A montagem da cúpula petista responsável por tocar o partido na eleição presidencial sofreu intervenção do comando da campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Para afinar o marketing eleitoral com a Secretaria Nacional de Comunicação, os coordenadores e os deputados federais vetaram o nome do deputado estadual de São Paulo Rui Falcão, homem de confiança da ex-prefeita Marta Suplicy, e optaram pelo parlamentar André Vargas (PR).
A manobra foi orquestrada pelo marqueteiro João Santana, que bateu de frente com Falcão durante campanha de reeleição de Marta, em 2008. Na ocasião, a petista foi derrotada justamente por José Serra (PSDB), atual governador de São Paulo e provável candidato à Presidência. Os deputados federais apoiaram a decisão por se sentirem sub-representados na Executiva Nacional que será anunciada hoje após o 4º Congresso do PT oficializar a ministra Dilma como pré-candidata ao Planalto.
Falcão foi responsável pela elevação do tom da campanha de Marta contra o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, o que colocou Marta em rota de colisão com Santana, que não deu aval à peça publicitária considerada apelativa. Para o grupo da ex-prefeita não se sentir menosprezado na nova Executiva, o deputado estadual "caiu para cima". Ele deverá ser confirmado como primeiro vice-presidente, cargo de maior hierarquia partidária, mas de caráter consultivo, sem poder de decisão nem orçamento.
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