quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Presidência da Funase não quer trocar direção da unidade do Cabo

Mesmo com a declaração, presidente Alberto Vinícius não descartou a volta do antigo diretor, Severino Leandro

 / Foto: Milenna Gomes / Especial para o JC

Durante a coletiva de imprensa que aconteceu na tarde desta quarta-feira (11), o presidente da Funase, Alberto Vinícius, afirmou que não pretende trocar a diretoria da unidade do Cabo de Santo Agostinho, conforme foi pedido em nota divulgada nesta tarde pela Assembleia Legislativa. Ele também informou que foi aberto um inquérito policial e uma investigação administrativa para investigar a rebelião.

Para ele, o principal motivo da rebelião foi uma rixa entre os detentos e a nova diretora da unidade, Suzete Lúcio, que substituiu o antigo diretor, Severino Leandro. "Suzete é uma pessoa de boa índole, nobre e responsável", disse Alberto. Segundo ele, os jovens ficaram revoltados porque tinham uma relação muito boa com o antigo diretor e não aceitavam a nova diretora no comando da unidade. "Poderemos chamar Severino para assumir o cargo novamente. Só vai depender ele aceitar", completou.

A unidade tem capacidade para receber 166 jovens do sexo masculino, com idades entre 17 e 21 anos, mas abriga 368 pessoas atualmente. Ao ser questionado sobre o assunto, o presidente explicou que uma comissão vai avaliar as condições de segurança da unidade e ver se é realmente necessária a redução do número de internos.

O resultado da rebelião foi de três mortos, 16 atendimentos médicos, inclusive com nove jovens sendo encaminhados à Hospitais da Grande Recife. Até esta tarde, um menor ainda está internado em um hospital devido a um ferimento à bala de borracha na perna. Ao todo, 139 agentes trabalham na unidade do Cabo.

O presidente afirmou, também, que uma unidade feminina da Funase deve ser concluída ainda em 2012. Uma outra, masculina, de 70 vagas, está prevista para ser entregue em Vitória.

VISITA SUSPENSA - A visita que estava programada para esta quarta-feira (11) acabou suspensa. Uma comissão formada por cinco mães teve acesso ao prédio destruído apenas para ver como estavam os estragos e informar para os outros parentes que aguardavam na frente da unidade. Segundo a direção da Funase, as visitas serão realizadas normalmente no domingo.

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