ajudou a ponderar algumas questões. A ministra Dilma precisa se consolidar enquanto candidata e é preciso minimizar as divergências de palanque", justificou.

Segundo Isaltino, o Congresso Nacional do PT apontou na direção de que cada estado resolva seus conflitos internamente. "Além de Pernambuco, há disputa pelo Senado em Mato Grosso e Rio de Janeiro. A divisão é ruim para todo mundo, pois fragiliza o partido como um todo", disse.

Aliada de João Paulo, a ex-presidente do PT no Recife, Karla Menezes, avaliou que a briga entre os grupos do ex-prefeito do Recife e de Humberto Costa é uma consequência da falta de debate no partido para definir o papel estratégico da legenda em Pernambuco. "O PT precisa fazer uma discussão para além do Senado. Todos os partidos, entre eles o PTB e o PSB, já têm o cenário político definido. Estamos em pleno ano eleitoral e sem definição no PT. Isso acontece em decorrência da ausência do debate de estratégia política", lamentou.

Karla Menezes considera que na conjuntura atual, João Paulo reúne as melhores condições para disputar o Senado. "Ele tem trajetória política, densidade eleitoral e êxito em suas administrações", defendeu a petista.

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