O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Arnaldo Versiani convocou na última semana, em Brasília, uma audiência pública para definir medidas que garantam o direito de voto aos cerca de 150 mil presos provisórios - que aguardam julgamento - e 16 mil adolescentes internos, na faixa etária de 16 a 21 anos, em todo o país. Apesar de o direito ao voto estar previsto na Constituição Federal, a iniciativa de permitir o sufrágio a pessoas nessas condições é recente, de acordo com dados do TSE. Nas eleições municipais de 2008, apenas 13 estados tiveram alguma experiência em alguns de seus municípios.
A audiência também serviu para que os tribunais regionais eleitorais, entidades de direitos humanos e do sistema carcerário discutissem algumas regras eleitorais para serem adotadas já para as eleições deste ano. Uma delas diz respeito ao direito do preso e do jovem infrator de assistir à propaganda eleitoral e ao contato com os candidatos e suas plataformasde política. "O eleitor que se encontra nessas condições precisa saber as opções que tem. E a restrição aos órgãos de comunicação que trazem as propostas de seu candidato limita as suas observações", afirma o ministro. Outro questionamento levantado foi sobre o prazo de cadastramento de dados dos presos para votarem este ano. A data-limite - maio - foi questionada por vários representantes dos tribunais regionais.
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