sábado, 12 de janeiro de 2013

Multiuso. Por que não universidades ou penitenciárias?





CARLOS CHAGAS


Uma das grandes dúvidas a perturbar uns poucos parlamentares ainda afetos a utilizar a inteligência no exercício de seus mandatos, refere-se a o que fazer com os faraônicos estádios de futebol em vias de conclusão para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014. Bilhões tem sido gastos, sem falar em desvios e comissões de diversos matizes, mas quando as competições terminarem, fazer o quê com a maioria dos estádios? Talvez no Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre ainda haverá uma certa freqüência popular quando partidas importantes forem disputadas. A maioria, porém, ficará às moscas.
Quando encomendou o Sambódromo a Oscar Niemayer, Leonel Brizola sugeriu que durante o ano, fora do Carnaval, aquele elefante branco servisse para abrigar salas de aula. Foi um sucesso, infelizmente interrompido há algum tempo.
Há quem sonhe com a hipótese de os modernos estádios de futebol poderem ser adaptados para funcionar como universidades. Seria uma excelente alternativa, com transformações nem tão impossíveis assim de implantar. Até os gramados seriam utilizados, senão para práticas esportivas dos universitários, quem sabe como campo para nele pastarem certas autoridades municipais e estaduais.
Por que não transformá-los em penitenciárias, também? Sempre haveria o risco de, em dias de jogos, os presos forçarem entrada nas arquibancadas. E com a opção de as arquibancadas invadirem as celas para libertar amigos. Mesmo assim, seria uma tentação.

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